Conheci Renato a uns quarente anos. É pai da Isabela, casada com o Toninho, meus cunhados. Nos víamos vez por outra em festas familiares ou ocasiões especiais, e minhas impressões sobre ele sempre foram as melhores. Renato é ( eu mantenho no presente ) das raras pessoas bem-vindas em quaisquer ambientes.
Papeamos diversas vezes. A mesa, os copos, a música – geralmente o bom samba que o Toninho e sua turma sempre nos propiciam -, e mais gente conversando, agregando assunto à vida sempre curta.
Conversar é preciso – porque para gente como “seo” Renato papear é viver! Viveu, vive…
Renato é ( continuo no presente ) um dos grandes contadores de histórias que conheci. Começo, meio e fim. Experiências, invenções, exemplos catados em fragmentos de memória, e transformados no papo que seguia ( segue? )…
Entre os melhores momentos em que cruzamos não foge de mim um final de ano, talvez 20 atrás, em Cotia, na casa do Toninho e da Isabela.
À mesa na varanda, idosa, digna, cult estávamos eu, Renato, meu pai Fernando, o Antonio meu sogro, e um velho e querido amigo de todos nós, Naiff Haidar.
Arrisco afirmar que as pedras de gelo poucas vezes sentiram-se tão honradas e à vontade. A conversa regou o prazer da convivência; esticada ano novo adentro…Inesquecível!
Há três anos Renato deu um passo a frente de todos nós. E estivemos lá honrando sua existência. E, depois, fizemos o que ele fez em incontáveis ocasiões: fomos ao Restaurante do Clube Colping, um aconchegante lugar para comer e beber, no Campo Belo, São Paulo, e ocupamos várias mesas.
Cerca de 50 pessoas entre parentes e amigos. Repetimos a preferência do Renato com dor na vida e alegria triste no coração.
Quando saí, disse a todos: quando eu estiver pela bola sete, e depois de ela cair na caçapa, que todos se encontrem num bar para celebrar a vida pontuada pela morte.
Poucos cidadãos brasileiros tiveram ou têm uma vida tão original e interessante quanto LUIZ INÁCIO DA SILVA. Sim, ele! Se fosse americano, seria considerado como ícone do sistema.
Não sei se vocês estão lembrados, mas ele e o GEORGE BUSH, o filho, se deram para lá de bem quando se conheceram, já que contemporâneos nas presidências.
E por que isto aconteceu?
Eles se reconheceram muito próximos. O americano em sua cultura. E LULA em um dos valores básicos que os americanos – e cá entre nós, todo mundo – reconhecem, que é o trabalho, o foco, o esforço.
Não sejamos hipócritas, sair de torneiro mecânico para líder sindical e de lá para o proscênio brasileiro e mundial exige esforço, dedicação e, principalmente,vocação, foco e talento.
Quem o consegue tem méritos. E, se chegou lá, é um exemplo do que a ideia de meritocracia deve expor para convencer os que dela duvidam.
Seria um grande exemplo por aqui! E uma advertência para os que dela fogem ou a tentam demolir.
LULA é um exemplo do que o indivíduo pode fazer, apesar das dificuldades. Gente diferenciada tem de ser tratada como excepcional, ter reconhecidos os seus méritos, e receber seus direitos. Inclusive ganhando mais, muito mais, se for possível e se dentro da legalidade.
TOM JOBIM não era um músico qualquer. LULA não é um cidadão comum.
Agora vejam: um dos piores traços da cultura brasileira é achar que todos os que chegam lá o fizeram por seus deméritos, e não por esforço e outros predicados.
Somos assim, desconfiamos dos que se destacam. E, claro, estou falando de uma certa grande minoria entre os cidadãos: aqueles que fazem tudo certo e chegam lá.
Que horror!, dirá a massa de SACIS IDEOLÓGICOS. É preciso equalizar, garantir o mesmo ganho para os professores excepcionais e aqueles normais. Vitória do sindicalismo egoísta que nos assola exigindo isonomias, quando precisamos de gente que se destaque, que fuja da média.
Claro, o que deve existir, porque básico em qualquer sociedade mais justa, são igualdades de oportunidades. E, para isso, é pré condição a existência de uma sociedade mais igualitária na base.
Agora quais são ou foram os problemas como o LUIZ INÁCIO? Principalmente quando acusado no MENSALÃO e no PETROLAO?
Basicamente dois:
POLITICAMENTE falando, é o POPULISMO, que o faz e fez disfarçar de todas as maneiras negando aquilo que conquistou, não assumindo que é um homem rico, porque precisa manter sua “base” sob controle. Em decorrência, pessoalmente ele é um hipócrita.
