O “O MUSEU ON CO TÔ” E A TURNÊ “KNOCK KNOCK KNOCK ON HEAVEN”S DOOR” … AI, AI, AI MINHAS COSTAS…

Certa vez comentei com o meu amigo Paulo Aristeu:

“Acho que vou juntar uns caras e criar um TEATRO/MUSEU para trazer concertos da turma da segunda, terceira e quarta idade do POP e do ROCK”.

O TEATRO eu já batizei, vai ser: “MUSEU ON CO TÔ?” Uma redução à mineira da expressão “ONDE É QUE EU TÔ”?

Na frente, haverá um eterno outdoor escrito: “GERIATRIA IN CONCERT”.

O prédio terá enfermaria, cozinha de Hospital, enfermeiros, nutricionista; e, sempre, um médico de plantão, e até uma ambulância de última geração.

E um baita bar, claro!

Na parte museu do “ON CO TÔ?” haverá um vasto arquivo e discoteca para dados digamos… pós biográficos: quem morreu, onde está enterrado – ou se foi cremado -; e onde vive aposentado. Memórias e memorabilia várias e ainda vivas.

Vejam que legal!

Não faltam atrações, a maioria delas CINQUENTENÁRIA – ou quase…

Estão ainda por aí o DEEP PURPLE, RENAISSANCE, o CURVED AIR. E os STONES, o CAETANO e o GIL…

Infelizmente, as madrinha não matronas RITA LEE e GAL COSTA – rezo para elas – não tiveram tempo de ver o projeto. Então, vamos trazer os vivos e os vivaldinos.

E os mortos insepultos como BLUE OYSTER CULT, NEW MODEL ARMY, GEORGE CLINTON, NILE RODGERS, JUSTIN HAYWARD, JOHN MAYALL e um montão mais… se der tempo.

E, claro, os vivíssimos e criativos, como o KING CRIMSON e o U2, também, ué? Quantos anos vocês pensam que a banda e os caras têm?

OOOPSSS… não pode faltar SIR PAUL McCARTNEY, o mais ilustre deles todos? E o ELTON JOHN? E, que tal o EGBERTO GISMONTI – que, dizem, não quer mais nada com o batente pesado …. ou quase?

Todos estão perto ou além da aposentadoria. E alguns em processo de extinção.

Por isso, jamais esqueceremos aqueles que bateram a caçoleta, ultrapassaram o portal, escorregaram na cachoeira dos tempos e já desembarcaram no além! BOWIE, NEIL PERT, GENE CLARK, JIM MORRISON… e lista é infindável. Vai lembrando e sugerindo.

Todo mês tem embarque garantido… ooopss….é só acompanhar pelos jornais, redes…

O legal em tudo isso, é que sempre vou estar lá recebendo os caras; e comendo uma saladinha, papeando e papando uma canjinha. Claro, enquanto eu puder, sempre tomando umas cervejinhas…

E, quando eu trouxer o OZZY OSBOURNE vou mandar fazer um poster assim:

OZZY: “ONTEM DIABÓLICO, HOJE DIABÉTICO!”

Vai sobrar bengalada pra todo lado…

RYIUICHI SAKAMOTO E ALVA NOTO!

Acordei no meio da madrugada pensando em SAKAMOTO. E tudo porque a minha última leitura, antes de embarcar nos sonhos, foi uma resenha crítica do disco ao vivo dele com “ALVA NOTO”: “TWO – LIVE AT SIDNEY OPERA HOUSE”.

ALVA, de quem jamais ouvira falar é, na definição da “RECORD COLLECTOR” , uma “compositora alemã minimalista”. E, para meu susto contido, é o quinto disco que os dois fazem juntos!!!

A moça organiza “abstrações eletrônicas, beeps, interferências, e vasto etc…” acompanhando RYIUICHI e suas improvisações ao piano. “SUSHI e CHUCRUTE” – dupla nipo-germânica.

A música é “acalmante e instigante”, para dizer o mínimo…

Mas, que mistérios e talentos têm esse mago monástico iluminado e perfeccionista, que singra o piano esculpindo músicas? E torna as composições de Tom Jobim, por exemplo, mais cintilantes do que sempre são?

Vejam os dois excepcionais discos disponíveis no Brasil gravados com JACQUES E PAULA MORELEMBAUM! O japa dá colorido ao brasileiro, que os três sabem “ser”.

E vai além. SAKAMOTO consegue casar-se ou justapor-se a outro estelar fugidio e solitário, DAVID SYLVIAN; duela com BOWIE, compôs incontáveis trilhas sonoras; vai do “tradicional moderno” à transvanguarda POP-JAZÍSTICA! Tudo junto ou em sequências impensáveis!

Esse “batráquio nipônico” é artista e músico excepcional!!!! Tenho quase nada do que ele gravou! De agora em frente, vou procurar mais.

Mas, o quê? Quais de seus discos ou fases?

A resposta que tenho para o mistério do moço, é o uivo uníssono das torcidas do FLAMENGO, LIVERPOOL, e KASHIVA ANTLERS: “NÃO SEI!, NÃO SEI!, NÃO SEI! Vou às cegas. E será difícil errar!!!

Conheçam o SAKAMOTO. A sonoridade que ele extrai do piano é bela, única e perfeita demais! Postagem original 17/01/2020

SEIJI OZAWA – EM 50 CDS – PELA DEUTCHE GRAMMOPHON

A toda vez em que me defronto com algo repelente ou absolutamente inaceitável para os meus valores, procuro um antídoto, uma vacina, qualquer coisa que me livre da visão ou sensação.

