JACKIE CAIN & ROY KRALL: DUPLA VOCAL ESPETACULAR!

Mas como é possível, TIO SÉRGIO, você ter apenas três discos de JACKIE & ROY?
Você passou a vida juntando “rodinhas pretas e prateadas”; os conhecia há meio século porque houve disco deles lançado por aqui, e não fez nada?
Pois bem; Paciência! Eles formam dupla vocal de alto nível. E ROY é, também, ótimo pianista.
Em 56 anos de carreira, gravaram perto de 40 discos. Foram dos bares de JAZZ, à BROADWAY; aos BEATLES; passaram por TOM JOBIM e muita BOSSA NOVA. Fizeram percurso do “JAZZ POPIFICADO” ao POP JAZZIFICADO” – se me entendem… Cruzaram todas as tendências JAZÍSTICAS modernas, e da GRANDE CANÇÃO AMERICANA, também. Fizeram até disco FUSION espetacular “A WILDER ALIAS”, DE 1973!
JACKIE & ROY cantam muito! Têm repertório eclético, selecionado, e de bom gosto; desenvolveram técnica musical refinada; e gravaram com diversos craques da música popular contemporânea.
Ouvi no YOUTUBE outro disco sensacional: “SONG OF DORY & ANDRÉ PREVIN”: ela cantora; e casada com o famoso pianista e compositor. As versões feitas por JACKIE & ROY são espetaculares! Eu gostaria de conseguir um CD.
Pois é! Precisou o Rene Ferri e seu gosto refinado; e conhecimento enciclopédico mostrar vários vinis pra turma, para eu, mesmo chegando tarde, olhar mais atentamente esse duo imperdível!
Mea culpa; Mea maxima culpa! Pô, Ayrton Mugnaini Jr. !Cadê a revisão do meu latim latido feito vira-latas?
Os dois, marido e mulher, sempre estiveram muito próximos ao JAZZ, como ELLA, BILLIE, DINAH, SARAH, BENNETT, SINATRA e a geração deles todos. Deleite memorável! E de WHISKY, também…
ROY & JACKIE começaram em 1946. Gravaram pela primeira vez em 1955, e prosseguiram até a morte de ROY KRALL, em 2002.
JACKIE, loira voluptuosa e excelente cantora, só foi para o CELESTIAL CLUBE DOS ARTISTAS”, em 2014, aos 86 anos. Sobreviveu muito bem! Que ótimo!
Mas, quero comentar “THE WILDER ALIAS”, de 1973. O time que os acompanha é vindima de safra superior. HUBERT LAWS e JOE FARREL nos metais, STEVE GADD, na bateria, entre vários e consistentes músicos.
A direção é de DON SEBESKY; orquestrador envolvido em quase tudo! Nos estúdios operavam RUDY VAN GELDER e CREED TAYLOR. Tá bom assim? Um álbum um tanto fora do esperado, convenhamos! Porém, totalmente contemporâneo, e dentro de amplo contexto, quando foi gravado.
Será que nos lembra o “RETURN TO FOREVER”, na fase com FLORA PURIN cantando? Expõe, inclusive, um travo do que TOM JOBIM E BANDA fizeram no final de carreira. Para completar, esta edição é japonesa e da gravadora a cult CTI. É FUSION da melhor cepa!
Então, pessoal, procurem conhecer. E não percam outros discos desses dois. Percam-se neles!
RESENHAS MUSICAIS: 11/08/2023
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JOE TURNER – PRAZER EM APRESENTAR

TIO SÉRGIO é “Apenas um rapaz latino-americano”, como canta o BELCHIOR. Mas cultor do BLUES desde sempre; e por andanças das quais não me recordo; visitando loja que não me lembro, em dia e local não determinados. E dei de cara com o CD aí, quase completo – falta a parte de trás.
Garimpar é como exterminar pragas urbanas: foco por foco, disco por disco. É ganhar prazer perdendo horas num balcão em alguma coisa intrigante; e dar de cara com disco imprescindível.
