PHIL SPECTOR: PARANÓICO, PSICOPATA, TORTURADOR, ASSASSINO, E PRODUTOR GENIAL!

Será que tudo isto é possível em um só cara?
Sim! Porque o compósito humano é o indivíduo. É o agregado que o forma faz sentido. A coerência é presumida em torno do que se sabe sobre cada pessoa. É explicável partindo de cada história, atos, e suas consequências.
Indivíduos são únicos e constro’em vidas únicas, perspectivas próprias; e sempre dentro de um psicológico exclusivo, que não dá para repetir. O resultado, mesmo assim é mensurável; mesmo que imprevisto e imprevisível.
PHIL SPECTOR era um indivíduo especial. Por suas boas qualidades e pela falta delas. Virou um astro combinando “si mesmo” ao que realizou profissionalmente. Em certos momentos foi glorioso! Mesmo fruto do monstro repulsivo, que foi!
Aliás, vamos combinar: No POP há vários monstros repugnantes. MARVIN GAYE era de tal maneira intratável, que seu pai o assassinou com tiros na cara! ROY BUCHANAN matou a própria mãe. LINDOMAR CASTILHO assassinou a esposa por puro machismo, já em época de contestação a tais características masculinas…
PHIL assassinou LANA CLARKSON, em 2003, e pegou prisão perpétua, em 2009. Morreu aos 81 anos. Era um completo doido asqueroso!
Enfim…
Não seguirei cronologia.
Em 1977, PHIL SPECTOR assistiu a show dos RAMONES, no WHISKEY A GO GO, em Los Angeles. Gostou de verdade, e ligou para JOEY RAMONE. Disse a ele que poderia transformá-los na maior banda de ROCK do mundo!
Pô, claro!!! já à procura por novos caminhos, porque a banda não tentar com um dos grandes produtores da História?
Eu suspeito que PHIL SPECTOR percebeu que os RAMONES eram excelentes em seus acordes básicos: e a SONORIDADE DA BANDA perfeita para a pregação que ele fazia, a VOLTA AO “MONO”.
O “WALL OF SOUND”, a grande criação de SPECTOR, não pode ser conseguido em STEREO. Eu explico mais à frente
Breque. ( mas, sem samba… )
Vocês assistiram ao filme sobre a parte final da vida de PHIL SPECTOR, depois de ter matado, com um tiro na boca a mulher que havia descolado em um bar, em 2003, a garçonete LANA CLARKSON?
Andou passando no HBO, acho.
A resposta pra quase tudo está lá. Em cena qualquer, ele simplesmente manda uma banda continuar tocando indefinidamente no estúdio da casa dele. Um músico reclamou. E SPECTOR deu dois tiros no teto!!!!
Ele sempre tratava os músicos e os contratados na porrada, aos palavrões, ou ameaçando com armas.
Era um PSICOPATA!
Os RAMONES aceitaram, e a gravadora contratou PHIL SPECTOR. No GOLD STAR STUDIO, onde as mágicas aconteciam, SPECTOR obrigou os RAMONES a ensaiarem exaustivamente! Colocou os amplificadores acima de 130 decibéis, e o barulho era tal que eles só conseguiam se comunicar via gestos!
Em certo momento, depois de mandar JOHNNY RAMONE repetir o acorde de abertura de “ROCK AND ROLL SCHOOL” por horas!, o guitarrista deu um basta. PHIL tentou evitar na marra que ele abandonasse tudo. Rolou “bacobufo”, e JOHNNY perguntou, “O que você vai fazer? Atirar em mim?”
o nome daquilo tudo é TORTURA!!!
A gravadora, empresário, banda e SPECTOR se acertaram. E o disco “END OF CENTURY”, saiu em 1978. Apesar do imenso desgaste, os RAMONES disseram que a participação do produtor foi “cosmética”! Vale a pena ouvir algumas faixas para constatar, ou não…
Se vocês quiserem saber como um SOM MONAURAL pode ser impactante, procurem a versão para o SINGLE de “I CAN SEE FOR MILES”, do THE WHO, 1968. É demolidora!!! Os RAMONES jamais conseguiram atingir tal impacto…
PHIL SPECTOR foi prestigiado por um histórico de realizações, que dificilmente serão repetidos. Coproduziu para os BEATLES, LENNON, HARRISON, LEONARD COHEN, YOKO ONO … com bons resultados, mas nada que se comparasse ao que fizera no passado. E nem poderia…
Em sua carreira, SPECTOR produziu 23 álbuns, e mais de 50 SINGLES de sucesso, entre 1958 e 2003.
