A referência está num dos livros de memórias ( não tenho todos, talvez mais de seis!!!! ) de PAULO DUARTE, jornalista, professor de USP, escritor e intelectual, que militou dos anos 1930 até meados dos anos 1980. Era ligado ao ESTADÃO, o jornal, e íntimo da família Mesquita. E tinha uma situação complicada. Não era liberal e nem comunista. Era anti fascista radical e socialista; arguto, militante, falante, vivente, corajoso e leitor voraz. E a frase eu acho definidora e definitiva!! E você?
A frase é do poeta GUILHERME DE ALMEIDA, que fazia parte do grupo de exilados junto com Duarte, e um monte de gente, inclusive Euclides Figueiredo, pai do general – presidente Figueiredo. A citação no início do primeiro volume das memórias dele “Raízes Profundas”.
Eu estava estirado no sofá, à noite, logo depois de ter tomado a minha papinha, e bem do jeito que a cachorrada doméstica prefere:
Quer dizer, impedindo qualquer outro de sentar-se. Mas, tudo bem. Sozinho em casa, e nem sombra de bicho doméstico, porque jamais tive ou terei, acordei meio torto e lembrei-me do GRAMMY.
Fui dar uma cheirada virtual. Peguei de mais da metade para o final, mas deu pra tirar algumas ideias e, talvez conclusões:
1) Parece que a ACADEMIA detectou que a mesmice do falatório do RAP já deu o que tinha de dar. A geração atual de artistas vem buscando um caminho mais melódico, e adolescente, claro. Irreverente, porém, não GANGSTA, por assim dizer…
Está mais audível e palatável para um público não tão jovem, também. Papai, mamãe, titia… talvez suportem mais. Daí;
2) Eu vi o JUSTIN BIEBER, astro para adolescentes, que já passou da fase, tentando cravar triplo na loteria esportiva do POP.
Ele apresentou-se com dois meninos negros, muito bem escolhidos.
Um deles, fazia o gênero BAD BOY do RAP; errático, andava pelo palco meio sonso, grunhia platitudes ao estilo MC. E outro, o GOOD BOY DO NEO R&B, bonitão, bela voz, melodiosa, e cantor aproveitável.
O que o tio SÉRGIO achou?
Como apresentação e música, nada.
Mas, estava claro que o JUSTIN queria fugir da síndrome de JÚNIOR LIMA, o irmão da SANDY: quando o período de bonança termina, é preciso reciclar o material e o comportamento. Se não, dança e fica fora do mercado. E o BIEBER luta pra continuar.
3) Vi pedaço de clipe do BTS, aquela BOY BAND COREANA, tudo bonitinho, limpinho, ensaiadinho, e clonadinhos de seus respectivos ocidentais.
Os garotos são tão irreverentes quanto um PUNK ALEMÃO: desses que só atravessam a rua de madrugada, quando abre o sinal para pedestres…
Deixa os garotos pra lá…
4) Gostei da HER. Apresentação vigorosa com o LENNIE KRAVITZ e banda, boa cantora, atraente, presença de palco e música legal. Achei a menina talentosa!
5) ÁLBUM DO ANO: JON BAPTISTE. É interessante. Faz uma FUSION de R&B em suas várias hipóteses, algum JAZZ e certa sofisticação. Achei a escolha certa. Ao menos foge do oceano de semelhantes, irrelevantes ou simplesmente já vistos antes…
6) DISCO DO ANO: SILKY SONIC, ensaiadinhos, melodiosos e sem grande novidade. Mas procurando conectar-se com a nova tendência reduzindo o falatório POP. Não comove e nem demove…
7) DOJA CAT & CSA: ganharam GRAMMY como DUO POP!!!!!! Ouvi no YOUTUBE: nítidas nulas!!!
O ponto alto foi a elegância de LADY GAGA, ajudando DOJA subir no palco, segurando o rabo do vestido da colega. O rabo era do vestido, repito…
Assisti à performance de CARRIE UNDERWOOD. Ela tem OITO GRAMMYS!!!!!!!
Quando ganhar o próximo, vai fazer a PROVA DOS NOVE: E NOVE FORA = ZERO!
9) O GRAMMY 2022 foi encerrado pelos OSBOURNE BROTHERS.