“Foi assim”, cantou WANDERLÉIA, acho, algures em sua carreira, que descobri o CD na foto. Susto bem-vindo! Bom, primeiro vou falar sobre o que ouvi:
Um espetacular disco lançado em 1967, com banda prá lá de afiada, em gravação remasterizada em alto nível, pela “MOBILE FIDELITY SOUND LAB. A data do relançamento não está no encarte. Mas, é coisa de uns 20 e tantos anos.
JOE TURNER é clássico do BLUES moderno, entendendo-se por isso gente que veio da década de 1930, influenciou a geração do ROCK AND ROLL e, posteriormente, o revival do BLUES, dos anos 1960 e daí em diante. Seu grande clássico, “SHAKE RATTLE AND ROLL” ultrapassou décadas.
JOE TURNER é para roqueiros e bluseiros em nível de pós graduação em colecionismo.
Tio Sérgio garante e põe a mão no…copo!
POSTAGEM ORIGINAL: 11/08/2018
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PENT “ENYA” – OUTRA VISÃO SOBRE A CARREIRA DA MOÇA

“PENTÊNYA” – ERA ASSIM QUE ROCKEIROS EMPEDERNIDOS DE MEU CÍRCULO TRATAVAM ESTA MOCA, POR VOLTA DE 1991, QUANDO EXPLODIU MUNDIALMENTE.
TÁ BOM, TÁ BOM! É A JUNÇÃO DE “PENTELHA” COM ENYA. É BOM USAR CIRCUNFLEXO, EM PORTUGUÊS.
ENYA parece à distância moça bonita. E é o grande nome da “NEW AGE”; possivelmente sinônimo e prenúncio da decadência de um estilo que vinha se firmando desde meados da década de 1980. Como sempre, há bons discos; e muitos lamentáveis.
Conheci ENYA no final dos anos 1980, através do seu segundo disco: WATERMARK. É álbum artisticamente muito bom. Um CROSSOVER entre o FOLK, o ROCK PROGRESSIVO e a WORLD MUSIC. Intersecção criadora da NEW AGE.
É cantado em inglês, gaélico e latim. Canções lindas, dinâmicas; melodicamente expressivas. Um susto criativo para a época; fora do POP mais óbvio. Ouçam “ORINOCO FLOW”. Ou “STORMS IN AFRICA” – principalmente o remix para pista de danças. O disco todo é muito bem feito e vale a pena ter.
Em 1992 saiu seu grande sucesso mundial, “SHEPHERD MOON”. Um retrocesso artístico na mesma proporção do reconhecimento popular.
Não se iludam os mais jovens com o “azulzinho” da capa. É música “emasculada” para escutar sob velas intoxicantes e ares e posições meditabundas .
Não associem o sexo tântrico com essa baba-pop melosa. Músicas tão açucaradas que devem ter matado mais diabéticos do que infectados pela COVID-19!
Enfim; pior do que este só o álbum seguinte: “THE MEMORY OF TREES”, lançado em 1995.
TIO SÉRGIO, a gente não entendeu: Se não gosta desses dois discos, por que você os tem na coleção? Resposta: Tenho nada! Pedi emprestado para falar mal🤣🤣🤣 e fotografar!
POSTAGEM ORIGINAL: 11/08/2020
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DIA DOS PAIS, A MÚSICA, O AFETO E A SABEDORIA

Dia dos pais. Percebo-me duplamente órfão: meu pai e meu sogro estão mortos; e eu fui muito amigo de cada um deles. Não fizemos filhos, porque decidimos. E não sinto quaisquer remorsos pela decisão tomada.
Ainda assim, me recrimino por ter discordado além da conta do FERNANDO, meu pai, durante parte de nossas vidas. Nos vinte e cinco últimos anos convergimos, e nos tornarmos amigos e companheiros. Conversamos bastante, e compreendemos as mútuas razões que a vida nos impôs.
