THE ESSENCIAL: THIN LIZZY E THE WHO – SÉRIE COM DIVERSOS VOLUMES: BOX COM 3 CDS E UMAS 50 MÚSICAS.

Coleção ideal para quem prefere não ser completista. Gravações originais, bem gravadas e remasterizadas; que dão panorama preciso de cada artista, e como se desenvolveram tanto em estúdio quanto ao vivo.
THE WHO
Entre as 49 músicas do repertório estão hits seminais e faixas clássicas. Os SINGLES mais importantes nas versões originais em MONO – “pedradas” espetaculares. E, também, o essencial de cada álbum em STEREO.
A seleção é representativa e foi bem feita! Não faltam “MY GENERATION”, “PINBALL WIZARD”, “BABA O`RILEY”, “WHO ARE YOU”, “YOU BETTER YOU BET”; e mais, muito mais!
As gravações ao vivo foram bem captadas ou melhoradas ao infinito; como “SEE ME, FEEL ME”, na arrepiante e demolidora versão gravada no FESTIVAL DE WOODSTOCK, em 1969. Onde o quarteto deixa claro o quanto eferveciam os shows! Um dos motivos da fama que ostentam!
Também no box a minha preferida, “atualmente”: “EMINENCE FRONT”, é “FUNK” anos 1970/80, que passou batido por mim; É irresistível; tocou ninguém fica parado!
Não estranhem: THE WHO era, principalmente nos anos 1960, um compósito de ‘R&B/MOD/BEAT”, que sabia emular JAMES BROWN, e combinava o ROCK visceral a MOTOWN, STAX e seus herdeiros.
Observem o quanto fica explícita a maior entre as qualidades da banda: o peso enorme que conseguiam dar a cada música! “Gentileza” do “conúbio sonoro” entre o baterista KEITH MOON e o baixista JOHN ENTWISTLE. Ouçam o single original de “I CAN SEE FOR MILES”, em MONO! , e “ARMENIA CITY IN THE SKY” em STEREO, ambas de 1967. Ninguém se aproximava em impressividade, volume e peso. É ROCK de verdade!
Nesta coletânea você perceberá nitidamente a evolução da banda; e quanto PETE TOWNSHEND e a molecagem de rua de um ROGER DALTREY fizeram para que THE WHO atingisse aonde chegaram.
Imprescindíveis!
THIN LIZZY
Com as devidas diferenças de estilo, as observações gerais feitas sobre THE WHO valem para o THIN LIZZY, nas 51 faixas desta coletânea.
Eram muito pesados graças à liderança do baixista e vocalista PHIL LYNNOTT, que tocava bem, e é marcante no som do grupo. Ele morreu em 1986, e tem estátua em sua homenagem no centro de DUBLIN, pela contribuição cultural à IRLANDA. PHIL é um ícone nacional!
O THIN LIZZY foi basicamente uma banda de guitarras. Durante os anos 1970 e parte dos 80, SCOTT GORHAN, BRIAN ROBERTSON, JOHN SYKES e GARY MOORE, cada qual a seu tempo e sempre em duplas, compuseram o som pesado e seco, que os definia: sempre fieis ao HARD-ROCK, e com pitadas FOLK e, vez por outra, POP.
O THIN LIZZY fez bastante sucesso, tocou mundo afora; e discos de meados dos anos 1970, como JAILBREAK e JOHNNY THE FOX, são colecionáveis e legais de ter!
O LIZZY é claramente influente no que fizeram as modernas bandas de METAL, a chamada NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal ). O IRON MAIDEN é tributário e um dos descendentes do LIZZY !
Esse “box” abrange de 1969 a 1983. Aqui estão os hits, as faixas legais de LPS, e SHOWS ao VIVO – em que sempre foram vibrantes e muito bons!
Coletâneas abrangentes e bem feitas servem para isso. Mesmo os completistas aproveitam muito as gravações remasterizadas e atualizadas.
Ah, se encontrarem, por aí, um DVD em tributo ao PHILL LYNNOTT, em que o GARY MOORE é o anfitrião, podem comprar sem susto: é sonzasso e pauleira brava!
Valem a pena.
POSTAGEM ORIGINAL: 11/09/2021
Nenhuma descrição de foto disponível.

