JERRY LEE LEWIS, O ENCRENQUEIRO SUPERDOTADO QUE ELEVOU O NÍVEL DO ROCK AND ROLL CLÁSSICO

O inesquecível JERRY LEE LEWIS fez um compósito que amalgamou revolução e evolução no ROCK AND ROLL clássico. Ele é um dos grandes integradores do COUNTRY e do RHYTHM´N’ BLUES na formação do ROCK AND ROLL. Pianista criativo, excelente cantor, fundiu os dois gêneros com a expressão do ritmo dos pretos na mão esquerda; e a melodia branca, country, tocada com a mão direita!!! Um feito artístico ultra relevante! FUSION PURO E INAUGURAL!
Postei o que tenho dele. É pouco. Há mais, muito, muito, muito mais por aí. Inclusive uma fase “COUNTRY” esplendorosa e sensacional que ainda não consegui.
Talvez algum dia, eu consiga edições feitas pela BEAR FAMILY RECORDS, completas, totalizantes, e que fazem jus ao grande anárquico “evolucionário” artista que JERRY foi. Hoje, tenho o CD da série ROCKS, expressivo e suficiente, mas não postado.
Trouxe mais álbuns importantes, e dois DVDs legais:
Observe o CD considerado entre os melhores SHOWS ao vivo da História: “LIVE AT STAR CLUB”, 1964. Note, também, THE LONDON SESSION, álbum duplo gravado em ESTÚDIO, e lançado inclusive no BRASIL pela MERCURY, em 1973, com a participação de músicos craques ingleses, em nível de RORY GALLAGER, PETER FRAMPTON, ALBERT LEE, GARY BROOKER, entre outros.
O filme sobre sua vida, “GREAT BALLS OF FIRE”, é sensacional, e o CD com a trilha está na foto. Não deixa de lado os podres, mesmo suavizados, na tela. Inclusive a relação quase incestuosa de JERRY LEE com a prima pré-adolescente, que sequestrou e com quem se casou. E cita seu primo, “tele-evangelista”, o pastor JIMMY SWAGGART, famoso no “Hospício do Norte. É imprescindível para os que se interessam pelo ROCK VINTAGE.
Hoje, para mim, o que tenho basta.
Pois, é; a última encrenca de que me recordo foi no SHOW que JERRY LEE LEWIS deu em SAMPA, anos atrás! O PALACE, casa de shows, no bairro de MOEMA – que não existe mais – estava cheio.
A banda segurava o foguete, enquanto a produção tentava trazer JERRY LEE para o palco. Ele estava “bebasso”, e demorou a eternidade!!! A plateia indócil, estava xingando e gritando. Havia muita gente tão bêbada e drogada quando o astro.
Em certo momento, JERRY entra. Senta-se ao piano e detona, do jeito que conseguiu, uma sequência de seus clássicos. A turba reagiu empaticamente, dançando e pulando; e alguns tentando invadir o palco, mas sendo impedidos.
Em meio ao furdunço, um guapo etilizado suspendeu a namorada no ombro. Tampou geral a visão dos “hooligans” em volta… As consequências vieram imediatamente. Alguns reclamaram na base da grossura. Mas, nem a bunda desceu do ombro, e nem os braços do namorado recolocaram a bunda e a moça no chão…
Não deu outra: alguém tascou certeira dedada no centro do rabo da menina, que ainda estava suspenso no pescoço do cara.
Um berro! xingamentos e o pau cantou perto de mim. E mais alto do que o JERRY LEE!!!!!
Separa daqui, tira de lá; enquanto os seguranças distribuíam fartamente pescoções, porradas e chutes. Verdadeiro festival de MMA ao som de ROCK AND ROLL. Um monte de gente foi “convencida” a se retirar…
O show inteiro durou menos do que uma hora, e JERRY saiu de cena sob protestos generalizados. A banda procurou manter o clima, com o baixista tentando cantar, etc. e tal…
Resumo: foi o caos em estado de catarse; manchando a reputação de nossos tristes trópicos…
Imperdível. E por sorte eu estava lá!
POSTAGEM ORIGINAL: 22/06/2022
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QUANTO O PAU CANTA, QUEM TÁ FORA SE ENCANTA. O SHOW DE JERRY LEE LEWIS E OUTROS ENCONTROS NADA CIVILIZADOS.

TIO SÉRGIO já vai esclarecendo que as fotos de discos do JERRY LEE LEWIS; e dos AMBOY DUKES, a banda do guitarrista TED NUGENT, aqui em sua fase psicodélica; são meros pretextos para contar historinhas.
Os dois sempre foram “ISCAS DE POLÍCÍA”, para recordar ITAMAR ASSUMPÇÃO que, até onde sei, não era encrenqueiro, mas atraía a repressão, por outros motivos e preconceitos.
TED NUGENT é um reacionário e militante de extrema direita. Conta-se que acompanhava a polícia, dentro dos camburões, à procura de bandidos nas ruas…
E minha casa ele não entra…
Nunca fui de briga.