Mesmo triste, estou conformado com a ausência dele. E fiquei relativamente em paz com meus atos e falhas. FERNANDO era uma grande pessoa! E ainda bem que o compreendi antes que fosse tarde…
Eu e o ANTONIO, meu sogro, sempre nos demos bem, muito bem! Excelente conselheiro, conversador notável, foi muito amado e apoiado por todos quando ficou doente iniciando a caminhada para a cachoeira dos tempos. Estou em paz com ele, também.
No fundo, hoje tenho a sensação de que ambos me deram mais do que eu consegui retribuir. Ainda estou avaliando a riqueza proporcionada pela convivência. Talvez seja porque percebi o efetivo significado da palavra sabedoria.
E ambos eram sábios.
FERNANDO e ANTÔNIO não ligavam pra música. Gostavam, simplesmente; e nunca entenderam bem o porquê do “filhogenro” viver cercado e fissurado por discos…
Postei uma seleção de cantores, músicos e discos que os dois gostavam, ou gostariam. Sei disso porque adequados ao gosto e à geração a qual pertenceram; e foram testados em reuniões e festas em que estiveram presentes.
É uma pequena homenagem sentida e sincera. E se eu merecer uma qualidade para ser futuramente lembrado, depois que a bola sete for pra caçapa, é a de ter desenvolvido sabedoria.
Vou gostar muito se conseguir ao menos me aproximar do caminho que leva ao conceito que ela contém. Estrada que FERNANDO e ANTONIO percorreram dignamente.
Tenho saudades.
POSTAGEM ORIGINAL: 10/08/2022
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MEMÓRIAS

09/08/2014: Estou pensando no vídeo onde dois supostos parlamentares alemães fazem inacreditáveis grosserias com a Dilma. Eu não gosto dela e muito menos do governo que ela faz. Porém, o terrorismo político no Brasil está se tornando nojento, sem falar que é contraproducente e mascara a realidade objetiva, fazendo com que não discutamos o que é verdadeiramente importante. O vídeo é certamente editado e as supostas críticas forçadas e deslocadas, porque falam de assuntos que não são da alçada da Presidente, e duvido que dois deputadozinhos de qualquer parlamento do mundo estivessem tão a par da necessidades brasileiras. Este vídeo está em nível da baixaria que fizeram com a Miriam Leitão e com o Carlos Alberto Sardenberg, dois dos melhores, mais lúcidos e completos jornalistas brasileiros. É possível discordar de quaisquer deles – aliás, duas posições político-ideológicas diferentes: ela é socialdemocrata e ele liberal. Mas desrespeitá-los nivela quem o fez à baixaria que fizeram com a Dilma. Vamos subir o nível e votar conscientemente. POR UMA CAMPANHA POLÍTICA LIMPA, ESCLARECEDORA E CIVILIZADA. ABAIXO O TERRORISMO POLÍTICO E TODOS E QUAIQUER AUTORITÁRIOS.
09/08/2019:USTRA E LULA:
USTRA FOI ACUSADO POR 50 PESSOAS, EXECRADO E ANISTIADO. LULA FOI ACUSADO POR DEZENAS E CONDENADO.TESTEMUNHOS VALEM!
09/08/2019: HÁ um monte de músicas e artistas não classificados. Nem jazz, nem MPB, nem rock, pop ou clássico. BILL FRISELL é um deles.
09/08/2019: TORTURADORES:
POR QUE NENHUM PRESO PELO DELEGADO TUMA O ACUSOU? E OS PRESOS POR FLEURY, SIM? É O MESMO COM USTRA. 50 ACUSAÇÕES.
09/08/2020: É CODA!!!!!
PARA QUEM NÃO SABE, “CODA” É UM “RABICHO DE MÚSICA” QUE ÀS VEZES APARECE DEPOIS QUE TERMINA A OBRA. RESPINGO DE VIDA.
09/08/2020: DIA DOS PAIS:
FERNANDO, PAI E ANTONIO, SOGRO, NÃO SAEM DA MEMÓRIA.
TODO PAI TEM MEDO. QUANDO SEVEROS, DEVEM SER COMPREENDIDOS.
09/08/2020: LIVES
Artistas populares têm muito público. Sertanejos e Achés são pujantes, organizados e estruturados. Há pra todo mundo.
