O BRASIL E AS MÍDIAS QUE O ASSOLAM, 02/2014

Estou pensando em exterminar os pedreiros, pintores e o arquiteto que toma conta deles. Estou parado, com tudo pronto e muito tempo perdido, aguardando que esses profissionais confiabilíssimos cheguem às 9,30 horas da manhã. São 13,30!

Como fiquei travado e sem possibilidade de cuidar de outras coisas, aproveitei para ler e pensar sobre alguns comentários e postagens que todos nós recebemos.

Olhem, está se criando um contraposição de “ideias” que, à primeira vista parece muito salutar mas, de fato, é desinformação pura. As mídias ditas sociais e alternativas, tanto à esquerda como à direita, estão prestando um desserviço absurdo para o brasileiro, fomentando uma divisão artificial do Brasil forçando interpretações totalmente descabidas do real, juntando fatos mal checados e dando interpretações que só servem para o público alvo a que se destinam.

Vejam as manifestações em defesa de black blocs e outros manifestantes, que jamais cogitam que possam estar errados ou que eventualmente o governo possa estar certo, quando os combate. Peguem os dois moleques que dispararam o foguete, acidentalmente é provável. À esquerda são tidos como inocentes e coisa plantada pela polícia. Vejam, também, o que foi feito do Sérgio Cabral, governador do Rio, que tem defeitos evidentes, mas criou e implantou um plano de pacificação dos morros cariocas, que estava dando certo, mas foi totalmente sabotado pela bandidagem com ajuda dos manifestantes inocentes úteis, que o desmoralizaram. E, agora, como ficará?

Mas, à direita, a coisa não é muito melhor. Recebi postagem de uma pseudoreportagem feita pela hipotética revista chamada France Futebol, ou algo assim. É uma compilação de defeitos do Brasil, problemas que realmente existem, mas que seria impossível ser feita por um jornalista estrangeiro, com tantos dados coletados, citados a seco e sem qualquer interpretação mais funda. É claro que é armação. Quem conhece um pouco de jornalismo – e eu conheço não só por formação, mas por ser leitor, ouvinte e telespectador voraz, há quase 48 anos -, sabe que não é assim!

A guerra é tão forte que me fez defender o governo no PT – do qual sou adversário absoluto – , por discordar ideologicamente, em primeiro lugar e da forma de governar, que considero irresponsável, demagógica e ineficiente.

Mas, o jornalista caprichou: disse que somos todos corruptos – não somos, é óbvio, vários são; que ninguém aqui liga para política – nos EUA e na maioria dos países do mundo ninguém liga, também; que o Brasil quer um lugar no Conselho de Segurança do ONU, mas a França não deixa – bobagem, quem não “deixam” são os sete membros, mais a India e, principalmente, a Argentina e quase toda a América Latina, por uma questão de poder.

Escreveu, também, que as manifestações de rua de junho foram as maiores da história e os governos nem ligaram – bobagem, o impeachment do Collor, a campanha pelas diretas e até o povo na rua em 64 e 68, contra e a favor do golpe, foram maiores. Disseram que houve 2.000 feridos e 2.000 detidos. Bem, sem comentários… E que o Estado brasileiro gastou 400 milhões de euros em armamento para a polícia reprimir. Quá, como diz o pessoal de Patópolis… se houvesse toda essa grana em armamentos, não sobraria bandido e manifestante nesse vale de lágrimas.

Eu não sei como se joga o tal artigo para que todos leiam. Há zilhões de absurdos, distorções e etc… A quem isso serve?

O fato, pessoal é que a melhor mídia que temos ainda é a tradicional: os jornais, tvs e revistas que todos conhecemos. A cultura do blog, fomentada de lado a lado, é desinformativa, alienadora e diversionista. Jornalistas como a Miriam Leitão, o Willian Waack e o falecido Joelmir Beting, valem por quase tudo o que lemos por aí, principalmente nos alternativos. O jornalismo dos falsos diagnósticos, das falsas soluções e das falsas contestações é um problema sério para os dias que virão. Tenham cuidado, sejam maduros.
POSTAGEM ORIGINAL 26/02/2014

ENQUANTO ISSO EM PATÓPOLIS…, 2014

Vocês viram, ontem, a propaganda política do PSB, com o Eduardo Campos e a Marina Silva? Fantásticos!

A Marina nos brindou com cara, boca e jeito de missionária evangélica misturados à pregação ambientalista. Misto de Rousseau e Igreja Universal do Reino de Deus.

Sinceramente, num país que se pretende moderno é possível uma postura desta? Uma santa na Presidência da República exalando verdades moralistas em qualquer decisão que venha tomar? Que falácia, que mistificação, que criatura inadequada. Imaginem os casos de urgência tratados por uma purista? O dia-a-dia da polítca e da administração eivado por preconceitos, idealizações remotas e nojo moral dos que não concordam? Mulher por mulher na presidência, a Dilma é menos pior!