Gravou IKE & TINA TURNER, por exemplo. Lançou grupos vocais femininos de muito sucesso, como as CRISTALS. E as RONETTES, onde cantava sua futura mulher, RONNIE SPECTOR, mantida presa em casa, em um dos vários escândalos que patrocinou em sua vida. Aliás, o nome disso é PARANÓIA!
Entre suas criações estão “UNCHAINED MELODY”, 1966, tema do filme GHOST. E o clássico supremo, “YOU´VE LOST THAT LOVIN FEELING”, 1965, que desbancou YESTERDAY, dos BEATLES! E foi a música mais tocada na AMERICA, durante o século XX!
Ambas foram gravadas pelos RIGHTEOUS BROTHERS. E são exemplos perfeitos do uso da técnica do WALL OF SOUNDS.
SPECTOR entrou para o ROCK AND ROLL HALL OF FAME, em 1989, pelo conjunto da obra artística. Era, também, bom pianista, e curiosamente, produziu muito POP romântico, um contraponto notório com a sua personalidade – muito além de um PUNK, digamos!
O ESTÚDIO E A MÁGICA
“THE WALL OF SOUND” é uma técnica de gravação para capturar músicas gravadas ao vivo, em meio ao “caos e a saturação sonora”. O som “saltava ao redor do estúdio em meio à bagunça sonora e a riqueza de sobre tons” gerados – descreveu um músico. É um jeito, técnica, para criar e manipular o eco.
O GOLDEN STAR RECORDING era estúdio muito pequeno. E PHIL SPECTOR juntava 36 músicos, todos muito próximos, impossibilitando a captação individual do som de cada um.
Ele usava simultaneamente 4 guitarras ou mais, 4 pianos e teclados, 2 baixos, sendo um deles elétrico. Além de naipes de metais, coro, e se preciso, cordas. Tudo junto e ao mesmo tempo!
PHIL SPECTOR trabalhava sempre com os mesmos músicos de base, o famoso WRECKING CREW, responsável por milhares de gravações de artistas como os BEACH BOYS, e os RIGHTEOUS BROTHERS…
Pertenciam ao grupo gente como a cantora CHER, que fazia BACKING VOCALS e o o guitarrista GLEN CAMPBELL. E, também, dois dos mais perfeitos músicos de estúdio da História, o baterista EARL PALMER, e a baixista CAROL KAYE.
Resumindo, uma constelação de craques talentosos e experientes. Mas, SPECTOR os fazia ensaiar exaustivamente antes de gravar. Sadismo, claro!
Um dos músicos frequentes, era o saxofonista NINO TEMPO, que gravou com a cantora APRIL STEVENS, em 1962, talvez o primeiro grande HIT de sensualidade explícita em disco, “TEACH ME TIGER”. Foi bem antes de JANE BIRKIN e SERGE GAINSBOURGH lançarem “JE T’AIME ”( 1965).
TEMPO contou que o objetivo de PHIL SPECTOR era cansar os músicos de tal forma, até que criassem massa compacta, onde a individualidade de cada um se dissolvesse no todo!!!
Era a TORTURA e o abuso como instrumentos de arte!!! PHIL SPECTOR os tratava como coisa, andava armado, e ameaçando quem não fizesse o que ele ordenava.
Esse grupo tocava em conjunto, em volume muito alto, que era gravado por microfones espalhados pelo teto, e pelo estúdio. Os sinais, durante a gravação, eram “transmitidos” para uma “câmara de eco, digamos “natural” no SUB SOLO DA SALA DE GRAVAÇÃO, também equipada como microfones e caixas acústicas!!!!!!!!!!!!
Lá, se formava uma “saturação” de FEEDBACK retransmitida em tempo real ao estúdio, onde se juntava ao que estava sendo produzido na hora pelos músicos. O resultado era captado no gravador AMPEX 350, na cabine de controle.