09/08/2020:MÚSICA CLÁSSICA OU ERUDITA? LANCEI MÍSSIL, E AS REAÇÕES FORAM EXCELENTES! POLÊMICAS DE NÍVEL.
ERUDITA É MAIS ADEQUADA. ACEITO!
09/08/2021: PROFESSOR BORIS FAUSTO, NO ESTADÃO;
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“DIRE STRAIT”! DISCOS DE TEMPOS EM QUE EU ERA “DURO PRA CARAMBA”!!!!

O Brasil costuma siderar entre o céu e o inferno. Claro, as coisas mudam. Paulatinamente. Mas se sempre mantêm aquele gostinho de “NINGUÉM MERECE” cruzando a existência de todos nós.
Eu comecei a trabalhar aos 14 anos de idade. Cedo demais: lugar de criança e adolescentes é e sempre foi na escola!
Porém, resultou de dupla circunstância: a minha sofrível performance enquanto aluno do segundo grau; com notas baixas, insuficiência de aprendizado e insegurança pessoal. E se juntou a uma educação restritiva, mesmo que muito bem intencionada; reação comum dos pais de minha geração, acostumados a reagirem baseados na tradição aprendida, em resposta às necessidades objetivas da vida: éramos de classe média baixa; e começar a ganhar o próprio sustento era comum e imperativo.
Eu senti muito o baque ao entrar no “ginásio” (sei lá, o nome hoje. Não consigo guardar. Trauma?) Não sabia como relacionar-me com o ensino e o ensinado em aulas; e, por isso, fui reprovado duas vezes.
Quem testemunhou foi meu novo/velho amigo Renato Cesar Curi , contemporâneo no RUI BLOEM, cerca 1965/66, companheiro em infindáveis jogos de futebol de botão…e também sofrendo agruras com a professora de matemática, dona MARÍLIA….
Resumindo, meus pais implantaram vigilância irrestrita; marcação cerrada; fui estudar à noite, e … ai de mim se não me virasse, e não me dedicasse pra valer…
Melhorei.
Fui trabalhar em banco, e por isso compreendo o meu velho conhecido e contemporâneo KID VINIL: EU FUI BOY, BOY BOY!!! Girava a cidade de SAMPA levando correspondências, fazendo “coisas”, e trabalhava de segunda a sábado ( “só meio período… ), das 8,30 às 17,00 horas…
Ganhava o formidável e “socialmente justo” “SALÁRIO MINIMO DO MENOR”, equivalente a meio, repito, meio – vou repisar: MEIO SALÁRIO MÍNIMO por mês!
O meu primeiro “PIXULÉ OFICIAL” eu gastei quase todo comprando dois LPS e dois compactos simples. Lembro de 96 TEARS, com QUESTION MARK & THE MISTERIANS. Os LONG PLAYS foram “IN”, com THE OUTSIDERS, e TROGGLODYNAMITE, THE TROGGS. Era o bálsamo e a motivação para trabalhar, sei lá…
Hummm!!!
Começo com THE OUTSIDERS, banda americana algo obscura, mas criadora de SINGLE imprescindível para quem curte ROCK de garagem: “TIME WON´T LET ME”, clássico vez por outra ainda tocado rádios mundo afora.
Eu os adorava; e tive acesso ao primeiro LP, também lançado no BRASIL em 1966; misto agradável de BEAT e R&B americanos.
Por isso, comprei “IN”, terceiro álbum deles, que foi lançado por aqui, em 1967; mesclando COVERS e composições originais.
Os TROGGS foram caso interessante no POP/ROCK inglês. Não eram primários, mas básicos. Fizeram o conhecido percurso do BEAT/R&B, que os BEATLES, SEARCHERS, STONES, HOLLIES e outros, percorreram entre 1962 e 1966, mais ou menos.
The TROGGS deram de cara com a sorte grande ao gravar “WILD THING”, em 1966; que os catapultou ( a expressão é essa mesma!) para o sucesso e a fama.