Dia desses, início da madrugada e zapeando pela televisão, caí em cena tenebrosa de um filme chamado “Em Luta pela Liberdade”, ou em busca… tanto faz. É sobre a condenação de um inocente a morte. Um tema que não digiro, não aceito, não assisto e não canso de mostrar o meu desprezo, oposição ou seja lá o quê for e contra quem for.

Sou radicalmente contrário e não importa o motivo da condenação.

Mudei imediatamente.

Caí, por sorte, em um concerto no Japão, com SEIJI OZAWA regendo a SEGUNDA e a SÉTIMA sinfonias de BEETHOVEN, com a “SAITO KINEN ORCHESTRA”, criada por ele em 1992 para divulgar músicos japoneses e sob o controle e a visão do grande maestro.

Claro, concerto no Japão, durante o FESTIVAL DE MATSUMOTO, em 2016. Um momento sublime, portanto.

SEIJI OZAWA é raro e precioso.

Nasceu na China, em 1935, durante a “ocupação japonesa”, e a família retornou ao Japão, em 1944.

Começou estudando piano, mas à semelhança de JOÃO CARLOS MARTINS, nosso grande pianista, machucou-se gravemente. SEIJI estava jogando RUGBY. Foi obrigado a largar o piano e passou a estudar regência.

OZAWA é possivelmente um gênio. Trabalhou com CHARLES MUNCH, VON KARAJAN e LEONARD BERNSTEIN. É um cara de vanguarda, incentivador de compositores contemporâneos em repertórios orquestrais. É encrenqueiro conhecido e regente de sonoridade, convicções e ideias muito originais.

Em meados da década de 1970, ouvi e comprei disco regido por ele com a SIMPHONIETA DE JANACECK, obra contemporânea que me deixou maluco – mas que não repus, ainda, em minha discoteca.

Comprei, também, uma cantata de BRAHMS, se não estou enganado, simplesmente imperdível.

O japa é esfuziante! Um regente de garra, grandiloquência sonora, e gestos precisos. E mesmo tendo gravado, e conhecer a fundo compositores como BEETHOVEN, entre vários, suas interpretações sempre são únicas, pessoais, talvez inusitadas. E mesmo eu, que deixei um pouco de lado a música clássica, jamais esqueço artistas como ele.

O que assisti, ontem, pareceu-me perfeito nas circunstâncias. SEIJI, com mais de oitenta anos, vestido de maneira informal à japonesa, velhinho mas quase lépido, cumprimentando e até confraternizando com seus músicos, regeu uma orquestra moderna, “multinacional/racial”, como quase certamente é a maioria das orquestras contemporâneas importantes.

A certeza do que pretendia com BEETHOVEN, a compreensão dos gestos até por mim, um leigo, para efetivar a regência; e aquela coisa indefinível, algo entre o celestial e o mundano elevado ao estado da arte, compensaram a minha quase incontida ira ao dar-me de frente com as ignomínias a que o mundo nos submete!

Publiquei um desejo imenso nesta foto e texto. Estou inclinado a correr risco e trazer este box para mim.

É a fase áurea de OZAWA. BOX com 50 cds em capas originais e, certamente, um livreto adequado para expor uma vida intensa, grandiosa, bela – arrogantemente bela! – por contraditório que eventualmente possa parecer!

SEIJI OZAWA, mesmo doente, continuava cabeludo, inquieto e decidido, sempre em linha com o contemporâneo. Está em vias de tornar-se imortal. É uma criatura em conformidade consigo mesma. Mas jamais em paz! O maestro é um rebelde com inúmeras causas; praticante da contestação e da ousadia, exercidas com método, proficiência, e uma peculiar forma de transmitir satisfação com os vários deveres cumpridos

Eu quero esse BOX! postagem original 17/01/2023

TRÊS DISCOS DE MÚSICA POPULAR DE VANGUARDA:

 THELONIOUS MONK & SONNY ROLLINS, DE 1953/54; ERIC DOLPHY NOS ESTERTORES DO BE BOP, EM 1960, JÁ ANTECIPANDO O FREE JAZZ; E O PRIMEIRO DISCO DO KING CRIMSON, DE 1969, PROPONDO UM NOVO JEITO DE FAZER O ROCK PROGRESSIVO, COM ELEMENTOS DA VANGUARDA E DO FREE JAZZ.

TALVEZ TENHAM EM COMUM O CONTROLE DA EXPLOSÃO MUSICAL QUE PROPUNHAM, REORGANIZANDO O CAOS QUE CRIAVAM E GERANDO UMA NOVA ESTABILIDADE HARMONIZANDO A PRÓPRIA DESTRUIÇÃO CRIATIVA QUE PROPUSERAM.
PODE SER UM JEITO DE VER A COISA.

“UM VERÃO NA GRÉCIA.” GRANDE FILME SOBRE TEMPOS DENSOS: 1967/1969, MÚSICA, POLÍTICA, MUDANÇAS SOCIAIS…

 Os cinco CDS aqui postados foram lançados pela excelente RHINO RECORDS, no início da década de 1990.

Coligem o fino do “GARAGE ROCK” e do “SUNSHINE POP”, uma das fases mais interessante, criativa e bonita da música POP.

“SUMMER OF LOVE”, em dois volumes, foca no SUNSHINE POP, o misto de ROCK PSICODÉLICO mais leve, e música dançável e alto astral.

A série NUGGETS traz GARAGE BANDS e também SUNSHINE POP. E se baseia, mas vai além do colecionável LP DUPLO ORIGINAL, lançado nos anos 1970.