Essa “MAGICA ACÚSTICO TECNOLÓGICA” era o segredo do MURO DE SOM. E, segundo entendi, o produto gravado era massa espessa que mais ou menos voava, por causa do Eco gerado!
Na sala de gravação, o engenheiro de som, LARRY LEVINE, organizava a captação, e PHIL SPECTOR dava seus toques finais.
Em rápido resumo, a sonoridade captada só era possível em um estúdio com tais características. E, muito importante: a TÉCNICA DO “WALL OF SOUND” SÓ ERA EFICAZ EM SUA PLENITUDE NAS GRAVAÇÕES EM MONOAURAL!
Não fazia sentido separar tal massa sonora em STEREO, porque perdia o ECO e a FORÇA. Daí a pregação de SPECTOR PELA VOLTA AO “MONO”.
Remasterizar as coisas que PHIL criou é muito difícil de fazer. Um dia, quem sabe, a gente vê tentativas por aí…
Para o meu amigo Elvio Paiva Moreira, que gosta do artista, mas duvido que apreciaria o homem.
POSTAGEM ORIGINAL 15/04/2022
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ROCK PSICODÉLICO DE LOS ANGELES – “WHERE THE ACTION IS!”, NUGGETS 1965/ 1968, RHINO RECORDS – 4 CDS BOX SET

Outro BOX interessante, porém menos luxuoso do que o seu “irmão” sobre SAN FRANCISCO. É parte de relançamentos do “PRÉ-SAL DO MODERNO ROCK AMERICANO”, os “NÃO HITS” amados pela turma que ia e vai além do MAINSTREAM.
É um misto de “CATA-LATAS” e “ANTROPOLOGIA MUSICAL” de uma época inigualável. Traz BOOKLET com FOTOS e TEXTO, é claro! É rescaldo para quem procura completude, clima, e outras visões.
O álbum original é um VINIL DUPLO, lançado em 1972, pela gravadora ELEKTRA. Foi produzido LENNIE KAYE, jornalista que lançou comercialmente pela primeira vez pepitas resgatadas do fundão do ROCK. É um MUST colecionável, que deu início às escavações “eternas” que fazem colecionadores e interessados nos ALTERNATIVOS DO UNDERGROUND. KAYE depois se tornou guitarrista da banda da poetisa e “FREAK-ROCKER” PATTY SMITH.
LOS ANGELES foi “Meca” de invenções e ecletismos; era um polo de ação e não de reflexão “teórica”. A mídia local demorou para sacar o que estava acontecendo. Houve, “por supuesto”, muita incompreensão dos conservadores.
A famosa “SUNSET STRIP” concentrava, na segunda metade dos 1960, clubes e bares onde a nata do ROCK AMERICANO testou fórmulas; juntou forças, e pôs meninos, meninas e adjacências pra curtir e dançar.
Futuras grandes bandas tocaram no “CIRO´S”, no “WHISKEY A GO-GO”, no “THE TRIP”… Depois, a cena espalhou-se, e os frequentadores deram fama a “VENICE BEACH” , “LAURELL CANYON” e “SAN FERNANDO VALLEY”- santuários da contracultura, do novo ROCK, e da vida alternativa.
A cena musical de LOS ANGELES dividiu-se em estilos e tendências muito mais amplos e detalhados do que a de SAN FRANCISCO.
No BOX, dá para identificar a força do “GARAGE ROCK”, com THE SEEDS, MUSIC MACHINE, ELECTRIC PRUNES, STANDELLS, BOB FULLER FOUR, entre incontáveis.
LOS ANGELES foi onde o “FOLK ROCK PSICODÉLICO” emergiu mais forte com os BYRDS, o LOVE, BUFFALO SPRINGFIELD, TIM BUCKLEY, TURTLES, MAMAS AND THE PAPAS, THE ASSOCIATION… e mais “inúmeros poucos”!
Cometas e estrelas ascendentes do futuro “ROCK PROGRESSIVO’ e do “ART ROCK”, como SPIRIT, IRON BUTTERFLY, CAPTAIN BEEFHEART e FRANK ZAPPA, também foram lançados de lá.