Imaginem se LUIZ IINÁCIO LULA Da SILVA tivesse dito, em 2016: ” “Escuta aqui, companheiro, eu consigo ganhar uns R$ 150.000,00 reais, por baixo, por cada palestra que eu faço. Então eu consigo tirar bruto R$ 3.600.000,00 por ano, descontando os impostos,eu fico com R$ 2.610.000,00, como eu tô fora há 5 anos, então eu consegui faturar livre por baixo, uns R$ 13.050.000,00. Isto sem falar do meu salário e minhas aposentadorias”.
Bom, ele também não fez porque, segundo a LAVA JATO, havia um acordo para receber, no mole, as benesses no SÍTIO E NO APTO DO GUARUJÁ. Havia evidências e provas disso.
QUA’, Pato-cidadão! se ele tivesse feito isso, não seria votado nem pra gandula no campo do São Bernardo! Acabaria a mística petista!!!!!!
Isto nos leva a algumas conclusões: a) ele poderia ter comprado tranquilamente o tal apto no Guarujá; e o tal sítio, também. Mas, se ele nega isso e for provado que é dele, então é sonegador e corrupto e um péssimo exemplo pra todo o mundo.
Tudo isso para dizer que populismo+hipocrisia+desconfiar da meritocracia não pode dar em nada de bom.
Eu evito fazer generalizações. É perigoso e geralmente falso, sob o ponto de vista da lógica mais elementar. Os políticos são todos iguais? Não, mas guardam semelhanças que dá vontade de os colocar na mesma caçamba e mandar para o aterro.
O Brasil funciona, institucionalmente falando. Temos liberdade, podemos apoiar, contestar eleger quem quisermos; em suma, vivemos num pais aberto e que ruma para se tornar cada vez mais democrático. O que não temos é gente, na política, com vocação e características de estadista.
Para começar, ainda nos mantemos nos últimos 50 anos! sem saber se vamos para a esquerda ou para a direita.
Isso atrapalha. Claro, não é preciso unanimidade. Mas, os impasses são demais e permanentes. E, para imobilizar ainda mais a sociedade, não há quem convença a maioria de que um caminho é melhor do que o outro.
Não falo por mim, que tenho opinião formada sobre o assunto: eu sou um liberal democrata e ponto.
Mas, vejo as divisões políticas cada vez mais evidentes. Os grupos de opinião cada vez mais impermeáveis às ideias dos que deles discordam. Continuamos no impasse paralisante. Um eterno grito parado no ar…
E, para complicar, não temos líderes de verdade, gente que diga não quando é preciso, que explique e convoque a maioria para o sacrifício inevitável, que faça valer sua legitimidade para ir contra o senso comum e a corrente dos que impedem, legítima ou ilegitimamente, a tomada das decisões impopulares.
A última eleição foi um festival de insanidade medíocre. Foi reeleita a Dilma, a mais ruinosa e politicamente incompetente figura gerada nos últimos 30 anos. Está levando a economia brasileira à bancarrota. Elegemos, também, o Geraldinho Picolé, que nos brinda a cada dia com sua verdadeira face: um político medroso e limitado. Inadequado para o momento que vivemos; Ele é, também, muito responsável pelo que passamos e vamos passar com a falta d´`agua.
Dilma e Alckmin são dois não-estadistas. Tergiversam sobre a realidade. Difícil saber qual dos dois é pior para enfrentar o que passaremos.
Então, eu faço minhas as palavras do jornalista Luiz Fernando Vianna,na pg. 2 da Folha de São Paulo, hoje. O artigo merece ser lido, mesmo que tenha quase nada a ver com o que escrevi.
No parágrafo final, ele escreveu assim: ‘ SE VENCER, EDUARDO CUNHA ENTRARÁ NOS “ANAIS” DO RIO. E DE TODOS OS BRASILEIROS. Com as devidas adaptações e correta interpretação, é o que nos espera nos governos de Dilma e do Alckmin.
Em 2005, já havia uma cota do empreendimento do Guarujá na declaração de renda do Lula, apresentada ao Tribunal Eleitoral, na época da campanha da reeleição. Aliás, financiado pelo Bancoop, dirigido pelo Vaccari, que faliu e deu prejuízo a outros 3 000 mutuários, que nada receberam, apesar de cotistas, também.
Então, porque será que o único prédio assumido pela construtora OAS, que o terminou, era precisamente onde Lula, Vaccari entre outros notórios tinham apartamento comprado? Pode ser coincidência?