Sou um sujeito light e diplomático. Da turma do deixa isso pra lá…
Passei minha vida negociando, construindo convivências e conveniências, considerando o lado do carneiro… E dialogando com a onça pra ver se ela se interessava por um gambá, digamos; ou, quem sabe, por uma saladinha de tomates e alface… essas coisas.
Compus vários acordos em situações inacreditáveis. Perdi outros. Na média, ainda pago e como a minha pizza com eventuais transações e negócios no mercado imobiliário.
Mas, tio SÉRGIO, what porra was that? Você era arregão?
Eu diria que fui e sou um profissional da “Porrada Interrompida”. Um administrador de contrariedades. Muito comuns entre condôminos, proprietários e inquilinos, e outras picuinhas cotidianas.
Convenhamos: vou além de um mero “coito interrompido” – ou na linguagem explícita, mas não candente da molecada de hoje, eu não sou “Corta Fodas”.
Porém, sempre que o ápice do impasse culmina em porrada, lá vou eu ver se dá pra contornar, deixar a coisa menos brusca, acomodar… Mas vi coisas. E não tão poucas; em que não intervim, e nem deveria.
Vou contar algumas;
Lá pelos doze anos de idade, tarde incerta cabulei aula junto com outros coleguinhas. Sei lá como ou por que?, fomos parar em campinho no PLANALTO PAULISTA, perto da escola, e jogamos futebol contra a molecada dos arredores. Tudo foi de mal a pior, e acabamos enxotados pela turba local debaixo de pedras. Ainda bem que fuga foi em uma descida. Você se recorda disso Renato César Cury?
Mais uma; Acho que até hoje existe a “PORTUGUESINHA”, que tinha um digamos…. estádio…. em terreno vago perto da rua LOEFGREN, nos limites da hoje CHÁCARA INGLESA.
Estávamos eu e meu “primoirmão” BETÃO assistindo a um jogo/batalha entre duas milícias futebolísticas rivais. Terminou em briga. Não tínhamos nada a ver com aquilo. Mas um delinquente grandalhão tentou me afogar em um córrego, na verdade um corredor de fezes a céu aberto.
Apareceu sei lá de onde um adulto que impediu a minha execução.
Fui crescendo e as histórias melhoraram. Assisti a uma das grandes brigas em campo de futebol do meu tempo. Foi no estádio do NACIONAL ATLÉTICO CLUBE, time hoje quase inexistente, mas que defendia sua honra em um estádio razoável, na Barra Funda, naquela época, bairro operário de SAMPA.
Era a final do campeonato da segunda divisão, lá por 1969, sei lá…
Fomos assistir eu e o BETÃO, levados pelo tio ANTONIO GARINI, o TONICO, jornalista que virou nome de rua.
Tudo corria mal, muito mal, quando de repente eclodiu bacobufo generalizado. Começou dentro do gramado e, como bomba de napalm, espalhou-se e incendiou geral e arquibancadas.
Só foi contido quando chegou a polícia, muitas vezes Instituição especializada em transformar desentendimento em guerra fratricida… e botou pra quebrar.
Não fugiu de minha memória o “huno barrigudo” sentado no topo do alambrado, que cobria de porrada e porretadas qualquer um que se aproximasse. Até que, derrubado por uma facção de torcedores, teve a bunda chutada, ritmicamente, por uns 5 minutos enquanto tentava escapar.
Não conseguiu…foi resgatado pela milicada, que aproveitou para “crismá-lo” para ver se acalmava.
Outra;
Eu tinha, sei lá, uns 19 anos, quando em um bailinho duas tropas de joviais projetos de criminosos se confrontaram, depois que um dos líderes foi jogado escada abaixo na casa da menina que os convidou para o aniversário… A coisa ficou incontrolável, e a polícia cercou as duas pontas da pequena e bucólica rua, onde a infeliz e chorosa aniversariante morava.
Estávamos eu e meu outro “amigoirmão” Aldahyr Ramos. Conseguimos, milagrosamente , fugir da festa sei lá como… Foi literalmente todo mundo preso! Menos a gente.
A última encrenca de que me recordo foi no SHOW que o grande pianista e ROCKER , JERRY LEE LEWIS, deu em SAMPA, anos atrás.
O PALACE, casa de shows que não existe mais, no bairro de MOEMA, estava cheio. A banda segurava o foguete, enquanto a produção tentava trazer JERRY LEE para o palco. Ele estava bebasso, e demorou a eternidade!!! A plateia estava indócil, xingando, gritando. Havia muita gente tão bêbada e drogada quando o astro.
Em certo momento, entra o JERRY. Senta-se ao piano e detona do jeito que conseguiu uma sequência de seus clássicos. A turba reagiu empática, dançando, gritando, e alguns tentando invadir o palco, e sendo impedidos pela segurança.