É SOUTHERN ROCK. Eficientes, animados, emulam um compósito entre os ALLMAN BROTHERS e o desentope… ooooppps, Z.Z. TOP!
A fórmula tem mais de 50 anos, mas ainda funciona. É boa para rodeios e outras ocasiões festivas ou solenidades para disputas.
E o GRAMMY é arena bem apropriada. POSTAGEM: 04/04/2022
Esta é última frase do magistral livro de Aldous Huxley, “CONTRAPONTO “escrito entre os ano 20 e 30 do século passado. O contexto é a observação que o autor faz de um momento em que dois personagens, Burlap e Beatrice, “fingiram que eram duas criancinhas e tomaram o banho juntos…. E que folia grossa fizeram”.
E aí entra a frase…
Agora há pouco, desci ao jardim do prédio, aqui no Guarujá. O Atlântico, sempre na dele, costuma inspirar iniciativas da moçada a pretexto de sua beleza e majestade. ( Mas, a culpa não é dele ).
Eu cheguei perto do muro para observar o mar e percebi que um carro sacolejava como num show da Ivete Sangalo. Fiquei preocupado: ôpa, vai ver que é terremoto, maremoto, e daqui a pouco vai ter tsunami!
Bom, pensando bem foi mesmo o encontro de duas placas tectônicas no banco de traz do automóvel. Só percebi que o tsunami tinha passado quando o casal abriu a porta e bem na frente da guarita do meu prédio, se ajeitou, e foi aliviado curtir o reino dos céus longe dali.
Como gosta de dizer o tio Sérgio, Sexo é banal; todo o mundo faz. POSTAGEM ORIGINAL: 04/04/2017
SENDO BEM CHATINHO, TALVEZ A PRIMEIRA FAIXA QUE PODERÍAMOS CHAMAR “PSICODÉLICA” ESTEJA NO LP “RUBBER SOUL”, QUE FOI LANÇADO NO FINZINHO DE 1965, NA PRÁTICA, PORTANTO, INCLUÍDA DE 1966:
“IF I NEEDED SOMEONE”.
Esta fase não durou mais do que dois anos. Menos, provavelmente.
E, pessoal, Não! os BEATLES NÃO INVENTARAM A PSICODELIA.
O som que fizeram naquele momento estava “na ponta da guitarra” de muitos. Principalmente, nos Estados Unidos.
Na Inglaterra, os HOLLIES, um dos concorrentes de peso, também já estavam nessa. Assim como os ROLLING STONES, os YARDBIRDS, e os SEARCHERS – em alguns singles.
E sem esquecer o MANFRED MANN, THE WHO, KINKS, SMALL FACES; e outros que conseguiram, ou tentaram, ultrapassar o BEAT clássico.
Há diversos SINGLES e LPS na mesma linha do que fizeram os BEATLES, em REVOLVER (1966), e daí em frente…
Quando lançaram SGT. PEPPER`S LONELY HEARTS CLUB BAND, em 1967 – e até pouco antes – os BEATLES soltaram simultaneamente uma profusão de SINGLES “experimentais” – RAIN, PAPERBACK WRITER, HELLO GOOD BYE, PENNY LENNY … obras de produção e tecnologia de estúdio mais bem elaboradas.
Houve, é claro, ” THE MAGICAL MYSTERY TOUR” e “YELLOW SUBMARINE” , feitos em 1967. São álbuns mais complexos, não convencionais, e que exigiram esforço do pessoal técnico no estúdio, e talvez revelem o centro da fase de ouro da banda.
Temos aqui uma coletânea da época, “THE BEATLES YESTERDAY AND TODAY”. É algo irregular, pois junta gravações de estúdio, parte de LPs e SINGLES, a maioria envolta em psicodelia.
Você verá um EP, de nome simplesmente THE BEATLES, que é confusão total: 2 faixas de 1963/64 e duas de 1967/68; totalmente diferentes entre si!
E por que ele está aqui, TIO SÉRGIO?
É possível que “THE INNER LIGHT” seja a última faixa do período PSICODÉLICO. Entrou como lado B do single “LADY MADONNA”, 1968 – que já era outra estética, outro mundo…
Estão aí duas versões de cada um dos discos que tenho . A primeira edição em CD de SGT PEPPERS, de 1987, é uma delas. E tenho a recente, e mais bem remixada por GILES MARTINS, que não entrou na foto.