Mas, isto parece irrelevante, já que ela veio para fazer o bem…. A Marina Silva me lembra a Banda do Zé Pretinho do Jorge Benjor: mistura bumbo com violino e reveste o “arranjo” com um vácuo de ideias – tipo Lula do sexo feminino. Gente como a Marina tende a travar o progresso, ser inimiga do moderno, da urgência e do futuro. Falando sério, não precisamos de Marina Silva.

E o Eduardo Campos, heim? Bom, era neto do Miguel Arraes, conhecido por ser lacônico, um político carismático que falava pouco… um Lula ao contrário.

O Miguel Arraes e o Lula tinham algo em comum: nada a dizer, nítidos nulos. E o filho do Chico – oops, isto é pecado! – vai no mesmo caminho. Muito a falar e nada a dizer. Espero que aqui, em Patópolis, a patalhada fique atenta quando tiver de rechear as urnas. Quá, quá, pra vocês.
PUBLICADO EM 26/02/2014

BRASIL, INFLAÇÃO E UM ACASO TENEBROSO

FINAL DO GOVERNO DILMA – 2016

Vejam o que é a vida no Brasil. Tanto esforço, tanta briga, uma luta feroz de todo o povo brasileiro para superar a inflação e recolocar o país no caminho de um desenvolvimento mais ajustado, e caímos nas mãos de um governo, um partido, e principalmente uma governante, que se lixam para isso. O Brasil quebrou, completaremos no final desse governo criminoso mais dez anos de perdas; vinte anos jogados no lodo em menos de quarenta; de viagens rumo ao inferno, diagnósticos errados, de incompreensão de como funcionam as coisas no mundo.

O pai da Presidenta veio para o Brasil fugindo do comunismo na Bulgária. Deixou família por lá e fez outra por aqui. Sua filha Dilma representa tudo aquilo do qual ele fugiu – o que é muito comum em qualquer família e na relação pai e filhos. Se ele não tivesse vindo para o Brasil certamente estaríamos hoje e sempre bem melhores.

Pagamos muito caro pelo idealismo dos medíocres.

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KEITH JARRETT ( parte 2 )- E.C.M. RECORDS – “A EXATIDÃO INTUITIVA”

Fiz IMERSÃO nos poucos discos que tenho dele, e fiquei convencido de que JARRETT é imprescindível, apesar da irritante antecipação dos solos com sua VOZ DE PATO DONALD, simultaneamente induzida à música genial que constrói nas gravações ao vivo.

É uma chatice não evitável. Mas, tem remédio. É bem possível no decorrer dos tempos, que muitos de seus discos venham a ser tratados em estúdio para eliminar o… “PROBLEMA”. A “falas” desconcentram o ouvinte. São ruídos inseridos que tornam a música feia e chata. Tornam esquisita a obra em desenvolvimento..

Em resumo, KEITH JARRETT realizou, pela ECM, quatro tipos de trabalhos.

1) Iniciou acompanhado por um quarteto de músicos europeus, em contraste à sua formação clássica e jazzística nos Estados Unidos.

Sua música peculiar, e bela por definição, casava-se perfeitamente ao JAZZ FRIO do SAXOFONISTA JAN GARBAREK; do baixista PALLE DANIELSSON, e do baterista JON CHRISTENSEN, músicos típicos da ECM.

Com esse conjunto, KEITH gravou diversas composições de sua autoria, todas ALÉM-JAZZÍSTICAS, e que destacam sua reconhecida HABILIDADE PIANÍSTICA. O exemplo aqui é o disco “MY SONG”…

2) KEITH tem enorme vocabulário artístico, e talento para construir frases inusitadas no piano; estendê-las ou encurta-las, e mesmo terminá-las inesperadamente. JARRETT sabe usar o intervalo entre as notas, espaços, e fazer música totalmente pessoal. Ele cria “PONTOS e VÍRGULAS” na concepção instantânea de sua música, talento que o tornou concertista solo de grandeza ímpar.

KEITH JARRETT praticamente criou o improviso ao vivo no piano solo. Há enorme discografia nesta linha. Aqui, por exemplo, estão “THE KÖLN CONCERT”, que vendeu muito; “THE VIENNA CONCERT”, e o excepcional “STAIRCASE”.

Há muito tempo caiu em minhas mãos um box com 10 LPs da ECM, chamado THE SUN CONCERTS, gravados ao vivo no Japão. Uma doideira de improvisos inacabáveis! Louquíssimos! Álbum caríssimo, que acabei me desfazendo e hoje lamento “abissalmente”…. BURRAGENS do COLECIONISMO…

3) Talvez o trabalho mais profícuo e de maior sucesso seja, também, o mais “conservador”. O trio americano que formou com o baixista GARY PEACOCK e o baterista JACK DEJOHNETTE, teve duração enorme para os padrões do JAZZ. Mais de 25 anos. Começaram no início dos 1980, e foram até aproximadamente 2010 – e quem sabe além disso.

