“A AMANTE DO MEU NAMORADO”

Jantar entre amigos e papo vai, conversa volta, a menina conta pra todo mundo: “vocês sabiam que a gente se conheceu porque ela era amante do meu namorado?”
Surpresa geral, risos, engasgos; e continuou: “Ela não sabia que eu existia e muito menos eu da existência dela. Mas, eu comecei a namorar com ele primeiro”.
E continuou: “o safado namorava com as duas, uma em cada cidade. Até que um dia, pelo Orkut, ela reparou que eu intervinha de um jeito íntimo demais sobre ele e não gostou.”
“E deu no seguinte, ela entrou em contato comigo, começamos a discutir, até que descobrimos que estávamos sendo enganadas pelo canalha. Combinamos nos conhecer e resolver de vez o problema com o cara.”
“E, fomos as duas ao encontro dele. Terra em transe, bacobufo no caterefofo e enquadramos o sem vergonha. Ele ficou meio sem jeito, mas nem tanto, pediu desculpas e essas coisas que homem diz…”.
“Pois, bem! Demos um pé no rabo dele. E, pra surpresa da gente, descobrimos que ele era bissexual. Vimos até fotos comprometedoras com um monte de bofes. Que apetite o desgraçado tinha!” E, riu: “Ele era espada!” “E Cortava dos dois lados pra valer!” Gargalhada geral.
Hoje, as duas são amigas íntimas e se divertem com a história.
POSTAGEM ORIGINAL: SETEMBRO 2020

MEMÓRIAS E PENSAMENTOS

SETEMBRO 2020: “RAMBO ATÉ O FIM”
UM FILME SOBRE A COMPAIXÃO E O AMOR!
A DELICAREZA
COM QUE RAMBO ARRANCA O CORAÇÃO DO BANDIDO É TÍPICO DO AFETO DO PAPA FRANCISCO E DO DALAI LAMA!
UM SÓBRIO!
SETMBRO 2021:

HADDAD E DUVIVIER
Não acho o Haddad um Prefeito desastroso como foi Celso Pitta, por exemplo. Ele é mediano. E só não é mais competitivo por causa do partido que o pariu. Vocês sabem qual é…
Acertou nos corredores de ônibus mais por falta de opção do que por qualquer outra iniciativa sua. Os corredores já existiam e foram ampliados. A solução para o trânsito depende da expansão das linhas de metrô. Sem isso, esquece.
As ciclovias existem nas principais cidades do mundo. Seria um bom projeto para o futuro, mas foram implantadas meio sem planejamento e, na maioria dos locais onde a gente passa não há mortais pedalando. Mas, atrapalharam, sim, os carros – pra lá de necessários para importante parcela da população, que precisa deles para trabalhar. Eu inclusive.
Diminuir a velocidade das vias? Tanto faz, o trânsito não anda mesmo. Ainda assim, eu acho correto.
A cracolândia se espalhou pela cidade. O projeto para essa minoria perturbadora não surtiu os resultados necessários. São problema de saúde pública. Enquanto isso não for entendido não tem jeito. Ele falhou aí.
Acabar com a inspeção veicular foi um crime! A cidade era bem mais respirável. E acho, sim, que os proprietários de veículos motorizados devem pagar pela vistoria. Que história é essa de fazer de graça e jogar o custo em cima da população? Isto é imoral, viu, Marta!
Errou também quando aumentou a ITBI para 4% no ato da escritura em cada venda de imóvel. Isto ajudou a afundar o mercado que já vinha bambeando e fez muita gente fazer contratos de gaveta. A arrecadação piorou por causa disso.
E que história é essa de isentar quem tem casa em local estruturado, ou paga aluguel na cidade, do pagamento de IPTU? Todo mundo que não more em favelas, ou não seja miserável comprovado, pode pagar um mínimo que seja por serviços urbanos indispensáveis como coleta de lixo, manutenção de ruas, saúde, e zeladorias outras ao encargo da Prefeitura.
Não cobrar IPTU é demagogia, é anti-pedagógico e anti-republicano. 40% da população não paga e boa parte desses habita locais e imóveis que poderiam gerar um pouco mais de receita aos cofres públicos.
Ou seja, foi um governo que deixou a desejar, mesmo sendo Fernando Haddad um cara honesto e de boa vontade.
Quanto ao Gregório Duvivier, não há muito a comentar: é de mediocridade abissal. Cronista tão sem conteúdo ou inspiração como seu colega paulistano, o Sakamoto.
27/09/2020: DISSERAM QUE EU SOU “INTELIGENTE NA MEDIDA CERTA”! RI TANTO QUE O UMBIGO “DESPARAFUSOU” E A BUNDA CAIU!!29/09/2018:

PUBLICAÇÕES DE ESQUERDA PRECISAM SOBREVIVER
SE VOCÊ É DE ESQUERDA TEM A OBRIGAÇÃO CÍVICA E MORAL DE ASSINAR E PRESTIGIAR OS QUE ORGANIZAM E SUSTENTAM O SEU PONTO DE VISTA POLÍTICO.
EU DISCORDO QUASE RADICALMENTE DA MAIORIA DAS IDEIAS E MÉTODOS DA ESQUERDA SOBRE A ALDEIA BRASIL. MAS, QUEM CONCORDA TEM DE BOTAR A MÃO NO BOLSO E SEGURAR A ONDA DAS PUBLICAÇÕES E BLOGUES QUE FORMAM A NARRATIVA PARA O DEBATE.
EU QUERO VER A ESQUERDA DERROTADA NO CAMPO DAS IDEIAS, O QUE PODE IMPLICAR EM DERROTA POLÍTICA, TAMBÉM. MAS, ACHO MELHOR PARA O BRASIL QUE O DEBATE SEJA ENRIQUECIDO E OS CONTRAPONTOS REALIZADOS.
ESPERO QUE SE SUSTENTEM, AGORA QUE A MAMATA OFICIAL ACABOU. A GENTE SE VÊ POR AÍ E POR AQUI!