Foi o primeiro álbum a trazer parte da História, e principalmente legitimidade, para o ROCK DE GARAGEM de bandas desconhecidas que se tornaram míticas: SEEDS, CHOCOLATE WATCH BAND, ELECTRIC PRUNES, e incontáveis… hoje, monumentos da discografia imprescindível sobre a década de 1960.

A trilha sonora do filme é composta de músicas e artistas conhecidos naqueles tempos: MAMAS & THE PAPAS, ANIMALS, PROCOL HARUM…

Mas, curiosidade interessante: a quase totalidade das versões foi feita por bandas italianas daqueles tempos; e algumas bem legais! Instigantes! No mundo inteiro, “aconteceram” bandas copiando ou vertendo esses grandes clássicos…

A melhor música da trilha aparece em versão original. É um CULT meio esquecido do “POP – BARROCO – PSICODÉLICO – PROGRESSIVO” (Ufa!!!): a longa, densa e sofisticada ELOISE, com BARRY RYAN. Procure conhecer. Um ÉPICO POP sensacional!!!

E, lá vai o filme.

UM VERÃO NA GRÉCIA, ( LA SYNDROME DI ANTONIO ) 2016

DIREÇÃO: CLAUDIO ROSSI MAXIMI, COM QUERALT BADALAMENTI ( MARIA ) E BIAGIO IACOVELLI (ANTONIO)

É o melhor filme que assisti em 2021!

Profundamente humano, política e existencialmente inquietante; cheio de referências e diálogos profundos; e visitas por conhecidos lugares históricos.

Claro, permeado por algum humor, nem sempre refinado, como o bom cinema italiano geralmente traz. E tudo sintetizado em menos de duas horas.

Assisti-lo é muito prazeroso, e deve ser revisto algumas vezes, principalmente pelos quê se interessam por dilemas daquela geração, suas repercussões; conquistas, ganhos, perdas, oportunidades não identificadas, e vívidas frustrações.

Eu “estive lá”, digamos….

A vida pode ser lida como a construção de uma grande MANDALA. É frágil, bela, feia, às vezes… E a sua regra maior e mais frustrante é a IMPERMANÊNCIA de tudo… É muito trabalho realizado, que pode ser destruído por sopros de vento.

Literalmente, o resultado e a resposta estão “BLOWING IN THE WIND”…, como cantam dois chatos pertinentes e imprescindíveis: BOB DYLAN e o deputado paulista EDUARDO SUPLICY…

O grande momento daquela geração, a minha, foi a sequência explosiva e rica, abrangendo meados da década de 1960 até 1975, mais ou menos.

O ponto existencial, artística e politicamente culminantes foi 1968. Houve rebeliões, e confrontos geracionais no mundo inteiro.

Atingiu os ESTADOS UNIDOS, passou por toda a EUROPA democrática, principalmente FRANÇA, ALEMANHA e INGLATERRA…

Com resquícios na TCHECOSLOVÁQUIA, comunista, mas com certas liberdades interrompidas com a invasão soviética na PRIMAVERA de PRAGA, 1968.

A rebelião global chegou à ARGENTINA e URUGUAI; ao CHILE e ao BRASIL, também – enquanto houve liberdades e democracia…

Foi período político coalhado de ditaduras. E por prazeres explícitos liberados pelas inovações científicas e comportamentais, como a liberação que a pílula anticoncepcional trouxe às mulheres.

Tempo rico, nobre e denso E, torpe ao mesmo tempo. Pode-se alterar a ordem desses 4 fatores como se quiser…A vida ainda é mais ou menos assim…

“UM VERÃO NA GRÉCIA”, é uma pequena obra de arte.

As tramas acontecem em 1969/1970. E um dos subtemas é o reflexo disso tudo na ITÁLIA. E na GRÉCIA, principalmente, governada por um coronel golpista e sanguinário de nome PAPADOPOULOS – já acomodado na lixeira da História.

O roteiro mostra a construção de uma curta história de amor, interrompida pela distância, por dúvidas, e a inexperiência principalmente de ANTONIO. Tudo vem mesclado à filosofia, política e arquitetura. E com ensinamentos da mitologia grega, seus “deuses-espelhos” cheios de boas qualidades, defeitos, maldades, intrigas, perfídias e taras. ( na dúvida, visite o planeta TERRA).

O mesquinho e o sublime mesclados e identificáveis na História humana em todos os tempos. Deuses e mitos humanos até demais!

O primeiro personagem principal é ANTONIO, um jovem estudante italiano interessado por filosofia e mitologia; inteligente, crítico, algo recatado e sonhador; que, ao formar-se no ensino médio, faz viagem de carro à GRÉCIA para seguir os passos, visitar locais, e verificar ensinamentos de seu ídolo: PLATÃO – o inventor do conceito de ALMA.

ANTONIO procura identificar em si mesmo os fundamentos básicos da filosofia platônica: instinto, emoção, razão. Mas, está principalmente interessado em outro aspecto enfatizado por PLATÃO: a IGUALDADE, que inspirou politicamente todo o pensamento da esquerda, do final do século XIX, em diante.

Para ANTONIO, era CHE GUEVARA e a militância peripatética pela AMÉRICA LATINA, quem incorporava a figura de PLATÃO.

E aqui entra a cálida, graciosa, inteligente, corajosa e progressista MARIA. A garota grega que estudara na Itália, e indicada por um amigo para orientar as buscas de ANTONIO.

Ela é o modelo de feminista que admiro. Em vez das vulgares e tão faladas, como LEILA DINIZ, por exemplo. Ou as ditas liberadas que vemos cotidianamente expostas no açougue de carne humana.