A CRÍTICA AMERICANA considera essa formação talvez o melhor TRIO de JAZZ história! Não é pouca fama!!!! Os três juntos gravaram coisas vanguardistas e originais; principalmente STANDARDS JAZZÍSTICOS, mas sob outra ótica…

Veja exemplo aqui em “TRIBUTE”. Um álbum duplo composto por coleções de standards recriados não sob a perspectiva do compositor original, mas com base nas versões que a banda considerava relevantes.

Então, há “SOLAR”, de MILES DAVIS, na versão da perspectiva de BILL EVANS; e SMOKE GETS IN YOUR EYES, vista como fosse por COLEMAN HAWKINS; ALL THE THINGS YOU ARE, de JEROME KERN, no olhar de SONNY ROLLINS e por aí vai…

E não deixem de ouvir o espetacular YESTERDAYS. Foi gravado ao vivo no Japão, e a qualidade técnica da gravação é extraordinária. Disco imperdível; o trio está no auge criativo e em total sinergia aproveitando cada nota em razão da vantagem de haver um tema condutor nas músicas. É coisa relativamente recente, feita em torno de 2010. E explica muito da grandeza dos três músicos. É Fantástico, acredite.

4) Como gênio complexo e produtivo, JARRETT meteu-se com a música CLÁSSICA, e fez discos considerados entre os melhores sobre as composições que escolheu. Gravou com estilo BACH, por exemplo.
E fez versão para TABULA RAZA, obra do estoniano ARVO PART, talvez o maior compositor de música “CLÁSSICA CONTEMPORÂNEA”!

O catálogo enorme e em trânsito de KEITH JARRETT está entre os grandiosos da produção contemporânea. É música de alta qualidade, melódica sem ser vulgar ou brega, e muito acima e além dos rótulos. JARRETT toca sem parar; fraseia e harmoniza o tempo inteiro, e tem noção absoluta de ritmo.

Vou buscar mais coisas dele. É inevitável e prazeroso demais!
Postagem original: 25/02/2020

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BRIAN FERRY – THE BRIDE STRIPPED BARE – 1978

EDIÇÃO EM VINIL 180 GRAMAS, EM 2021

Eu consegui ficar perto do palco em shows, e sem ser molestado, duas vezes:

Assisti ao BRIAN FERRY, em NOVA YORK, na estreia de sua turnê americana no final de 1994.

Simplesmente saí do meu assento no histórico BEACON THEATRE, no WEST SIDE, e fui para frente do palco. Fiquei lá discretamente com a máquina fotográfica, uns 2 metros do ROBIN TROWER, que era o guitarrista da banda, e distante uns cinco metros do BRIAN.

Muito delicados, os seguranças pediram que eu me afastasse. Apenas sorri, disse que era um velho e inofensivo fã, e pedi mais uns minutos. Fotografei muito, tenho os negativos, e adorei a experiência.

A segunda vez, foi em show do CHICO BUARQUE, no extinto PALACE, em SAMPA, uns 25 anos atrás. Levantei, da cadeira, fui à beira do palco. Fiquei olhando o CHICO, observando o ícone e sua performance.

Ele estava uns 5 metros para dentro do palco, em relação à beira. E, lá, compreendi sua grandeza, quando percebi que cantava muito bem, e de maneira profissional. Pediram para eu me afastar, mas no charme, consegui permanecer. Foi sensacional!!!!

BRYAN FERRY sempre foi um individualista que atuava em consenso. É um líder.

Seu primeiro disco solo saiu em 1973. No ROXY MUSIC havia regras de colaboração muito interessantes: BRYAN chegava com as músicas, uma demo ou apenas uma dica de melodia, e o banda desenvolvia os arranjos, e os complementos.

Considerando além, quando se escuta algo meio fora da linha nos discos do ROXY é bom ter certeza de que o acordo funcionou….E vamos combinar: sempre deu certo!

Este vinil é o quinto disco solo de FERRY. Vendeu mais no mercado inglês do que no americano. E foi gravado depois que JERRY HALL, sua namorada na época, o trocou por MICK JAGGER…. Hummmm….

O nome é o mesmo de uma obra de MARCEL DUCHAMP. E é tido como disco bastante pessoal. Alguns o comparam, talvez exageradamente, a VAN MORRISON, JOHN CALE, e até ao que fazia DYLAN, naquele momento.

Parte da banda que o acompanha é de músicos americanos com alta legitimidade artística, naquele momento, como o guitarrista WADDY WACHTELL. No repertório há clássicos da SOUL MUSIC, como HOLD ON, I´M COMING, redefinidos segundo o espírito de BRYAN FERRY, naquele momento.

