HISTÓRIAS DA GLOBALIZAÇÃO QUE O TIO SÉRGIO SABE E VIU

 

1) Uns cinco anos atrás, a tradicional RÁDIO BANDEIRANTES fez matéria longa no “AMPARO MATERNAL”, hospital público famoso, antigo e peculiar da cidade de São Paulo, que trata de gestantes, mães solteiras, e quem mais o procurar.

Pois, bem; A repórter entrevistou uma CIDADÃ de ANGOLA, JORNALISTA DE EMPRESA DE SEU GOVERNO que, pela segunda vez, veio ao BRASIL para ter o filho em nosso Hospital!

Ela estava satisfeitíssima com o atendimento, serviço e etc… Na mesma entrevista, a repórter identificou outras várias estrangeiras em situação semelhante…

Quer dizer, o nosso tão criticado SUS, que anos depois demonstrou enorme valia e competência durante a pandemia de COVID, era desfrutado gratuitamente por gente com posses vindas de outros países, que eram aliados políticos dos governos petistas.

Quer dizer, falta verba para a saúde da população do Brasil, mas sobrava para fazer populismo externo.

2) Grande amigo meu foi passar 3 meses na Inglaterra e hospedou-se em casa de família cadastrada para receber estudantes em intercâmbio. A ração diária era regulada. E tudo muito apertado com o contratado.

Certo dia, ele deixou um dedo de leite no copo. Nos dias seguintes, a mesma quantidade foi descontada de seu copo diário…Voltou magérrimo e a primeira coisa que pediu quando chegou foi carne e massa em quantidade…

3) Casamento. A noiva, de família abastada de São Paulo, casou-se com rapaz inglês de classe média. Vieram os pais do noivo, gente simpática e trabalhadora de Londres… faltava visivelmente um dente na boca da mãe do noivo… e com toda a tradição de serviço de saúde pública dos ingleses…

O BREXIT teve a ver com isso, também: faltavam recursos para a população local, enquanto o país globalizava seu mercado interno de trabalho, e recebia imigrantes e refugiados de guerras e tragédias humanitárias na ÁFRICA e no ORIENTE MÉDIO …

4) Esposa de outro amigo é dentista e tem consultório na periferia de São Paulo. Contou que tem dois ou três clientes que vêm dos EUA para tratar os dentes com ela… No mundo rico isso é caríssimo, e também não tem para todos…

5) Conhecida minha emigrou legalmente para a Alemanha para estudar. Casou-se e teve filhos por lá. Mora em padrão bem abaixo do que desfrutava por aqui.

Ela vem ao Brasil e traz os filhos para cuidar dos dentes e outros procedimentos mais sofisticados. Na social-democracia alemã as coisas são mais difíceis…

Tudo isso para tentar entender um pouco os que acham o globalismo um problema para suas sobrevivências. E alguns porquês do nacionalismo e da xenofobia.

A vida em países mais igualitários é medida em conta-gotas. Os serviços públicos são enxutos e o mais exatos possível. Não há sobras para serem distribuídas.

É impensável ocorrer por lá o que há por aqui, como no caso do AMPARO MATERNAL e outros. Somos pobres e nada frugais com os poucos recursos que detemos. O que faz faltar para os “nossos” pobres e necessitados.

O globalismo é uma ideia humanista e humanitária sofisticada. Um ideal desde os tempos da expansão das navegações, no século XVI. E é correto que continue se expandindo.

Receber imigrantes e refugiados é uma questão de civilidade e ética.

Mas, quais os limites que o bom senso impõe? Claramente é problema que a ONU deveria ter obrigação de organuzar e até intervir. Mas…

Vocês entendem o por quê político desse “contra fluxo civilizatório”? Compreendem melhor o significado do TRUMP, e de outros governos conservadores, despóticos ou não?
Postagem original em 09/02/2020

PRIVATIZAÇÃO: QUANTO VALE A “VALE DO RIO DOCE”?

“Quanto vale a Vale?

Outro mito é de que vendemos nossas empresas “a preço de banana”. A Vale, por exemplo, foi entregue ao capital privado por menos 3,4 bilhões de dólares, sendo que hoje ela vale US$190 bilhões! Realmente ultrajante se visto de longe, mas pior ainda se visto de perto.

