DOORS: EDIÇÃO DE 50 ANOS DO PRIMEIRO E SEMINAL LONG PLAY DA BANDA, 2017

EDIÇÃO BONITA, EM CAPA DURA, COM LIVRETO E LP DE 180G MASTERIZADO EM MONO. E MAIS 2CDS, COM AS VERSÕES EM MONO E STEREO DO ÁLBUM ORIGINAL, LANÇADO EM 1967.
E, AINDA, UM TERCEIRO CD CONTENDO O HISTÓRICO “CONCERTO” NO “MATRIX CLUB”, EM 1967. ALIÁS, É HORROROSO E AMADOR! MAS, QUEM JÁ OUVIU OS “DOORS” AO VIVO SABE QUE MUSICAL E TECNICAMENTE, NÃO ERAM LÁ ESSAS COISAS; MITO E ESTARDALHAÇO A PARTE… MAS, A ENERGIA EMANADA….
O TEXTO NO BOX DIZ QUE EM “PELO MENOS ALGUMAS FAIXAS”, FOI O PIANISTA E TAMBÉM BAIXISTA, “LARRY KNECHTEL”, QUEM TOCOU OS BAIXOS. PARA MIM ESTÁ CLARO QUE ELE TOCOU NO DISCO INTEIRO!
“LARRY” , MUITO COMPETENTE, FEZ O PIANO EM “BRIDGE OVER TROUBLED WATERS”, DE “SIMON & GARFUNKEL”, TAMBÉM GRAVAÇÃO ICÔNICA E INESQUECÍVEL. E, DEPOIS, TORNOU-SE PARTE DO “BREAD”, BANDA POP DE ENORME SUCESSO, NO INÍCIO DA DÉCADA DE 1970.
EU OUVI O CD COM VERSÃO STEREO. A REMASTERIZAÇÃO FICOU BOA, MUITO TRANSPARENTE E MUSICAL. O BAIXO AGORA ESTÁ BEM EVIDENTE E PULSANTE. TUDO NO LUGAR.
O PRIMEIRO ÁLBUM DOS “DOORS, QUANDO FOI LANÇADO ERA MATADOR! O ÓRGÃO DE “RAY MANZAREK”, A GUITARRA DE “ROBBIE KRIEGER” E, PRINCIPALMENTE, A VOZ EMOCIONANTE E DOMINADORA DE JIM MORRISON, TORNARAM LENDÁRIAS CANÇÕES COMO “THE CRISTAL SHIP”; O HARD BLUES EM “BREAK ON THROUGH”; A SENSUALIDADE PESADA, BLUESY E CONFUSA DE “BACK DOOR MAN”; O ROCK DINÂMICO DE “TAKE AS IT COMES”. E, O GRANDE “BLUES-ROCK-PSICODÉLICO” CANTANDO O LASCÍVIA EM “LIGHT MY FIRE”, COM OS RIFFS E SOLOS DE ÓRGÃO TOMANDO O MUNDO…
E TUDO ISTO CULMINANDO EM “THE END”; INCESTO, VIOLÊNCIA E POESIA CANTADOS EM CLIMA “DARK”; UMA DAS PRIMEIRAS CANÇÕES ENUNCIADORAS DO QUE FARIA A TURMA DO ‘GOTHIC ROCK” DEZ ANOS DEPOIS; E TUDO PENETRADO E CONDUZIDO PELA VOZ BARÍTONO DE “JIM MORRISON” EM SEUS ESCRITOS E POESIAS ÚNICOS.
THE “DOORS”, O ÁLBUM, É UM CLÁSSICO IRRECORRÍVEL. MARCA AO MESMO TEMPO A CHEGADA TRIUNFANTE E O INÍCIO DA PROGRESSIVA E DECADENTE CARREIRA DE JIM MORRISON RUMO À PRÓPRIA DESTRUIÇÃO FÍSICA E MENTAL…
COMO SEMPRE, O DISCO DEMOROU MUITO PARA SAIR NO BRASIL – JÁ EM 1968, SE BEM RECORDO. E, QUANDO VEIO, A QUALIDADE GRÁFICA DA CAPA, E DO SOM TAMBÉM, DEIXARAM MUITO A DESEJAR. O ENTUSIASMO INICIAL JÁ ESVAÍA…
NO LONG PLAY SEGUINTE, “STRANGE DAYS, 1968, A VOZ DE MORRISON JÁ NÃO ERA A MESMA. APESAR DA EMOÇÃO QUE CONTINUAVA A TRANSMITIR…
PORÉM, JIM MORRISON PERMANECEU MUITO ALÉM DE SEU PRÓPRIO MITO. OS RITOS SEGUINTES CRIARAM A LENDA CONSTATANDO A NARRATIVA DE UM ARTISTA MALDITO, E ASTRO ALTERNATIVO DE FAMA CRESCENTE, E PERFORMANCE DESCENDENTE.
ENTRE 1968 E 1971 HOUVE OUTROS DISCOS COM ALGUMAS FAIXAS BOAS, MAS, A GANGORRA DE SEMPRE. E A QUEDA PAULATINA E NÃO REVERTIDA DA BANDA SE EXPÔS…NO CAPÍTULO FINAL, O LENDÁRIO E CULT “L.A. WOMAN”, 1971, APARECE O JIM “MATURADO” EMULANDO OS “BLUES SINGERS” QUE LHE INSPIRARAM… É UM EXPÍLOGO DIGNO PARA UM ÍDOLO SUPERIOR.
A MORTE DE “JIM MORRISON” O REPOSICIONOU AO LONGO DO TEMPO. E SUA RESSURREIÇÃO CONSUMOU-SE EM 1991, COM “THE DOORS, O FILME”, QUE MOSTROU A TRAJETÓRIA METEÓRICA, OSCILANTE E TRÁGICA; QUASE SEIS ANOS DE UM PERSONAGEM ÚNICO, IDÍLICO E MUNDANO, AO MESMO TEMPO…
MAS, TIO SÉRGIO, VALE A PENA COMPRAR O BOX?
PARA OS FÃS, SIM – E MAIS COMO EFEMÉRIDE E RECORDAÇÃO.
PARA MIM, FALTOU A VERSÃO EM “SINGLE” DE “LIGHT MY FIRE”, MAIS PESADA E IMPACTANTE DO QUE A VIAGEM LONGA E PSICODÉLICA DO LONG PLAY. OS “SINGLES” SERVEM PARA ISSO: DAR A REAL! O MURRO DEFINITIVO…