YARDBIRDS – LIVE! – ON VINIL + KEITH RELF

LANÇAMENTO EM PAGINA NOBRE DA REVISTA “RECORD COLLECTOR” .
EDIÇÕES DE LUXO, FOTOS E CAPAS MAGNÍFICAS, VINIL COLORIDO ETC… SÃO TODOS GRAVADOS AO VIVO, E DESCOBERTOS OU LIBERADOS NÃO MUITO TEMPO ATRÁS!
QUEM CONHECE O “TIO SERGIO” HÁ MAIS TEMPO, SABE QUE SOU FÃ DOS YARDBIRDS DE UIVAR PRA LUA!
TALVEZ EU TENHA SIDO O PRIMEIRO A ESCREVER EXTENSAMENTE SOBRE ELES, AQUI EM “PATÓPOLIS”. ESTÁ NA EDIÇÃO NÚMERO UM DO HOJE CULT E COLECIONÁVEL FANZINE “WOOP-BOP”, EDITADO PELO@Rene Ferri HÁ MAIS DE 45 ANOS!
É O MEU PRIMEIRO TEXTO PUBLICADO; ESTÁ MUITO MAL ESCRITO, MAS CHEIO DE INFORMAÇÕES INTERESSANTES E, QUEM SABE, ALGUNS ERROS.
NÃO OUSEI, AINDA, CALCULAR QUANTO CUSTARÁ – OU CUSTARIA – PARA TER OS ÁLBUNS. DEVE BEIRAR UNS $ 600,00 DÓLARES CONSIDERANDO TUDO.
É GRANA DEMAIS PARA UM VELHO QUE NÃO TEM TOCA-DISCOS….
ENFIM;
POSTAGEM ORIGINAL: 10/09/2020
Nenhuma descrição de foto disponível.

ERIC CLAPTON: SLOWHAND AT 70 – LIVE

Um fotobook lindíssimo e mais 2 DVDs e 2 CDS , gravados ao vivo no ROYAL ALBERT HALL, em 2015, comemorando os 70 anos do ERIC.
Conteúdo? Mais ou menos o de sempre. Competente, mas quem sabe enjoativo, para os que o conhecem há décadas.
Preço? Leite de pato! Pelo menos era, em 2017!
Então, se encontrar por aí barato vale o “Barato” de ter discos do CLAPTON.
Será objeto de colecionadores.
POSTAGEM ORIGINAL: 08/09/2017
Nenhuma descrição de foto disponível.

THE LEFT BANK – 1966/1969 – THERE’S GONNA BE A STORM – COMPLETE RECORDINGS THE ZOMBIES – ODESSEY & ORACLE – 1968

TIO SÉRGIO, O AGREGADOR DE PRAZERES, TEM A HONRA EM ESCLARECER AOS SOBRINHOS O CORRETO LUGAR DOS ZOMBIES E SEU MASTERPIECE, “ODESSEY AND ORACLE”, NA FILA DOS PIONEIROS DO POP:
POIS BEM, O QUE OS AMERICANOS “THE LEFT BANK ” FIZERAM, EM 1966, E TAMBÉM COM SUCESSO DE PÚBLICO, OS ZOMBIES, JÁ TOTALMENTE ACABADOS RECRIARAM, COMO TENTATIVA, EM 1968!
ESTÁ TUDO LÁ ATRÁS, CRAVO, PIANO, ORQUESTRAÇÃO EMULANDO O CLÁSSICO; ARRANJOS SOFISTICADOS EM CIMA DA BATIDA “BEAT”, QUASE “PSICODÉLICA”.
QUEREM AS PROVAS? OUÇAM “WALK AWAY RENEE”, DE JULHO E “PRETTY BALLERINA”, DEZEMBRO, AMBAS DE 1966. SÃO DOIS MONUMENTOS POP INCONTESTES.
ALIÁS, COMPREM ESTA COLETÂNEA, OU DESCOLEM O PRIMEIRO LP. DOS CARAS; COMPAREM COM OS ZOMBIES, E DECLAREM DE PÚBLICO AS SEMELHANÇAS. É IMPOSSÍVEL QUE “ROD ARGENT”, “COLIN BLUNSTONE”, E A TROUPE FORMADORA DOS “ZOMBIES” NÃO OS TIVESSE ESCUTADO E ADMIRADO. ALIÁS, O “LEFT BANK” TAMBÉM PRECEDE AO PROCOL HARUM, E “A WHITER SHADE OF PALE”, GRAVADA EM 1967….
POIS BEM, O GRANDE CONCEITO FOI SENDO DESENVOLVIDO EM VÁRIAS MÚSICAS ANTERIORMENTE; EM SINGLES DA ÉPOCA. ESTÁ EM “AS TEARS GO BY”, LANÇADA EM 1965; E “LADY JANE”, DE JUNHO DE 1966; AMBAS DOS ROLLING STONES.
E TORNOU-SE MAIS CONHECIDO, AINDA, QUANDO OS BEATLES LANÇARAM “YESTERDAY”, EM SETEMBRO DE 1965, E FIZERAM “ELEANOR RIGBY” E SEU QUARTETO DE CÂMARA ESPETACULAR, QUE VEIO AO MUNDO EM 5 DE AGOSTO DE 1966, NO LP “REVOLVER”. RESUMINDO, O NOVO FOI UM PROCESSO EM DESENVOLVIMENTO….”WORK IN PROGRESS BY MANY MUSICIANS”. IT WAS?
DAÍ EM DIANTE, O USO DE ORQUESTRAS E ELEMENTOS DA MÚSICA ERUDITA SE TORNARAM UM DOS PARADIGMAS DO FUTURO, QUE DESAGUOU NO PROGRESSIVO SINFÔNICO; E VÁRIAS TENTATIVAS DE POP BANDS, TENDÊNCIA “PELA AÍ” ATÉ HOJE.
OUTRA CURIOSIDADE: A PRIMEIRA VEZ QUE OUVI CRAVO EM GRAVAÇÃO DE ROCK FOI EM “FOR YOUR LOVE” , COM OS “YARDBIRDS”, EM 1964; CLÁSSICO SEMINAL, ONDE O GRANDE TECLADISTA, “BRIAN AUGER”, TOCOU CRAVO, E “ERIC CLAPTON”, GUITARRA, FUNDAMENTANDO MAIS UM POUCO O “ROCK MODERNO”, E SUAS POSSIBILIDADES.
ENTÃO SOBRINHOS, OS “ZOMBIES” SOBEM NO AVIÃO DEPOIS DOS BEATLES; E ANTES DELES ENTRAM O “LEFT BANK”!. MAS OS PRIMEIRO A ENTRAR FORAM OS “YARDBIRDS”; E LOGO DEPOIS OS “STONES”! TÁ CONFUSO?
NÃO TÁ, NÃO! TALKEY?
POSTAGEM ORIGINAL: 05/09/2020
Nenhuma descrição de foto disponível.
Todas as reações:

Luciano Douglas R. S. Silva

“GRUPO UM” E “SOFT MACHINE” – SEMELHANÇAS

SÃO BANDAS BASTANTE SEMELHANTES EM SUAS PROPOSTAS. PRINCIPALMENTE OS “SOFT MACHINE” VOLUME 3 E MAIS AINDA O VOLUME 4, AQUI EXPOSTO.
AMBAS ESTÃO NO ENTRONCAMENTO ENTRE O “JAZZ FUSION”, O “FREE JAZZ” E O “JAZZ DE VANGUARDA CONTEMPORÂNEO”.
EU ADORO E RECOMENDO OS DOIS DISCOS!
O DISCO DO “GRUPO UM” É BARATO, BEM FEITO E RELATIVAMENTE FÁCIL DE SER ENCONTRADO! E “LELO E ZÉ EDUARDO NAZARIO; MAURO SENISE E BANDA; DÃO SHOW E MAESTRIA.
DISCOS QUE VALEM A PENA!
POSTAGEM ORIGINAL: 14/09/2018
Nenhuma descrição de foto disponível.

BOB DYLAN – ORIGINAL MONO RECORDINGS – COLUMBIA – 1962/1967 – BOX SET

Edição limitada em mini LPs, livreto, Box Set, todo o capricho e a histórica qualidade sonora da COLUMBIA RECORDS.
As mixagens em MONO foram realizadas para os primeiros oito LPS, lançados entre 1962 e 1967. Uma experiência mais “natural” de audição, com a sonoridade mais integrada proporcionada pelas Masterizações Monoaurais. Elas aguçam a percepção para o todo. E se adequam bem ao FOLK acústico.
Colecionadores acham o fino!
BOB DYLAN é questão de gosto. Sua linearidade melódica, obviamente enriquecida por sua poética que revolucionou o POP/ROCK é, para muitos, um porre potencializado por sua voz quase fanha e monocórdica.
De outro lado, é o brado da contestação e iconoclastia que, também, incentivou o surgimento de “Cantores-Compositores” interpretando com originalidade as próprias obras.
É um passo adiante na liberdade para interpretação, e acrescentar os timbres dos novos. O mundo ganhou – e muito – ao admitir a expressão de tantas vozes….
CHICO BUARQUE e BELCHIOR, por exemplo, são duas vozes algo… fustigantes…e não agradáveis – ao menos para mim.
Coube a DYLAN a honra do primeiro experimento do chamado FOLK-ROCK.
Seu produtor, TOM WILSON, uniu as guitarras elétricas “BEAT” e o órgão em “Like a Rolling Stone”, de 1965. Eletrificou o FOLK.
E repetiu a experimentação, que se tornou notória com os BYRDS, em MR. TAMBOURINE MAN, canção de DYLAN que espalhou-se pelo mundo, também em 1965.
E a consolidou “Estado da Arte” com SIMON & GARFUNKEL em “The Sound of Silence, 1966…
TOM WILSON, que era negão, inventou o FOLK ROCK!
A COLUMBIA ROCORDS tornou-se referência desde a invenção do FOLK ROCK. E propiciou as as primeiras experiências com o JAZZ ROCK, lançado bandas como CHICAGO TRANSIT AUTHORIT e BLOOD SWEET & TEARS.
E, fez a mesma coisa no sentido contrário, ao abrigar a fase FUSION/ELECTRIC de MILES DAVIES; e depois com JOHN McLAUGHLIN e a MAHAVSHNU ORCHESTRA.
Até hoje, referências de qualidade técnica e invenção artística.
POSTAGEM ORIGINAL: 15/09/2019
Nenhuma descrição de foto disponível.