MARIA é arrebatamento e charme, na medida … digamos, certa. Suas intervenções irônicas e inteligentes; e as engraçadas e corrosivas manifestações de ciúmes, que todo homem casado, ou comprometido, já assistiu alguma vez, são inesquecíveis porque humanas demais…

Deixo o desenrolar para vocês assistirem.

E vou comentar sobre o sutil tema central do filme: a IMPERMANÊNCIA. E as fugazes oportunidades que a vida apresenta. Mas que, se não percebidas, muitas vezes determinam perdas insuperáveis…

Entre o arrependimento e o remorso oscila a MANDALA que cada um de nós constrói. E a sorte sempre está lançada.

Porque são demais os perigos dessa vida….

Ouça as músicas, e assista ao filme!

TEMPOS DENSOS: 1967/1969, MÚSICA, POLÍTICA, MUDANÇAS SOCIAIS… E UM GRANDE FILME SOBRE TUDO ISTO: “UM VERÃO NA GRÉCIA.”

Os cinco CDS aqui postados foram lançados pela excelente RHINO RECORDS, no início da década de 1990.

Coligem o fino do “GARAGE ROCK” e do “SUNSHINE POP”, uma das fases mais interessante, criativa e bonita da música POP.

“SUMMER OF LOVE”, em dois volumes, foca no SUNSHINE POP, o misto de ROCK PSICODÉLICO mais leve, e música dançável e alto astral.

A série NUGGETS traz GARAGE BANDS e também SUNSHINE POP. E se baseia, mas vai além do colecionável LP DUPLO ORIGINAL, lançado nos anos 1970.

Foi o primeiro álbum a trazer parte da História, e principalmente legitimidade, para o ROCK DE GARAGEM de bandas desconhecidas que se tornaram míticas: SEEDS, CHOCOLATE WATCH BAND, ELECTRIC PRUNES, e incontáveis… hoje, monumentos da discografia imprescindível sobre a década de 1960.

A trilha sonora do filme é composta de músicas e artistas conhecidos naqueles tempos: MAMAS & THE PAPAS, ANIMALS, PROCOL HARUM…

Mas, curiosidade interessante: a quase totalidade das versões foi feita por bandas italianas daqueles tempos; e algumas bem legais! Instigantes! No mundo inteiro, “aconteceram” bandas copiando ou vertendo esses grandes clássicos…

A melhor música da trilha aparece em versão original. É um CULT meio esquecido do “POP – BARROCO – PSICODÉLICO – PROGRESSIVO” (Ufa!!!): a longa, densa e sofisticada ELOISE, com BARRY RYAN. Procure conhecer. Um ÉPICO POP sensacional!!!

E, lá vai o filme.

UM VERÃO NA GRÉCIA, ( LA SYNDROME DI ANTONIO ) 2016

DIREÇÃO: CLAUDIO ROSSI MAXIMI, COM QUERALT BADALAMENTI ( MARIA ) E BIAGIO IACOVELLI (ANTONIO)

É o melhor filme que assisti em 2021!

Profundamente humano, política e existencialmente inquietante; cheio de referências e diálogos profundos; e visitas por conhecidos lugares históricos.

Claro, permeado por algum humor, nem sempre refinado, como o bom cinema italiano geralmente traz. E tudo sintetizado em menos de duas horas.

Assisti-lo é muito prazeroso, e deve ser revisto algumas vezes, principalmente pelos quê se interessam por dilemas daquela geração, suas repercussões; conquistas, ganhos, perdas, oportunidades não identificadas, e vívidas frustrações.

Eu “estive lá”, digamos….

A vida pode ser lida como a construção de uma grande MANDALA. É frágil, bela, feia, às vezes… E a sua regra maior e mais frustrante é a IMPERMANÊNCIA de tudo… É muito trabalho realizado, que pode ser destruído por sopros de vento.

Literalmente, o resultado e a resposta estão “BLOWING IN THE WIND”…, como cantam dois chatos pertinentes e imprescindíveis: BOB DYLAN e o deputado paulista EDUARDO SUPLICY…

O grande momento daquela geração, a minha, foi a sequência explosiva e rica, abrangendo meados da década de 1960 até 1975, mais ou menos.

O ponto existencial, artística e politicamente culminantes foi 1968. Houve rebeliões, e confrontos geracionais no mundo inteiro.

Atingiu os ESTADOS UNIDOS, passou por toda a EUROPA democrática, principalmente FRANÇA, ALEMANHA e INGLATERRA…

Com resquícios na TCHECOSLOVÁQUIA, comunista, mas com certas liberdades interrompidas com a invasão soviética na PRIMAVERA de PRAGA, 1968.

A rebelião global chegou à ARGENTINA e URUGUAI; ao CHILE e ao BRASIL, também – enquanto houve liberdades e democracia…

Foi período político coalhado de ditaduras. E por prazeres explícitos liberados pelas inovações científicas e comportamentais, como a liberação que a pílula anticoncepcional trouxe às mulheres.

Tempo rico, nobre e denso E, torpe ao mesmo tempo. Pode-se alterar a ordem desses 4 fatores como se quiser…A vida ainda é mais ou menos assim…

“UM VERÃO NA GRÉCIA”, é uma pequena obra de arte.

As tramas acontecem em 1969/1970. E um dos subtemas é o reflexo disso tudo na ITÁLIA. E na GRÉCIA, principalmente, governada por um coronel golpista e sanguinário de nome PAPADOPOULOS – já acomodado na lixeira da História.