Para mim, é bastante claro: pra que fazer versões se não estão de acordo com o sentimento e percepção do artista? Concordam?

Enfim, sensibilidades a serem perscrutadas. Trabalho desafiador para fãs mais incisivos, apaixonados…

Aliás, foi anterior a BOYS AND GIRLS, o álbum de maior sucesso da carreira solo de BRYAN FERRY.

Pra terminar, é interessante notar que esta edição é muito bonita. Capa dupla, produção gráfica de primeira linha, e a foto e as cores escolhidas são matadoras! O disco é denso, 180 gramas. Muito sólido e atraente. Chegou na minha toca pelo custo total de $ 18,00 BIDENS! Uns R$ 90,00 MANDACARUS…E vale cada centavo.

É assunto pra qualquer outra hora discutir o papel da estética na compra de um VINIL relançado, como este aqui, em vez de procurar por um original…Comprei. E não tenho PICK UP!

Postagem original, 25/02/2024

MEMÓRIAS DA NECESSÁRIA COMPAIXÃO, E DA DELINQUÊNCIA SONORA!!!

Toda vez que paro ao lado de um carro onde algum moleque está tocando aquele horror atual, RAP, PANCADÃO, ou SERTANEJOS tipo DENTISTA E CARIADO, LEÃO E LEOPARDO, MAYARA E MARAÍSA…e sei lá mais o quê, eu penso: calma, SERJÃO, você foi muito pior e sabe disso!!!

Tempos atrás, eu assistia a um torneio de GOLFE pela televisão, e um comentarista e instrutor disse o seguinte:

“Todo dia aparece alguém querendo aprender a jogar. Pedem logo um taco para dar uma porrada letal na bola, e mandá-lo a sei lá quantas jardas de distância…”

E o cara ponderou. “Dar tacada é apenas uma parte do esporte”.

Mas, não é assim que a banda toca. “O mais difícil é botar a bola nos buracos”.

O “GREEN” é terra indomada, cheia de armadilhas, então você precisa aprender a “PATHEAR”, tocar a bola nas curtas distâncias, calcular o toque, e adquirir técnica. Demora, é o mais difícil…

Em vista disso e muito mais, aprendi a ser tolerante e manter o bom humor.

Certa vez, TIO SÉRGIO e amigos “comórbidos” estavam em restaurante, quando apareceu um garoto com a mãe. Eles ouviram o papo “ilustrado” da mesa ao lado. Nós.

O menino tentou entregar um CD “PROMO” de REGGAE gravado pela banda que ele fazia parte.

Eu fui o único que aceitou, e ainda bati um papo! Ser gentil não custa. É pedagógico, e até hoje obrigatório – eu acho…

O garoto explicou que ainda estavam no início, coisa e tal, e pediu para eu ouvir e dizer o que achei do que “cometeram”.

Fiz isso em nome do que é justo, e do meu passado nada recomendável em termos de comportamento frente à música – e vá lá, frente à vida também…

Resumindo, o disco era muito ruim. Dias depois, liguei para ele e expliquei os meus motivos: 1) letras ruins e português péssimo. Recomendei que estudassem a língua antes de compor. Observei que é essencial, porque um comportamento cidadão exigível de qualquer profissional sério.

2) Argumentei que o REGGAE é enganosamente óbvio. Então, superar-se, evoluir, implica em criatividade e muito ensaio.

3) Elogiei a iniciativa dos meninos, mas ponderei que antes de gravar é preciso lapidar o que se pretende fazer. Ter menos pressa, o que é difícil frente à motivação para fazer o quanto antes…

Não sei o que aconteceu com a banda. Nunca soube no que deram…

Acho, também, que conselhos sinceros e adequadamente expostos são fundamentais para qualquer iniciante. Um jeito maduro de ajudar.

O TIO SÉRGIO aqui ainda é um tanto da fuzarca! Aprendi em meus compêndios sobre ROCK, JAZZ E MÚSICA “ANTISSOCIAL” em geral, que a boa MÚSICA POP necessariamente precisa incomodar os mais velhos.

É vero, é fato. É assim que as coisas se desenvolvem ( eu escrevi desenvolvem, e não a palavra “evoluem”, diferença de conceitos abissal).

Pentelhar o próximo é essencial para o mais jovem se distinguir dos velhos.

Vocês duvidam?

Então, respondam? Por que será que eles fumam?

Porque é perigoso, desafiante, rebeldia em explícita. A vida é tão medíocre e trivial assim.

Dia desses, acordei com a macaca! Não, não torço pela PONTE PRETA!!! E baixou vontade incontrolável de ouvir o inaudível e o inacreditável.

E tenho um lado insalubre, esquisito e provocador; os meus amigos sabem…Aproveitei para escutar coisas como MERETRIO, WALTER FRANCO, THROBBING GRISTLE, FRANK ZAPPA, SHAGGS, CARLA BLEY, e o FOSSORA, da BJORK.