ENFIM, É JIM MORRISON. O REVERENCIEM COMO QUISEREM…

POSTAGEM ORIGIANAL> 27/06/2017

Nenhuma descrição de foto disponível.
Curtir

 

Comentar
Enviar

TRILHAS SONORAS INTERESSANTES FEITAS NA DÉCADA DE 1960

A mais óbvia delas “GET YOURSELF A COLLEGE GIRL” comédia adolescente com sucessos POP da época, principalmente DAVE CLARK FIVE bombando geral na América, entre 1963 e 1966, rivalizando direto com os BEATLES.
Há outros grandes como ANIMALS, STAN GETZ & ASTRUD GILBERTO com Garota de Ipanema, e JIMMY SMITH TRIO.
O Interesse maior enquanto TRILHA SONORA, talvez seja trazer JAZZ, BOSSA NOVA e BEAT, todos contemporâneos, para festas e a música em geral.
As outras todas são mais bem elaboradas, criadas para filmes cults por motivos diversos. E tendo como elementos de ligação a transição da PSICODELIA para o ROCK PROGRESSIVO. Cada uma vale a pena em si mesma.
CANDY, por exemplo, teve elenco estelar. Gente como RINGO STARR, MARLON BRANDO, RICHARD BURTON e a estreante e sexy EWA AULIN.
De quebra, ANNITA PALEMBERG namorada de KEITH RICHARDS e tão drogada quanto ele. A brasileira FLORINDA BOLKAN está, também, por lá.
Enredo? menina e suas “desventuras eróticas.”
A TRILHA é do Guitarrista DAVID GRUSIN, que explora a PSICODELIA com tons JAZZY, , com SITAR, e MÚSICA ELETRÔNICA. Muito curiosa e adequada. Tem BYRDS e STEPPENWOLF para alegrar a festa. É legal de se ter!
A grande crítica de cinema americana, PAULINE KAEL, achou o filme bagunça incompreensível.
“HERE WE GO ROUND THE MULBERRY BUSH”, é
bobagem juvenil: rapaz babaca querendo perder a virgindade. Roteiro de HUNTER DAVIS, biógrafo oficial dos BEATLES.
A TRILHA é boa. SPENCER DAVIS GROUP, sem STEVIE WINWOOD, mas transitando entre o BEAT, o R&B e o ROCK PSICODÉLICO. Está por lá o TRAFFIC na fase PSICODÉLICA. Colecionável!
PSYCH-OUT, 1968, é a estreia de JACK NICHOLSON, que depois atuou em filmes CULTS, como “SEM DESTINO” e “FIVE EASY PIECES”, sempre como anti-herói deslocado existencialmente. É Uma viagem ao Underground de São Francisco.
E a trilha sonora é excelente, transitando entre o GARAGE ROCK dos SEEDS e outros. Destaque para uma das mais belas e sofisticadas canções do SUNSHINE POP: ” THE PRETTY SONG FROM PSYCH-OUT”, com “THE STRAWBERRY ALARM CLOCK” .
UP THE JUNCTION, 1968 , fala sobre as relações pessoais e amorosas entre duas pessoas de classes sociais diferentes.
A trilha sonora e AULA DE ROCK é de MANFRED MANN.
A faixa título em várias versões, do BEAT/R&B ao ROCK PSICODÉLICO ao ROCK PROGRESSIVO.
Temos MANFRED MANN, enquanto músico e grupo, transitando com a mestria que o consagrou no ROCK. Ele está entre os poucos que saíram – se muito bem nas três vertentes.
BLOW-UP 1966 e ZABRIESKY POINT 1970
Visões do grande cineasta MICHELANGELO ANTONIONI, sobre as mudanças geracionais e a entropia das sociedades inglesa e da norte americana, respectivamente.
ZABRISKIE foi um monumental fracasso financeiro. Custou, na época, 20 milhões de dólares e faturou menos de 900 mil dólares!
Hoje, é visto como profético e obra de arte.
TRILHA SONORA ESTUPENDA. O ROCK LISÉRGICO visto em duas vertentes:
PINK FLOYD, na viagem exterior, espacial. E JERRY GARCIA, em périplo interior, mais pessoal.
Você raramente ouvirá um BLUES como LOVE SCENE VERSION 6, out-take do PINK FLOYD. Temos RICK WRIGHT mostrando seu domínio da “intenção” do JAZZ, e o porquê sem o piano e órgão dele a banda não teria decolado.
ANTONIONI, que curtia JAZZ, gostava do GRATEFUL DEAD .
JERRY GARCIA fez a sua parte sozinho, em um enorme teatro vazio, tocando guitarra e criando enquanto assistia às cenas que musicou. O resultado foi tido como coisa de gênio!
Pois bem, GARCIA trabalhou um dia e foi regiamente remunerado. O suficiente para pagar todas as dívidas do GRATEFUL DEAD com a WARNER.
Com o restante do cachê, ele comprou uma casa para morar.
Maluco também habita.
POSTAGEM ORIGINAL: 28/06/2020
Nenhuma descrição de foto disponível.