Em meio ao furdunço, um guapo etilizado suspendeu a namorada no ombro. Tampou geral a visão dos hooligans em volta… As consequências vieram imediatamente. Uns sujeitos reclamaram na base da grossura. Mas, nem a bunda desceu do ombro, e nem os braços do namorado recolocaram a bunda e a moça no chão…
E, não deu outra: alguém tascou certeira dedada no centro do rabo da menina, que ainda estava suspenso no pescoço do cara. Um berro! xingamentos e o pau cantou perto de mim mais alto do que o JERRY LEE!!!!!
Separa daqui, tira de lá; enquanto os seguranças distribuíam fartamente pescoções, porradas e chutes. Um festival de MMA ao som de ROCK AND ROLL. Um monte de gente foi “convencida” a se retirar.
O show inteiro durou menos do que uma hora. JERRY LEE saiu de cena sob protestos generalizados. A banda procurou manter o clima, com o baixista tentando cantar, etc. e tal.
Resumo: foi uma merda. Inesquecível merda para esses nada tristes trópicos… 😀Daquele momento em diante, fugi da maioria dos shows ao vivo.
POSTAGEM ORIGINAL AMPLIADA: 21/06/2025
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BRAD MEHLDAU TRIO – LIVE – 2008 – NONESUCH RECORDS

O DISCO FOI GRAVADO EM NOVA YORK, NO “VILLAGE VANGUARD”, EM CURTA TEMPORADA ENTRE 11 E 15 DE OUTUBRO, DE 2006. SÃO TRÊS FERAS LIDERADAS PELO PIANISTA “BRAD MEHLDAU”. É JAZZ CONTEMPORÂNEO SEM MASTURBAÇÕES EXIBICIONISTAS, E DE ALTA QUALIDADE TÉCNICA E MUSICAL.
“MELDHAU” É UM ESTILISTA SUPERDOTADO, E VEM ACOMPANHADO PELO EXATO BAIXISTA “LARRY GRANADIER”, QUE MANTÉM CRIATIVAMENTE O ANDAMENTO, PARA BRAD E O FANTÁSTICO BATERISTA, “JEFF BALLARD” – QUE FAZ SOLOS EM RITMO EM INTENSIDADE ALUCINANTES! – VOEM O TEMPO INTEIRO.
OS TRIO TOCA “WONDERWALL”, DO “OASIS”; E PASSA POR “BLACK HOLE SUN”, DO “SOUNDGARDEN”. DOIS CLÁSSICOS DO ROCK ALTERNATIVO DOS ANOS 1990.
E VIAJA POR “JOHN COLTRANE” E “CHICO BUARQUE DE HOLANDA”, E VISITA OUTRAS MÚSICAS CONTEMPORÂNEAS.
OS ARRANJOS SÃO TODOS TRANSFIGURADOS, E SE ABREM PARA FORMAS QUASE IRRECONHECÍVEIS – COMO COSTUMA SER O JAZZ CONTEMPORÂNEO. OS TRÊS REALIZAM “CONTRA – OBVIEDADES”, NAS QUASE DUAS HORAS E MEIA DE MÚSICA, NESTE ÁLBUM DUPLO.
UM VERDADEIRO “HAMBURGÃO”, UM “BIG BRAD”, FEITO PARA SACIAR A FOME DE QUEM GOSTA DE JAZZ E SEUS ARREDORES!
“MEHLDOU ET CATERVA” COZINHAM “PRATOS” DE ALTO TEOR CRIATIVO. E LIBERAM ENERGIA PARA ILUMINAR UM QUARTEIRÃO, NESSE REPERTÓRIO TEMPERADO COM “BALADAS” E “BLUES” COMPLETANDO CARDÁPIO NUTRITIVO, E DE MUITO BOM GOSTO.
O TRIO EXPÕE VERSATILIDADE TECENDO NO ESPAÇO SONORIDADES RECONHECÍVEIS, MELÓDICAS, MAS SEM CAPOTAR NO TRADICIONAL. ARTE RELEVANTE INCORPORA ESSAS COISAS…
CONFIEM NO TIO SÉRGIO: PORQUE É UM ARRASO! ALIMENTEM-SE!
POSTAGEM ORIGINAL:21/06/2021
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BLUE NOTE RECORDS: FUNK & SOUL JAZZ – & “EVERYTHING I DO GONNA BE FUNKY…FROM NOW ON”…

“MY FRIENDS CALL ME LOU… LOU DONNNNAALLLDSONNN!”
ASSIM COMEÇA UMA ENTREVISTA NO DOCUMENTÁRIO SOBRE A CULT GRAVADORA-BOUTIQUE “BLUE NOTE”. O GRANDE “LOU DONALDSON”, COM AQUELE JEITO “BLACK/HIP” QUE CONSAGROU “LOUIS ARMSTRONG”, APRESENTA-SE AO DOCUMENTARISTA FALANDO NESSA ENTONAÇÃO!
SOBRE A “BLUE NOTE” HÁ MUITO A FALAR E MAIS AINDA A DIZER! AQUI, UM PEQUENO ENCLAVE COM DISCOS “FUNKEADOS”, DANÇANTES, PARA ESQUENTAR QUAISQUER FESTAS!