WEBSTER YOUNG – FOR LADY – PRESTIGE – 1957 – TRIBUTO TÍPICO A BILLIE HOLIDAY

SÃO 8,50hs, SETE DE SETEMBRO, DIA MEIO NUBLADO, MEIO CHUVOSO E FRIO, NO GUARUJÁ.
LIGO A TELEVISÃO PARA VER O DESFILE MILITAR, E TODA EXPOSIÇÃO FÁLICO – LÚDICA DA BAZÓFIA NACIONALISTA.
MAIS OUTRO ANO ANO SOB A BATUTA – BIRUTA DO APRENDIZ DE “GOLPEIRO” , O INEFÁVEL JAIR BOLSONARO. TODOS NA EXPECTATIVA SOBRE O QUE ELE DIRÁ, E O NÍVEL DE PROVOCAÇÃO QUE EXPELIRÁ. SE GOLPISMO PURO NO AR, OU BOBAGENS MAIS INOFENSIVAS…
VEREMOS…
EU ME VINGO FÁCIL! SEU JAIR NÃO SABE QUEM FOI “WEBSTER YOUNG”, UM SEGUIDOR DE “MILES DAVIS”, AQUI TOCANDO UM ” FRENCH HORN ” COOL, TÉCNICO E INVENTIVAMENTE PRECISO.
O REPERTÓRIO É O FINO DE BILLIE HOLIDAY, ACRESCIDO POR COMPOSIÇÃO DE YOUNG EM HOMENAGEM À “LADY”. O TIME É DE PRIMEIRA LINHA COM TRÊS ASTROS: “PAUL QUINICHETTE”, “MAL WALDRON” & “ED THIGPEN”; E TRÊS “” ( AH, VEJA OS NOMES NA FOTO… ). ELES VÃO SUPRINDO MINHA SENSIBILIDADE PREGUIÇOSA.
ENQUANTO ISSO, AGUARDO MEIO APREENSIVO, E OBSERVO O POVARÉU NA EXPLANADA, QUE TALVEZ APOIE O TROGG, OU SIMPLESMENTE FORAM À FESTA CIVICA . ESPERO ATÉ CHEGAR 11,00 HORAS, HORÁRIO BASE PARA INICIAR OPERAÇÕES LÍQUIDO – ETÍLICAS.
O CD ESTAVA NO ALCANCE DE MEUS OLHOS, MAIS PRO FINAL DO “QUARTEIRÃO DA ESTANTE” NA DISCOTECA, LETRA W.
EU O TENHO HÁ TEMPOS. É BEM CAPTADO, BEM MASTERIZADO, E RECOMENDO ATÉ O FINAL DOS TEMPOS.
SE VOCÊ GOSTA DO MILES FIM DOS ANOS 1950, E ACHA QUE JUNTAR UM TOQUE E CHARME À “CHET BAKER” CONFORMAM ÉPOCA E ESTÉTICA CIVILIZATÓRIA IMPRESCINDÍVEL, ESQUEÇAM POR UNS MOMENTOS O SEO JAIR E A TELEVISÃO. PROCUREM WEBSTER YOUNG, NOS “STREAMINGS”, E TENHAM O PRAZER DE CONHECÊ – LO.
POSTAGEM ORIGINAL: 07/09/2020
Nenhuma descrição de foto disponível.