GENE CLARK E O FOLK TRANSCENDENTE

Certa vez, escrevi para o meu amigoLuiz Sérgio Do Espírito Santo “reclamando” não; “declamando” para ele o quanto são parecidas nossas coleções de discos de ROCK dos anos 1950, 1960 E 1970!
Luiz posta e eu sorrio redimido! É vice-versa com certeza! Eu nos CDs e ele – que invejidade! ( óoops… neologismo para mistura de inveja e saudade ) nos LPS , quase sempre edições originais!!!
Então, fizemos um pacto luminoso. A toda vez e por um tempo, que um ousar postar “quase plágios indecorosos”, o outro revida… Vai acabar em almoço! Assim que o bichinho arrogante, o PET COVID, a todos nós liberar.
Pra confirmar que só falamos de flores, o LUIZ mandou um míssil com GENE CLARK!!!
Ahhh, seu incauto! Lá vai um drone com minhas granadas letais!
Somos dois old boys BYRDMANIAXS! E GENE é afeto velho, irresolvido, saudoso! Pra quem não sabe, foi o vocalista dos BYRDS, nos primeiros discos. Um jeito de cantar único. Ele saiu pra solo, em 1966/1967. É cult, é cult, é cult, cult,cult… torço eu, feito o GALVÃO BUENO!
GENE CLARK oscilava dos extremos do FOLK-ROCK para o COUNTRY nem sempre ROCK, com bom gosto
inusual, algo melancólico e alternativo.
Compositor inspirado, melodista irrepreensível, cantor reverenciado e trans-geracional, produziu comparativamente pouco. Mas, quem ouve não esquece; procura, adere!
E você ralhará: po, tio Sérgio, trans-geracional? Cravo no sim! Ele está representado no colecionável “THIS MORTAL COIL”, projeto inglês de ROCK ALTERNATIVO, por seu cold moody , dark e depressivo jeito de cantar, lançado no final dos anos 1980.
GENE era um “ECLÉTICO SELETIVO” e repertório e parceiros. E gravou com os COUNTRY quase RAIZ “THE GOSDIN BROTHERS” e a PÓS PUNK e HEAVY SOUTHERN ROCK, CARLA OLSON!

Está por aqui tudo isso e muito mais! Faça o seguinte: procure o imortal GENE CLARK, que nos deixou há uns 30 anos e não pediu licença pra nenhum dos Sergios aqui…

POSTAGEM ORIGINAL: 28/06/2020
Nenhuma descrição de foto disponível.