Assim como híbridos de BLUES E PSICH, como os DOORS; a fase psicodélica dos MONKEES; e ensaios heterodoxos dos BEACH BOYS, DEL SHANNON e até JAN & DEAN. Todos fizeram discos em “L.A” ou inspirados por lá.
Esta caixa é controversa. Há uma banda batizada com nome absurdo e impróprio para tempos de amor: THE GUILLOTEENS! E, também, UMA DAS MAIS BRILHANTES MICRO-MÚSICAS de toda a galáxia: “JILL”, com GARY LEWIS & THE PLAYBOYS – a beleza e a delicadeza do SUNSHINE POP concentrada em menos de dois minutos!!!! Joia perfeita!
Porém, eu sinto falta de outro ícone da época e grande sucesso de público, os GRASS ROOTS, que poderiam participar com alguma coisa do primeiro ou segundo LP. E não entendo porque não incluíram um novaiorquino de sucesso internacional, e símbolo do POP dançável, e que fez lá carreira e discos históricos ao vivo: “JOHNNY RIVERS”! “LIVE AT WHISKEY A GO GO!, é um clássico!” -. Mas se quisessem, era só incluir “SUMMER RAIN” – FOLK PSICODÉLICO bem no clima daquela década.
Não devo perdoar a injustificável ausência de FRANK ZAPPA & THE MOTHERS OF INVENTION: o crossover entre a VANGUARDA e a ICONOCLASTIA juvenil.
Tudo contabilizado e ponderado, TIO SÉRGIO recomenda esse BOX para “ecléticos seletivos” e os completistas que andam por aqui. É para manter na coleção eternamente!
POSTAGEM ORIGINAL: 14/04/2020
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Carlos Alberto Santos Rocha e Adalberto Dos Santos Cavalcante

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“CONFESSIN` THE BLUES”: E PARTE DO MEU PRIMEIRO TEXTO NO FACEBOOK!

São 5 LONG PLAYS de DEZ POLEGADAS, típicos do final da década de 1940 e início dos 1950. Traz 44 gravações originais, remasterizadas, e totalmente representativas do melhor BLUES já feito.
Estão aqui os principais artistas: MUDDY WATERS, B.B.KING, BUDDY GUY, HOWLIN`WOLF, ELMORE JAMES, SLIM HARPO, CHUCK BERRY, JOHN LEE HOOKER, ROBERT JOHNSON, JIMMY REED, BO DIDDLEY, e outros mais.
A seleção foi feita pelos 4 “ROLLING STONES” remanescentes à época: MICK JAGGER, RON WOOD, KEITH RICHARDS e CHARLEY WATTS. WOOD, que também é artista plástico, pintou a capa. E há FOTOS dos artistas homenageados; um libreto, e belos textos nas páginas internas do projeto.
A produção GRÁFICA é de alta classe: O BOX reproduz aqueles álbuns antigos que armazenavam diversos discos de de 78 RPM. Os mais jovens talvez não tenham visto. Mas eram normais no passado. Resumindo, é uma edição especial limitada feita pela B.M.G. / UNIVERSAL, e lançada em 2013.
Para a turma que está entre os 50 e os 75 anos de idade, gostar de BLUES era decorrência quase “natural” se você curtisse ROCK. É o meu caso. Eu adorava, e ainda gosto das variações do BLUES nos anos 1960, 1970, 1980 and “BEYOND”. Continuo comprando em CDs e DVDs, já que os coleciono, e os escuto até hoje.
O BLUES que gostávamos na época, não era o TRADICIONAL de ROBERT JOHNSON, JOHN LEE HOOKER, MUDDY WATERS, entre vários. Mas, sim, o BLUES ELETRIFICADO, a B.B.KING; e o modernizado que os ingleses, desde o início dos anos 1960, descortinaram para o mundo.
Pois é, o BLUES é música americana de raiz, antes mais associada ao JAZZ; mas recuperada, reverenciada, e trazida para o mundo POP por bandas inglesas dos anos 1960.
Se não fossem os ROLLING STONES, YARDBIRDS, FLEETWOOD MAC, ANIMALS, MANFRED MANN e infinidade de artistas até hoje em atividade; ícones como B.B. KING e toda a tradição americana teriam tido menos força e, quem sabe, influência bem menor. Muitos já estavam no ostracismo quando o BLUES ressurgiu forte na GRÃ BRETANHA.