Tá facinho: basta que Lula explique ao Ministério Público o que aconteceu, entre 2006 e atualmente. Se há desconfiança de que Lula recebeu ou receberia o apto de “graça”, ou pelo menos parte dele, com as reformas e tudo o mais incluídas, o histórico desse patrimônio vai revelar.
É sobre esse percurso, o fato sabido que dona Marisa acompanhou a reforma para nada, as declarações contraditórias do próprio Lula, que intrigam a todo o mundo.
Saberemos se Mino Carta é um inocente útil, ou mais um jornalista não tão útil assim.
A cabeça é o cockpit do meu corpo. Nave parada e sem repouso.
Muitas vezes embarco nela e viajo parado e tenso. Sem relaxar, visito problemas, agendas, projetos, dejetos, medos e poucos desejos.
Passo por abismos, cores, dores, ideias, enganos e, mais ao fundo e não tão profundo, percebo a tortura da trilha sonora de zumbidos no ouvido, ou de música qualquer repetitiva e irritante. Sou vítima das músicas que ouvi, ruins ou boas, que se reproduzem em meu “COCKPIT” incessantemente…
Dormir bem é o HIGH-END da vida que poucas vezes eu consigo. Um estado da arte que procuro sem convicção ou método. Minha consciência é tranquila. A minha cabeça, não.
Eu sei que advogo contra mim mesmo; maltrato minha nave, não desço do cockpit.
Mas vou dar um jeito nisso, escancarar minha adega recheada por demônios que não mereço – mesmo que os tenha criado e com eles convivido, ou venha “confalecendo” por causa deles!
Quanta louça tive de lavar, para conseguir um timinho vagabundo vendido em papelarias e lojas de brinquedos!!!!
O retrospecto é mais ou menos o seguinte: antes de colecionar discos, a fixação era o JOGO DE FUTEBOL DE BOTÕES!
Foi dedicação total e a minha primeira inserção na fracassada carreira de vagabundo. Perdi a primeira série do ginásio, hoje FUNDAMENTAL, por causa do jogo!
Eu ficava doido!
Quando eu tinha uns nove, dez anos de idade não pensava em outra coisa!!!! Fiz milagres para conseguir as tampas transparentes, que protegem o mostrador de horas dos relógios. Perambulei e mendiguei a relojoeiros para conseguir as “capinhas” usadas, excelentes “jogadores” e formar os times.
Não havia transeunte que eu deixasse de notar o formato ou tamanho do relógio que usava! Se daria bom jogador, ou não!
Olhei com lascívia para despertadores, relógios pequenos de parede, e tudo o mais que vislumbrasse a hipótese para moldar mais um jogador!
Eu observava futuros zagueiros, volantes, laterais, pontas e outros bichos de meio de campo, defesa, sei lá…
E, principalmente, se tinham formato e tamanho adequados para jogar como atacantes, os “atletas” mais difíceis de “serem formados nas divisões de base”…
Essa minha tara infanto-juvenil foi aplicada com método e muita catimba e safadeza.
Certo dia, apareceu em casa um relógio de bolso. Era do meu pai. Olhei para a lente e não tive dúvida: seria o meu novo MENGÁLVIO, o grande e errático meia-direita do SANTOS, nos tempos de PELÉ, COUTINHO, PEPE, lá por 1963/64!
MENGÁLVIO era Jogador de alto nível técnico, e perdeu posição para outro craque inesquecível, LIMA, espécie de coringa do time, pois jogava em várias posições com proficiência.
Mas, nos meus times o craque era o MENGÁLVIO: chutava bem, encobria, passava. O relógio do meu pai “escondia” o BOTÃO perfeito para o meio de campo, e o jeito como eu jogava.
O meu craque original andava “contundido”, já não fazia o que minha mão determinava, estava rachando e precisava ser substituído…
Um dia, tomei coragem e fui procurar em frente a relojoeiros alguma lente usada que coubesse no relógio do SEO MORAES…
Achei outra mais ou menos parecida… Voltei pra casa, desmontei o relógio, substituí e… deu tudo errado!
Na primeira “olhada” o velho matou a charada, e letal feito um vulcão: espalhou lavas e berros com sua voz de baixo-barítono!
E sequestrou definitivamente o meu futuro meia direita!
Frustração irrecorrível!
Com o tempo, migrei para times feitos artesanalmente, com esmero, técnica, profissionalismo e materiais adequados.
E passei a jogar sob as regras oficiais da Federação. Fizemos vários pequenos campeonatos no belíssimo campo oficial do Toninho Paes , meu cunhado.