BYRDS, 1968 – RIDE, 1994 – BECK, 1998: A CRIAÇÃO E A RECRIAÇÃO DO ROCK PSICODÉLICO AMERICANO DA DÉCADA DE 1960

O QUE OS TRÊS DISCOS SENSACIONAIS TÊM EM COMUM?
VAMOS TENTAR DESCOBRIR:
O “NOTORIOUS BYRD BROTHERS”, LANÇADO EM 1968, É OBRA IMPORTANTE DA PSICODELIA AMERICANA. TALVEZ O DISCO TECNICAMENTE MAIS BEM ACABADO ENTRE OS REALIZADOS POR ELES. UM VERDADEIRO FEITO; PORQUE SEMPRE FORAM JOALHEIROS CAPRICHOSOS E À BEIRA DA PERFEIÇÃO. APENAS CONFIRMANDO, GRAVAVAM PARA O COLUMBIA RECORDS, O QUE DISPENSA EXPLICAÇÕES.
O LP ORIGINAL, E PORTANTO O CD, MESCLAM CANÇÕES DE AMOR, E MÚSICAS DE PROTESTO OU LIBERTÁRIAS, OSCILANDO ENTRE A PERSPECTIVA EXISTENCIAL CINQUENTISTA DOS BEATNICK; E A FALTA DE MÉTODO E A RENÚCIA MATERIAL DOS HIPPIES.
É UM DISCO DE VANGUARDA AMERICANO; INCLUINDO O REFINAMENTO ARTÍSTICO DOS ANOS 1960. HÁ MUITA EXPERIMENTAÇÃO, ARRANJOS BEM CONSTRUÍDOS; INTEGRAÇÃO ENTRE AS FAIXAS; E A ESPETACULAR HARMONIA VOCAL DA BANDA, INSPIRADA EM CONTEMPORÂNEOS COMO OS BEACH BOYS; E CULMINANDO, ANOS DEPOIS, NO “CROSBY, STILLS, NASH & YOUNG”. FINO PRATO E TRATO, PORTANTO!
TALVEZ SEJA O ÁPICE ARTÍSTICO ENTRE OS PICOS ELEVADOS QUE AS BANDAS DE FOLK PSICODÉLICO CONSEGUIRAM. A QUALIDADE DO SOM GRAVADO ESTÁ ENTRE AS MELHORES QUE JÁ ESCUTEI NA VIDA! OBRA EMOCIONANTE! INDISPENSÁVEL!
E TEMOS O “RIDE”, EM “CARNIVAL OF LIGHTS”, SAÍDO EM 1994. É OUVIR E CONCLUIR: O DISCO INTEIRO EMULA O CLIMA DO “NOTORIOUS BYRD BROTHERS”. É O SOM DA “CALIFÓRNIA” ENTRE 1966 E 1969. MESMO O “RIDE” SENDO BANDA INGLESA DE “BRITPOP”. É ROCK ALTERNATIVO COM RETROGOSTO CONSOLIDADO… HUMMMM… NO PASSADO HERÓICO…
É CLARO, COM DIFERENIAIS IMPORTANTES NOS ARRANJOS, O QUE OS ATUALIZOU PARA A “NEO-PSICODELIA”, EM VOGA NOS ANOS 1990. REFORMAR É IMPRESCINDÍVEL – E A TURMA JÁ SABE DESDE OS PRIMÓRDIOS DO “ROCK AND ROLL”; E, DEPOIS, QUANDO METAMORFOSEOU-SE DE “BEAT”, NO INÍCIO DOS 1960; E SEGUIU AMPLIADA, DÉCADAS AFORA, E AINDA SEM FINAL OBSERVÁVEL…
O DISCO É UM EXEMPLO DO CHAMADO “SHOEGAZE”; É LINDO; E IMPRESCINDÍVEL PARA QUEM CURTE “BRITPOP”. E, PARA MIM, FOI O AUGE DA CARREIRA DESSES INGLESES CRIATIVOS.
NA MESMA LINHA, VEIO O AMERICANO “BECK”, E SUA ATUALIZAÇÃO EM SAMPLERS, E OUTRAS TÉCNICAS, DE VÁRIAS PERSPECTIVAS DA HISTÓRIA DO POP/ROCK.
“BECK” É UM CRAQUE. RECRIOU, CRIA E RECRIA SONORIDADES QUE SEMPRE RECONHECEMOS; E SABEMOS QUE FOI ELE QUEM REFEZ… É ARTISTA MUITO ORIGINAL; TEM ASSINATURA.
EM “MUTATIONS”,1998, O ALVO FOI O ROCK PSICODÉLICO AMERICANO”, ONDE OS “BYRDS”, O “JEFFERSON AIRPLANE”, O “GRATEFUL DEAD” E DIVERSOS, TÊM LUGAR DE HONRA E MÉRITO.
É INTERESSANTE, ESCUTAR SEU OUTRO DISCO NESSA VERTENTE: EM “SEA CHANGE”, 2002, BECK, EXÍMIO, FAZ O MESMO COM A “TRADIÇÃO PSICODÉLICA DOS INGLESES”; E INCORPORA PRINCIPALMENTE O ESPÍRITO DE “SYD BARRETT”, NO PINK FLOYD”. AQUI, ESTÃO CITADOS QUATRO DISCOS IMPRESCINDÍVEIS, VISÕES AMPLAS DO MELHOR QUE O ROCK PSICODÉLICO, QUASE PROGRESSIVO, NOS LEGOU.
TENTE!
POSTAGEM ORIGINAL: 08/09/2018
Nenhuma descrição de foto disponível.