Diz a lenda, que os STONES cruzaram com MUDDY WATERS, que pintava as paredes do estúdio, quando foram gravar na CHESS RECORDS, em 1964! Eles ficaram horrorizados! Um destino trágico para quaisquer ídolos em qualquer tempo!
O BLUES espalhou-se graças principalmente a JOHN MAYALL, o mais importante incentivador da geração de ingleses que fazia BLUES.
MAYALL é artista com dezenas e dezenas de álbuns gravados; literalmente acompanhou ou performou com quase todos os grandes nomes do BLUES, tradicionais ou contemporâneos, ingleses ou americanos.
Foi ele quem consagrou ERIC CLAPTON, em 1965; já considerado o melhor guitarrista da Inglaterra, desde os tempos com os YARDBIRDS.
Para saber mais quantos talentos JOHN MAYALL revelou, é só procurar no Google. Ele é um dos que ostentam a comenda de Cavaleiro do Império Britânico; ao lado de PAUL McCARTNEY, ELTON JOHN, JEFF BECK, JIMMY PAGE, e incontáveis.
Mas, por que o BLUES explodiu na GRÃ BRETANHA?
Provavelmente porque os jovens queriam música vibrante como o ROCK AND ROLL da primeira fase – ELVIS PRESLEY, CHUCK BERRY, etc…, mas estilo já meio para o decadente e sem perspectiva. Até que houve a explosão dos BEATLES e da chamada BRITISH INVASION, por volta de 1962/1964.
Grosso modo, na época e como hoje, diversas tendências conviviam. Os BEATLES seriam mais conectados ao ROCK e os ROLLING STONES ao BLUES…
Os clubes e pubs ingleses em geral apresentavam bandas de JAZZ.
Porém, o JAZZ é como a BOSSA NOVA: música urbana para jovens mais sofisticados. A garotada em geral queria agito. Daí o SKIFLE; e depois o BLUES dominou a cena: música mais simples que bate direto nos sentimentos. Tem guitarras elétricas; e combina com paqueras, farras e cervejas…
Pouco a pouco os locais onde se ouvia JAZZ foram migrando para o BLUES, que se revestiu de ROCK; e o resto é o que temos até hoje. Claro, houve renascimento do BLUES também nos EUA – mas no início, e curiosamente, também por influência e exemplo dos ingleses.
O BLUES chegou forte ao BRASIL no começo dos anos 1990, e permanece mais discretamente. Nós temos uma linguagem de POP e ROCK genuinamente nacionais. Mas não há BLUES com identidade brasileira, apesar de bons artistas como NUNO MINDELIS e ANDRÉ CRISTOVAM – que chegou a tocar uns tempos com JOHN MAYALL.
Hoje, no mundo inteiro o BLUES continua firme. Procurem escutar SONNY LANDRETH, JOE BONAMASSA, SUSAN TEDESCHI & DEREK TRUCKS, por exemplo. Sem lembrar do “imorrível” ERIC CLAPTON e da memória do imortal B.B.KING.
Há muito, mas muito mais a ser dito, e infinitamente mais para ser escutado. Portanto, o meu orgulho e honra em apresentar aqui este sensacional BOX!
POSTAGEM ORIGINAL 11/04/2023 e 2013
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TRÊS DISCOS IMPERDÍVEIS: ROXY MUSIC, GRAND FUNK, LOUIS ARMSTRONG & ELLA FITZGERALD

SABEM O QUE ELES TÊM EM COMUM? NADA! E O TIO SÉRGIO GOSTA DOS TRÊS DISCOS POR MOTIVOS DIFERENTES.
“ROXY MUSIC” – “AVALON”, DISCO ESSENCIAL DA ELEGÂNCIA POP QUE DEFINIU OS ANOS 1980. QUEM JÁ VIVIA, EM 1982, NÃO PASSOU POR ELE SEM NOTAR. E É UM CLÁSSICO!