Hoje, não tenho mais vontade de jogar.
Uns vinte e cinco anos atrás, fiquei questionando sobre o quê fazer com o meu acervo de infância?
Decisão: colei-os todos em pranchas de Eucatex, viraram quadros decorativos.
O tempo os deixou feios.
Então, decidi retorná-los ao estado original. Procurei a SILVANA, dona de uma excelente loja de molduras e tintas, onde comprava pincéis, telas, etc…, durante o tempo que cometi umas pinturas. Enjoei daquilo, também…
A SIL desmontou com muito cuidado e quando fui buscar, dei de cara com o meu passado remoto.
Olhando time por time, percebi que tenho 6 do SÃO PAULO!!!! 4 do PALMEIRAS e 3 do CORINTHIANS!
E, também, os times do JABAQUARA, GRÊMIO, GUARANI, entre vários outros… E dois times do FLUMINENSE, VASCO e do FLAMENGO. E até uma raridade, o time completo com fotos do CANTO DO RIO cerca 1965. Lá jogava “DIEICIL”, na meia direita!!!
E notei que tenho apenas dois times do SANTOS! E, por isso, recordei: eu torcia para o time do MORUMBI, o SÃO PAULO, mais ou menos até os 8/9 anos de idade!
Na minha infância – e até hoje – mudar de time, virar casaca, era crime de traição e lesa-pátria. Atitude abominável, inaceitável. O quê me deixou sem esteio por muito tempo, e sob a crítica de amigos, etc… mas, foi libertador.
Os meus sobrinhos ao nascerem ganharam camisas dos times que os pais torciam: meus dois cunhados, um palmeirense e outro corintiano, impuseram e preservaram a dinastia; seguidas fielmente pela garotada!
Mas, eu não.
Mudei por conta própria. Acho que, na época, cansei de ver o SÃO PAULO perder. ..
E sei lá quantas vezes eu me arrependi de ter feito aquilo! Afinal, o sobe-desce nos esportes é parte da brincadeira. Torcer fica entre o cruel e o lúdico. Então, não adianta mudar…
Mas, apaixonados pelo jogo feito eu, quando criança nem sempre têm a resiliência pra suportar…
São memórias fundamentais na minha formação. Inclusive, com a derradeira compra que fiz: solitário BOTÃO de “baquelite”, adquirido numa feira de antiguidades, em PETRÓPOLIS, anos atrás.
O Santos vai mau, obrigado. Mas não o trocarei de jeito nenhum…
Aeroportos, estações rodoviárias e ferroviárias … locais de envio para outros micro-mundos. Ritos de passagem, esperas, demoras. Eu tenho calafrios; ansiedade. Gosto de chegar, ver chegar… Viajar? Talvez. Partir? Não. Talvez porque signifique abandono. Deixar quem amamos. O desconforto do desapego. Desaconchego?O terminal Jabaquara fica perto de onde quase acaba São Paulo, num dos pontos de expulsão para o litoral serra abaixo. É limpo como a maioria dos terminais. Mas é simples, algo lúgubre e com o barulho dos aviões que chegam e partem do Aeroporto de Congonhas.O ônibus para o Guarujá saiu às 20,20 horas. Vizinhos de bancos cansados. Dia longo para todos, certamente… E chegar cada um sabe onde. Nenhuma comunicação. Humanos interrompidos.Cheguei às 19,50. Vim de um restaurante recôndito, num bairro nobre agradável. Lugar somente curtido pelos moradores e ou quem lá trabalha. A exceção foi o dia em que entrou Aécio Neves. ..Gosto do lugar. Comida quase boa, bebida gelada e garçons simpáticos. O ônibus saiu na hora; é quase confortável. Ordem : colocar o cinto de segurança. Partimos. E paro por aqui. Os buracos impedem escrever no celular. Minha garrafa de água sumiu.
1) Uns cinco anos atrás, a tradicional RÁDIO BANDEIRANTES fez matéria longa no “AMPARO MATERNAL”, hospital público famoso, antigo e peculiar da cidade de São Paulo, que trata de gestantes, mães solteiras, e quem mais o procurar.
Pois, bem; A repórter entrevistou uma CIDADÃ de ANGOLA, JORNALISTA DE EMPRESA DE SEU GOVERNO que, pela segunda vez, veio ao BRASIL para ter o filho em nosso Hospital!