O que há para se ver de perto? Primeiro que é ridículo analisar o preço de uma companhia hoje com quando ela foi vendida. A Vale do Rio Doce valia, em 1997, por volta de 9 bilhões, com a estimativa mais otimista colocando o valor de mercado da empresa em 10,3 bilhões de dólares – valor usado pelo governo. Mais que isso: a venda do controle acionário foi acompanhada de uma transferência da estonteante dívida de 4 bilhões de dólares! 7,3 bilhões ainda parece pouco? Isso equivalia, na época, a 7,4 bilhões de reais. A inflação acumulada entre 1997 e 2014 foi 178,66%, o que corresponderia a 20.5 bilhões de reais atuais, dos 28 bilhões que a empresa valia. E quanto às reservas da Vale, a capacidade produtiva? A empresa tinha o lucro pífio de 756 milhões de reais – 49 vezes menos do que hoje -, e o ferro, maior fonte de receita da empresa, valia em 1997 apenas 17% do que vale hoje!

A Vale não só valia muito pouco como foi vendida por muito. E as outras empresas? A Embraer era deficitária, a Telebrás não possuía infraestrutura alguma, a CSN produzia quase nada e empresas como Fosfértil, Goiasfértil, Ultrafértil (!) e COBRA eram tão economicamente irrelevantes que você provavelmente nunca ouviu falar. A Telebrás foi vendida por 22 bilhões de reais e as licenças de operação para outras operadoras foram vendidas por 45 bilhões de reais. A Eletropaulo e outras companhias de distribuição elétrica foram vendidas por 22 bilhões de dólares. Bom seria se mais coisas por aqui tivessem esse precinho de banana.”

“MODELO TIO SÉRGIO” PARA REORGANIZAÇÃO DAS EMPRESAS ESTATAIS E O CRESCIMENTO DA ECONOMIA.

1) Mantenho três bancos sob influência do Estado, mas com ações nas bolsas do mundo todo: Caixa Econômica para regular financiamentos imobiliários. Banco do Brasil, para a Agricultura, e BNDES para fomentar a indústria;

2) Privatização. Boto pra vender no mercado, principalmente internacional, todas as companhias estatais possíveis;

3) Privatizo, aos poucos, o controle acionário da Petrobras, mas mantenho uma golden share nas mãos do Estado;

4) Ações de boas empresas ainda nas mãos do Estado eu as alocaria em uma Secretaria Especial de Controle.

5) Tentaria passar no Congresso uma lei que permitisse que as ações de Estatais e outras em mãos da Secretaria Especial, pudessem servir como aval para o BNDES buscar dinheiro fora do país e emprestá-lo para empresas operando no Brasil. Com isso, tiraríamos dinheiro dos impostos da jogada;

6) Privatizaria propriedades imóveis desnecessárias e venderia tudo que não pudesse ter utilidade direta para o país nos próximos 20 anos…

7) O produto de tudo isso iriA abater a dívida interna e manter a inflação e os juros baixos.

😎 Se desse certo, o Brasil seria a bola da vez por muito e muito tempo, o que nos tornaria uma potência econômica;

9) Focaria o governo para a justiça social e suas adjacências democráticas: educação, saúde, meio ambiente, segurança e o vasto etc… que compõem a função de qualquer governo e sociedade democráticos, modernos e decentes.

10) Reequiparia as forças armadas focando a defesa e a prevenção. Se o país crescer vamos precisar nos proteger preventivamente. Daríamos exemplo de convivência internacional madura e participativa e não intervencionista. Porém, mostrando os dentes para quaisquer hipotéticos aventureiros.
TALVEZ?
Postagem original 10/02/2023

MEMÓRIAS ALGO RESIDUAIS: ALMIZADES

Gosto muito de meus amigos e amigas. De todos eles. Amizade pressupõe seleção; portanto vontade, tolerância e afeto combinados em atos sucessivos que constroem relacionamentos.

Eu sou um cara contido, não necessariamente tímido, mas preocupado o tempo inteiro em ser claro, não ferir, dizer o necessário e o que considero importante para ser compreendido e compreender.

Eu sou meio chato com a escrita, gosto que seja bem feita – é uma pretensão e uma exigência pessoal nem sempre alcançada. Afinal, quem consegue escrever direito nesta nossa língua, não é mesmo?

Mas, é assim. Eu gosto de polêmicas, discutir ideias e participar das divergências construtivas. E quase sempre consigo com meus amigos e interlocutores como o Silvio, o Valdir Zamboni, Sérgio Cardoso, Cesar Lima, Nelson Rocha dos Santos, Fábio Góis, Gerson Périco entre vários.