MEMÓRIAS E IDEIAS

maio 2023 ENTRE A IDEIA E O ATO, MORAM EM PÂNTANO MOVEDIÇO AS INTENÇÕES E AS VONTADES…
E NEM TUDO É TÃO BELO E PURO…
MAIO / 2023 “MELHOR UM FINAL HORROROSO, DO QUE UM HORROR SEM FIM.”
TECO MEDINA, ECONOMISTA.
MAIO 2022: SÓ POR TER PERMITIDO O “ORÇAMENTO SECRETO”, BOLSONARO MERECE PERDER A ELEIÇÃO.
LIBEROU UMA CURRA ORÇAMENTÁRIA!!!
MAIO 2021: BOULOS:
ESTÁ SABENDO SAIR DA EXTREMA ESQUERDA PARA “RADICALIDADE” SEM PERDER CAPACIDADE PARA DIÁLOGO.
TEM TALENTO.VAI DAR TRABALHO
MAIO 2021: LI POR AQUI E CONCORDO:
NÃO ADIANTA TROCAR A RODA DA CARROÇA, SE O PROBLEMA FOR O BURRO
MAIO 2019: SÉRGIO MORO:
ASSISTI BOA PARTE DA ENTREVISTA E GOSTEI. SOU GARANTISTA ATÉ A SEGUNDA INSTÂNCIA.
MORO É SÉRIO E CORAJOSO.

MEMÓRIAS ESPARÇAS

07/05/2019 BOLSONARO ARMA CONFUSÃO IDEOLÓGICA E DISTRAI OFENDENDO A ESQUERDA.
GUEDES, MORO E OS MILITARES TOCAM O ESSENCIAL.
E LA NAVE VA
08/05/2019GOVERNO BOLSONARO
ENFRENTAR A OPOSIÇÃO RADICAL. COMO PT, PC do B, E PSOL SEMPRE FIZERAM.
GUEDES ESTÁ INDO BEM.
08/05/2019GOVERNO BOLSONARO
ENFRENTAR A OPOSIÇÃO RADICAL. COMO PT, PC do B, E PSOL SEMPRE FIZERAM.
GUEDES ESTÁ INDO BEM.
08/05/2019PREVIDÊNCIA PÚBLICA:
O PROBLEMA É O FUNCIONALISMO. A SOLUÇÃO É LIBERAL: O ESTADO GARANTE UM TETO. O RESTO É POR CONTA DE CADA UM.
08/05/2019PREVIDÊNCIA PÚBLICA:
O PROBLEMA É O FUNCIONALISMO. A SOLUÇÃO É LIBERAL: O ESTADO GARANTE UM TETO. O RESTO É POR CONTA DE CADA UM.
08/05/2020XURURUMBA É PALHAÇO. PENSOU: ONDE ANDA O GOVERNO? JAIR BOLSONARO, O LÍDER DA OPOSIÇÃO, FAZ O QUE QUER NESSE PAÍS!
VAI FICAR ASSIM?
08/05/2020Dante Mantovani, ex-Funarte,reacionário neandertal, corrigiu uma injustiça: resgatou a imagem do Lobão, conservador esclarecido!
08/05/2021LULA PRECISA DA DIREITA. CAMPANHA QUE TEM ALCKMIN NÃO PODE TER ZÉ DIRCEU E DILMA ROUSSEFF. SÃO ANTÍPODAS! LULA JÁ RETIROU OS DOIS!

DILMA ROUSSEFF CASSADA: RANDOLFE, O CAVARDE!

A VITÓRIA CANTADA PELOS CONTRA O IMPEACHMENT É FRUTO DE UM ATO DE SUPREMA COVARDIA PERPETRADA PELO SENADORZINHO RANDOLFE RODRIGUES.

JANAÍNA ESTAVA À DISPOSIÇÃO DO SENADO DESDE AS 9 HORAS DA MANHÃ, FOI ENROLADA JUNTAMENTE COM MIGUEL REALE JR, QUE TEVE DE SAIR LOGO APÓS SUA EXPOSIÇÃO POR MOTIVOS DE SAÚDE, ATÉ PERTO DAS 17 HORAS,QUANDO FOI INICIADA A SESSÃO.

JANAÍNA FICOU SOZINHA, ENFRENTOU AQUELE TERRÁRIO DE ESCORPIÕES SEM PESTANEJAR, MESMO AFÔNICA, MUITAS VEZES ATRAPALHADA POR FALTA DE FLUÊNCIA VERBAL E REPETINDO MIL VEZES OS ARGUMENTOS E OS PORQUÊS ARROLADOS NO PEDIDO DE AFASTAMENTO DE DILMA.