MEMÓRIAS E FRASES

09/2020: “DEFEITOS” SÃO QUALIFICATIVOS IMPORTANTES PARA ENTENDER QUEM SOMOS E AOS OUTROS TB!
SÃO DEMOCRATICAMENTE DISTRIBUÍDOS. TODOS TEMOS
60/09/2020:ENVELHECER REVELA OS TRAJETOS DE NOSSAS VIDAS.
MAS, NÃO PERDOA AS TRAJETÓRIAS E SEUS PERCALÇOS.
NINGUÉM “FEZ TUDO DIREITINHO!”
30/09/2021: ESTRATÉGIA BOLSONARISTA: IMPOR DISCURSO REACIONÁRIO COMO CONSERVADOR!
É PARA NÃO PERMITIR QUE A DIREITA CIVILIZADA SE CONSOLIDE COM O DISCURSO LIBERAL!
30/09/2021:Nenhuma descrição de foto disponível.

29/09/2021HOCAR A BURGUESIA!
BUÑUEL, O CINEASTA, PRETENDIA ISTO. MAS, A BURGUESIA NÃO SE CHOCA COM MAIS NADA…NEM “RABAS” AO VENTO!Nenhuma descrição de foto disponível.
CHOCAR A BURGUESIA!
BUÑUEL, O CINEASTA, PRETENDIA ISTO. MAS, A BURGUESIA NÃO SE CHOCA COM MAIS NADA…NEM “RABAS” AO VENTO!
2019:

VEJAM A HONRA QUE TIO SERGIO TEVE HOJE!
CHEGUEI EM CASA, ABRI A “RECORD COLLECTOR” DO MÊS, A MAIS IMPORTANTE REVISTA DE COLECIONADORES DO MUNDO, E LÁ ESTAVA EU FALANDO DE ALGUNS DISCOS QUE PARA A MINHA DISCOTECA SÃO BÁSICOS.
ELES ESTÃO SELECIONANDO LEITORES COLECIONADORES PARA FALAR DOS SEUS DISCOS, E MESES ATRÁS RECEBI E-MAIL DO EDITOR, PAUL LESTER, FAZENDO O CONVITE. SAIU NA EDIÇÃO DE OUTUBRO, DE 2019.
FIQUEI FELIZ E HONRADO E MOSTRO A VOCÊS.

FRANÇOISE HARDY – E O ALEATÓRIO QUE NOS FASCINA!