Quem sabe ponha pra rolar as pianistas “erudito contemporâneas” HÈLÉNE GRIMAUD e BEATRICE BERRUT, artistas excelentes e moças belíssimas! As duas e a BJORK merecem audições cautelosas, detidas, detalhadas. Por isso, não estão na foto.

Ouvi novamente o MERETRIO. É interessante. Mas, lembram um pouco a afobação do garoto do REGGAE. Fazem FUSION com certa pretensão e algum discernimento.

Mas, por que músicos da geração deles sempre voltam aos clássicos na MPB, tentando atualizar a linguagem sem observar essências?

Honestamente, LUIZ GONZAGA tem nada a ver com JAZZ e nem pretendia. Deixar os mortos em seu lugar e com o devido respeito, talvez seja mais produtivo do que ressuscita-los em Igrejas que jamais frequentaram. Principalmente, se o exorcista não tiver tantos apetrechos artísticos, técnicos e de talento assim…É o caso dos meninos aí…

Ouvi outra vez “THE PERFECT STRANGER”, de FRANK ZAPPA, em arranjo e regência de PIERRE BOULEZ, gravado em 1984.

Achei magnífico!!!

E concluí o óbvio: craque grava craque. Na metalinguagem peculiar do ex-deputado e modista CLODOVIL HERNANDEZ, para referir-se aos homossexuais, “Boi preto reconhece Boi preto”!!!!

Somando vivências eu vou continuar na direção e na procura de tudo que não me lembre o “ÓBVIO ESFOLIANTE”.

Eu acho que tornar-me um COMPÓSITO CONTRADITÓRIO é mais desafiador do que ser METAMORFOSE DEAMBULANTE.

Escrevi e pronto! A irresponsabilidade é minha.
Postagem original 21/02/2023

BUDISTAS – DUAS HISTÓRIAS: MONJA COHEN, E O “NOSSO” MONJINHO.

Quando o meu dileto amigo JEAN YVES DE NEUFVILLE faleceu, anos atrás, fui comunicado por sua namorada de que ele seria CREMADO no CEMITÉRIO de VILA ALPINA, em São Paulo.

A morte do Jean, jornalista e crítico de música, me pegou de surpresa. Angela e eu ficamos desolados. ÉRAMOS AMIGOS de fazer CHURRASCO de MADRUGADA ouvindo CHARLIE PARKER, e conversar sobre as inúmeras voltas que a música dá. E a vida, também.

Jean não era religioso, que eu soubesse. Mas, sua ex-esposa e filhos eram BUDISTAS da linha ZEN.

A cerimônia foi conduzida pela MONJA COHEN. Personalidade marcante, carismática, de vida rica e experienciada ao máximo. Por motivos que, acho, somente ela sabe converteu-se e assumiu o zen-budismo integralmente. Buscou o caminho do meio e de algum jeito o encontrou em sua vida atribulada, terrena, explícita.

SUA FORÇA PESSOAL IMPRESSIONA; e a cerimônia antes da cremação foi de simplicidade exuberante. Efetiva, bela e reconfortante eu diria. Meu amigo partiu em paz.

Eu acredito em conversões autênticas por experiências pessoais ou religiosas radicais. Confio ser possível atingir profundidades ou amplitudes na alma, pelos que conseguem sair do cotidiano e adentrar por um mundo misterioso e mais rico. Achar outra vivência aflorada na pedra – que é a vida.

O BUDISMO É UMA SABEDORIA SUI-GENERIS.

Você chega a ele através de seu lado filosófico. Pelo aprendizado de que a impermanência de tudo é a regra básica da vida. E, também, a constatação de que todos sofrem: portanto, desenvolver a compaixão, conceito sofisticado, espécie de compreensão incondicional e não egoísta e não exclusivista, sobre as mazelas e misérias do outro independentemente da circunstância, é qualidade pessoal imprescindível de ser desenvolvida.

É luta árdua!

Para isso, é necessário buscar o caminho do “meio” pela meditação disciplinada e o despojamento.

Os que ultrapassam esta barreira, com o tempo percebem que o lado religioso do budismo se abre com seus ritos e mitos; verdades e “poderes”. “A long way” mais restrito, mais secreto, quase monástico.

Ser um budista de verdade é muito difícil! E o caminho fica longe…

Isso tudo para contar-lhes outra historinha recente, descrita por pessoas lúcidas, cultas e de minha absoluta confiança. Um grupo fechado que pratica e estuda o budismo da linha tibetana em alto nível – e muito além do rudimentar e filosófico, há mais de trinta anos.

Angela, minha mulher, participa desde o início e também testemunhou o fato.