Curtam, mas não se restrinjam. E aproveitem as novas edições, remixadas pelo próprio GILES, que vêm sendo lançadas.
Este é um período riquíssimo da música POP! POSTAGEM: 04/04/2021
Entendo nada de cinema. Não vou falar dos filmes propriamente, mas da política de realizações durante a ditadura militar. Principalmente no período dos generais Geisel e Figueiredo, já uma “ditamole”.
Quando a política fecha é comum os costumes abrirem; é preciso algum escape psicossocial. No Brasil e talvez no ocidente inteiro, jamais daria certo um modelo do tipo islâmico, seja saudita ou iraniano. Ser decapitado da política e nem uma transinha, um whisquinho ou um baseado para compensar, não rola!
A Embrafilme foi criada durante a ditadura militar, e o quê produziram de pornochanchadas é notável! Quer dizer, subsidiaram com a grana pública para financiar pornografia light. Foi um jeito de alavancar as produções, criar um mercado.
Os roteiros uniam algumas das fixações brasileiras – talvez inconscientes -, mas claramente expressadas nos enredos: canalhices, sexo, mulher pelada, corrupção, preguiça e violência gratuita.
Quer dizer, o brasileiro era mostrado no cinema como subproduto da deterioração dos valores. E, curiosamente, financiado pelo redentor regime militar! Ironia e hipocrisia explÍcitas!
Suponho que nossa notória quebra ética e de valores já estava em curso: a esquerda filmava, e o Estado de direita financiava. Simbiose sinistra com o dinheiro público muito mau gasto!
Noite dessas, assisti “Luz del Fuego”, de David Neves, filmado em 1982. É um somatório de crueldades, canalhices e sexo gratuito. Uma porqueira oportunista e anti-artística, estrelada por Lucélia Santos… Seguramente o chamariz.
Assisti, por alto, “Nos tempos da vaselina”, de José Miziara, 1979. Indizível, inacreditável, misógino e de QI rebaixado a profundidades abissais! É o de sempre: canalhices, espertezas, sexo banal e roteiro para microcéfalos e masturbadores.
Se entrevistarem os elencos e a direção dos dois filmes, eles dirão que protestavam contra o sistema. Mentirosos! Hipócritas medíocres!
Não sou moralista. Afinal, sexo é banal e todo o mundo faz. Agora, realizar um bom filme requer outros pressupostos. Quanto à descrição dos brasileiros nessas “papas-podres” gravadas em celuloides, incluam a mim e a imensa maioria dos patrícios fora de tais enredos e pressupostos.
Não, não somos isso, é óbvio!
Entre 1978 e 1982, o presidente da Embrafilmes foi o ex-ministro petista das Relações Exteriores, CELSO AMORIM. Na política e no poder até hoje!
Ele foi convidado pelo ministro da Educação de Figueiredo, o acadêmico EDUARDO PORTELA. Naqueles tempos, socialistas e liberais conversavam. Só que a união entre esses dois quase opostos resultou em monturos culturais.
Incontestável, eu acho! e lamentável, mas a imprensa, por exemplo, tolerou, em nome da liberdade de expressão e da abertura dos costumes, contestando a caretice insuportável do regime. Os protestos progressistas, foram raros, com exceções claras e localizadas. POSTAGEM ORIGINAL 2020
Aos meninos e moças, virgens ou maturados (as) que gostam de ROCK E ADJACÊNCIAS: Vou tentar expor algumas ideias sobre os dois álbuns, e ousar conclusões.
Pra começar, é bom contextualizar desde a origem provável das ideias e sonoridades que, de maneira geral, estão presentes nas duas obras. Por isso, coloquei na foto outros discos e artistas.
A linha mestra da guitarra moderna no ROCK INGLÊS provém dos YARDBIRDS, entre 1963/1967. Tá; todo mundo sabe; foi lá onde começaram ERIC CLAPTON, JEFF BECK E JIMMY PAGE. Beleza?
Eu fotografei dois discos de carreira do grupo. “LITTLE GAMES”, 1967, com PAGE na guitarra, é interessante porque várias sonoridades posteriormente desenvolvidas no LED ZEPPELIN provém dali.