EU, O PROFESSOR! O RESUMO DE UMA FASE QUE VIVI, MAS NÃO SUSTENTEI

Fui, sim, por um ano. Carteira assinada e tudo o mais.
Quase aventura que devo ao meu cunhado, Toninho Paes, em vez de quem assumi poucas aulas semanais, nos estertores de uma escola tradicional aqui de SAMPA, o LICEU EDUARDO PRADO.
A escola estava sendo incorporada ao COLÉGIO E FACULDADE LUSWELL, ainda hoje no bairro de MOEMA, e precisava formar a sua última turma de alunos, e mudar de rumo.
Quer dizer, coube ao TIO SÉRGIO e a outros enterrar de vez uma escola que havia perdido nexo com o real da época.
O ano de 1981 foi, para mim, intenso, prazeroso e muito, mas muito difícil! Foi assim que rolou:
Em junho, eu havia terminado a FACULDADE DE COMUNICAÇÕES SOCIAIS, na FUNDAÇÃO CÁSPER LÍEBRO, uma das melhores do BRASIL, na época, não é Ayrton Mugnaini Jr.? Meu contemporâneo na famosa e tradicional “CÁSPER”.
Eu estava apto a me tornar JORNALISTA, o que somada à minha formação em CIÊNCIAS SOCIAIS, pela FFLCH, da USP, julguei barbada para entrar no mercado. Fui muito bom aluno nas duas faculdades. Eu provo com meus boletins…
Mas, essa é história diferente. E, entre os hipotéticos talento e vocação, muitas vezes sobrepõem-se a realidade e mil intercorrências. Sou mais “professor”, “jornalista” e “sociólogo” hoje, do que jamais consegui ser quando jovem…
É pretensão minha? Talvez, mas assim interpreto. O mundo está repleto de gente na minha situação.
Pois bem:
Marquei horário e compareci. Conversei com a diretoria da Escola. Eles nem pestanejaram: fui contratado na hora e sem questionamentos.
Valeu a minha formação, currículo, essas coisas; e até atividade profissional, pequeno e sofrido empresário. Eu suponho…
Mas pensando melhor, também não importava. Foi um misto de “só tem tu? então vai tu mesmo”; e, “Graças as Deus! apareceu o coveiro que faltava”!
Foi para lecionar no terceiro ano do CURSO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS. E as matérias para as quais me contrataram foram “RELAÇÕES INTERNACIONAIS” e “NOÇÕES BÁSICAS DE ECONOMIA”. Ministrei aulas de duas a três horas por semana. Tipo entre 4 ou 6 horas no mesmo dia. Não me recordo exatamente. Entrava as 8 horas e saía as duas horas da tarde, toda sexta feira.
Achei ótimo… Até que houve a primeira reunião com outros colegas professores para tomar conhecimento do conteúdo. Era inespecífico; ninguém sabia ao certo o que fazer, a escola há anos não tinha professores para isso… O importante era tocar a bola, não reprovar ninguém e o jogo seguiu.
Então, eu bolei o que achei ideal.
“RELAÇÕES INTERNACIONAIS”, para mim, era o curso que havia feito na USP, por 2 semestres, com o PROFESSOR OLIVEIROS FERREIRA, na época também editor chefe do “ESTADÃO” e padrasto do jornalista WILLIAN WAACK.
OLIVEIROS era um grande intelectual; Liberal demais para seus colegas na USP, e profundo conhecedor de política externa e seus fundamentos.
Ele nos ensinou a sério os conceitos da GEOPOLÍTICA. Estudamos os interesses de cada país em face de sua geografia e potencialidades de projeção de poder. E compreendi as vulnerabilidades estudando mapas e teorias. O fino!
E não deu outra. Em vez de ensinar jargãos de comércio exterior, como F.O.B e outras siglas, e as coisas pequenas de importância relativa, comecei a orientar e discutir com os alunos as GUERRAS DE INDEPENDÊNCIA DAS COLÔNIAS PORTUGUESAS NA ÁFRICA; a saída dos ingleses da antiga RODÉSIA, hoje ZIMBABWE; e, principalmente, o papel do BRASIL como contraponto à influência cubana – impulsionada pelos soviéticos na região.
Eram temas palpitantes em meados dos anos 1970 e início dos oitenta. Tanto é que, de fato, o Sul da África se tornou independente. E o BRASIL, até hoje, tem claros interesses geopolíticos e econômicos na região. Esse movimento todo fez parte de um contraponto civilizatório, na minha opinião.
É o que o PT com o experiente diplomata CELSO AMORIM tenta fazer, desde o primeiro governo LULA, e até agora. É da tradição o ITAMARATI.
O governo de ERNESTO GEISEL, 1974/1979, introduziu essa política com o ministro das Relações Exteriores da época, AZEREDO DA SILVEIRA. E administrou com outro grande diplomata, ÍTALO ZAPPA, que conseguiu conviver e negociar tanto com os governos estabelecidos, quanto os rebeldes revolucionários.
A História é longuíssima, e vitoriosa do ponto de vista geopolítico para o BRASIL, CUBA, RÚSSIA e até os EUA…
Mas, foi ruim para PORTUGAL, que perdeu suas colônias. Em compensação democratizou-se e modernizou-se, também. Se continuasse colonialista, nossos irmãozinhos ibéricos teriam quebrado de vez.
Hoje, o curso moderno de RELAÇÕES INTERNACIONAIS é estratégico e tem currículo muito mais amplo e diferente. Mas, seja como for, estive lá!
A segunda matéria que lecionei foi “INTRODUÇÃO À ECONOMIA”. E, como cantam FRANK SINATRA e o SID VICIOUS, “I DID IT MY WAY”!
O currículo original supunha noções básicas de MICROECONOMIA, teoria que trata as condicionantes econômicas a partir de empresas, famílias, e os indivíduos. Os detalhes, digamos…