NA MADRUGADA, QUASE NO FINAL DOS DEBATES, FOI VÍTIMA DE UMA ATITUDE IMORAL DE RANDOLFE RODRIGUES QUE, NO MÁXIMO, PODERIA SER UM DEPUTADO FEDERAL – UM DEPUFEDE, UMA VEZ QUE NÃO TEM NÍVEL PARA ESTAR NO SENADO.

RANDOLFE SE APROVEITOU DA CIRCUNSTÂNCIA E DO CANSAÇO, PARA FAZER UMA PERGUNTA CAPCIOSA, JÁ QUE DIFICILMENTE JANAÍNA PODERIA IDENTIFICAR O QUE VINHA DENTRO DELA.

COMO É SABIDO, O VICE EM EXERCÍCIO TEM OBRIGAÇÃO DE MANTER A CONTINUIDADE ADMINISTRATIVA. NÃO PODERIA SE NEGAR A ASSINAR E NEM POR ISSO É CO-RESPONSÁVEL, JÁ QUE DILMA É A TITULAR, ENCOMENDOU TAIS ATOS À SUA ASSESSORIA, DECORRENTES DE ATIVIDADES DE SEU GOVERNO COMO UM TODO.

DILMA PEDALOU, TEMER, NÃO!

E RANDOLFE FEZ PEGADINHA VAGABUNDA COM ASSUNTO SÉRIO. É UM COVARDE! NÃO É UM HOMEM DE BEM.

E, POR ESSAS E OUTRAS É QUE ESTA ERA LAMENTÁVEL ESTÁ CHEGANDO AO FINAL. É SÓ POR MAIS UNS DIAS…
POSTAGEM ORIGINAL: 30/04/2016

MOD JAZZ – KENT / ACE RECORDS – 1960/1969COMPÊNDIO EM NOVE CDS DO QUE ROLAVA NOS CLUBES E BARES INGLESES

Vou começar diferente: você sabe discotecar? Preparar trilhas sonoras para uma festa ou reunião entre amigos?
É mais difícil do que parece. Eu vou dar umas sugestões.
“TIO SÉRGIO, você já foi D.J?”
Não, não fui.
Mas, nesses tempos dos CDS graváveis eu me diverti fazendo trilhas para amigos, reuniões, jantares com pouca gente, festinhas, essas coisas.
Selecionei músicas para tocar em casa e no carro. E presenteava aos mais íntimos, também! Acho que ficaram legais, adequados!
A minha receita é relativamente simples:
Há uma regra básica e vital. A festa nunca é para você; mas para todos, portanto:

1) Eu descobria mais ou menos o público alvo e o quê ele esperava;
2) Equilibrava seleção de música e artistas entre vários gêneros, que, supostamente, a média dos presentes iria gostar;
3) No set entrava “quase” de tudo. Eu não fazia demagogia ou populismo cedendo ao mau gosto. Mas, não deixava ninguém sentir-se excluído;
4) Tocava coisas que todos conhecem;
5) Escalava músicas que a turma “achava” que conhecia;
6) E, botava pra rolar artistas desconhecidos, mas conectados ao clima da festa. Entram as novidade – velhas ou novas – elas são imprescindíveis;
7) A regra intransponível: tudo tem de ter “ar de balanço”; de festa; e os pés não podem deixar de marcar o ritmo.
Costuma dar certo.

Eu sou fã de D.Js, para não dizer que os invejo!
Claro! Imagine aquele monte de discos e você, o déspota esclarecido ( ou ensandecido? ) , orientando o quê vai ser tocado ou selecionado, sob a batuta do seu gosto, timing e imaginação!
Fazer o mundo se divertir não tem preço ou poder que supere! Pôr a turma para dançar, então, é arte dificílima!
Todos já vimos um grande artista ou banda dominar o ambiente. É mágico; mas organizado por você é imperdível! Sensação de poder à parte – porque é responsabilidade traiçoeira -, é um espaço fantástico e muito divertido para atuar!
E, mais ainda para alguém que não sabe e nunca soube dançar: Eu, me, myself and I; prazer em conhecê-los!!!
E aí entra esta fantástica coleção de MOD JAZZ, da ACE / KENT RECORDS que, acho, completei.
São coletâneas do que rolava nos clubes onde jovens se reuniam, na Inglaterra, nos anos 1960!
Antecediam apresentações de gente como os ROLLING STONES, YARDBIRDS, GEORGIE FAME, GRAHAM BOND, BEATLES…, e quem mais vocês pensarem.
Era a antessala da festa. Singles e faixas de LPS com gente desconhecida, e outros famosos; mas todos focados em festa, dança, momentos lúdicos. Coadjuvantes para um altíssimo astral para beber, conversar, paquerar, e o que fosse!
Nesta coleção tem o que você imaginar e muito mais!
NINA SIMONE, JIMMY WHITERSPOON, SAMMY DAVIS JR, OTIS SPAN, T.BONE WALKER, JIMMY SMITH, RHITHM´N´BLUES, SOUL, ROCK, BLUES, B.B.KING, JOHN LEE HOOKER… Imagine americanos famosos ou não; ingleses em ascensão ou não; há gente de todo tipo.
É salada mista e colorida da melhor qualidade, variedade e sabor!
E a turma da ACE/KENT os juntou nesses nove CDS ( por enquanto?) e entre vários esparsos “pela aí”, feitos por outras gravadoras.
Não perca! Vale uns mandacarus e boa vontade para colecionar, ouvir, curtir, viajar, e vasto sei lá o quê!
Em uma das faixa, com o pianista OTIS SPAN, um BLUES fantástico, eu aposto a sua orelha para um picadinho à VAN GOGH, que era o JOHN MAYALL cantando! 