E sinto falta absoluta do Naiff, do Aldahyr e do Betão. Todos acrescentam, mesmo os que não estão mais aqui, já que intuo o que pensariam sobre o quê penso.

No entanto, e não sei se é defeito ou atributo favorável, passo o tempo todo perscrutando fronteiras: veemência x prepotência; ambição x obsessão; e, hoje, justiça versus justiçamento. Não me sinto acuado mas, confesso, me percebo vigilante e pouco natural em meus movimentos pela cidade. Talvez seja normal.

Todos refletimos de um jeito ou de outro as vivências do dia-a-dia. Eu me sinto mais conservador, menos ousado. No fundo, sempre fui mais ou menos assim: é atitude de autodefesa, e um jeito de ser em ambientes nem sempre hospitaleiros.

Mas, por que estou escrevendo tudo isso? Talvez para me entrosar com vocês todos; sei lá, tangenciar para convergir, estar mais próximo, mais vivo, menos passivo. Tentar alcançar o sentido mais correto do que todos vocês pensam e me comunicam.

Agora, chega. Afinal, não sou muito fã do JOHN LENNON e nem do MILTON NASCIMENTO.

PORTANTO, DA PIEGUICE EU FUJO!!!
TEXTO ORIGINAL 11/02/2023

BRASILIANA – UMA PROPOSTA PARA COLECIONAR DISCOS

Venho tentando vender este peixe saboroso há um tempão!

Vou explicar: Há incontáveis maneiras e multifacetadas formas de entender, organizar ou simplesmente praticar uma coleção de discos.

Em todo canto deste mundo ímpio tem gente observando, gostando, levando música a sério. Enfim, gente que pode ou poderia estar por aqui entre nós.

Então, mostrar o que se gosta e se conhece e tem, não é prazer exibicionista e narcisista. Em minha opinião, vai além. É jeito de compartilhar, identificar-se com mais pessoas e ideias, mesmo as não exatamente em linha ao que prezamos.

Nos EUA, e por decorrência no mundo inteiro, há colecionadores e juntadores para quaisquer gêneros. Dos macro – temas tipo BLACK MUSIC, ou ROCK, COUNTRY, ou CLÁSSICOS em suas variadas opções. E, mais recentemente, surgiu um subtema curioso: AMERICANA!

Mas, tio SÉRGIO, WHAT HELL ( PORRA, em inglês castiço ) IT`S THIS?

É perscrutar e descobrir e colecionar o que é genuinamente americano. Quase autóctone. É circunscrever artistas, músicos e ideias que estejam intimamente ligados ao jeito americano médio de ver o próprio país, cultura e o mundo.

Uma observação não racista, mesmo que pareça: a imensa maioria de músicos e bandas que se adequariam a isto é composta por BRANCOS!

E por que, tio SÉRGIO?

Porque a música negra já está organizada, há tempos, em vários escaninhos da BLACK MUSIC: vai do JAZZ ORIGINAL ao BLUES, SOUL, RAP, R&B, e diversas formas de POP-ROCK.

Então, o que fazem os caras? Identificam os autênticos e seminais, como exemplos: ELVIS, BILL HALLEY, JOHNNY CASH, BRUCE SPRINGSTEEN, e pletora enorme e variada.

Eu vivo insistindo para os que gostam da MPB tentar montar uma BRASILIANA.

E aí, tio SÉRGIO, o que entraria nesse clube?

Turma quase infinita. Porém, só aqueles que fazem MÚSICA BRASILEIRA AUTÊNTICA. Não necessariamente de raiz; a mais pura, incluindo também, a mais moderna possível!

É preciso faro e observação.

Eu colocaria o CHICO BUARQUE, ZECA PAGODINHO, JOÃO BOSCO, ALDIR BLANC, SAMBISTAS DE MORRO, OS CAIPIRAS AUTÊNTICOS, tipo ALMIR SATER E RENATO TEIXEIRA. E PAULINHO DA VIOLA, e os que publiquei aqui, se não cometi heresias.

É óbvio, sempre restará pontos contestáveis. Muitos, inúmeros, e cada um descobrirá, incluirá, excluirá. É HOBBY pra gente meticulosa, exigente talvez. E, quem sabe, chata….