Aventurar-se pelo mundo das coisas, pessoas e ideias é penetrar por veredas insondáveis. A lógica da procura está no decorrer da História que foi ou vai sendo tecida. E, para sermos realistas, na profusão de histórias que iniciam de um jeito e desembocam em outro; e podem requerer artifícios para serem seguidas, e nos levar a infinitas possibilidades que vamos descobrindo no caminho. E, também, às escolhas feitas pelos personagens, muitas vezes circunstanciais e aleatórias. É preciso observar mundos, e perscrutar pedaços de realidades para imaginar “verdades possíveis”.
A História real não se expressa em sequência; e nem é homogênea: pode ser montada do ponto de vista do observador – ou dos vários observadores. E se a verdade considerada científica é uma construção epistemológica, para as coisas mais cotidianas, da existência simples no dia a dia, pode ser a narrativa de cada observador. E isto cabe para artes em geral, e música principalmente….
Ou não?
Deste ponto de vista, tudo pode acontecer e a tudo cabem interpretações entre as muitas escolhas possíveis, mas não feitas; ou que simplesmente não rolaram. O papel do”SE” na História da Arte é intrigante!
Se com livros, discos e opiniões em mãos o percurso atrás de alguma explicação está sujeito a chuvas, furacões e trovoadas; é perfeitamente possível acabar compreendendo a vitória do simplismo; das FAKE NEWS; das repetições; das ideias fixas e do conservadorismo, em geral.
Observem que a maioria dos artistas que descobre uma fórmula de sucesso a repete até os ouvintes não aguentarem mais! Estão faltando BOWIES e CAETANOS. E sobrando elencos quase inteiros do ROCK IN RIO…
Tá bom, TIO SÉRGIO! Você é um TIGRE de BENGALA (ainda, não; ainda, não!) pensativo e falastrão. E o que tem a FRANCISQUINHA a ver com as tuas elocubrações de insano manso?
É mais ou menos o seguinte: como apaixonado por música, e reincidente contumaz; até há poucos meses eu garimpava coisas baratas nos “sites” INTERNET afora. E, caso não gostasse, eu descartava, trocava. O prejuízo era pequeno.
Mas, com a imposição do DÓLAR CURRA, juntado à EXTORSÃO FISCAL ABJETA e aos fretes ABUSIVOS; tudo considerado, as minhas finanças saíram feridas de morte. Então, movi-me retro; como todo mundo que compra de calcinhas a LONG PLAYS. Fiquei tão isolado da economia internacional, como todo o mercado brasileiro de importados… A gente não decola nunca por causa da insanidade fiscal e tributária…
Mas antes do estupro definitivo, descolei três discos da FRANÇOISE HARDY. Quando aportaram à minha … “porta”…, somando a indigestão total cada um custou cerca de $ 6,00 BIDENS, uns R$ 36,00 mandacarus. E mesmo sob o DÓLAR CURRA atual, custaram mais barato do que qualquer CD lançado no Brasil à época, e hoje em dia…
Então, vamos à parte legal da narrativa.
Lá no meio da foto, está o CD FRANÇOISE HARDY, gravado quando ela tinha tinha apenas 18 anos. É o primeirão da musa; um BEAT POP FRANCÊS mambembe. Mas traz o clássico “TOUS LES GARÇONS ET LES FILES”. Foi lançado em 1962 pela VOGUE, e vendeu 5 milhões de cópias no mundo inteiro!!! Um HIT de verdade!
Porém, FRANCISQUINHA não gostou do “rebento”, e relatou pra gente: – “Estou acompanhada pela pior banda do mundo! A minha voz era fina, a melodia simplista, e as letras inconsequentes. Eu fiquei satisfeita de ter feito, mas não orgulhosa”… Ela vendeu mais em dezoito meses, do que EDITH PIAF em dezoito anos!!!! Sacaram a ressaca da gata?
FRANCISQUINHA estudou Ciência Política e Literatura na SORBONNE, mas não concluiu os cursos. Viveu 1968 e suas consequências. Com o tempo, além do sucesso enorme, tornou-se modelo; e depois astróloga com vários livros publicados.
Na FRANÇA, ela era vista como tímida e tristonha. E nem tão bonita assim!!! Ofídios de plantão diziam que FRANÇOISE parecia um aspargo: “alta e magra demais”… Por lá, a turma preferia mesmo a SYLVIE VARTAN, que nasceu na Bulgária…
Mas quando ela atravessou o CANAL DA MANCHA, os ingleses deliraram! Sua imagem causou sensação! JAGGER teve um quase namorico correspondido – mas exigir o mínimo de compostura de MICK é impossível… E até DYLAN escreveu poema homenageando a felina francesa, na contracapa de “ANOTHER SIDE OF BOB DYLAN”… E BOWIE sempre foi apaixonado…
Dos três discos postados, o mais interessante e surpreendente é “MIDNIGHT BLUES” – PARIS LONDON 1968/1972. São dois LPs. originais que ressaltam o hiato em meio à produção habitual de FRANÇOISE: “ONE-NINE-SEVEN-ZERO”, de… ora, ora…, 1969; e FRANÇOISE HARDY, lançado em 1972, são totalmente cantados em Inglês. Há canções compostas por FRANÇOISE e seu parceiro na época, PIERRE TUBBS. E. também COVERS de LEONARD COHEN, BEVERLY MARTIN, BUFFY SAINTE-MARIE, RANDY NEWMAN, LEIBER & STOLLER e NEIL YOUNG.
Para mais bem compreender essa trajetória, surgiu em cena um acaso significativo: a profusão de grupos BEAT ingleses no mercado, lá por 1963/65, que expulsou vários deles para outros cantos.
E migrou para a ITÁLIA o “famoso” “NERO & THE GLADIATORS”, que logo depois foi parar na FRANÇA. E lá, parte formou a banda de SYLVIE VARTAN que abriu para os BEATLES no histórico show no OLYMPIA de PARIS, em 1964. Só isso…
O guitarrista era um certo MICKY JONES; que era e é CRAQUE. Ele ficou uns seis anos na FRANÇA, e gravou com SYLVIE, JOHNNY HALIDAY, e outros. Com FRANÇOISE HARDY fez sessões para o disco ONE NINE, SEVEN, ZERO, de 1969, realçando um BEAT/FOLK à THE BYRDS, SEARCHERS … e outras pitadas transferidas do ROCK PSICODÉLICO….
FRANÇOISE HARDY era precoce. E fascinada com a hipótese de expandir carreira na INGLATERRA, percebeu que havia uma revolução estética que poderia coadunar-se ao seu jeito algo ensimesmado de cantar, contido; FOLKISH, por que, não?
E, após “EN ANGLAIS”, 1968, o primeiro dela gravado por lá, FRANÇOISE fez JOE BOYD, o famoso produtor inglês, saber que ELA gostaria de gravar um disco inteiro de canções compostas por NICK DRAKE.
E lá foram BOYD e DRAKE encontrar-se com FRANÇOISE, em PARIS. Conta BOB STANLEY, músico e criador do grupo pop SAINT ETIENNE, hoje articulista da RECORD COLLECTOR, que se a francesinha era tímida, DRAKE era quase incomunicável. E nenhum falava a língua do outro. O clima frio congelou de vez, e o disco não rolou.
Mas, o fracasso a levou a gravar o “FRANÇOISE HARDY, 1972”, acompanhada por orquestra e banda formada por gente do FAIRPORT CONVENTION e do FOTHERINGAY. Durante a sessão, “quase todo o mundo musical de LONDRES”, apareceu para simplesmente ver, ou tentar gravar com aquele espécime humano magnético, exuberante!
E a história foi ficando mais saborosa. Entre os dois discos cantados em inglês, e enquanto a aventura britânica se fechava, FRANÇOISE gravou, em 1971, seu álbum mais famoso e bem sucedido: “LA QUESTION”, com a icônica guitarrista brasileira TUCA.
Ou seja, MADAME HARDY trocou a frieza dos compatriotas dos STONES… pelo quase ardor latino de toques bossanovistas. Ela se reinventou; se aconchegou. E tornou – se a inspiração para outras. Inclusive CARLA BRUNI, ex – primeira dama da França; excelente, sutil e “caliente” cantora ítalo francesa. FRANÇOISE permaneceu COOL; e bem longe da concupiscência que CARLA inspira e derrama…
FRANÇOISE HARDY tentou bastante entrar no mercado inglês, mas sem grande sucesso. Mesmo assim, a “paixão atávica”por lá despertou; e levou, na década de 1990, grupos como o BLUR e os PET SHOP BOYS a gravarem com ela SINGLES de muito sucesso.
Fecho essa narrativa torta, cheia de altos e baixos feito montanha russa, que vai do BEAT INGLÊS, deságua na FRANÇA, vai até os BEATLES no OLYMPIA, volta para uma francesa que gostava de NICK DRAKE, mas que retorna ao calor latino. Mas sempre perto da contemporaneidade.
E recordo outro herói recôndito e “ziguezagueante”: MICKY JONES, que ajudou a atualizar o POP ROCK FRANCÊS, e voltou para a INGLATERRA; entrou para o SPOOKY TOOTH, passou por incontáveis, e fundou o FOREIGNER, em 1976, onde fez fama, fortuna e lá permanece.
Se alguém acha que isso tudo faz sentido, é porque enxerga razões objetivas na aventura humana pela vida fragmentada que todos vivemos.
Viver é tentar compor acasos aleatórios esparsos e soltos pelaí…
Foi o que tentei!
POSTAGEM ORIGINAL:21/09/2024
Pode ser uma imagem de 5 pessoas e texto