São orientados por um LAMA butamês idoso, sábio, trabalhador incansável, e que vive no Brasil há mais de trinta anos:

O “MONGINHO”, como carinhosamente o tratam, ficou doente. Foi levado a um Hospital de primeira linha. Fizeram exames, constataram a necessidade de uma operação. A Shanga – comunidade budista – se cotizou para pagar as despesas.

Pois bem, dias depois retornou ao hospital para fazer novos exames pré-operatórios e deu-se o seguinte fato e diálogo:

MÉDICOS: ” Mas, o senhor não tem mais nada, sumiram os problemas nos exames de agora!!!”;

LAMA: “Eu não quero ser operado e coloquei tudo no lugar dentro de mim”, disse modestamente.

MÉDICOS: “Isso é um absurdo, não pode ocorrer, o senhor é médico?”

LAMA: “Não sou. Mas, eu ainda não quero morrer. Meditei e me tratei. Faço sempre…”

Eram três médicos, o mais “brasileiro” entre eles começou a rir e disse aos outros:

“Também acho impossível. Mas, a gente precisa estudar o caso” … Sei lá, todos somos prifissionais e já vimos coisas incríveis…Talvez não tanto quanto essa”.. e continuou:

“Mas, LAMA conta pra gente que história é esta de controlar a própria morte?

LAMA: “É assim: quando eu perceber que quero morrer, vou reunir os mais próximos e comunicar que entrarei em estado de meditação profunda e morrerei. Foi assim que aprendi e assim vou fazer. Mas, ainda vai demorar…”

Pra concluir, o LAMA continua trabalhando, rindo, e tranquilo em seus ninguém sabe ao certo quantos anos de idade. O que se sabe, e até já apareceu em filmes, é que essas coisas acontecem…

Eu dou fé. Conheço os que estavam lá. Mistérios da vida. Inclusive controlar a própria morte.
PUBLICAÇÃO REVISTA, 2023

BLOWING THE FUSE 1955 – SWEET SOUL MUSIC 1966

BLOWING THE FUSE 1955 – SWEET SOUL MUSIC 1966

ESSES DOIS CHEGARAM HOJE. SÃO PARTE DE DUAS SÉRIES ESPETACULARES DA CULT, TECNICAMENTE PERFEITA E IRREPREENSÍVEL “FAZEDORA” DE DISCOS ALEMÃ “BEAR FAMILY RECORDS”. PRODUÇÃO GRÁFICA, TEXTOS E FOTOS TUDO EM ESTADO DA ARTE.

CADA SÉRIE TEM 15 CDS INDEPENDENTES, CADA UM COBRINDO A MELHOR PRODUÇÃO DA MÚSICA NEGRA AMERICANA, ANO A ANO.

A PRIMEIRA SÉRIE, “BLOWING THE FUSE”, É DEDICADA AO FINO DO “RHYTHM AND BLUES” DE 1945 A 1960. A SEGUNDA SÉRIE, “SWEET SOUL MUSIC” , É A SEQUÊNCIA LÓGICO – ARTÍSTICA DEDICADA À SOUL MUSIC, E VAI DE 1961 A 1975.

EM RESUMO, TODOS OS HITS, E O QUE É RELEVANTE EM QUASE 900 MÚSICAS! TUDO O QUE VOCÊ QUERERIA EM MÚSICA DE NEGÕES E NEGUINHAS, EM VOCAIS E INSTRUMENTAIS EXUBERANTES E DANÇÁVEIS. O SUMO E O SUPRA-SUMO!

EU VENHO FAZENDO O PERCURSO EM DOIS CDS POR MÊS. MINHA ESTRATÉGIA É SIMPLES E ATÉ ÓBVIA. O PRIMEIRO “FUSE” QUE COMPREI FOI DO ANO 1960; E VOU DESCENDO, ANO A ANO, ATÉ CHEGAR EM 1945. NA SOUL MUSIC INICIEI POR 1961 E VOU ATÉ 1975 – SE ELES PARAREM MESMO POR AÍ.

TENHO MUITA COISA DE MÚSICA NEGRA EM VARIADOS BOXES, DISCOS E VASTO ETC… MAS, NADA SE COMPARA ÀS DUAS SERIES.

RECOMENDO DE OLHOS FECHADOS – E BOLSO ABERTO. SÃO RELATIVAMENTE CAROS, EM TORNO DE 30 DÓLARES CADA UM – TUDO INCLUÍDO…

COLEÇÃO EM NÍVEL DE DOUTORADO!
Postagem original: 21/02/2018

SUN RA – THE HELIOCENTRIC WORLDS – 1965

Ao contrário do FREE JAZZ, de ORNETTE COLEMAN, onde a liberdade para improvisar era total, a proposta AVANT GARDE de SUN RA é uma construção/desconstrução ativa, mesmo que não-programada, de uma obra musical que requer disciplina, técnica e sensibilidade.