Eu mesmo fiz o curso técnico de ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, no COLÉGIO OSWALDO CRUZ, de onde saiu a FACULDADE com o mesmo nome. Foi um jeito de mais ou menos viabilizar alguma profissão. No meu tempo, uma certa objetividade era necessária. Eu já trabalhava desde os 14 anos. Portanto,
Só que, eu não era… digamos…, assim.
Seguindo o jogo, como professor e aproveitando o tanto faz reinante, achei melhor tentar explicar a MACROECONOMIA para a meninada.
É mais fascinante, mais abrangente, e se coadunava com o entendimento que eu havia escolhido para tentar falar de RELAÇÕES INTERNACIONAIS. Tentei explicar um pouco sobre inflação, essas coisas…
E cometi um deslize criativo: peguei um texto fabuloso de KARL MARX, na INTRODUÇÃO À CRITICA DA ECONOMIA POLÍTICA, chamado PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO, TROCA E CONSUMO, e tentei explicar para a meninada como tudo se comunicava, se encaixava, na vida econômica.
Fiz isso, porque até hoje considero uma portentosa lição de ANTROPOLOGIA CULTURAL. O alemão tenta expor o funcionamento da sociedade. É uma visão de conjunto.
Claro, as coisas são muito, mas muito mais complexas. Mas, fosse como fosse, havia uma visão explicativa bem didática.
Explicação que o marxismo vulgar se utiliza para expor dialeticamente “a realidade”.
Mas, deu algum Tilt…como se dizia, oooops!
Fui chamado à direção da escola: religiosa, protestante e ultra-conservadora, que também não sabia o que propor. Quiseram saber de onde eu tirara os ensinamentos?
Enrolei. Eles toparam, porque tanto fazia…
Resumindo, até o final tentei ensinar aos garotos e garotas a ler jornais. Um caminho de aproximação sucessiva com o mundo. Era muito mais realista do que tentar passar conceitos, principalmente marxistas, para filhos de banqueiros, ou no mínimo gente de classe média alta e consumista… Brasil de outros tempos…
Mas, aí entra o fator humano, as circunstâncias da implosão daquela escola, e o passo seguinte da meninada na vida. Iriam para a faculdade.
A escola em total desconstrução liberava os alunos para porra nenhuma.
Eu enquanto professor improvisado não tinha a menor ideia do que era didática. Não sabia ensinar.
Em contrapartida, a sala de aulas era zona total! No primeiro dia de aulas, um gaiato perguntou se podia fumar durante as aulas.
Eu, recém saído da USP e da CÁSPER, nem titubeei:
“É claro que pode”, disse!
Houve explosão atômica a céu aberto! vinte minutos de fumacê, e lá veio o diretor me “explicar” que era terminantemente proibido!!!
Minha autoridade foi pro espaço. Mas contornei com a turma, disse que na faculdade tudo era mais liberal, essas coisas…
Ainda assim, o cheiro de fumaça no fundão, sempre me obrigava a dizer quê…etc, e tal…
A segunda provocação foi quando um simpático vida boa perguntou se eu reprovaria alguém…
“Não, de jeito nenhum”, respondi! E aí não teve mais jeito. Instalou-se a entropia…
A maioria não dava bola pra nada. Mas, alguns gostavam e se interessavam. Tentei mais ou menos encaminha-los…
Fui levando…
Era preciso fazer avalição, dar notas.
De novo, fiz bobagem. E Lembrei da USP.
Para ECONOMIA, pedi que dissertassem sobre a seguinte questão: se o crescimento do Estado na vida econômica não restringiria as liberdades individuais?
Em 1981, a presença da Estado hipertrofiado estava em seu auge. E o país era uma ditadura, com a inflação lá no alto. Eu baseei a pergunta em um texto do economista liberal ROBERT HEILBRONER, que saíra na REVISTA EXAME, e suscitou algum debate.
A ideia do professor era dizer que sem iniciativa privada não haveria liberdades individuais. Uma verdade, aliás…
A minha ideia era ver se a garotada ligava uma coisa à outra – muito difícil até pra mim, que também não acreditava em ideias liberais. Quando eu entrei na USP eu me achava socialista. Na verdade, lentamente, entendi que nunca fui…
No final da década de 1970, eu estava em dolorosa transição ideológica para algum tipo de ideia socialdemocrata. Sofri indizivelmente com essa dúvida, acreditem!
No trabalho final teve de tudo como resposta.
Porém, fiquei impressionado com uma dondoca ( ahhh, como existiam… ) que não estudava nunca, e apresentou um texto bem escrito e correto.
Chamei a moça e não deu outra: o namorado havia escrito por ela. Eu delicadamente disse para refazer com os próprios argumentos. Ficou possessa! Como eu poderia pensar uma coisa daquelas… Refez…
Todo mundo passou, claro. Imagine um libertário sem noção como eu reprovando quem quer que fosse?
No final do ano de 1981, a escola acabou. Eu fui demitido por telegrama.
Daqueles meninos eu soube do destino de três. Um tornou-se médico. Outra era filha do presidente à época do Clube Paulistano, até hoje reduto da elite tradicional paulista. E, como diria o professor OLIVEIROS, “seguiu seu destino manifesto”, que era continuar rica…
Uma terceira, talvez a melhor aluna da turma, tocava piano, era bela e gostava de artes. Não consegui confirmação explícita, mas tornou-se cantora de JAZZ e pianista. Não cito o nome, por enquanto.
E a vida seguiu… Foi muito divertido e instrutivo. Eu deveria ter persistido, procurado dar algumas aulas, essas coisas.
Provavelmente, ninguém se recorda mais de mim!!