Antes, porém, houve outro álbum de carreira, “OVER, UNDER, SIDEWAYS, DOWN”, ou “ROGER THE ENGENEER”, 1965. É a participação suprema de JEFF BECK na banda, e a criação do som que o tornou famoso como guitarrista.
São discos que deixam nítido: antes de tudo, PAGE e BECK são guitarristas principalmente de ROCK, e não de BLUES. E isto fez diferença.
E há JOHN MAYALL, ícone supremo do BRITISH BLUES. Mas, este album é fácil! CLAPTON gravou com ele o clássico definitivo aí postado.
E há outro disco na carreira de MAYALL, CRUZADE, 1968, com MICK TAYLOR, na guitarra; que retoma o BLUES já modernizado e com elementos da contemporaneidade à época. Notem, CLAPTON e TAYLOR são guitarristas mais afinados com o BLUES.
Caso faça algum sentido, explicam diferenças entre o BLUES BRITÂNICO, em desenvolvimento em meados DOS ANOS 1960, e o corte estético promovido pelo CREAM: que abriu para caminhos diferentes na FUSÃO ROCK/BLUES/PSICODELIA.
Se TIO SÉRGIO tiver razão, ou palpite plausível, o CREAM inaugurou a sonoridade que passou a ditar estética para guitarras. E que foi posteriormente expandida por HENDRIX, desaguando em oceano infinito, que abarca o HARD ROCK, o HEAVY METAL e a miríade de PROGRESSIVOS que vieram posteriormente.
Resumindo, o CREAM é a pedra angular que inspirou tanto o JEFF BECK GROUP quanto o LED ZEPPELIN, e zilhões daí para frente.
Ponto.
Parágrafo:
Uma das eternas discussões é a seguinte: o LED ZEPPELIN foi além da inspiração, e copiou o JEFF BECK GROUP, atrapalhando a carreira de “TRUTH”, 1968, que foi lançado primeiro.
Mas, há fatos pra gente considerar. A sonoridade básica daquela época já estava dada. Não foi criação exclusiva de ninguém. E, talvez, sim, organizada pelo CREAM.
Mas, guitarras distorcidas e baixo pesado; referências ao BLUES e outros elementos, eram comuns no ambiente musical. E tendência em desenvolvimento desde o advento da PSICODELIA, uns três anos antes, e que tornou-se parte da estética do ROCK e do BLUES.
Tanto TRUTH como o LED 1 são, claro, discos seminais. E contêm semelhanças inescapáveis. Ambos trazem BLUES e FOLK no repertório, gravaram a mesma música: YOU SHOOK ME. São bandas excelentes com destaques para a guitarra. E PAGE e JOHN PAUL JONES participaram na gravação dos dois álbuns.
Mas, há diferenças notáveis. Estão em destaque dois vocalistas solares, porém:
ROD STEWART, tende ao RHYTHM´N´BLUES e ao POP.
E ROBERT PLANT, é o bagunçador no coreto, o crooner “galináceo” que solidificou o estilo vocal do HEAVY METAL. E desenhou junto com PAGE, BONHAN e JONES a base HARD ROCK/BLUESY e, ao mesmo tempo, o diferencial que apontou para direção diferente de TRUTH: o futuro “HEAVY METAL”.
Com PLANT no pedaço, os portais do galinheiro foram abertos. IAN GILLAN, entrou para o DEEP PURPLE; veio OZZY, JOHN LAWTON, e honorável descendência fortíssima que por aqui milita e permanece há mais de meio século.
Há, também, detalhes históricos na trajetória das duas bandas. Mesmo que gravados com apenas dois meses de diferença, o disco do LED veio depois, em outubro de 1968.
E voltemos ao ZEPPELIN.
A versão que preponderou por muito tempo sobre a criação do nome da banda, afirmava que KEITH MOON, baterista do THE WHO, havia dito que “eles eram pesados e voavam, como um ZEPPELIN DE CHUMBO (LED)”.
Mas, existe outra: KEITH MOON tinha frase frequente para quando as turnês iam mal: “Going down like a “lead” Zeppelin” . “Desabando desastrosamente como um ZEPPELIN”. PAGE gostava da frase e substituiu o “lead” por LED…ZEPPELIN.
A fonte é confiável, a revista Q MAGAZINE em sua enorme enciclopédia…
O ZEPPELIN assinou com a ATLANTIC RECORDS, por indicação da grande cantora DUSTY SPRINGFIELD, e o disco foi lançado nos Estados Unidos. Sucesso quase imediato de vendas.