O roteiro mostra a construção de uma curta história de amor, interrompida pela distância, por dúvidas, e a inexperiência principalmente de ANTONIO. Tudo vem mesclado à filosofia, política e arquitetura. E com ensinamentos da mitologia grega, seus “deuses-espelhos” cheios de boas qualidades, defeitos, maldades, intrigas, perfídias e taras. ( na dúvida, visite o planeta TERRA).

O mesquinho e o sublime mesclados e identificáveis na História humana em todos os tempos. Deuses e mitos humanos até demais!

O primeiro personagem principal é ANTONIO, um jovem estudante italiano interessado por filosofia e mitologia; inteligente, crítico, algo recatado e sonhador; que, ao formar-se no ensino médio, faz viagem de carro à GRÉCIA para seguir os passos, visitar locais, e verificar ensinamentos de seu ídolo: PLATÃO – o inventor do conceito de ALMA.

ANTONIO procura identificar em si mesmo os fundamentos básicos da filosofia platônica: instinto, emoção, razão. Mas, está principalmente interessado em outro aspecto enfatizado por PLATÃO: a IGUALDADE, que inspirou politicamente todo o pensamento da esquerda, do final do século XIX, em diante.

Para ANTONIO, era CHE GUEVARA e a militância peripatética pela AMÉRICA LATINA, quem incorporava a figura de PLATÃO.

E aqui entra a cálida, graciosa, inteligente, corajosa e progressista MARIA. A garota grega que estudara na Itália, e indicada por um amigo para orientar as buscas de ANTONIO.

Ela é o modelo de feminista que admiro. Em vez das vulgares e tão faladas, como LEILA DINIZ, por exemplo. Ou as ditas liberadas que vemos cotidianamente expostas no açougue de carne humana.

MARIA é arrebatamento e charme, na medida … digamos, certa. Suas intervenções irônicas e inteligentes; e as engraçadas e corrosivas manifestações de ciúmes, que todo homem casado, ou comprometido, já assistiu alguma vez, são inesquecíveis porque humanas demais…

Deixo o desenrolar para vocês assistirem.

E vou comentar sobre o sutil tema central do filme: a IMPERMANÊNCIA. E as fugazes oportunidades que a vida apresenta. Mas que, se não percebidas, muitas vezes determinam perdas insuperáveis…

Entre o arrependimento e o remorso oscila a MANDALA que cada um de nós constrói. E a sorte sempre está lançada.

Porque são demais os perigos dessa vida….

Ouça as músicas, e assista ao filme!

VELHICE CHEGANDO: PENSANDO EM CRISTO E NO BUDA

 

Banho de piscina e meditação.

Perscrutei um pouco, tomei outros goles e veio à cabeça o dilema: Céu ou inferno?

Talvez, não?

Quem sabe purgatório e reencarnação? Os deuses não gostam de infidelidade partidária. Então, escolhe o time, pô: ou cristão ou budista?

Discordo, é claro!

Acho que tenho o direito à dúvida, à especulação, e a ser mais bem convencido dessas coisas…

No fundo, admiro os dois: CRISTO e BUDA.

Os budistas são mais abrangentes. Para eles, CRISTO É UM BUDA. E, faz todo o sentido, porque ambos são iluminados militantes, moral e eticamente influentes, no decorrer dos séculos.

Mas, existe o lado prático.

Hoje, pensei nos cristãos: céu, inferno, purgatório…

Pelo meu passado, acho que nadar no caldeirão do capeta é menos provável. À parte ROCK ‘N’ ROLL, vários copos a mais e algumas ranzinzices, faço parte da turma dos certinhos. Fui bom menino, e sou bom velhão. Mais, ou menos, quem sabe…

Ir para o céu direto?

Difícil. Primeiro, não agendei com o CRIADOR.

Sei lá, entende; entre os deslizes, eu tinha estilingue quando criança, e matei uns passarinhos desavisados. Chutei a canela de um farmacêutico escalado para aplicar umas injeções na minha bunda…

E puxei o rabo de cavalo da minha mulher, ANGELA, pedindo cola em uma prova para entrar no “colegial”, em 1969. Nos conhecemos lá, namoramos… Mas, isto já está prescrito. E paguei com a minha liberdade: casei com ela…

Sobrou o PURGATÓRIO.

Andei lendo a respeito, e concluí que é administrado por funcionários públicos. Lá ninguém decide nada…

O foguete para o infinito, entrar no paraíso e outras possibilidades, dependerá de muitos vistos, entrevistas, horas marcadas que são adiadas, muita desconversa…

E descer para cozinhar no tacho de Belial ou sentar no colo de Asmodeu, também é complicado, porque os burocratas de lá não assumem a responsabilidade. Ficam sempre na dúvida: e se queimar o desgraçado além do ponto? E, se der Procom? Sair nas redes sociais? E, se o cara reclamar no Datena? E, se acabar em C.P.I?

Eles não topam, não; acham melhor não decidir…

Na dúvida, eu permaneço por aqui. A cerveja continua gelada, apesar da pandemia e da política escrota dominante.

Mas, como sempre, quem sabe alguns luminares não sejam reeleitos. E, talvez, até sejam indicados para uma vaga na pensão Papuda , em Brasília – nenhuma estrela no guia Michelin…

E tem a copa do mundo, também; e vários discos legais chegando, alguns amigos, leituras…

Mas, principalmente, tem a ANGELA, que não quer que eu parta para a derradeira gargalhada – ao menos por enquanto…

MEMÓRIAS: QUE INVEJA, PROFESSOR MOTA!