THE ANIMALS – DISCOS ORIGINAIS – 1963/1966

Eles, o MANFRED MANN original, ZOMBIES, os ARTWOODS entre outros, discrepavam um pouco da concorrência: usavam ÓRGÃO COMO DIFERENCIAL, instrumento que os BEATS mais próximos ao R&B gostavam muito.
Os ANIMALS além do órgão pilotado por ALAN PRICE, tinham um dos mais espetaculares cantores do Rock: ERIC BURDON. Voz fortíssima, rústica e totalmente bluesy; eu o assisti ao vivo e em forma na década de 1990, em São Paulo, acompanhado pelo grandíssimo e histórico tecladista BRIAN AUGER.
Nem vou falar de alguns dos hits dos ANIMALS, principalmente a óbvia e indefectível HOUSE OF THE RISING SUN, hit supremo, e inclusive imenso também aqui no Brasil, na primeira metade dos anos 1960!
É sempre interessante lembrar que CHAS CHANDLER, o baixista da banda, foi quem descobriu JIMI HENDRIX tocando no CAFE WHA, em NOVA YORK ( TIO SÉRGIO, já esteve lá!!!! ), o levou para a Inglaterra e o colocou no proscênio!
Os ANIMALS foram tão sensacionais quanto os ROLLING STONES. E TIO SÉRGIO recomenda imersão total nesta fase da banda!
Tente!
POSTAGEM ORIGINAL: 04/09/2019
Nenhuma descrição de foto disponível.