Em janeiro de 1969, abriram show para o IRON BUTTERFLY, a banda americana de PSICODELIA PESADA e imenso êxito, na época. E a plateia gostou tanto do LED ZEPPELIN que o IRON BUTTERFLY desistiu de tocar e retirou-se do palco!
Observem: talvez exatamente ali tenham se estabelecidos o nascente HARD ROCK e o HEAVY METAL, substituindo a PSICODELIA, que já dava sinais de esgotamento junto ao público…
No sentido contrário, o JEFF BECK GROUP “TRUTH”, que saiu em agosto de 1968, e para mim disco melhor, se consolidava. Teve pouco sucesso na Inglaterra, e também foi melhor na América.
Porém, a carreira de BECK na época era muito mal administrada; houve shows cancelados. E não conseguiu estabilizar o excelente time de músicos.
A apresentação que fariam no FESTIVAL de WOODSTOCK foi cancelada. E, para muitos, foi o prego que faltava no caixão da banda…
Ainda assim, gravaram o segundo disco, o excelente BECK-OLA, em 1969. Em seguida, JEFF BECK teve sério acidente de automóvel, que o deixou hospitalizado mais de um ano e meio…
Com tudo isso, TRUTH é outro clássico absoluto. O JEFF BECK GROUP amalgamava ROCK+BLUES+R&B. Portanto, é injusto condenar o disco do ZEPPELIN por canibalismo e usurpação contra BECK. São trajetórias e históricos bem diferentes. Estilos e tendências, também.
Acima de tudo, se ambos foram desenhados e criados no mesmo ambiente e concorrência, seria como acusar CINDY LAUPER por concorrer com MADONNA; ou o BLUR por competir com o OASIS; e mesmo o QUEEN por ter, nos primeiros 3 discos, grudado na rabeira do LED ZEPPELIN!
Tudo isto é do jogo.
E é do jogo, também, muito ti,ti,ti e muito mi, mi, mi!
O LED ZEPPELIN e o JEFF BECK GROUP são geniais em quaisquer tempos ou encarnações.
Ouçam, observem e desfrutem! POSTAGEM ORIGINAL: 03/04/2021
RESPOSTA: SÃO DA SAFRA DE 1968, CONTÊM ELEMENTOS DO ROCK PSICODÉLICO E, O MAIS IMPORTANTE, TRAZEM MÚSICAS À ÉPOCA MENOS CONHECIDAS DE “BOB DYLAN”.
“JIMI HENDRIX” É MOLE. A CLÁSSICA VERSÃO DE “ALL ALONG THE WATCHTOWER” TOCA MUITO ATÉ HOJE.
A SENSACIONAL VERSÃO POR “JULIE DRISCOLL & BRIAN AUGER” DE “THIS WHEEL’ S ON FIRE” CHEGOU AO PRIMEIRO LUGAR EM QUASE TODA EUROPA.
“AUGER” SEMPRE FOI TECLADISTA DE PRIMEIRA LINHA. E JULIE DRISCOLL, QUE SE TORNOU “JULIE TIPPET”, É SIMBIOSE ENTRE “JANIS JOPLIN” E “GRACE SLICK”, VOCALISTA DO “JEFFERSON AIRPLANE”, MAS SEM O TALENTO DE AMBAS.
E “THE MIGHTY QUINN” , COM O “MANFRED MANN”, FEZ SUCESSO NAQUELES TEMPOS NO MUNDO INTEIRO. E DYLAN OS CONSIDERAVA A BANDA QUE MAIS BEM FAZIA VERSÕES DE SUAS MÚSICAS.
É DISCUSSÃO PRA MESA DE BAR. MAS TODOS ALI PROJETARAM SUAS CARREIRAS A PARTIR DA INGLATERRA.
Dupla feminina espanhola de atuação inconstante, mas influência determinante no melhor POP ALTERNATIVO de lá.
VAINICA DOBLE significa “costura dupla”, metáfora bem apropriada para a belíssima HARMONIA VOCAL que “costuraram”.
Elas cantam divinamente um blend de FOLK PSICODÉLICO e POP muito original, com retrogosto do melhor ROCK INTERNACIONAL da época.