Por contraste, não entrariam nesta coleção TOM JOBIM, e nem CAETANO, GIL, MILTON NASCIMENTO, EGBERTO GISMONTI, SERGIO MENDES ou EUMIR DEODATO, e a imensa maioria dos novos da MPB.

E por motivo ululante: são todos impregnados por FUSÕES diversas entre o brasileiro e o que rola mundo afora. E nem pense em qualquer ROCK.

E o RAP? De maneira nenhuma! Pois transcrições quase literais do inventado por pretos americanos. Portanto, nesse ônibus embarcam músicas e artistas longe da FUSION, ou qualquer influência estrangeira.

É duro. Seria limitado ou infinito?

Depende de gosto, visão, e talento para conceber. Sempre!

Teria graça fazer isso? E como cada um faria? Eu tenho curiosidade em saber.

De minha parte, jamais construiria uma coleção limitada por tais princípios. Eu vivo nos limites e nas bordas, portanto o raiz e o essencialmente autêntico moram em cantinhos pequenos de minhas estantes.

E você?
Texto original: 11/02/2021

MPBI – MÚSICA POPULAR BRASILEIRA INSTRUMENTAL

Eu gosto muito e compro sempre. Os nossos músicos são de primeiro time. A maioria mantém aquela relação direta com a MPB, mas de tal maneira multifacetada e expandida, que raramente se esbarram ou se copiam. É gente competente e artisticamente original!

Por absurdo que pareça – mas, não é – a crise das maiores gravadoras abriu espaço para os novos. Ficou mais barato produzir por conta própria e aparecer.

Por difícil que seja – e é! – o nivelamento pelo alto entre todos eles faz despontar gente muito interessante.

Talvez não apareça um sucesso estonteante. Mas, certamente carreiras estão sendo forjadas. E o tempo e produção de cada qual vai enriquecer o futuro artístico do BRASIL.

Posto alguns CD que tenho de épocas variadas.

Recomendo em bloco, mesmo destacando:

CHET BAKER com o pianista brasileiro RICK PANTOJA é um clássico do colecionismo e a da integração jazz com um toque de MPB.

GIS BRANCO é o duo de pianistas formado e batizado pelos sobrenomes das moças: BIANCA GISMONTI – claro, filha de EGBERTO; e CLAUDIA CASTELO BRANCO. Gosto muito. Fizeram outros discos; e BIANCA montou um trio JAZZY/MPB e vai caminhando…

Há OS CINCO-PADOS, em disco raro; e o de BOSSA 3; e, também, EUMIR DEODATO e os CATEDRÁTICOS, fase do mestre anterior à sua consagração internacional. Os três discos são focados em BOSSA NOVA.

Mais recentes e modernos, os grandes GILSON PERANZZETTA, pianista, e MAURO SENISE, no sax. E “O QUINTETO” do saxofonista TECO CARDOSO e da flautista LEA FREIRE.

Mais próximos à VANGUARDA o violonista HENRIQUE LISSOVSKI, indicado e premiado por PHILIP CATHERINE, em concurso internacional. Ele vem acompanhado por MAURO SENISE, ROBERTINHO SILVA e outros, fazendo SAMBA JAZZ atualizado.

E, o ponto final fica para o ÂMAGO TRIO. É gente nova e alguns convidados muito além do especial: CELIO BARROS, TONINHO FERRAGUTTI, MÔNICA SALMASO, TECO…

Tio SÉRGIO quer significar para vocês o quanto é sofisticada a grande música instrumental brasileira!

Ouçam, curtam.
Publicação original: 10/02/2019

CAMINHAR CONTRA O VENTO, A CHUVA, E O ÓBVIO

Tarde bela, mas sentimentos algo mórbidos passam em FLASH BACK pela memória.

Não adiantou HUMBLE PIE, JIMMY WITHERSPOON, e um PROGRESSIVO que não tenho, ainda, a menor ideia do que seja: BORDERLINE, em “Sweet Dreams and Quiet Desires”… Do you?

E peguei a “clássica” Country Rocker / Rockabillier BRENDA LEE, em excepcional CD com 36 faixas da série ROCKS. Em seguida, uma das miscelâneas de DOO WOOP – vocês sabem o que é? Qualquer hora eu escrevo a respeito – da coleção STREET CORNER SYMPHONIES. E ali tem de tudo: de SHIRELLES, a FOUR SEASONS, IMPRESSIONS, DRIFTERS, TEMPTATIONS, SUPREMES, aos ISLEY BROTHERS; e ambos discos lançados pela incomparável BEAR FAMILY RECORDS!