NINGUÉM RESISTE AO ÓRGÃO DE “JIMMY SMITH”; AO SAX DE “LOU DONALDSON”; AO PIANO COM TRAVO “AFRO-LUSO” DE “HORACE SILVER”; E AO TROMPETE DE “DONALD BYRD”.
ESSA GENTE FAZ O CEMITÉRIO VIRAR BAILE. LEVANTA VIVOS, MORTOS-VIVOS E, HÁ QUEM AFIRME: ATÉ DEFUNTOS CONVICTOS ENTERRADOS! MAS FIQUEM ATENTOS, PORQUE HÁ ZUMBIS CONVERTIDOS FÃS, TAMBÉM!
OS CHURRASCOS NA CASA DO TONINHO, MEU CUNHADO, DEIXARAM LEMBRANÇAS. EU GRAVEI CDS “FESTEIROS”, ANTESSALA DELICIOSA PARA AQUECER O AMBIENTE. ENQUANTO ISSO, A TURMA DO RAIZ 40, QUE FAZ SAMBA, CHORO E A MELHOR MPB, PREPARAVA OS INSTRUMENTOS, E AFIAVA O PALADAR COM CAIPIRINHAS, E MUITAS DIVERSAS VÁRIAS CERVEJAS, LINGUIÇAS, CARNES, E O QUE VIESSE!
O PESSOAL NA FOTO AJUDOU, E MUITO, A INCENDIAR A FESTA PARA A ENTRADA AO VIVO DA OUTRA TURMA.
SÃO TODOS ARTISTAS DO BALACOBACO; MESTRES DO BALANÇO, VEÍCULOS DA ALEGRIA, E COM O CHARME PECULIAR DA NEGRITUDE.
MAS, TIO SÉRGIO, E O “ALLEN TOUSSAINT”, O QUE FAZ AQUI?
ORA, MESMO SENDO DE OUTRA GRAVADORA, É ARTISTA RARO E PRECIOSO. E A FRASE “EVERYTHING I DO GONNA BE FUNKY… FROM NOW ON” É MÚSICA E TITULO DE ÁLBUM DE “TOUSSAINT”. E BALANÇO MAIS REFINADO VAI SER DIFÍCIL ENCONTRAR NESTE PLANETA.
TENTEM, COMPROVEM!
POSTAGEM ORIGINAL: 19/06/2020
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CAT STEVENS – DO REVIVAL FOLK DOS ANOS 1960/1970 À CONVERSÃO AO ISLAMISMO.

O tempo cuida do retorno periódico daquilo que é socialmente irremovível. Há tradições e coisas que se mantêm, mesmo quando se pensa que estão perdidas para sempre; e de repente, retornam remodeladas de algum jeito, guardando essências que definem um país, um povo, uma cultura.
A estabilidade da essência existe, mesmo a gente sabendo que a impermanência é a regra básica da vida. É imperativo perceber a sutileza que justapõe a impermanência ao essencialmente estável.
Indivíduos e sociedades funcionam dentro dessa aparente contradição.
STEVEN DEMETRI GEORGIOU era filho de mãe sueca e pai grego. E foi criado na cosmopolita SWINGING LONDON. Surgiu para a música em 1966, quando foi descoberto por MARK HURST, à época produtor; mas que fora parte do trio histórico na emergência do FOLK INGLÊS, no final dos anos 1950: THE SPRINGFIELDS.
Percam-se pelo nome, sim! Veio de lá a maior cantora POP inglesa de todos os tempos, DUSTY SPRINGFIELD; sempre aerada pela música folclórica, mas potencializada pela BLACK MUSIC e tantos e tontos ingredientes que a tornaram cult, mágica, e moradora no Olimpo eterno da música POP. DUSTY é outro capítulo, para outra hora…
Porém, ela estava no auge quando o produtor HURST juntou o CAT ao nome STEVEN (S) e mudou a vida do cara. Ele percebeu que o garoto tinha voz diferenciada, e sabia compor. Aproveitou seus contatos, e levou CAT para gravar na subsidiária de vanguarda da DECCA RECORDS, a DERAM, selo cult de ROCK PROGRESSIVO, FOLK e outras esquisitices nascentes e adjacentes…
A DERAM foi morada inicial adequada. CAT gravou SINGLES de algum sucesso, e um álbum que, vez por outra, é relançado. Ainda era bem diferente do que veio a fazer logo após; mas indicativo de seu potencial e talento diferenciados.
CAT era bastante requisitado como compositor. Fez “FIRST CUT IS THE DEEPEST”, regravado por vários, ROD STEWART entre eles. E, também, um HIT esfuziante para o grupo THE TREMELOUS, em 1968, quando “HERE COMES MY BABY” explodiu naquela ilha escura e alegrou muita gente, inclusive o TIO SÉRGIO aqui.
O toque de ourives aconteceu na mudança de gravadora, quando STEVENS foi para a ISLAND, em 1970, gravadora que explorava principalmente o REGGAE, mas tinha garras no POP e no FOLK.