Ela estava satisfeitíssima com o atendimento, serviço e etc… Na mesma entrevista, a repórter identificou outras várias estrangeiras em situação semelhante…
Quer dizer, o nosso tão criticado SUS, que anos depois demonstrou enorme valia e competência durante a pandemia de COVID, era desfrutado gratuitamente por gente com posses vindas de outros países, que eram aliados políticos dos governos petistas.
Quer dizer, falta verba para a saúde da população do Brasil, mas sobrava para fazer populismo externo.
2) Grande amigo meu foi passar 3 meses na Inglaterra e hospedou-se em casa de família cadastrada para receber estudantes em intercâmbio. A ração diária era regulada. E tudo muito apertado com o contratado.
Certo dia, ele deixou um dedo de leite no copo. Nos dias seguintes, a mesma quantidade foi descontada de seu copo diário…Voltou magérrimo e a primeira coisa que pediu quando chegou foi carne e massa em quantidade…
3) Casamento. A noiva, de família abastada de São Paulo, casou-se com rapaz inglês de classe média. Vieram os pais do noivo, gente simpática e trabalhadora de Londres… faltava visivelmente um dente na boca da mãe do noivo… e com toda a tradição de serviço de saúde pública dos ingleses…
O BREXIT teve a ver com isso, também: faltavam recursos para a população local, enquanto o país globalizava seu mercado interno de trabalho, e recebia imigrantes e refugiados de guerras e tragédias humanitárias na ÁFRICA e no ORIENTE MÉDIO …
4) Esposa de outro amigo é dentista e tem consultório na periferia de São Paulo. Contou que tem dois ou três clientes que vêm dos EUA para tratar os dentes com ela… No mundo rico isso é caríssimo, e também não tem para todos…
5) Conhecida minha emigrou legalmente para a Alemanha para estudar. Casou-se e teve filhos por lá. Mora em padrão bem abaixo do que desfrutava por aqui.
Ela vem ao Brasil e traz os filhos para cuidar dos dentes e outros procedimentos mais sofisticados. Na social-democracia alemã as coisas são mais difíceis…
Tudo isso para tentar entender um pouco os que acham o globalismo um problema para suas sobrevivências. E alguns porquês do nacionalismo e da xenofobia.
A vida em países mais igualitários é medida em conta-gotas. Os serviços públicos são enxutos e o mais exatos possível. Não há sobras para serem distribuídas.
É impensável ocorrer por lá o que há por aqui, como no caso do AMPARO MATERNAL e outros. Somos pobres e nada frugais com os poucos recursos que detemos. O que faz faltar para os “nossos” pobres e necessitados.
O globalismo é uma ideia humanista e humanitária sofisticada. Um ideal desde os tempos da expansão das navegações, no século XVI. E é correto que continue se expandindo.
Receber imigrantes e refugiados é uma questão de civilidade e ética.
Mas, quais os limites que o bom senso impõe? Claramente é problema que a ONU deveria ter obrigação de organuzar e até intervir. Mas…
Vocês entendem o por quê político desse “contra-fluxo civilizatório”? Compreendem melhor o significado do TRUMP, e de outros governos conservadores, despóticos ou não? POSTAGEM: 05/02/2020
Estou em guerra de extermínio contra o meu computador.
Aliás, estamos ele e eu mutuamente num ciclo de agressão e intolerância progressiva. Ele está velho e eu também. Ele é teimoso e eu idem.
A Angela tem me dito, há tempos, para aposentar essa ruína pós-moderna e comprar outro melhor, mais prático, mais tudo. Ela tem razão, mas eu venho adiando o inevitável em parte por comodismo, e também, planejamento de prioridades. Grana é sempre facilitador ou empecilho.
Acontece que substitui-lo é essencial. Porque como todo mundo, não consigo viver sem computador. Eu preciso dele – um locutor silencioso de minha voz escrita (Vige!!!). Ultimamente, ele me declarou “personna non grata”.
E eu o condenei a inominável satã, que trunca minhas ideias, impede os trabalhos, subserve a meus planos, e conspira contra a minha paciência.
O computador-escombro acaba ganhando todas. Afinal, a raiva é minha. Mas, a vingança é dele… O impasse é total. A engenhoca não manda em mim, e eu não a comando mais.
Está na hora do divórcio; quem sabe litigioso e com baixaria. Talvez eu seja preso pela atitude medíocre de agredir um “quê” inanimado.
Em fúria, mas com calor ( e quê calor! ) e afeto, subscrevo-me, em pé de guerra!!!
Ah, já o substituí faz anos e, por enquanto, estou me dando bem com este aqui! Até sei lá quando!!!!! ORIGINAL 06/02/2014