JOE COCKER – 1944/2014 – E AINDA NÃO REVISITADO –

JOHN ROBERT COCKER tinha talento natural, voz rouca e potente, diferenciada e personalíssima. Era cantor mais para o SOUL, o RHYTHM´N´BLUES e o FUNK. E menos para o BLUES.

Era um cantor emocional, derramado, mas não tão arrebatador como seus contemporâneos ERIC BURDON, VAN MORRISON e o menos conhecido, mas “terrivelmente perturbador”, TIM ROSE.

No festival de WOODSTOCK, em 1969, há pelo menos quatro performances espetaculares: TEN YEARS AFTER, com ALVIN LEE, o pai dos “atletas da guitarra”, em ” I´M GOING HOME’, aula de ROCK de quase dez minutos. Estava lá JIMI HENDRIX, se expondo ao mundo e, ao mesmo tempo, consolidando e transcendendo um novo jeito de tocar. E houve THE WHO, visceral, barulhento, sujo e arrepiante.

E, também JOE COCKER, expressivo e emoções explícitas à flor da epiderme, em performance eletrizante com “WITH A LITTLE HELP FORM MY FRIENDS” – canção dos BEATLES, de quem ele gravou algumas outras canções. Existe um BOX com 4 CDS onde tudo isso e mais ainda estão presentes.

COCKER teve carreira longa, quase 50 anos, mas irregular. A discografia é contínua, mas inconsistente. Fez 22 álbuns de estúdio, 9 ao vivo, deixou 14 compilações, e 68 SINGLES.

Em seu disco de estreia, ‘WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS”, 1969, juntou-se banda estelar, com JIMMY PAGE, na guitarra, e STEVIE WINWOOD, nos teclados, todos já famosos, e em ascensão.

JOE COCKER se apresentou no Brasil pela primeira vez, em 1972. Ele e banda tocaram em São Paulo, no ginásio da Portuguesa de Desportos. Mas, as críticas foram muito ruins. Na linguagem da época, “ele estava devagar, quase parando”.

Seus melhores discos são os três primeiros, entre 1969 e 1971, base de seu extenso, mas nem sempre convincente repertório.

O seu vibrante show ao vivo de 1991, “JOE COCKER LIVE”, lançado em disco com bastante sucesso, é bem produzido, cheio de balanço, e destaca o bom trabalho da banda.

Ali, COCKER repassou a carreira e os seus predicados, e talvez ainda seja a melhor sugestão para quem quiser conhecê-lo.

No decorrer do tempo, ele conseguiu alguns HITS, e manteve-se em atividade.

JOE COCKER era um grande cantor? Tenho minhas dúvidas. Mas, seja como for, era um intérprete inconfundível e se tornou um ícone.

Ele foi substituído, no estilo, pelo também britânico SEAL; mais jovem, moderno e ótimo cantor de SOUL e BLACK MUSIC em geral.

A obra de JOE COCKER ainda não foi posta à prova. Mas, com o tempo, ficará mais claro o quanto de seu talento natural foi realmente lapidado.

Curiosamente, mais de dez anos transcorreram desde a morte de JOE COCKER, e ainda não houve um projeto de relançamento mais amplos de sua discografia. Não há coletânea mais ampla, e nem um BOX para uma compreensão melhor do que ele deixou.

Não é bom sinal.

24 de dez de 2014 02:15

MEMÓRIAS DO CHILE, 1987!

Que feito extraordinário o desse menino eleito, BORIC!!! Fez 35 anos esses dias! Quase a metade da minha idade! É pouca vida e pouca experiência…

Elegeu-se pela esquerda. Alguns dizem que pela extrema esquerda. Eu duvido. Acho que não há espaço para qualquer tentativa não pactuada de virada de jogo no CHILE.