Lá, o produtor PAUL SAMWELL SMITH, ex-baixista dos YARDBIRDS, deu consistência à música de CAT STEVENS. Lançou-o aproveitando o início da era de proeminência de CANTORES- COMPOSITORES, que estabeleceu outra dinâmica ao mercado da música. CAT STEVENS faz parte da geração de PAUL SIMON, JAMES TAYLOR, CAROLE KING, CHICO BUARQUE, CAETANO, GIL, JONI MITCHELL e diversos vários.
PAUL SAMWELL observou atentamente um novo renascimento do FOLK, na INGLATERRA; onde DONOVAN, FAIRPORT CONVENTION, e outros tantos abriam veredas que chegavam até o JAZZ ((PENTANGLE) e ao PROGRESSIVO ( JETHRO TULL e RENAISSANCE).
E ali iniciou o período de grande sucesso artístico e de vendas de CAT STEVENS.
O primeiro LP, “MONA BONA JAKON” e o segundo “TEA FOR THE TILLERMAN” – onde está ‘WILD WORLD”, também “vertido” para REGGAE, por JIMMY CLIFF – saíram ambos de 1971.
A saga prosseguiu com TEASER AND FIRECAT”, o disco muito bom, na foto; em que participaram RICK WAKEMAN, GERRY CONWAY, e outros. Depois, saiu “CATCH A BULL AT FOUR”. E ambos lançados em 1972.
Na sequência, vieram “FOREIGNER”, 1973; “BUDDAH AND THE CHOCOLATE BOX”, 1974; MONA & NUMBERS”, 1976; “IZITSO”, 1977; E, claro, várias coletâneas. Com o tempo, todos os LONG PLAYS de CAT STEVENS se tornaram DISCOS DE OURO.
No ano de 1977, ele converteu-se MUÇULMANO, e abandonou a carreira artística. Tornou-se fundamentalista e dirigente religioso no norte de LONDRES.
Em 1989, apoiou a “FATUAH” do AIATOLAH KHOMEINE, do IRÃ, que decretava pena de morte contra o escritor inglês SALMAN RUSHDIE, por causa do livro VERSÍCULOS SATÂNICOS. Houve justo e enorme boicote a seus discos, e protestos contra o agora YOUSSUF ISLAN, seu nome de batismo no islamismo.
Anos atrás, ele tentou retomar a carreira sob outras bases, mas, ao que tudo indica, seu tempo e referência também passaram.
Ainda assim, é muito interessante escutar o seu repertório clássico. No disco dois incluído na reedição de “TEA FOR THE TILLERMAN”, vem a construção/ensaio para certas músicas. E, percebemos nitidamente a insuficiência inicial da letra de “WILD WORLD”. A produção e CAT deram um jeito, claro, e a melhoraram.
Uma conclusão possível é que raramente “faixas bônus” justificam uma aquisição. Mas todos nós fazemos, dependendo de preço e oportunidade.
TIO SÉRGIO convida a todos para reviver o CAT STEVENS do passado, e sua proximidade com a nossa cultura tolerante e democrática.
Não fujam.
POSTAGEM ORIGINAL: 17/06/2024
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CHARLIE PARKER RECORDS – THE COMPLETE COLLECTION – 30 CDS – BOX SET – 2018

GRAVADORA BOUTIQUE CRIADA POR DORIS, A VIÚVA DO PRÓPRIO “CHARLES CHRISTOPHER PARKER JR.”, SIM, ELE MESMO, PARA COLETAR OS BOOTLEGS – PASMEM! – QUE PASSARAM A CIRCULAR DEPOIS QUE CHARLIE MORREU, EM DECORRÊNCIA DAS DROGAS, EM 1955.
CHARLIE PARKER FOI ESTILISTA NOTÁVEL E DIFERENCIADO. DEIXOU SEGUIDORES E INSPIROU GERAÇÕES DESDE 1950, QUANDO OS INCRÍVEIS SOLOS PASSARAM A SER TRANSCRITOS E COPIADOS; E DERAM FORÇA AO MITO QUE PARKER SE TORNOU .
ESSE RARO E FANTÁSTICO BOX COLIGE AS GRAVAÇÕES QUE RENDERAM OS VÁRIOS DISCOS AQUI PRESERVADOS. FORAM MAIS DE 50, ENTRE LPS , SINGLES, E ETC… TODOS REUNIDOS NOS 30 CDS!
HÁ, TAMBÉM, LIVRETO BEM PESQUISADO, COM FOTOS DAS CAPAS, E A “ESCALAÇÃO DE CADA TIME” QUE “JOGOU”. MAS O TEXTO É ALGO RESTRITO. É PROVÁVEL QUE TENHA SIDO IMPOSSÍVEL IR ALÉM.