A fórmula inicial foi usada diversas vezes. Gravaram 39 singles. E WILD THING “só” foi suplantada nas parada por “REACH OUT, I´LL BE THERE”, clássico dos FOUR TOPS.
Eram tempos de criatividade indiscutível!
Ouvi em primeira “instância” bandas com BLUES MAGOOS, lançados no Brasil em 1967, em COMPACTO DUPLO, com prensagem repetida nos lado A e B; falha que o tornou raro e precioso.
E também curti THE MUSIC EXPLOSION, entre o BUBBLE GUM e o GARAGE ROCK; o COUNT FIVE; o QUESTION MARK & THE MISTERIANS; e o NEW COLONY SIX e THE PARADES; todos lançados no BRASIL em COMPACTOS SIMPLES.
Formaram a minha dieta básica junto com ROLLING STONES, YARDBIRDS e MANFRED MANN, SEARCHERS, KINKS e BYRDS. “CHOCOLATE WATCH BAND” veio depois. E tudo foi suplantado pelos MOODY BLUES, PROCOL HARUM, e o PINK FLOYD.
Termino insistindo e comentando sobre a pequena joia americana do SUNSHINE POP PSYCH, lançada em 1968: JILL, com GARY LEWIS. Aula de como se resolve uma canção de amor delicada, POP, sofisticada e cheia de alternativas em menos de dois minutos!
São memórias resgatadas no fundo de meu baú existencial.
“Está divertido”, como dizia o meu amigo Ayrton Mugnaini Jr.
POSTAGEM ORIGINAL: 09/08/2024
Pode ser uma arte pop de 3 pessoas, Superman e texto

JACKIE CAIN & ROY KRALL – 1974 ” A WILDER ALIAS ” – GRAVAÇÃO C.T.I

NOS ÚLTIMOS DIAS TENHO ACORDADO E CHUTADO A MINHA PRÓPRIA BUNDA UMAS TRÊS VEZES!!!
Mas como é possível, TIO SÉRGIO, você ter apenas esse disco de JACKIE & ROY? Você nada aprendeu nessa vida compulsiva juntando “rodinhas pretas e metálicas” ?
Você já os conhecia há quase meio século e não fez nada?
Eles gravaram perto de 50 discos! Carreira de 56 anos; da Broadway aos Beatles, passando por Tom Jobim e até esse espetacular disco de FUSION!
Pois é, precisou o Rene Ferri e seu refinado gosto e conhecimento mostrar vários vinis pra turma, para eu olhar mais atentamente essa dupla imperdível. Mea culpa; Mea maxima culpa!
Os dois, marido e mulher, sempre tangenciaram o jazz, como ELLA, BILLIE e a geração deles. Cantaram o melhor do pop e da grande canção contemporânea. Um deleite memorável. Começaram em 1946. E prosseguiram até a morte de ROY KRALL, ótimo pianista e cantor, em 2002. JACKIE, loira voluptuosa e excelente cantora, foi para o celestial ” clube dos artistas” , em 2014, aos 86 anos.
Mas quero comentar esse disco. Um tanto fora do esperado. Porém, totalmente contemporâneo quando foi gravado. Lembra o “RETURN TO FOREVER” na fase com FLORA PURIN cantando. Expõe um travo do que TOM JOBIM E BANDA fizeram no final de carreira. É FUSION e da melhor cepa!
O time que os acompanha é de safra superior. HUBERT LAWS e JOE FARREL nos metais, STEVE GADD, na bateria, entre vários e consistentes músicos. A direção é de DON SEBESKY, e nos estúdios RUDY VAN GELDER e CREED TAYLOR. Para completar, esta edição é japonesa e a gravadora a cult CTI.
Então, pessoal, procure conhecer. Porque chutar o próprio rabo é muito difícil e nada agradável…
Não percam! Percam-se.
POSTAGEM ORIGINAL: 09/08/2020
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MEMÓRIAS DIVERSAS

08/08/2023: A SOCIALDEMOCRACIA NECESSÁRIA: AS MENINAS VOADORAS E O LADRÃO GRANDÃO!!!