Tempos atrás, no Estadão, meu ex-professor – por pouquíssimas aulas, infelizmente – CARLOS GUILHERME MOTA, escreveu um artigo sobre a BIBLIOTECA BRASILIANA MINDLIN, agora instalada na USP. Nela está guardada e preservada a coleção de livros sobre assuntos brasileiros coletados, comprados, descolados e colecionados por JOSÉ MINDLIN e sua mulher, GUITA MINDLIN, durante uma vida longa, frutífera e decente.

É de causar inveja e de nos dar orgulho que alguém, um brasileiro bibliômano e bibliófilo, tenha feito isso e, posteriormente, doado à USP, que se encarregou de construir o prédio para abrigá-la!

Claro, esse tema não deveria sensibilizar a FILÓSOFA VANESSA POPUZUDA, celebrizada por um professor inconveniente, pretencioso e piadista de mal gosto, que indicou um dos ” textos criados por ela ” para ser comentado em uma prova que ministrou. Hummm…

Acho que o professor talvez gostasse, mas duvido que se importasse muito com alguém como MINDLIN e o que ele nos legou.

Mas deixa prá lá, o assunto é outro: é a inveja que tive do professor MOTA que, já veterano e realizado, dirigiu a biblioteca e os planos para democratizá-la, abrir acesso às pesquisas, tornar funcional um acervo de raridades e belezas que a maioria de nós, brasileiros, não sabe que existem.

Tive e tenho inveja, sim. O professor teve acesso direto aos livros, pode tocá-los, admirá-los e conviver com eles. E ajudou a definir políticas para que fossem social e culturalmente úteis.

Dizer para todo mundo que colecionar coisas belas vale, sim, a pena; e se, posteriormente, colocadas à disposição de um público maior será ato de cidadania e generosidade, contrastante com os tempos medíocres e violentos que vivemos!

Recomendo a todos que busquem o artigo do professor.

E, da minha parte, mestre, sinto muito não ter ficado sabendo e, quem sabe, ter tentado descolar uma boquinha para ajudar.

Na próxima eu sou primeirão qualquer coisa aí, tá ligado?

12 de abr de 2014 15:01

COMO EU PENSAVA O BRASIL EM 2014, PERTO DA ELEIÇÃO

Claro, quem é eleito tem o direito de aplicar o programa que o elegeu. E o PT não poderia ser exceção, não para quê formar um partido ideológico, que demorou mais de 20 anos para chegar ao poder e com apoio da sociedade, não é mesmo?

O PT criou alguns fatos consumados, que não poderão deixar de ser considerados, seja lá quem for eleito.

1) melhorou a distribuição de renda. Do jeito que o fez, não interessa, mas melhorou;

2) Criou e manteve empregos para os mais pobres, empregos simples, mas empregos para a base da sociedade, o que é ótimo; 3) Incentivou que a sociedade se organizasse, principalmente os mais necessitados. E isso tudo vai permanecer, porque correto e qualquer partido moderno – PSDB incluidíssimo ! – persegue isto;

4) Pôs ênfase, mesmo que retórica, na educação.

Então, qual é o problema com PT?

Um monte.

1) Busca um hipotético socialismo com empreguismo, e o faz porque precisa tomar conta do Estado empregando seus correligionários, estejam eles preparados, ou não.

Só no governo Federal são quase 25.000 cargos de confiança. Fora ONGs patrocinadas pelo Estado, uso de empresas estatais para acomodar gente do partido e etc. e tal…

2) A corrupção é decorrência direta da ocupação de cargos para beneficiar um política partidária, vide mensalão e, agora, petrolão. 3) Aumentos salariais na base da economia, sem o contraponto da produtividade geram inflação e carestia. Mesmo assim, vamos considerar que eram urgentes e necessários, afinal, o brasileiro ganha pouco, muito pouco e trazer a ninguenzada para o mercado é uma questão ética.

5) As benesses sociais sem o aumento da produção, sem o incentivo a quem produz; sem parcerias público-privadas; sem concessões de serviços públicos em número adequado; e sem deixar o capitalista lucrar, tendem ao inflacionário e à estagnação econômica.

6) Nem comentei a ojeriza ideológica do partido às privatizações de empresas pura e simplesmente – um erro crasso e repetido pelo partido.

7) Considerem, se o PT não tivesse imposto ao Itamarati uma política externa contrária às nossas tradições, possivelmente teríamos mais parceiros externos, acordos com a Europa, Estados Unidos, Ásia e a Comunidade do Pacífico. Venderíamos mais e importaríamos mais tb.

Do jeito que está, exportamos nosso produtos industrializados apenas para a Argentina, Venezuela e outros caloteiros ou duros na África.

A sorte brasileira é a performance da Agroindústria, que supre o mercado interno e exporta com magnífica eficiência. Só que a turma do campo é assediada pelo MST e outros, incentivados pelo PT e grupos de esquerda, que não lhes dão paz. Ou seja, tiros no pé o tempo inteiro.

😎 Então, manter a coisa desse jeito implica em dar bilhões de reais em subsídios.

Começa pela gasolina, quebrando a Petrobras e por tabela a produção de álcool. Depois à geração de energia, quebrando, também o setor elétrico, entre outros.

Isto quer dizer que, independentemente de quem vencer a eleição, terá um perereco nas mãos: reajustar os preços defasados e congelados. Portanto, está claro que haverá inflação, mas é inevitável que seja feito.

Mas, não era preciso DILMA ROUSSEFF ter feito desse jeito,. Bastava seguir com mais calma e não onerar tanto o tesouro, ou seja: confiar um pouco mais no mercado.

Isto nos levou a algumas novidades na vida política, inclusive o ressurgimento da oposição. É muito difícil dizer se chegaríamos aonde estamos, com a Dilma empatada com o Aécio, se o Eduardo Campos estivesse na parada.