ELECTRIC BLUES (1939 – 2005) – THE DEFINITIVE COLLECTION – BEAR FAMILY RECORDS: 4 VOLUMES – 12 CDS – 291 FAIXAS

Compêndios sonoros magníficos! Como tudo o que a BEAR FAMILY RECORDS realiza. A parte gráfica é de primeira linha. Cada um dos doze CDS tem a reprodução do selo de algumas das mais raras, históricas, ou famosas gravadoras que se dedicaram ao BLUES. Neste caso específico, ao ELECTRIC BLUES.
Há quatro livretos completos, com a história de cada uma das 291 músicas e de quem, onde, quando as gravou. Coisa que só alemão e japonês conseguem fazer com tal meticulosidade, capricho, e imensa “gravidez” de informações substanciais!
No início foi o “verbo”, ( o canto ), harmônica (gaita) e a guitarra acústica. Os pioneiros na década de 1920, como CHARLEY PATTON, BLIND LEMON JEFFEERSON, BIG BILL BROONZY… E, nos anos 1930, SON HOUSE, LEAD BELLY, ROBERT JOHNSON , e vários outros, começaram com instrumentação acústica.
Diversos migraram para o ELECTRIC BLUES, a partir de 1940, e estão aqui presentes.
A primeira gravação conhecida de BLUES com guitarra, ou instrumentação elétrica, foi realizada em 1939. E abre a coleção ANDY KIRK & TWELVE CLOUDS OF JOY, destacando o guitarrista FLOYD SMITH, e a música “FLOYD´S GUITAR BLUES”. A segunda, foi T-BONE WALKER em “MEAN OLD WORLD”, um clássico e standard, de 1942.
E esta coleção termina com NICK MOSS & THE FLIP TOPS em “CHECK MY PULSE”, gravada em 2005.
As outras 288 faixas abrangem o universo; tempos e épocas, em 66 anos repletos de clássicos, hits ou exemplos pertinentes de estilos.
Tem SISTER ROSETTA THARPE, LOUIS JORDAN, LIGHTNING HOPKINS, MUDDY WATERS, JIMMY WHITERSPOON, JIMMY ROGERS, HOWLIN´WOLF, JOHN LEE HOOKER, B.B.KING, LITTLE WALTER, RAY CHARLES, JOE TURNER…
E, também, EDDIE TAYLOR , BO DIDDLEY, SONNY BOY WILLIAMSON, OTIS RUSH, MAGIC SAM, BROWNIE MCGHEE, ELMORE JAMES, CHUCK BERRY, FREDDIE KING, ALBERT COLLINS, OTIS RUSH, BUDDY GUY, SUGAR PIE DE SANTO, KOKO TAYLOR, ARETHA FRANKLIN…
Estão por aqui os mais contemporâneos imprescindíveis como JOHNNY WINTER, THE ANIMALS, YARDBIRDS, TEN YEARS AFTER, SAVOY BROWN, TAJ MAHAL, JEFF BECK, JANIS JOPLIN, AL GREEN, BOBBY BLAND, DENISE LASALLE, RORY GALLAGHER, ELVIN BISHOP, BONNIE RAIT, GEORGE THOROGOOD, R.L.BURNSIDE, ROY BUCHANAN, STEVE RAY VAUGHAN…
Mas, tio SÉRGIO deve ter muito mais!?!?!?
ADIVINHÃO!
São tantos e tantos e mais tantos! que, a cada vez que olho para a relação mais um se destaca.
Se você quer entender de BLUES, principalmente o elétrico, que faz, fez e fará interface com o JAZZ e o ROCK, esta coleção é o caminho e o destino. Não conheço nada melhor e mais completo!
Não é barato. Cada álbum triplo chega por aqui, em PANDEBRAS, por uns $55,00 dólares, R$ 280,00 (GUEDES). Mas vale cada “cent”….ooooppps centavo!
Dê uma lambisgoiada!
POSTAGEM ORIGINAL: 19/09/21
Nenhuma descrição de foto disponível.

QUEEN DOIS MOMENTOS AO VIVO: QUEEN + ADAM LAMBERT – NO ROCK IN RIO – BRASIL EM 2015. & QUEEN + PAUL RODGERS, 2005. DVD LIVE IN SHEFFIELD.