São duas vozes lindas, educadas e cristalinas.
E CARMEM SANTOJA e GLORIA VAN AERSSEN compõe de maneira muito criativa. Raramente aparecem canções com melodias tão bonitas e bem construídas do jeito as que duas fizeram! E, na época desse disco, já eram mulheres algo maduras. A banda que as acompanha é, também, ótima.
IAN ANDERSON, do JETHRO TULLl, falou certa vez que foi assistir a um show de SIMON & GARFUNKEL. E saiu convencido de que faria muito melhor. E fez!
Aconteceu o mesmo com as duas.
Assistindo a um festival qualquer na Espanha da era Franco, ficaram horrorizadas com nível dos artistas e seus repertórios. Resolveram compor. Fizeram melhor, muito melhor!
A dupla gravou outros discos, sempre na confluência FOLK-PSICODELIA e ROCK PROGRESSIVO.
Este aqui é, também, indicação nos livros de HEINZ POKORA, o caçador e restaurador do submundo desconhecido da música POP. O Lp original vale muitos mandacarus!
Procurem as moças na internet. Tio Sérgio recomenda bastante! POSTAGEM ORIGENAL: 03/04/2019
É curioso, muitos dizem que a PSICODELIA é coisa de branco.
É, não! Aqui, exemplos matadores que negam a falácia.
Vamos começar por SLY STONE ( STEWART ). Antes de fundar a FAMILY STONE era produtor de algum sucesso na Califórnia, de uma das melhores bandas BEAT americana, que também tangenciou a PSICODELIA: “THE BEAU BRUMMELS”, era produzida por ele.
SLY & THE FAMILY STONE foi uma das pontes estendidas dos meados dos anos 1960 até parte dos 1970, entre a SOUL MUSIC e o ROCK PSICODÉLICO. Não é pouca coisa! E fez com tal sucesso a passagem, que “obrigou” o clássico grupo de R&B e da SOUL MUSIC, THE TEMPTATIONS, a migrar para esta fusão, que também deu certíssima.
E tem mais;
Talvez a primeira banda de pretos genuinamente PSICH-ROCK tenha sido “THE CHAMBERS BROTHERS”, em 1966:
“THE TIME HAS COME TODAY” é clássico da época, e com tudo o que o bom ROCK PSICODÉLICO exige. Ouçam; ou melhor, tenham na coleção: Lá está o charme único provindo da cultura dos “PRETOS” em tudo o que produzem!
Claro, quase todo mundo conhece outra delícia do “SUNSHINE POP”, “THE 5TH DIMENSION”. A música que fizeram mesclava o R&B e o POP com tinturas PSICODÉLICAS.
Lembram de “AQUARIUS”, sucesso transcendente aos anos 1960? Pois bem, “THE SECRET GARDEN” é o disco “SUNSHINE POP PSICODÉLICO” que produziram. Lindo e cheio de efeitos! E alí estão duas cantoras pretas de ponta, MARILYN McGOO em destaque. As moças dão show vocal inesquecível!
DISCASSO!
Suspeito com firme certeza que todos conheçam o JAMES MARSHALL. Por supuesto?
Ah, tá; faltou o sobrenome HENDRIX. Intersecção e transcendência de quase tudo o quê veio antes, e forjou o depois na GUITARRA NO ROCK.
E o que fazia o “PRETÃO”?
Um CROSSOVER entre PSICODELIA e BLUES ROCK.
E, finalmente, ARTHUR LEE.
Ah, TIO SÉRGIO, esse a gente conhece. Era o líder do fantástico e originalíssimo LOVE!
Acertaram, sobrinhos!
Mas, TIO SÉRGIO, há uma pequena observação. ARTHUR LEE, que não era loirinho e nem ruivo, fez ROCK PSICODÉLICO com fortes tinturas do FOLK ROCK BRANCO!!!! Verdade; era preto de verdade, mas não seguia os cânones e os jeitos de compor e cantar dos BLACKS de sua época. Mais uma curiosidade que ressalta a genial originalidade da música que o LOVE tornou imortal.
QUEM PERDER ESSA TURMA VAI VIRAR JACARÉ QUANDO FOR TOMAR A PRÓXIMA DOSE DE VACINA! POSTAGEM ORIGINAL: 02/04/2021