Mas, é bem possível, que sim, porque:

1) O Brasil é, e a maioria da população quer que continue sendo, um país capitalista. Haja vistas para a quantidade de gente que quer empreender e trabalhar por conta. Então, é preciso deixar de frescura e aceitar esse fato, o que o PT não pode, por questões ideológicas e etc. e tal.

2) Está se consolidando uma imensa quantidade de jovens que têm preocupações sociais, mas não são nem COMUNISTAS e nem SOCIALISTAS. Isto é visível no dia-a-dia, na web em geral, e aqui no Facebook. Vejam as observações que faz o professor PONDÉ sobre seus alunos na faculdade.

3) A sociedade parece estar cansada da militância barulhenta e está se tornando mais conservadora. Vejam o novo Congresso. Veremos até onde vai o aplauso direto a causas mais progressistas como o aborto, casamento entre homossexuais e descriminalização das drogas

Dessas três causas, a única que eu não defendo integralmente é a total descriminalização. Acho que apenas a maconha deve ser liberada.

4) A sociedade está exigindo mais e melhores serviços públicos. O que é justíssimo, mas custa caro. Então, o governo vai ter que se virar para deixar que a economia funcione mais livre; resumindo, com mais capitalismo. O PT não gosta disso, entrava, problematiza, então… teremos problemas.

5) A corrupção quase se tornou um fato cultural irremovível, no Brasil. Mas, não é. Justo ou não, o fato é que ela exacerbou-se e generalizou-se no governo do PT – não só dele, é claro. Mas, é assim que está sendo percebido e, na maioria dos casos comprovado.

5) A essência do PT é a permanente mobilização. A turma deles na Web, nas Universidades, etc., defende com unhas e dentes a manutenção do poder, só que a sociedade periodicamente se cansa disso;

A) se cansou quando elegeu o Collor;

B) o PT votou se opondo a tudo no governo Itamar e FHC – e a sociedade elegeu FHC por dois mandatos, e nunca se falou tanto em medidas neoliberais para consertar a economia, o que acabou acontecendo;

C) A sociedade tolerou e entrou na onda quando Lula foi eleito; deu, também, voto de confiança para a Dilma;

D) Agora, no final do governo Dilma, um novo surto conservador está se impondo.

Conclusão: é falta de sabedoria política dizer que se vai avançar mais. As pessoas parecem querer mais sossego, trabalhar em paz, sem muito alarde e com um governo mais eficiente, contido, mais bem administrado e menos militante. E bem menos corrupto.

Isto, a meu ver explica a vitória do Alckmin, em São Paulo. Ele fala pouco, trabalha, vai ajustando as coisas pontualmente. Claro, seu governo não é qualquer maravilha, mas funciona – apesar da falta d´água, uma aposta que pode acabar com a carreira política dele. Tudo caminha com certa normalidade no governo dele. O orçamento é cumprido, as finanças estão mais ou menos em dia, sai uma estação de metrô aqui, uma ponte ali, e vamos andando. Há problemas de monte, mas a população em geral confia nele, lhe deu votação consagradora e renovou a Assembleia com políticos da situação.

O Brasil parece mais inclinado a saborear quitutes de chuchu e cervejinhas baratas, do que apostar em hipóteses mais retumbantes.

Eu vou de Aécio Neves por questões políticas e ideológicas, mas sei que ele terá de fazer um governo perto do impecável. Porque se realmente a sociedade quer mais calmaria e sossego, com o PT na oposição para o governo isto não vai acontecer.

12 de out de 2014 18:24

PENA DE MORTE – SOU RADICALMENTE CONTRA!

A existência e aplicação dela sempre me consterna e apavora! Evito, inclusive assistir a filmes, em que ela é parte do enredo.

A PENA DE MORTE é o suprassumo do niilismo e da negação do civilizado. Discordo frontalmente de sua existência e sempre combaterei, dentro da lei, um Estado que a tenha em sua Constituição.

A CONSTITUIÇÃO DO BRASIL a impede por cláusula pétrea. Concordo e tenho orgulho disso!

Muitos argumentarão que há gente irrecuperável, que não pode conviver junto aos cidadãos de bem. Concordo; não penso como ROUSSEAU; e já fui vítima de gente que precisava, ou precisa permanecer atrás das grades.

Eu sou favorável a penas mais fortes e a redução da maioridade penal – que são assuntos polêmicos, porém contidos às fronteiras da civilização. Discussões eticamente possíveis.

É minha opinião, que o Estado tem, sempre, de estar acima da barbárie de alguns; e aplicar leis que deem exemplos e punam.

Mas, jamais se igualar a qualquer assassino, matando com o aval da justiça.

A pena de morte não é pedagógica, porque não ensina; além de equiparar moralmente o executor ao condenado. Tornando indistinguível, nesse caso, justiça a vingança.

Considero a PENA DE MORTE tão covarde quanto um atentado a civis pacíficos; ou um homicídio premeditado; e qualqueer latrocínio.

Porém, com o agravante de ter a legitimação social e legal para imobilizar e executar o condenado.

Sem comentar muito, é óbvio que a existência e aplicação da PENA DE MORTE é, também, filosoficamente indefensável. Eu não autorizo, como cidadão, que o ESTADO que a representa a minha NAÇÃO, desça ao nível de barbárie planejada e ritualística que aquilo implica.

Imagine a cena: o condenado é amarrado, e friamente executado, sem qualquer possibilidade para reagir ou defender-se. Ele é assassinado covardemente! E há os executores, médicos, enfermeiros e toda camarilha de psicopatas amparados em lei para fazê-lo! Não consigo imaginar algo tão repugnante!