08/08/2023: O FRANGO ASSADO É UM PRATO SERVIDO EM “DECÚBITO DORSAL”!
O POBRE BICHO FICA EM POSIÇÃO PARA EXAME “GINECOLÓGICO”. TRISTE SINA, COITADO 08/08/2021: UTILEZAS OLÍMPICAS:
O BRASIL FEZ CAMPANHA SENSACIONAL!
NO VÔLEI E NO BOXE NÃO PERDEU O OURO; E, SIM, GANHOU A PRATA!
EVOLUÍMOS APESAR DE TUDO!
08/08/2020: DISCUSSÕES POLÍTICAS:
Não são as verdades ou as mentiras que orientam as razões. Mas as convicções. E aí não tem jeito!
08/08/2020: “REAL BELEZA”
Grande filme de Jorge Furtado! Roteiro, argumento, interpretação e direção. 1,30 hora de ótimo cinema. Não percam!
08/08/2019: INDIVÍDUOS QUE CONSIDERO EXECRÁVEIS: O TORTURADOR, O CARRASCO E O CAFETÃO: VILIPENDIAM O CORPO HUMANO. COVARDES FUNCIONAIS!
08/08/2020: TORTURADORES:
USTRA ERA PSICOPATA IMORAL E REPULSIVO. IMOBILIZAR ALGUÉM E SEVICIAR É COISA DE COVARDE!
CALA A BOCA, TROGG!

A SOCIALDEMOCRACIA NECESSÁRIA: AS MENINAS VOADORAS E O LADRÃO GRANDÃO!!!

Algum tempo atrás, meu sobrinho e amigo TOI pediu para vir até nosso apartamento, porque onde estava hospedado a INTERNET não funcionava, e ele precisava trabalhar.
Como sempre, foi um grande prazer! E chegaram ele e uma colega de trabalho, THAÍS. Ambos jovens, perto dos trinta anos entraram e foram para mesa com seus computadores. Tudo certo, deixei-os à vontade.
THAÍS, menina alta, magérrima, cabelo “afro”, acho, partido ao lado como o do ROBERT SMITH do THE CURE. Vestia-se com total informalidade elegante, jeans e casaco de couro. Ela é discreta, calada, algo tímida e talvez “misteriosamente estranha”.
Fui cozinhar. Adoro cozinhar para os amigos.
Eles trabalharam sem parar, cada um em sua atividade, silentes e concentrados. Estão à vontade com as novas tecnologias e as formas de trabalho atuais, mais autônomas. Umas 5 ou 6 horas depois, fomos jantar Angela, eu e os dois.
Antes, mostramos o apto para eles. Na minha sala de som percebi vivacidade desperta em THAÍS. Olhou para os discos concentrada e enigmática, e comentou que a mãe dela tinha o PINK FLOYD das VACAS, o “ATOM HEART MOTHER”; mostrei os meus e fiz comentários de colecionador.
Ela disse que gostava de música, mas tudo virtual; guardadas em sua “super caixa” de ferramentas, o Computador.
Durante o jantar, começamos a conversar. Aqueles prolegômenos tradicionais, tipo quem é você, etc… e tal. E percebemos que, vez por outra, ela se ausentava. Olhou uns quadros, penetrou neles profundamente, fez poucos e pertinentes comentários, e voltou à tona. Meio sem jeito, explicou que “viajara para dentro deles”.
E papo vai, papo volta…, vinho aberto e descontração. E perguntei para THAÍS sobre dela formação. E começaram as surpresas:
“EU SEI FAZER AVIÕES. É que me formei em ENGENHARIA AERONÁUTICA E ESPACIAL!”
Continuou, “Mas, não trabalho diretamente com isso, como os colegas de faculdade, hoje todos na EMBRAER ou pelo mundo afora”. “Eu não quis, disse. Sou consultora; faço projetos de alta tecnologia para empresas; consultorias diversas”; expôs com naturalidade.
Surpreendente, para dizer o mínimo! E o papo seguiu, entre uma introspecção e outra da menina. Ela é de classe média do interior, norte de Minas, e foi estudar na UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS.