Haverá, espero, uma continuidade liberal-socialdemocrata. E mais aprofundada em direção à melhora nas questões sociais.

Os chilenos erraram na privatização da Previdência Social. Menos na teoria do que na prática. Mas, isto certamente será corrigido.

Nos dias de hoje, não é admissível que países ricos ou remediados deixem de tentar uma social democracia possível. O Brasil incluído!

E a existência de ensino superior público é outra exigência civilizada.

E por que, não?

Se for bem pensado, planejado e corretamente financiado, é possível, sim. Então, que venha fazer sombra à educação privada.

O CHILE reconstruiu-se pela via liberal e não esquerdista, com imenso sacrifício, mas grande proveito, também.

É o país da América Latina mais próximo do que se entende por primeiro mundo.

O país tem geografia estranha, curiosa. Mas, algumas vantagens comparativas imensas. Está de frente para o Oceano Pacífico, onde as grandes transformações geopolíticas estão acontecendo, nos últimos 40 anos. E continuarão irreversivelmente..

Os chilenos comerciam com o mundo inteiro. E direto com a Ásia e a Oceania, os grandes mercados da atualidade. Estão conseguindo fazer da circunstância geográfica um favorável instrumento geopolítico econômico – histórico.

E, gostemos ou não, o regime PINOCHET vislumbrou isso. Quando houve o golpe, em 1973, o governo “instaurador” rompeu com os soviéticos. Porém, manteve a parceria ativa com os comunistas chineses…

Ao contrário do Brasil, virado para o ATLÂNTICO e países pouco dinâmicos, o CHILE enturmou-se aos asiáticos, à Oceania, e com os EUA. E, também, com o polo dinâmico da América Latina.

Eles têm problemas. Mas, não se causam problemas, como o BRASIL e principalmatualmente a ARGENTINA fazem…

Eu e Angela, minha mulher, estivemos no CHILE em férias e a passeio, em 1987.

Mas, por que no CHILE?

Porque era o lugar mais longe que poderíamos imaginar, partindo de nossa grana curta e da geografia física que define o mundo.

Havia, também, angústia de ambos pelo violento e sanguinário golpe militar que os chilenos haviam sofrido. Então, fomos conhecer in loco! (Espero ir a CUBA antes que o socialismo acabe, e pelos mesmo motivos políticos).

A viagem é longa; na época era voo de quase 5 horas de São Paulo para SANTIAGO. Fomos, também, a VINHA DEL MAR. Curtimos 6 dias repletos de vivências. Momentos inesquecíveis e instrutivos. Voar sobre as cordilheiras é programa obrigatório para os curiosos.

Vou tentar descrever o que rolou.

Eu sou honesto, mas não sou imparcial. Mesmo porque a única atitude ética possível contra ditaduras e autoritarismos é a oposição decidida.

Odeio ditadores! Acho-os repulsivos política, existencial e moralmente. Então, censuro os progressos feitos às custas da democracia plena. Não valem a pena.

O CHILE é tão distante e inacessível, que sua vinicultura passou incólume por uma das mais devastadoras pandemias que assolaram as videiras, portanto a indústria do vinho: a PHYLLOXERA, no século XIX.

Se você quer ter uma ideia do que eram os vinhos franceses originais no final do século XIX, beba vinho chileno. Eles são os herdeiro das tradições vinícolas francesas…

Claro, nos fartamos de bons vinhos, inclusive fomos a um distribuidor local, compramos e trouxemos garrafas de bebidas de qualidade absolutamente acima das que, eventualmente, tomávamos no Brasil!

E adoramos os peixes, os “frios”, os embutidos, as frutas, os pães e as saladas! Eu gostei da cerveja, também!

A SANTIAGO de 36 anos atrás nos lembrou a RUA DIREITA e o CENTRO DE SÃO PAULO nos anos 1960.

Era cidade aprazível, e até bucólica. Hoje, ainda não sei.

Mas, havia cheiro de mudança, de renúncia extirpada a fórceps, daquele país digno e sofrido.

Claro, turistas não respiram o tempo todo angústias da atmosfera político-social!

Mas, podem perceber as marcas do fogo e do ferro que moldaram o CHILE naqueles tempos…

Nós dois sentimos a demolição à época em curso.

Como sempre fazíamos, pegamos um ônibus urbano e fomos até os confins da cidade. O ponto final era “LA BINCOYA”, tido como bairro violento, “terrible”, segundo o motorista do ônibus que nos levou. E, depois, nos trouxe de volta ao centro.

Francamente?