O ELENCO É ESTELAR! ALÉM DAS GRAVAÇÕES DE PARKER, HÁ OUTROS ARTISTAS. ENTRE ELES, “CECIL PAYNE”, “DUKE JORDAN”, “ART PEPER”, “MILES DAVIS”, “YUSEF LATEEF” E “LESTER YOUNG”. TODOS FIZERAM DISCOS POR POR LÁ, ENTRE 1961 E 1965, O PERÍODO EM QUE A GRAVADORA OPEROU. ELES OCUPAM OS 14 PRIMEIROS CDS DO BOX.
OS 16 DISCOS RESTANTES, SÃO REGISTROS AO VIVO DO PRÓPRIO PARKER, RECUPERADOS E PRESERVADOS AQUI. É FESTA IMPERDÍVEL PARA OUVIDOS, OLHOS E A MENTE! UM ASSOMBRO EM ARQUEOLOGIA E LEGADO!
AOS QUE NÃO SABEM, “BIRD” ERA O APELIDO DE “CHARLIE PARKER”. E A MÚSICA IMPRESCINDÍVEL GRAVADA POR ELE, “YARDBIRD SWEET”, BATISOU A SEMINAL BANDA INGLESA DE ROCK, “THE YARDBIRDS”.
MAIS CULT E COLECIONÁVEL IMPOSSÍVEL!
SE PINTAR POR AÍ, TENTE. PORQUE É MESMO TENTADOR!
POSTAGEM ORIGINAL: 15/06/2019
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CLOCK DVA – COLLECTIVE – CD BOX SET – 1994

Algo distante da minha praia, mantenho este BOX na coleção pela estranha beleza da produção e design. E da relevância da música apresentada.
A gravadora que os lançou na Europa, a HYPERION, capricha ao máximo nas capas em cores sombrias; produziam artefatos singulares, artísticos e identificáveis. O projeto tem coesão e comunicação para o público alvo, a turma mais DARK e SOMBRIA.
O CLOCK D.V.A. faz parte da HISTÓRIA DA MÚSICA EXPERIMENTAL ELETRÔNICA. Estão próximos a grupos como “HEAVEN 17” e “IN THE NURSERY”, todos mitos recônditos pouco explorados naquele mar de computadores, ideias, sensações e fustigações.
A origem foi uma dupla formada na Inglaterra, na cidade de SHEFFIELD, em 1978, por ADI NEWTON e STEVEN JUDD TURNER.
O box COLLECTIVE é uma coletânea dos SINGLES gravados entre 1988 e 1994. No primeiro CD estão os SINGLES originais, suas VERSÕES e REMIXES. No segundo CD ficam os B-SIDES e RARIDADES. O MINI CD complementar contém faixas ao vivo gravadas em 1993, em AMSTERDAM. Ou seja, uma série completa.
O BOX, bastante CULT e RARO, é considerado um resumo de “primeira classe” desta fase da obra dos “PIONEIROS DO ELETRÔNICO EXPERIMENTAL”. Em algumas faixas há notória influência do KRAFTWERK – como era de se esperar…
Acompanha os CDS livreto denso, com texto muito longo, escrito pelo próprio ADI NEWTON, mas execrado por especialistas que o leram como “obra desnecessária de um ególatra”. É difícil de ler também por causa da estética e das cores utilizadas. Confesso: eu nem me aventurei… Há, também, fotos “aparentemente” sem qualquer sentido; além de alguns desenhos, esquemas, e arte gráfica feita por computador.
No percurso da carreira a banda sofreu acréscimos e substituições no pessoal. E, claro, metamorfoses no estilo; e também interrupções: a primeira durou mais de uma década.
O fundador, ADI NEWTON, é a único membro constante.
Enquanto proposta musical dá para enquadrar o CLOCK D.V.A. como CYBER PUNK, ROCK INDUSTRIAL, e/ou EBM – ELETRONIC BODY MUSIC – a vertente dançável da “podreira” eletrônica da década de 1990. É argumentável que tenham uma das patinhas no GÓTICO – o que era usual.
Eles gravaram VINTE LONG PLAYS/CDS, e vários SINGLES. A partir do último retorno, em 2012, mantiveram-se em atividade, e curtindo um ressurgimento/reconhecimento que se aprofundou com a volta do interesse por LONG PLAYS.
A obra do CLOCK D.V.A. está sendo relançada no formato vinil, em edições e boxes luxuosos, engrandecendo a estética vanguardista que certamente merecem. Até hoje fico intrigado ao (raramente) ouvi-los. Minhas suspeitas e admiração cresceram com o trajeto e trajetória deles até o presente. E com este “Revival” que os têm mantido se apresentando pelo mundo.
Tudo considerado, COLLECTIVE é artefato esteticamente muito bonito, trazendo obra bastante intrigante e muito significativa.
Procurem conhecer. TIO SÉRGIO garante a qualidade.
POSTAGEM ORIGINAL: 18/06/2019
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E.C.M. E A MÚSICA FRIA – ALGUNS CDS RAROS E MENOS EVIDENTES

E.C.M. significa EDITIONS OF CONTEMPORARY MUSIC. É uma gravadora fundada na Alemanha em 1972, por um músico chamado MANFRED EICHER, que se tornou um dos produtores mais originais, criativos e perfeitos da história da música.