Começo pelo ROCK IN RIO, 2015. Assisti ao SHOW inteiro deles com ADAM LAMBERT no vocal. E achei o seguinte:
QUEEN, O SHOW 1
No primeiro close no vocalista, e eu pensei cá com minhas cervejas: “Era o que faltava, o ALEXANDRE PATO saiu do São Paulo e foi jogar no QUEEN !!!!!!!!!!!!” ADAM LAMBERT é a cara do ex -atacante…
QUEEN, O SHOW 2
Foi legal? Foi. O ADAM LAMBERT canta direitinho, mas transita a uma eternidade do FREDDIE MERCURY. Assim como BRIAN MAY está abaixo, se comparado a seus contemporâneos RITCHIE BLACKMORE, do DEEP PURPLE; TOMMY IOMMY, do BLACK SABBATH; e MICHAEL SCHENKER do U.F.O. Nem vou falar da trinca BECK, PAGE e CLAPTON. BRIAN MAY é e sempre foi um guitarrista correto e de pouca imaginação.
QUEEN, O SHOW 3
ADAM LAMBERT é bom vocalista, mas é americano. Falta a ele a sutileza britânica necessária para um grupo de ROCK INGLÊS. É POP demais e, quando transita para o ROCK, não rola bem. Mas, funcionou nesta turnê. Depois, veremos…
QUEEN, O SHOW 4
O repertório? Ah, fala sério!!!! – é uma coleção de babas e canções POP ridículas; da estatura de LOVE OF MY LIFE, WE ARE THE CHAMPIONS, e quase tudo o que tocaram e cantaram durante a apresentação; e em seus próprios discos. A ex Presidenta Dilma renunciaria no dia seguinte, se tivesse assistido ao show até o final. Com HITS desse nível artístico, eu fico surpreso que nunca estouraram na América – a pátria da baba, das letras melosas e mal escritas, do ridículo executado com profissionalismo.
QUEEN, O SHOW 5
No final, mas que antipáticos! Nem mencionaram ou apresentaram o restante da banda ( Quem é o baixista? E o tecladista, como se chama?) Apenas o filho de ROGER TAYLOR nos foi apresentado; se chama RUFUS e, se bobear, também desponta para o anonimato. Acho que foi isto que assisti e sem colírio alucionógeno.
QUEEN 6
FRED MERCURY e MICK JAGGER sempre foram os dois maiores vocalistas de bandas que já existiram. Supremos no palco, mesmo quando consideramos ROBERT PLANT, IAN GILLAN, JIM MORRISON, MORRISSEY, ou quaisquer outros.
QUEEN 7
Eles começaram no vácuo do LED ZEPPELIN, lá por 1973; como quase todos do HEAVY METAL, ou do HARD ROCK; e, quando o LED acabou o QUEEN deslanchou. Mas longe da qualidade de PAGE, PLANT e companhia ilimitada.
O QUEEN sempre foi mediano. Mas, fez pelo menos dois discos essenciais: QUEEN 2, de 1974; e o clássico absoluto, A NIGHT AT OPERA, 1975 – onde está BOHEMIAN RAPSODY sua melhor e mais sofisticada canção; e um dos SINGLES supremos da história da música popular.
QUEEN 8 ,
As reencarnações do QUEEN não emplacaram bem, porque o FREDDIE MERCURY é insubstituível. Mesmo assim, com PAUL RODGERS ficou bastante bom. Houve um quê de HARD ROCK e BLUES que mais ou menos encaixou. Porque PAUL RODGEERS é, possivelmente, o maior cantor de ROCK de todos os tempos. Tem carreira e luz própria, e repertório superior ao do QUEEN.
QUEEN 9 Este DVD com PAUL RODGERS mescla repertórios de ambos; ficou bom. E deixa mais ou menos no mesmo nível de importância os dois artistas. É justo. E funcionou.
Seja como for, o QUEEN é um dos ícones do POP/ROCK. Tem o que mostrar. E soube construir a carreira durante e após FREDDIE MERCURY. De resto, é opinião pessoal gostar demais, ou nem tanto – com o TIO SÉRGIO aqui.
Ainda assim, tentem.
POSTAGEM ORIGINAL: 19/09/2023
Pode ser uma imagem de texto que diz "RETURN OF THE RETURNOFTHEG CHAMPIONS QUEEN *PAUL RODGERS ·PAULRODGERS EИn NISE ー み団 D 本. UNEINSHEFFIELD MIKEDIN IEDINSTSURRDUNOS LIVEESEUNSOUNN OUNU ESURRDUNG TURN OF THE CHAMPIONS QUEEN PALLRODGERS ·P. RODGERS QUEEN ODG RODGAR RETURN RETURNOF RNOFTHECHAMPIONS OF THE CHAMIPIONS"

DAVID GILMOUR – “RATTLE THAT LOCK” – 2015 – BOX SET – EDIÇÃO JAPONESA: 1 CD + 1 CD – VÍDEOS, EXTRAS, BOOKS, POSTER, BRINDES, ENCARTES, UMA PALHETA, E CONFIGURAÇÕES DE AUDIO, VÍDEO e ETC… ETC…