Achamos até tranquilo e organizado, com casas e conjuntos residenciais populares bem aceitáveis, se comparados ao que eu conhecia na zona Norte de São Paulo, onde trabalhei mais de vinte anos anos, no mercado imobiliário.

A VILA BRASILÂNDIA, e um bairro anexo chamado “ironicamente” de JARDIM PAULISTANO, eram muito piores…

E, mesmo refletindo sobre o que observamos lá, jamais imaginamos no que realmente o CHILE se tornaria! Mas, havia um odor de futuro melhor, sim.

Quando estivemos em SANTIAGO, os caras estavam em plena ditadura e com tudo o que uma ditadura gosta e oferece. Pinochet havia simplesmente esmagado a oposição. E a tal ponto que a “paz dos mortos” imperava nítida e audivelmente.

Eu e a Angela, andando a pé por SANTIAGO, cidade à época repleta de praças e recantos, e conseguimos chegar às portas do PALÁCIO DE LA MONEDA. E, pasmem, os guardas deixaram que nós adentrássemos alguns metros!!!

Mas, como?

Depois de 30 mil mortos, simplesmente não havia mais perigo para o regime….A tranquilidade urbana era paupável…

O entorno era assustador. O Palácio fica (ficava?) no centro de uma grande praça cercada por prédios residenciais, hotéis, empresas, etc… mas, de tal forma que está (estava) isolado e totalmente indefeso, se sob bombardeio aéreo. Alvo fácil!

Os relatos, na época, eram esses mesmos. O Palácio foi atacado, pela força aérea no dia do golpe, em setembro de 1973.

Foi parcialmente destruído. Um verdadeiro ataque terrorista em região populosa e absolutamente central da cidade! Um óbvio crime contra a humanidade!

Eu toquei em buracos de bala! Verdade.

A vida cultural era nula. Nítido e audível nulo.

A televisão estatal só exibia jogos passados de futebol, ou coisas inofensivas aos desígnios da ditadura vencedora.

A programação era encerrada muito cedo. Era recorrente, repetitiva.

Liberdades públicas? Nenhuma!

E o futebol? deixa prá lá…

Mas, naqueles dias, estava em cena o FESTIVAL DA CANÇÃO INTERNACIONAL DE VINHA DEL MAR! Um coletivo de breguices assustadoras, eventualmente secundadas por alguma contestação juvenil tímida, mal definida, cerceada por pudores impostos.

A censura era claramente total e obscurantista!

ROBERTO CARLOS esteve no tal festival, mas não vingou.

Venceu a representante da COLOMBIA cantando música inominável e inaceitável; total falta de sentido e de pertinência; uma completa ausência de porquê chamada LA GAVIOTA!!!! Os jornalistas locais urraram de orgasmo com a vitória de “LA HERMANA COLOMBIANA”!

A vida cultural não existia.

Mas, a vanguarda tecnológica já havia sido transplantada para lá. Sempre que viajo, gosto de ver sebos e livrarias, lojas de discos e de móveis. E, se possível casas, apartamentos e suas arquiteturas. São para nós dois diversão instrutiva e sociologicamente significativas.

Eu não consegui comprar um único LONG PLAY usado ou novo!!!!!! Encontrei apenas um do JEFFERSON AIRPLANE, totalmente destroçado…

Em 1989 os chilenos já estavam totalmente no CD! Quer dizer, haviam partido para ousar na modernidade. Coisa que o Brasil precisa urgentemente fazer em áreas diversas. Mas, claro, dentro da democracia e das liberdades públicas…

Vou tentar resumir o ambiente:

A destruição sócio-institucional do CHILE foi de tal forma violenta que, acho, Pinochet e seu regime conseguiram fazer uma “verdadeira e sangrenta revolução social e política”: mudaram a base e as estruturas da economia e da sociedade.

Não restou pedra sobre pedra; tradição partidária ou cultural.

A sequência dos governos democráticos foi totalmente inovadora e baseada, sem qualquer contestação, nesse outro CHILE reconstruído pelos militares.

Por mais que venham a investir no social, necessidade evidente e perfeitamente possível, os novos governantes não deverão aceitar violações nos pressupostos básicos da economia liberal: iniciativa privada, controle de gastos públicos, produtividade, integração aos mercados internacionai.

Eles não vão retornar ao passado, como está evidente na dificuldade que a sociedade tem tido para reformar a CONSTITUIÇÃO. Os chilenos perceberam as vantagens e os acertos de um conservadorismo não reacionário, mas cauteloso.

A construção de uma política econômica conservadora, mas do bem.

É isto o que BORIC herdou e vai tentar administrar. Torço por eles todos. Os chilenos merecem.

Veremos como será!