Desfilaram também, pela “VITROLA”, o grande maestro PIERRE BOULEZ regendo THE PERFECT STRANGERS composta por FRANK ZAPPA, em lançamento de 1984… De fato, é uma luz sobre a inteligibilidade possível para a obra iconoclasta e criativa de ZAPPA.

Escutei, mesmo, foi o último do DAVID BOWIE, “STARS”. Disco terminal pós “THE NEXT DAY”, portanto, o “DERRADEIRO ÚLTIMO” do gênio peripatético-mutante-transeunte -“PERMANECENTE”… Opa!!!! criei neologismo!!!!

Como eu nunca digo, “QUANDO O CORPO JAZ É NADA JAZZ”. E, como prefere um amigo, “O VELÓRIO É A ÚLTIMA HUMILHAÇÃO” a que quase todos nos submeteremos”.

É fato, e acho inevitável, porque rito de passagem obrigatório “para os que ficam”. Prometo ouvir melhor, mais…amiúde… Mas, não tenho clima para tanta coragem que o BOWIE exala e certifica….

Sem pressa, dona Vida. Vá mais devagar!

Eu jamais disse, mas confirmo: “A VIDA É UM SEGMENTO DE RETA, COM TRILHA SONORA OSCILANDO DE LOU REED a ROBERTO MENESCAL. Vivemos passeando no “WILD SIDE”. E o “BARQUINHO” vai singrando do ritmo em BOSSA NOVA, ao THRASH METAL e HARD CORE”. O LOU eu trouxe para cá em disco algo … algo… algo… ah! qualquer hora escuto melhor….E terminei com BILL EVANS, que não tem erro, com algumas exceções meio fora de foco que perpetrou.

Foi tudo feito meio fora dos orifícios sexuais legitimados. Quer dizer, ouvi meio nas coxas…

Então, ofereço um chopinho por conta de cada um de vocês. E, em vez do viva!, “VIVAM”!

O carnaval é metáfora algo restrita para o que viver realmente implica…
Texto original 09/02/2024

MICHEL FOUCAULT – E O ESTUDO

Taí um autor essencial da modernidade. Dificílimo de ler e, como todo grande teórico, necessita de bons professores ou livros de referência ao lado para mais bem compreender.

EU NÃO ACREDITO EM QUEM DIZ QUE LÊ CARAS COMO MARX, FOUCAULT, KANT, DERRIDA, E IMENSA CATERVA, NUMA BOA.

Não são para serem lidos, mas estudados passo a passo, compondo um painel de compreensão que leva tempo, exige muito trabalho e concentração.

Quem se dispuser que faça bom proveito. Eu, nunca mais…, acho, sei lá!!!!

DAVID BOWIE E A MORTE: O PÉRIPLO RUMO AO FIM

CAZUZA definhou em praça pública; FREDDIE MERCURY em casa, e DAVID BOWIE no estúdio.

Três artistas corajosos, ousados e três atitudes reveladoras.

É muito comum. O fluxo da vida é interrompido, vem o choque e a espera pela inexorável hora de acabar. Tudo estanca e a nave aponta para o derradeiro pouso. Câncer no fígado é difícil…

BOWIE revelou um desprendimento e uma coragem que boa parte de nós duvidaria. Foi até o final, e deixou dois álbuns feitos no período de luta e perda.

Já cansado, voz sem força, mas a determinação de sempre para estender a vida até o seu limite. ENCAROU A MORTE, VITÓRIA DA VIDA…E acabou no ESTÚDIO.

Depois, viajou para LONDRES, reviu sua origem e caminhou para o adeus. PÉRIPLO CONSCIENTE PARA O APOGEU CONSTRUÍDO POR LIBERDADE PESSOAL ABSOLUTA, certezas cultivadas e, talvez, a melhor obra entre seus pares mais famosos no mundo POP-ROCK-OUSADIA.

Estive escutando e gostando de uma versão mais sofisticada de seu penúltimo disco: “THE NEXT DAY”. Faixas bônus de montão, portanto trabalho pra valer. Tudo muito bom, tudo muito Bowie. E, principalmente, tudo gloriosamente humano.

DAVID BOWIE: IMENSO, OUSADO E INSUBSTITUÍVEL!

Texto original 09/02/2019