Talvez seja regra circundada por mistérios: um supergrupo de enorme sucesso é empreendimento criativo que transcende a soma das partes que o compõem.
E por mais que tentem, quando há mais do que um talentoso acima da média é difícil que se entendam e continuem operando junto. O segredo não é a a soma, e sim a sinergia.
Aconteceu com os BEATLES, que ao romperem deixaram claro o quanto eram diferentes os quatro integrantes, um em relação a cada outro. E as respectivas carreiras solo demonstram.
Com o PINK FLOYD deu-se o mesmo. Banda muito diferente no cenário musical inglês de 1966, era formada por meninos de classe média alta, ao contrário dos BEATLES, STONES, YARDBIRDS, etc…
Rapidamente saíram fora do BEAT ROCK, e começaram a se apresentar no U.F.O CLUB, lugar de vanguardas. Outro papo.
ROGER WATERS, NICK MASON e RICK WRIGHT estudavam engenharia, gostavam de JAZZ, BLUES e MÚSICA DE VANGUARDA.
SYD BARRETT, o primeiro guitarrista, era filho de um famoso patologista. E sua mãe lecionava em escola de elite, onde foi professora de DAVID GILMOUR, também filho de professores universitários. Ou seja, todos vieram da elite britânica.
GILMOUR ensinou SYD BARRETT a tocar guitarra, foi convidado para entrar na banda, e o substituiu quando enlouqueceu…
A liderança do PINK FLOYD pendia entre GILMOUR e ROGER WATERS – um vanguardista, com eixo maior na música contemporânea. Muito criativo, bom contrabaixista e cantor, foi o principal compositor. Divergências pessoais e principalmente artísticas impulsionaram a saída de ROGER, em 1983. Então, ele exigiu que o grupo fosse desfeito. Brigaram.
Mesmo assim, a banda prosseguiu aos trancos e barrancos sem ele, mas com enorme sucesso. Em 2005, todos chegaram a um acordo. E hoje, o nome pertence a NICK MASON.
Sucesso retumbante para uma proposta de vanguarda, o PINK FLOYD vendeu mais de 250 milhões de discos, ganhou GRAMMYS e está no ROCK AND ROLL HALL OF FAME, desde 1996. Os integrantes remanescentes tornaram-se, e continuam, milionários. Merecidamente, diga-se!
“SIR” DAVID JON GILMOUR, hoje dono de uns $ 150 milhões de dólares em patrimônios variados, lá pelos 30 anos de idade era muito boa pinta.
Há um meme com a foto dele que viralizou na INTERNET anos atrás. Aparece uma velhinha rezando para um suposto JESUS CRISTO.
Loiro, olhos azuis, cabeludo, seria a imagem idealizada do CRISTO no imaginário ocidental….
Mas, é o preclaro futuro SIR DAVID GILMOUR…
Voltando ao que interessa, GILMOUR foi eleito o sexto maior guitarrista da HISTÓRIA pela revista GUITAR WORLD. E o décimo quarto pela revista ROLLING STONE. É instrumentista muito hábil, extraordinário.
Estilo reconhecível no primeiro compasso; é técnico, timbre elaborado, e foi o criador da “FUSION” BLUES/PROGRESSIVO que, sempre, permeou a sonoridade do PINK FLOYD, ajudando a conformar o ROCK PROGRESSIVO, algo lento, suave, melodioso e viajante que distingue a band dos concorrentes.
Em sua carreira solo, de poucos discos e DVDS gravados, com banda perfeita, permanece o guitarrista único, com a levada rítmica característica, e a sua voz pequena, algo BLUESY e rouca, mas personalíssima e bem postada.
RATTLE THAT LOCK – 2015
Foi sucesso artístico e comercial ao longo do tempo. É ótimo álbum, e algo diferente dos anteriores.
Menos rebuscado, traz a guitarra de GILMOUR, o motivo principal para comprar seus discos, “iluminando” as várias composições onde o PROG ROCK MODERNO se destaca.
E há faixas surpreendentes. Como a sofisticada, sensual e misteriosa “THE GIRL IN THE YELLOW DRESS”, “kind of” – digamos – de música francesa, temperada com JAZZ ao estilo da década de 1940. No BOX, inclusive, bela animação por computador.
É interessante a inspiração para “RATTLE THAT LOCK”, a faixa título. Ele estava em uma estação, na França, quando ouviu o “SINAL” que avisava da movimentação dos trens: curto, sonoro e imediatamente distinguível.
DAVID gostou tanto, que entrou em contato com o autor do “JINGLE”, um publicitário francês. O cara não acreditou quando ele anunciou seu nome! e, claro, participa como coautor da faixa.
A música foi criada a partir de uns “5 segundos” de som marcante.
E a canção recebeu diversas remixagens, inclusive por DJ, para tocar em clubes.
Essencialmente, é a clássica levada de GILMOUR na guitarra. Preserva um quê de “ANOTHER BRICK IN THE WALL”, do PINK FLOYD, temperada por “TIME OF THE SEASON” dos ZOMBIES. É animada, dançável e foi sucesso.
DAVID GILMOUR está casado desde 1994 com a jornalista e poetisa POLLY SAMSON, que é autora de vários livros, e diversas letras no disco. Ela fez coisas também para “”ENDLESS RIVER, do PINK FLOYD”.
A presença de uma “profissional” das letras corrigiu, digamos, possíveis imperfeições. DAVID se percebe mais à vontade para cantar, mais bem “encadeado” entre a melodia e o texto.
No BOX muito luxuoso, há dois livros capas duras. O primeiro, com letras e fotos. E, no segundo, o “livro dois” de “O PARAISO PERDIDO”, de “JOHN MILTON”.
É poesia clássica inglesa que descreve a “EXPULSÃO DE SATÃ DO PARAÍSO PARA O INFERNO”; após tentar um “GOLPE DE ESTADO” contra o “AUTORITARISMO DIVINO”. Mas, satã retorna ao Paraíso e “oferece” o fruto proibido para EVA comer. E o mundo deu no que deu…
Metaforicamente, significa a rebelião e a instauração do LIVRE ARBÍTRIO, com a responsabilização do indivíduo por seus atos. POLLY SAMSON compôs letras baseadas nisso. Talvez, de um jeito muito sutil, houvesse a pretensão de criar álbum conceitual.
Seria?
No BOX estão dois discos. Um CD com a gravação original propriamente dita. E o DVD com animações, remixes de faixas, out takes, e um excelente “MAKING OF” – inclusive com ensaios para gravar.
Está lá, talvez o melhor motivo para se ter esse luxuoso BOX. As batizadas “BARN JAMS, ensaios gravados no estúdio da “casinha” de GILMOUR.
É material antigo e inédito. RICK WRIGHT era vivo, e participou com sua harmonização nos teclados, dando o clima para os solos de DAVID, o baixo de GUY PRATT, e a bateria correta de STEVE DI STANISLAO.
Todos integradíssimos, menos RICK WRIGHT, que havia morrido, participaram anos depois na confecção deste álbum.
A presença de PHIL MANZANERA, DAVID CROSBY, GRAHAN NASH, JOOLS HOLLAND e vários músicos, orquestra, e cantores de alto nível artístico e profissional completam o time que gravou a obra.
Estão nesta postagem dois DVDs muito bons; inclusive o LIVE AT POMPEII, da turnê de 2016/2017.
Quer dizer, é um kit completo para entender e degustar sob várias perspectivas, DAVID GILMOUR, e sua memorável arte.
Procure conhecer.
POSTAGEM ORIGINAL: 20/09/2023
Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto

THE NEON PHILLHARMONIC – THE MOTH CONFESSES – JANEIRO 1969

Vou começar da seguinte forma:
Esse disco foi lançado em janeiro de 1969, e no encarte há um sub – título “A PHONOGRAPH OPERA”. TOMMY, do THE WHO, foi lançado em 12 de maio de 1969.
É chatice abissal discutir idades, ideias prévias ou detalhes sobre supostas competições, porque chamar alguma coisa de ÓPERA ROCK tornou-se clichê daqueles tempos em diante, e geralmente era falsa informação, marketing. Pura FAKE NEWS.
Esse disco é uma curiosidade artisticamente bem elaborada, que teve sua gênese em tempos de inventividade incontestável.
O NEON PHILLHARMONIC não era exatamente um grupo – para variar -, mas projeto de um compositor de vanguarda meio escondido chamado “TUPPER SAUSSY”, que concebeu o disco e juntou-se ao cantor de estúdio, DON GANT, e a outros músicos profissionais, e usou parte da ORQUESTRA SINFÔNICA DE NASHVILLE.
O resultado é uma obra PROGRESSIVO-PSICODÉLICA, orquestrada de jeito semelhante aos nossos ARTHUR VEROCAI e ROGÉRIO DUPRAT, e de arranjadores americanos dos discos da COLUMBIA RECORDS, da época.
SAUSSY era um visionário. Embatucou que faria uma ÓPERA POP, e procurou assistir às “piores produções em cartaz” para entender o “porquê de serem consideradas ruins”!!!
E fez uma “ÓPERA” com uma única voz, para ser escutada em disco, e não encenada.
O personagem era “livre como uma mariposa” (MOTH, em inglês ), errática, fascinada pelas luzes e solitária. Metáfora para o nome do álbum e certamente para ele mesmo.
TUPPER era leitor de escritores do realismo fantástico, JORGE LUIS BORGES, principalmente. Tinha formação musical e ousadia suficiente para aproveitar as novas tecnologias de gravação e ideias correntes no final dos anos 1960.
Misturava coisas do dia-a-dia com ficção, elaborava letras misteriosas, livres, típicas de quem havia lido e escutado DYLAN, JAMES JOYCE, KAFKA…, e dava fluxo às ideias de forma subjetiva, a tal “STREAMING of CONSCIENCE”.
Resultado: criou música livre, nada ortodoxa, melódica e algo difícil, e muito original. Desse disco saiu um pequeno mas cult sucesso do “SUNSHINE POP”, a lindíssima “MORNING GIRL”. Consiga o disco para a sua discoteca. É imprescindível.
Uma historinha pessoal:
Esse disco saiu por aqui, na época, e eu o comprei. Certo dia um incauto amigo fez um bailinho na casa dele e pediu para eu “discotecar” a gandaia.
Não tive dúvida e levei “os meus discos”.
Tragédia terminal!!! Num certo momento, e sei lá O porquê, coloquei esse disco pra tocar. Foi protesto em nível de agressão! Alguns amigos me “liberaram” da vitrola…não muito gentilmente…
Quando fui ao quintal para tomar uma cerveja o disco estava com barbante passado pelo furo e amarrado no varal junto com as roupas lavadas!!!
Meu eterno amigo/irmão Aldahyr Ramos, havia pegado o disco, colocado na privada e dado descarga…
Estava secando no varal por causa disso…
Não estragou…
POSTAGEM ORIGINAL: 27/09/2020
Nenhuma descrição de foto disponível.

THE BRIT BOX – 1984 / 1999 – RHYNO 2007

O INDI ROCK BRITÂNICO PÓS PUNK E ALÉM NEW WAVE. 78 MÚSICAS MAPEANDO TUDO!
COLEÇÕES FAZEM PARTE DE UM “HABITAT” MAIS AMPLO; E FORMAM CONCEITO MAIS RESTRITO. QUEM GOSTA DE TUDO CRIA DISCOTECA; PORQUE AMPLA, GERAL E IRRESTRITA.
O COLECIONADOR É, POR PRINCÍPIO, UM “SELETIVO”. PORTANTO, ESCOLHE SE APROFUNDAR EM PREFERÊNCIAS; SEJAM POUCAS OU MUITAS. HÁ OPÇÕES VARIADAS: ESTILOS, ÉPOCAS, ARTISTAS, GRAVADORAS, ETC… CADA UM ESCOLHE.
PARA COLECIONAR LEGAL, EU ACHO IMPORTANTE A NOÇÃO DE ASCENDÊNCIA E CONSEQUÊNCIA DOS OBJETOS. QUER DIZER: VOCÊ CONHECERÁ MELHOR SE VIAJAR PARA O ANTES E O APÓS. O TERRENO FICA MAIS BEM MAPEADO.
EU TENHO DISCOTECA BASTANTE ECLÉTICA E, DENTRO DELA, VÁRIAS COLEÇÕES.
NA PARTE DO ROCK EU FOCO, BASICAMENTE, DO “ROCK AND ROLL ANOS 1950”, AO “ROCK PROGRESSIVO”, “FUSIONS” DIVERSAS; PASSANDO PELO “BEAT”, “PSICODELIA”, “HARD ROCK” E MIL ARTIMANHAS.
NO ENTANTO, ESCALEI A DISCOTECA PARA ALÉM DOS ANOS 1980, MANTENDO O QUE ACHO MAIS INTERESSANTE. ENTÃO, CORTEI MUITA COISA E MANTIVE OUTRAS, TIPO ESTE BOX MAGNÍFICO.
INTERESSANTÍSSIMO, ALIÁS!
CERTA VEZ, ASSISTI A UM FILME ALGO CHATO MAS PROFUNDO, “LOST IN TRANSLATION”, COM BILL MURRAY. O TÍTULO EM PORTUGUÊS EU ESQUECI. O TEMA BÁSICO, A MEU VER, VIAJAVA FORA DA TRILHA SONORA REPLETA DE “BRIT POP”, “SHOEGAZE”, “NEO-PSICODELIA”, GUITARRAS E EFEITOS.
ENTÃO, LEMBREI DO “BRIT BOX”, AQUI. SÃO QUATRO CDS, E O REPERTÓRIO VAI DOS “SMITHS”, EM 1985, ATÉ “GAY DAD”, COM OH, JIM, EM 1999 (???).
VOCÊ GOSTA DE “STONE ROSES”, “RIDE”, “TEENAGE FAN CLUB”? OU CURTE “BLUR”, “MY BLOOD VALENTINE” OU “JESUS & MARY CHAIN”? PREFERE VIAJAR COM “THE VERVE”, “ECHO & THE BUNNYMEN”, “CURVE”, “RIALTO” “SPIRITUALIZED” E “LUSH”? ESTÃO TODOS AQUI! E MAIS UM MONTE DE NÃO FAMOSOS, CULTS E/OU IMPRESCINDÍVEIS.
O BOX É UM LATIFÚNDIO POP IMENSO! BELAS E FERAS CANTANDO: “LIZ FRASER”, DO “COCTEAU TWINS”; “LAETITIA SADIER”, DO “SAINT ETI’ENNE” E OUTRAS MENINAS VIAJANTES QUE POVOARAM A ÉPOCA.
É, TAMBÉM, ARTEFATO ESTETICAMENTE MARAVILHOSO, UM MUST IMPERDÍVEL ACONDICIONADO EM CAIXA COM DESIGN MATADOR; CONTEÚDO MUITO LEGAL DE ESCUTAR E TER; E TRAZ EXCELENTE LIVRO COM FOTOS E TEXTOS; EXPONDO CADA FAIXA, AS BANDAS E MÚSICOS; NO CONTEXTO ARTÍSTICO ONDE ESTAVAM INSERIDOS. É VISÃO AMPLA DAS MELODIAS TÍPICAS DO POP INGLÊS “PÓS BEATLES”.
PARA QUEM PRETENDE COLECIONAR AQUELES TEMPOS, É EXCELENTE COMEÇO!
SE AINDA ACHAR POR AÍ, NÃO PERCA; PERCA-SE NELE!
POSTAGEM ORIGINAL: 27/09/2020
Nenhuma descrição de foto disponível.