SUN RA é um arquiteto do caos sonoro inteligível. Ele intervinha nas gravações trocando músicos durante a execução dos trechos. Dava o tom, a ideia, e se não gostasse do som de um trombone, digamos, fazia o trompetista, por exemplo, executar aquela parte do jeito que quisesse.

Se RA concordasse, ia juntando, gravando tudo de acordo com a sua percepção e gosto.

SUN RA acrescentava ou retirava instrumentos, ideias, frases; e o resultado é uma colagem sonora com liberdade vigiada, livre ‘ma, non tropo”.

Fica estranho, mas é coeso e musicalmente instigante. A metáfora que me ocorre, é consertar o motor do avião em pleno voo…

SUN RA subverteu e rompeu a ideia inicial do FREE JAZZ, e está nas raízes da FUSION, e DO ROCK PROGRESSIVO; e é o precursor “AFRO-FUTURISMO” jazístico. SUN RA é espécie de compositor, arranjador, maestro maluco, que dirige sua orquestra ao sabor de si mesmo.

Diferentemente do FREE JAZZ, onde cada um tocava sua parte sem a censura de outros, nos discos dele o comandante supremo é SUN RA. Ele é o diretor de obras do caos. Não sabia onde queria chegar, mas chegava prospectando, caminhando, perscrutando, tocando, construindo, destruindo, mudando a música.

Depois de gravada, claro, restava a música composta: original, intuitiva, provavelmente não repetível, mas obra “organizada”, porque “petrificada” em disco.

Se o FREE JAZZ é obra coletiva, o AVANT – GARDE parece um produto individual: o conceito é do artista.

A história da música popular é um caminho tortuoso, desruptivo, e, ao mesmo tempo, previsível. Muita coisa díspar convive ao mesmo tempo.

Para muitos, o ápice da sofisticação na música popular foi a GRANDE CANÇÃO AMERICANA, de GERSHWIN, COLE PORTER…, na voz de ELLA, BILLIE, SINATRA, entre vários. E a BOSSA NOVA talvez tenha sido o último ato da grandeza musical “tradicional conservadora”. E tudo isto culminando no final dos anos 1950 do século passado!

No mesmo espaço/tempo, o R&B e o ROCK AND ROLL comiam solto feito por incontáveis grupos de DOO-WOP, ELVIS PRESLEY e contemporâneos.

E nem vou citar as experiências radicais na MÚSICA CLÁSSICA contemporânea – como a MÚSICA ELETROACÚSTICA – também em curso subvertendo o gosto tradicional, e acrescentando mais elementos de ruptura fundamental.

Talvez a década de 1950 tenha sido o período histórico onde ocorreram as mais significativas erupções e terremotos estéticos.

SUN RA não existiria sem este amplo painel, composto por contradições procurando sínteses e saltos à frente.

A entropia foi o FREE JAZZ, sucedido por uma quase-reorganização da vanguarda com o AVANT-GARDE. Ao mesmo tempo, vieram os BEATLES e os formatos tradicionais simplificados tomaram a cena novamente.

Até que…
Publicação original: 21/02/2018

MARCOS VALLE: MÚSICA ILUMINADA. “TUDO”, BOX SET DISCOGRAFIA E.M.I: 1963/1974 & LIVE AT BIRDLAND COM STACEY KENT

JOÃO GILBERTO foi a grande ruptura conceitual na música brasileira, em 1958; então, o que deveriam fazer os cantores, compositores e músicos no pós revolução? Como construir e seguir carreira depois de “Chega de Saudades”?

Se percebi corretamente, MARCOS VALLE desde o primeiro disco, em 1963, focou mais na construção melódica. A mais bela, brasileira, e independente música que conseguiu fazer.

Ele trabalhou andamentos, usou orquestrações não convencionais, e assim ampliou a BOSSA NOVA, sem limitar-se a ela.

Talvez?

MARCOS é, antes de tudo, ótimo cantor. Sua voz em alguns momentos tangenciava o WILSON SIMONAL bossanovista de 1961. Mas, o caminho corria paralelo ao timbre e às intenções musicais de MILTON NASCIMENTO. Tem algo dos mineiros; e não é por acaso: gravou com músicos de lá. Muitas composições de MARCOS VALLE feitas anos 1970 têm aquele sabor algo ROCK PROGRESSIVO, melodias e vocais sempre bem arranjados, e pessoais.

MARCOS VALLE é um estilista. Sua música, e as letras concisas, precisas e sintéticas de seu irmão PAULO SÉRGIO VALLE, compõem universo musical de beleza radiante. Luminoso! Mesmo quando aquele travo algo triste das canções de amor da época se manifestam. Ou, em temas sociais, ao tentar refletir sobre o quadro político ou existencial do período.

PAULO SÉRGIO e MARCOS não eram militantes. E muito menos alienados. Eram artistas conscientes; o meio de expressão da dupla era e é a música.