Curiosamente, chegou a se estabelecer e operar direto da NORUEGA, em OSLO – e não sei se por lá continua – de onde por um desses “não sei o quê” da vida elaborou sonoridade única, que perpassa por mais de 1500 discos, todos no mínimo bons ou interessantes; e muitos e muitos excelentes ou até geniais!
Descolar o maior número possível desses discos inclassificáveis é um dos projetos de vida que persigo. Já tenho vários…
E qual é o segredo de EICHER, um dos caras que TIO SÉRGIO mais admira, para não dizer que inveja descaradamente?
Em linhas gerais, a ECM procura artistas mundo afora que tenham essa magia indefinível; um certo charme e sonoridade que MANFRED trabalha, produz, refina e grava. Muitas vezes combina músicos que, aparentemente, têm pouco a ver uns com os outros.
Exemplo típico e encontrável com certa facilidade no Brasil, é o CD “Mágico e Carta de Amor”, de EGBERTO GISMONTI com o saxofonista norueguês JAN GARBAREK e o baixista americano CHARLIE HADEN. Foi gravado ao vivo em Munique, em 1981. É jazz ,ou sei lá o quê, de excepcional beleza e qualidade.
O resultado dessas “COALISÕES / COLISÕES que EICHER promoveu às dezenas é sempre música peculiar, belíssima e “indefinivelmente identificável” com a sonoridade da gravadora. Todos os que gravam na ECM produzem este som distinto, inigualável!
A ECM, como eu disse, garimpa por este planeta afora. Do Brasil, além de GISMONTI, pianista, violonista e compositor dos mais originais, que grava por lá desde o início dos anos 1970, é também hit da gravadora o percursionista NANÁ VASCONCELOS.
Há KEITH JARRETT, americano e também pianista, um estilista ícone refinado pelo bom gosto e competência de MANFRED EICHER, é o artista de maior sucesso, e na gravadora desde o início.
Estão lá americanos sofisticadíssimos, como os grupos OREGON e ART ENSEMBLE OF CHICACO. E a maestrina CARLA BLEY, que fez o magistral “ESCALATOR OVER THE HILL” – reunindo uma penca de estrelas por centímetro quadrado de partitura!
E por que música fria?
Talvez não seja a definição perfeita. Meu amigo Gerson Périco sugere música COOL! Porém, também não me atrai por causa da memória que traz do COOL JAZZ, quente e algo “inquieto”.
Para vocês aguçarem a percepção, imaginem o JAZZ LATINO de DIZZY GILLESPIE, GONÇALO RUBALCABA e GATO BARBIERI; E o ROCK de CARLOS SANTANA; a FUSION cubana do BUENA VISTA SOCIAL CLUB sejam todos quentes! Sem lembrar o REGGAE, BOLERO, TANGO, etc…, produtos de almas e culturas fervilhantes!
E que tal SAMBA e a BOSSA NOVA; e o calor sofisticado de TOM JOBIM, do CHICO, do GIL; e a MPB contemporânea e sofisticada, que nem de longe nos lembra os NÓRDICOS, ou a BJORK…
Resumo imperfeito: a tal música QUENTE estaria em oposição ao JAZZ EUROPEU, mais experimental e cerebral – FRIO… E a produção da ECM é “TODA ASSIM”. Flerta com a sofisticação europeia, seja no JAZZ ou no CLÁSSICO CONTEMPORÂNEO. E estende suas apostas em FUSION abrangendo a WORLD MUSIC, e seus novos artistas de lugares menos badalados, como a POLÔNIA, a BULGÁRIA, ALBÂNIA. E os países nórdicos em geral, em espécie de “FOLK – JAZZ – NEW AGE”, que mescla experimentação, música concreta; e tudo temperado por uma beleza melódica e harmônica “amornada”, bem controlada e profundamente instigante.
Há muito o que dizer sobre isso. Então, eu recomendo que vocês escutem o CD “AMERICAN GARAGE”, do consagrado PAT METHENY, guitarrista americano “CALOROSO”, se comparado aos colegas de gravadora. O disco é um primor, contidamente alegre, e foi lançado em meados dos anos 1970. Ou, quem sabe o pianista KETIL BJORNSTAD, em “WATER STORIES”, de 1993.
Vou apresentar CHRISTIAN WALLUMRA/OD ENSEMBLE, BOBO STENSON TRIO, AYUMI TANAKA TRIO e MARILYN CRISPELL, todos excelentes pianistas; em discos notáveis, estranhos, frios, pensados; bonitos. E o guitarrista TERJE RYPDAL, neste MELODIC WARRIOR, 2013, aventura de vanguarda com ORQUESTRA. E passo para o sensível baixista EBERHARD WEBER, em mais uma obra lindíssima – como todas que dele conheço!