Discretamente, soubemos que ela é superdotada. Foi contratada pela empresa de consultoria onde trabalha, em São Paulo, por causa do altíssimo Q.I., nível intelectual e de formação que tem! Cria projetos e dá aula para os engenheiros, e ao próprio chefe. Um gênio brasileiro que despontou por causa do acesso que teve a educação, e da facilidade com que aprende e lida com ela…
E pensei na RAYSSA LEAL, sim, a menina medalha olímpica de prata no SKATE. Não esqueçam a performance deslumbrante dela na OLIMPÍADA! Mas foquem no vocabulário, desembaraço, habilidade para relacionamento!
RAYSSA veio do nordeste. Menina de família pobre, quase remediada, nascida em cidade pequena, foi descoberta na escola, e “andava” de SKATE se divertindo, como vimos extasiados!
Ela e a japonesinha MUMIJI, medalha de ouro, têm a mesma idade, 13 anos. São duas superdotadas, certamente! Mas RAYSSA “vale mais”. Teve menos condições para desenvolver-se! Mas fez, dedicou-se, aguentou o tranco, chegou lá e permanece crescento no esporte!!!!
Uma vez, conversando com meu amigo Sergio Cardoso sobre racismo e outras “improbidades morais” que ainda nos assolam, ele reparou que MACHADO DE ASSIS, o maior escritor brasileiro, e até hoje não superado, “também não era loirinho”!!!!
Pois é, o SÉRGIO CARDOSO, a RAYSSA e a THAIS, também não são…Todos tiveram oportunidades, em meio da desigualdade que por aqui reina, e trabalharam com afinco e dedicação.
Os três simbolizam a vitória do “indivíduo” e do talento, que deve ser a finalidade ótima de qualquer sociedade mais equilibrada.
Tornaram-se o contrário do adolescente enorme e bem alimentado que “atuou” no último assalto que sofri, há uns 10 anos. O jovem era o reflexo de nossa ultrajante desigualdade social, e da contínua falência e quebra de valores fundamentais que temos observado há décadas…
Mas, os quatro têm em comum, paradoxalmente, a melhora nas condições de vida dos brasileiros. São frutos de uma sociedade que preserva iniquidades insuportáveis, enquanto tenta a passos de quelônio construir uma socialdemocracia mais inclusiva e sem preconceitos.
Apesar de outro branquinho grandalhão, que até o ano passado dava expediente no Planalto Central…

“THE GUESS WHO?” HARD ROCK CANADENSE PRIMEIRO LUGAR NO “HIT PARADE” AMERICANO!

No lusco-fusco dos anos 1960, “THE GUESS WHO?” , espocou feito rolha de CHAMPAGNE!
JONI MITCHELL e NEIL YOUNG estavam iniciando carreira. PAUL ANKA, LEONARD COHEN e GORDON LIGHTFOOT, já eram bem conhecidos. O RUSH veio depois.
O GUESS WHO? era de WINNIPEG, e afeito ao BEAT INGLÊS. Seguiram a partir de1962, e do jeito que puderam. RANDY BACHMANN, guitarrista, e o explosivo cantor BURTON CUMMINGS estiveram juntos em diversos grupos, até gravar o LP “WHEAT FIELD SOUL”, em 1969, como THE GUESS WHO? Estão lá dois SINGLES e gloriosos HITS: “THESE EYES” e “LAUGHING”; Discos de Ouro na AMÉRICA, com mais de um milhão de cópias vendidas cada; e há mais de meio século atrás!
Curiosamente, “UNDUN” o lado B de LAUGHING, canção na linha LATIN-POP lembrando o nascente SANTANA, também explodiu!
Não os desdenhem! Eles não pararam por ali.