Hoje em dia, usa-se a injeção letal. No entanto, a maioria das INDUSTRIAS QUÍMICAS se recusa a coonestar a barbárie. E não vende anestésicos e preparados indolores para essa finalidade.

EXECUTAR ALGUÉM é de imoralidade e falta de ética ímpar! E gente civilizada deve se opor a isso, independentemente do instinto de vingança que alguns facínoras suscitem na maioria de nós – em mim, inclusive.

Anos atrás, dois rapazes brasileiros, idiotas e criminosos, foram executados em uma prisão na Indonésia. Foram condenados por tráfico de drogas. Eram dois típicos irresponsáveis, que julgaram outro país pela leniência de nossas Instituições legais.

Há, hoje, outra brasileira por lá condenada…

Tenho compaixão por eles! E tenho sérias críticas e até raiva de quem os educou; e censuras a eles mesmos, é claro!, que traficaram por hedonismo e “boa vida”.

Eram moços eram dois vagabundos que pagaram com a vida pelos medíocres que se tornaram. E foram detidos para a consumação suprema de uma barbaridade maior!

Há um aspecto político que não vi comentaristas dando conta, à época: o BRASIL interveio e apoiou a separação do TIMOR LESTE da INDONÉSIA. Devem ter ficado sequelas diplomáticas; portanto o governo indonésio nem levou em consideração os pedidos de clemência feito pelo governo brasileiro; um jeito de mostrar distância diplomática.

E nunca vi tanta gente, aqui no BRASIL, torcendo pela execução dos caras, como aqui nas redes sociais.

Na escala evolutiva, estamos macaco abaixo. Deus e a lucidez nos livrem deles…

Uma prece e repúdio a mais, portanto!

PENA DE MORTE – SOU RADICALMENTE CONTRA!

A existência e aplicação dela sempre me consterna e apavora! Evito, inclusive assistir a filmes, em que ela é parte do enredo.

A PENA DE MORTE é o suprassumo do niilismo e da negação do civilizado. Discordo frontalmente de sua existência e sempre combaterei, dentro da lei, um Estado que a tenha em sua Constituição.

A CONSTITUIÇÃO DO BRASIL a impede por cláusula pétrea. Concordo e tenho orgulho disso!

Muitos argumentarão que há gente irrecuperável, que não pode conviver junto aos cidadãos de bem. Concordo; não penso como ROUSSEAU; e já fui vítima de gente que precisava, ou precisa permanecer atrás das grades.

Eu sou favorável a penas mais fortes e a redução da maioridade penal – que são assuntos polêmicos, porém contidos às fronteiras da civilização. Discussões eticamente possíveis.

É minha opinião, que o Estado tem, sempre, de estar acima da barbárie de alguns; e aplicar leis que deem exemplos e punam.

Mas, jamais se igualar a qualquer assassino, matando com o aval da justiça.

A pena de morte não é pedagógica, porque não ensina; além de equiparar moralmente o executor ao condenado. Tornando indistinguível, nesse caso, justiça a vingança.

Considero a PENA DE MORTE tão covarde quanto um atentado a civis pacíficos; ou um homicídio premeditado; e qualqueer latrocínio.

Porém, com o agravante de ter a legitimação social e legal para imobilizar e executar o condenado.

Sem comentar muito, é óbvio que a existência e aplicação da PENA DE MORTE é, também, filosoficamente indefensável. Eu não autorizo, como cidadão, que o ESTADO que a representa a minha NAÇÃO, desça ao nível de barbárie planejada e ritualística que aquilo implica.

Imagine a cena: o condenado é amarrado, e friamente executado, sem qualquer possibilidade para reagir ou defender-se. Ele é assassinado covardemente! E há os executores, médicos, enfermeiros e toda camarilha de psicopatas amparados em lei para fazê-lo! Não consigo imaginar algo tão repugnante!

Hoje em dia, usa-se a injeção letal. No entanto, a maioria das INDUSTRIAS QUÍMICAS se recusa a coonestar a barbárie. E não vende anestésicos e preparados indolores para essa finalidade.

EXECUTAR ALGUÉM é de imoralidade e falta de ética ímpar! E gente civilizada deve se opor a isso, independentemente do instinto de vingança que alguns facínoras suscitem na maioria de nós – em mim, inclusive.

Anos atrás, dois rapazes brasileiros, idiotas e criminosos, foram executados em uma prisão na Indonésia. Foram condenados por tráfico de drogas. Eram dois típicos irresponsáveis, que julgaram outro país pela leniência de nossas Instituições legais.

Há, hoje, outra brasileira por lá condenada…

Tenho compaixão por eles! E tenho sérias críticas e até raiva de quem os educou; e censuras a eles mesmos, é claro!, que traficaram por hedonismo e “boa vida”.

Eram moços eram dois vagabundos que pagaram com a vida pelos medíocres que se tornaram. E foram detidos para a consumação suprema de uma barbaridade maior!

Há um aspecto político que não vi comentaristas dando conta, à época: o BRASIL interveio e apoiou a separação do TIMOR LESTE da INDONÉSIA. Devem ter ficado sequelas diplomáticas; portanto o governo indonésio nem levou em consideração os pedidos de clemência feito pelo governo brasileiro; um jeito de mostrar distância diplomática.

E nunca vi tanta gente, aqui no BRASIL, torcendo pela execução dos caras, como aqui nas redes sociais.

Na escala evolutiva, estamos macaco abaixo. Deus e a lucidez nos livrem deles…

Uma prece e repúdio a mais, portanto!