THE WHO: ROCK IN RIO 2017, OUTROS SHOWS E A ESSÊNCIA DA OBRA.

Os que se interessam por ROCK acho que não se surpreenderam com o que viram na televisão. Assistiram ao MITO, finalmente. Mas, a todo MITO deve corresponder um RITO, que pode ser mais ou menos convincente.
O RITO é o show, a performance. E, há mais de 40 anos THE WHO deixou de se apresentar com a plástica iconoclasta convincente.
E por que?
Porque envelheceram. E permanece, e sempre houve insuficiência artística em ROGER DALTREY. O que ele tinha ou tem como performer e carisma jamais se expressaram no palco enquanto cantor.
DALTREY desafina e geralmente não aguenta os shows. E, nos discos solo, muitas vezes ficam “visíveis/audíveis suas falhas, que, muitas vezes, são honestamente incorporadas às gravações.
Claro, é apenas minha opinião…
Mas, jamais o vi DALTREY ao vivo igualar-se ao que fez no FESTIVAL DE WOODSTOCK, 1969, onde o quarteto teve performance memorável, e talvez não superada em eletricidade e emotividade. Foi um dilúvio sobre a plateia!
THE WHO, sob quaisquer critérios, é um dilúvio de emoções inigualável. SÃO E FORAM “A” BANDA DE ROCK PESADO. Ponto!
Meu coração dispara até hoje sempre que escuto, ou assisto ao que fizeram em “SEE ME, FEEL ME” e “SUMMERTIME BLUES”.
Talvez o mesmo deva ser dito sobre “THE WHO LIVE AT LEEDS”, de 1971, até hoje justamente considerado um dos tops em apresentações ao vivo.
PETER TOWNSHEND, claro, também não toca ou pode tocar como antigamente. Ele tem problemas de saúde que o impedem. E, mesmo sendo compositor do primeiro time da música popular do século vinte, e autor de um dos HINOS DO ROCK de todos os tempos: “MY GENERATION”; esperar do talentoso PETE algo acima de sua capacidade física é desrespeito inaceitável!
Com tudo isso, e daí?
A carreira da banda é espetacular entre os LPS “THE WHO SINGS MY GENERATION” e “QUADROPHENIA”. E todos os discos são excelentes, inclusive o clássico seminal e meio chato “TOMMY”.
E sem dizer que a constelação de SINGLES está entre as mais sensacionais da HISTÓRIA DO ROCK!!!! .
Observe na foto a sequência dos três CDS que compõem “THE WHO ESSENTIAL”, 2020, aula magna resumida! E a maioria foi reproduzida na apresentação que vimos, aqui, no ROCK IN RIO, 2017.
Vou contar uma historinha pessoal. Como quase todos da minha geração de OLD ROCKERS (roqueiro velho, mesmo…) eu adoro THE WHO!
No final dos anos 1960, gastei uma baba do meu irrisório salário para adquirir um LP dos ELECTRIC PRUNES, e dois SINGLES; um deles foi THE WHO, “I CAN SEE FOR MILES/ PICTURES OF LILY”, edição da MCA americana, e DOIS dos melhores ROCKS de todos os tempos, em gravação MONO acima do espetacular!
Até então, eu não havia escutado nada de tão violento e abrangente, do ponto de vista sonoro. Em cd até agora acho que não conseguiram reproduzir o impacto do SINGLE!
Voltando ao show, fiquei surpreso com as excelentes performances do filho de RINGO STARR, o também baterista ZACK STARKEY!!! E do baixista (seria o PINO PALADINO?); e, não juntei nome à figura conhecida do velhinho dos teclados, nitidamente debilitado, mas autenticamente ROCKER!!!!
Senti encantamento e compaixão!
O show em si foi mediano, claro, mas inesquecível! Homenagem justa e mútua de nós para eles e deles para nós.
Cobriram a obra toda e deu para se fazer uma avaliação artística da ascensão, do auge e da decadência do MITO.
Claro, eles como toda aquela geração, flertam com o final inexorável. Mas, eles vão para o PANTEÃO. Em vez do descanso eterno e nada pacífico nas tumbas do POP.
THE WHO é e foi imprescindível!!!
POSTAGEM ORIGINAL: 24/09/2023
Pode ser uma imagem de 4 pessoas e texto