Acho que os irmãos VALLE construíam com “LUZES”. E o bônus desse talento límpido os levou ao sucesso no exterior. As melodias e harmonias de MARCOS VALLE têm comunicação instantânea com o a sensibilidade POP transnacional. Ele é brasileiro, carioca; e simultaneamente universal, do mundo. É compreendido em LONDRES ou em TÓQUIO. Procurem o DVD gravado com a excelente STACEY KENT, canadense, que entende e fala e canta em português – entre outra línguas -; e observem a sinergia entre ambos e o JAZZ-BOSSA-POP que fazem juntos. Delicioso!

O BOX com onze CDs produzido por CHARLES GAVIN, um dos TITÃS, tem bom som, e alguns dados técnicos e sobre os músicos que participaram de cada disco.

Mas, como é infelizmente normal no Brasil, nenhum texto explicativo, introdutório que fosse. Faz falta, muita falta. Paciência…

Não ouvi todos os discos para escrever a vocês. Mas, se compreendi alguma coisa da música dele e, principalmente, sobre a vida até agora, é que em tempos de brutalidade explícita e boçal a luta em favor da delicadeza é indispensável, estratégica.

É preciso ter como objetivo o predomínio do belo. Ouçam “Meu Heroi” e Remédio pro coração”, de 1974. É arte feita por gente que sabe desse complexo segredo escondido pelo dia-a-dia.

Ouçam, os irmãos VALLE. Gente do mundo inteiro faz isso há tempos. Estão muito longe de ser um segredo brasileiro!

MARCOS VALLE – MÚSICA ILUMINADA!

DISCOGRAFIA EMI: 1963/1974 & LIVE AT BIRDLAND, COM STACEY KENT, 2014

Se JOÃO GILBERTO foi a grande ruptura conceitual na música brasileira, em 1958; então, o que deveriam fazer os cantores, compositores e músicos no pós revolução? Como construir e seguir carreira depois de “Chega de Saudades”?

Se percebi corretamente, MARCOS VALLE desde o primeiro disco, em 1963, focou mais na construção melódica. A mais bela, brasileira, e independente música que conseguiu fazer.

Ele trabalhou andamentos, usou orquestrações não convencionais, e assim ampliou a BOSSA NOVA, sem limitar-se a ela.

Talvez?

MARCOS é, antes de tudo, ótimo cantor. Sua voz em alguns momentos tangenciava o WILSON SIMONAL bossanovista de 1961. Mas, o caminho corria paralelo ao timbre e às intenções musicais de MILTON NASCIMENTO. Tem algo dos mineiros; e não é por acaso: gravou com músicos de lá. Muitas composições de MARCOS VALLE feitas anos 1970 têm aquele sabor algo ROCK PROGRESSIVO, melodias e vocais sempre bem arranjados, e pessoais.

MARCOS VALLE é um estilista. Sua música, e as letras concisas, precisas e sintéticas de seu irmão PAULO SÉRGIO VALLE, compõem universo musical de beleza radiante. Luminoso! Mesmo quando aquele travo algo triste das canções de amor da época se manifestam. Ou, em temas sociais, ao tentar refletir sobre o quadro político ou existencial do período.

PAULO SÉRGIO e MARCOS não eram militantes. E muito menos alienados. Eram artistas conscientes; o meio de expressão da dupla era e é a música.

Acho que os irmãos VALLE construíam com “LUZES”. E o bônus desse talento límpido os levou ao sucesso no exterior. As melodias e harmonias de MARCOS VALLE têm comunicação instantânea com o a sensibilidade POP transnacional. Ele é brasileiro, carioca; e simultaneamente universal, do mundo. É compreendido em LONDRES ou em TÓQUIO. Procurem o DVD gravado com a excelente STACEY KENT, canadense, que entende e fala e canta em português – entre outra línguas -; e observem a sinergia entre ambos e o JAZZ-BOSSA-POP que fazem juntos. Delicioso!

O BOX com onze CDs produzido por CHARLES GAVIN, um dos TITÃS, tem bom som, e alguns dados técnicos e sobre os músicos que participaram de cada disco.

Mas, como é infelizmente normal no Brasil, nenhum texto explicativo, introdutório que fosse. Faz falta, muita falta. Paciência…

Não ouvi todos os discos para escrever a vocês. Mas, se compreendi alguma coisa da música dele e, principalmente, sobre a vida até agora, é que em tempos de brutalidade explícita e boçal a luta em favor da delicadeza é indispensável, estratégica.

É preciso ter como objetivo o predomínio do belo. Ouçam “Meu Heroi” e Remédio pro coração”, de 1974. É arte feita por gente que sabe desse complexo segredo escondido pelo dia-a-dia.

Ouçam, os irmãos VALLE. Gente do mundo inteiro faz isso há tempos. Estão muito longe de ser um segredo brasileiro!
Postagem original: 22/02/2020