Em 1970, fizeram “AMERICAN WOMAN”, álbum recordista de vendas; evolução lógica para o HARD/HEAVY ROCK nascentes. Estão ali outros dois SINGLES com mais de um milhão de cópias vendidas no mercado americano e mundo afora:
O clássico da incorreção política, a misógina e algo xenófoba “AMERICAN WOMAN” – bem conhecida na versão feita por LENNY KRAVITZ, também muito boa, mas sem a virulência “ROCKER” do “GUESS WHO?” A canção é uma ode selvagem sobre um cara despejando ódio contra a ex-mulher; uma – HUMMM… americana…E, também não percam a “YARDBIRDIANA” “NO TIME”!
O disco inteiro é bom demais! Talvez expresse Indefinição entre o BLUES – ROCK e o PROTO-METAL. Há ótimo trabalho de guitarras, destacando RANDY BACHMAN. E a performance de um vocalista como poucos: BURTON CUMMINGS tem voz distinta e original, lembrando um pouco o PHILL MOGG do U.F.O.
CUMMINGS cantava com eficiência POP ROCK na tradição americana; e transitava para o ROCK PESADO com naturalidade, como faz, hoje, DAVID COVERDALE.
Ainda em 1970, RANDY BACHMAN saiu do grupo; dizem que por “impossibilidade comportamental”. Ele é mórmon, acreditem… E BURTON assume de vez a direção da banda. Seguiram com sucesso por bom tempo, e gravaram uns dez “Long Plays” legais! Inclusive o excelente, LIVE AT PARAMOUNT, 1972. Continuaram produzindo SINGLES cativantes que, vez por outra continuam tocando. A coletânea aqui postada é boa referência.
Em 1973, RANDY BACHMAN conseguiu emplacar o BACHMANN, TURNER, OVERDRIVE, depois de “24 audições fracassadas” em várias gravadoras. Foram contratados pela MERCURY.
Eram PESADOS, meio que tangenciando o SOUTHERN ROCK. O disco “NOT FRAGILE”, 1974, é muito popular entre a turma do ROCK também no BRASIL.
O “B.T.O” fez som descomplicado, e permaneceu por bom tempo correndo no vácuo do FOGHAT – o similar inglês. Eram tempos de concorrência mortal na área: DEEP PURPLE, LED ZEPPELIN, BLACK SABBATH, GRAND FUNK RAILROAD e o nascente QUEEN davam as cartas! Um mar só para tubarões!
BURTON CUMMINGS encerrou o “GUESS WHO?” em 1975. Disseram os linguarudos que o grupo acabou por causa dos maus modos e brigas constantes; pancadarias de verdade! Eram quatro “animais de grande porte”, e quando se atracavam …
Há um sinal mórbido e recorrente, no mundo da música. Sempre que dentro de um grupo alguém se destaca, ofídios à volta pregam a separação e a ciumeira. E, na maioria das vezes a mudança dá errado…
TIO SÉRGIO também se lembra de casos emblemáticos em bandas famosas: PAUL REVERE & THE RAIDERS, americanos de extremo sucesso em meados dos anos 1960, faziam um POP ROCK PESADO E GARAGEIRO, muito animado e bem tocado!
Eles tinham MARK LINDSAY, menino bonito, um TEENAGE IDOL, festa para a mulherada, mas cantor no limite inferior do bom. E quando chegaram ao topo, a própria gravadora COLUMBIA prometeu mundos e fundos para LINDSAY, que saiu da banda; e repaginou-se no POP ROMÂNTICO…
Não deu certo; e ele despontou para o anonimato progressivo. Houve momento em que os royalties residuais de seu tempo com os RAIDERS ficaram maiores do que os dele próprio! Foi demitido e sumiu.
O outro caso foi do próprio BURTON CUMMINGS. Voz diferenciada e versátil, ia do POP USUAL até o ROCK; enfeitava alguma BOSSA NOVA e tentou carreira solo. Migrou aos poucos em direção à irrelevância…
Para velhinhos quase à beira de um copo de leite, como o TIO SÉRGIO, essa gente ainda faz som contagiante… E, de quando em vez, o TIO bota pra rolar essa turma toda aqui em casa, à beira mar…
Recomendo sem contraindicações!
POSTAGEM ORIGINAL:07/08/2022
Pode ser uma imagem de 2 pessoas