A turma toda vem acompanhada por músicos de primeiríssima linha. E faz música para camaleões, tucanos e petistas. Inclusive para a imensa maioria discrepante, mas se de bom gosto…
Como disse o EGBERTO GISMONTI, em show antológico realizado em 1982, no ginásio da Portuguesa de Desportos, em SAMPA, na abertura para o JOHN McLAUGHLIN – outro gênio inclassificável:
“Boa Noite, pessoal! Vocês não vão se arrepender em terem vindo até aqui”!
E, sentou-se ao piano… e eu estou viajando até agora!
POSTAGEM ORIGINAL AGORA AMPLIADA: 17/06/2015
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THE TROGGS – PROTO-PUNKS SEMINAIS

Você que é jovem, mas não acordou em certa manhã de 1966 e deu de ouvidos com “WITH a GIRL LIKE YOU”, no rádio, não imagina o rito de passagem que o TIO SÉRGIO aqui percebeu!
Aquela voz anasalada a “PATO DONALD”, o som BEAT simplista, o refrão à… digamos “SCATTIN SINGING”, Papapapá, papapapapá’ , de REG PRESLEY, era tudo o que eu precisava para confirmar minha preferência pelos BYRDS, BEATLES, STONES e a turma inteira; em vez de sambas e vasto etc…, muito mais à mão e culturalmente próximos. E nem vou citar “WILD THING”, porque não precisa.
Eu recebi o meu primeiro salário em julho de 1967. Recordo que, naqueles tempos, os trabalhadores menores eram “financeiramente estuprados”. A gente trabalhava o dia inteiro e ganhava meio salário mínimo por mês!!! ( não, não vou repetir )! Pois bem, gastei tudo em dois COMPACTOS e dois LPS. Um deles era o TROGGLODYNAMITE dos, claro, TROGGS. Escuto ainda hoje vez por outra! GARAGE-ROCK é isso ai!
Os TROGGS gravaram dezenas de SINGLES, em sua fase áurea, anos 1960 e além. Este BOX de 1994, com 3 CDS, da inglesa REPERTOIRE, junta todos, os B-SIDES, inclusive. E, também, os QUATRO ÁLBUNS compondo juntos a lavra da banda no período.
Depois de ouvi – los, talvez você diga: “Mas, TIO SÉRGIO, é quase tudo igual!!! Então, professoralmente explicarei: “Não! As músicas são “reiterativas”. Afinal, eles têm estilo… E, claro, a fuça de uma tem o rabo da outra… hummmm!!!! E ficaremos todos felizes…
Em certo momento, na década de1980, o pessoal do R.E.M. produziu um álbum para eles. MIKE STIPE e colegas eram fãs e, de certo ponto de vista, seguidores.
REG PRESLEY era letrista perspicaz. O elemento lúdico do ROCK GARAGEIRO e simples influenciou largamente o PÓS PUNK, de U-2 aos SMITHS, a THE CURE e vasta linhagem. Os TROGGS estão no vértice de tudo isso.
Terminando, e eu mal recordo o filme; mas no início, há um personagem botando pra rolar, no pick up, faixa do LP “FROM NOWHERE”, o primeirão dos caras. Marcante ao infinito!
Então, façam como o TIO SÉRGIO: acordem um certo dia e ponham os TROGGS para rolar. Comecem pelos LONG PLAYS – legais demais! “E nada será como antes, amanhã.
POSTAGEM ORIGINAL: 29/02/2020″…
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Ayrton Mugnaini Jr., Elvio Paiva Moreira e outras 20 pessoas

HEAVENLY VOICES: DREAM POP, O CONTRAPONTO AO DARK E AO TECHNO.

Essa postagem mereceria um amplo ensaio, porque fala de artistas ou bandas, obscuros ou não, que permanecem.
Vou resumir e muito. No início da década de 1990, a música eletrônica explodiu em várias tendências:
Houve o lado pesado, genericamente chamado de TECHNO e, na verdade, um aglomerado de estilos que tinham em comum a vocação para as pistas de dança; e saiu amplamente vencedor e permanece.
E há outro lado mais suave, identificado com a NEW AGE, a WORLD MUSIC e a estética GOTHIC. É geralmente cantado por mulheres e batizado por DREAM POP; também conhecido por ETHEREAL ou HEAVENLY VOICES.
E é com eles, na verdade elas, que eu me identifico e também coleciono. Perderam a proeminência, infelizmente, mas continuam assombrando recantos de espíritos e mentes.
É música eletrônica de vanguarda e muito bonita. Feita por artistas ou grupos com nomes intrigantes, tipo TARAS BULBA, CAMERATA MEDIOLANESE, AURORA, CHANDEEN, KIRLIAN CAMERA, LOVE SPIRALS DOWNWARDS, BLACK TAPE FOR A BLUE GIRL, entre vários…
No limite, claro, aparecem alguns mais conhecidos, como COCTEAU TWINS, LEGENDARY PINK DOTS, e as famosíssimas ENYA e LORENA McKENNITH. Este segmento compõe, do meu ponto de vista, viagem imperdível nos dias de inverno.
Não percam!
Tentem!
POSTAGEM ORIGINAL: 15/06/2019
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