“GRAND FUNK RAILROAD”, “WE’RE AN AMERICAN BAND”, 1973, BANDA ESCULACHADA PELOS CRÍTICOS E AMADA PELA GAROTADA. ESTE É UM DE SEUS DISCOS MAIS BEM PRODUZIDO. “PERO”, SEM ALIVIAR A PORRADA. UM MITO!
“ELLA FITZGERALD E LOU ARMSTRONG”: “”ELLA E LOUIS”” . A ESTÉTICA VOCAL DOS NEGROS, SUAS IDISSINCRASIAS, DIVERSIDADE, INTERPRETAÇÃO ÚNICA, ELEVADAS AO ESTADO DA ARTE.
SE VOCÊ ENTENDE O PORQUÊ ADONIRAM BARBOSA FOI GÊNIO, COMPREENDE NO ATO O PORQUÊ DE “LOUIS ARMSTRONG” TAMBÉM TER SIDO.
OUVI OS TRÊS PARA ESQUECER A POLÍTICA. ..
POSTAGEM ORIGINAL 09/04/2018
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Rodrigo Marques Nogueira, Elvio Paiva Moreira e outras 12 pessoas

MÚSICA DE VANGUARDA PLENA DE CLIMAS E SUGESTÕES: UM ROTEIRO IMAGINÁRIO PARA A VIAGEM DO ROCK PROGRESSIVO À NEW AGE.

O papo aqui não é sobre exímios solistas, ou exibidores da libido em onanismo tátil exuberante.
Nenhum dos citados é JIMMY SMITH, RICK WAKEMAN, BRIAN AUGER, WALTER WANDERLEY, KEITH EMERSON ou ARI BORGER…
Está por aqui gente criativa que usa teclados para harmonizar, criar CLIMAS, escorar músicas feito vigas. São mais que operários. Atuam para o processo, talvez sejam mestres de obras…
Eu suponho que a primeira música “esvoaçante” que ouvi foi TELSTAR, gravada pelos ingleses TORNADOS, em 1962. Produção do lendário mago JOE MEEK. O trabalho de teclado emula o suposto som de um foguete/satélite se deslocando. Foi o primeiro ROCK ESPACIAL A QUE TIVE ACESSO. Procurem conhecer.
Pois bem; até que em 1967, o PINK FLOYD causou um “SUSTO POP” com série de SINGLES PSICODÉLICOS. O principal delesfoi “SEE EMILY PLAY”. Um passo adiante estabelecendo de vez o ROCK “LISÉRGICO” feito na INGLATERRA.
O clássico álbum do FLOYD, também de 1967, “THE PIPER AT THE GATES OF DAWN” , confirmou o ROCK EXPERIMENTAL do GRUPO – o primeiro a se apresentar com um SISTEMA DE SOM “QUADRAFÔNICO”, tornando os SHOWS experiência sensorial de amplo espectro.
Porém, o álbum inglês que trouxe a sensação de VIAGEM ESPACIAL CONTÍNUA, um deslocar-se embalado pelo som além do ambiente foi, em minha opinião, “A SAUCERFUL OF SECRETS”, lançado em 1968. É disco de transição do PINK FLOYD. Em 3 faixas ainda participa SYD BARRETT, seguindo mais ou menos a sonoridade dos SINGLES e do PRIMEIRO LONG PLAY.
E as outras quatro já são com a formação clássica: GILMOUR, WRIGHT, WATERS & MASON, tendendo para o estilo que os consagrou. Em texto da época, um crítico considerou o disco uma “SINFONIA EM CONSTRUÇÃO” – o que faz todo o sentido.
Se nos transportarmos para o célebre “ATOM HEART MOTHER”, o inigualável disco das vacas, lançado em 1970; a primeira parte pode ser considerada espécie de SINFONIA POP.
Em “A SAUCERFUL”… está presente a combinação de efeitos sonoros, LOOPS de fitas gravadas, uso de FEEDBACK, CÂMARAS DE ECO, e a parafernália instrumental criativa da banda… É, talvez, o primeiro disco trazendo música de “FICÇÃO CIENTÍFICA”, disse o referido crítico.
O PINK FLOYD usou recursos e técnicas dos experimentos do compositor alemão de MÚSICA ELETROACÚSTICA, “KARLHEINZ STOCKHAUSEN”; que também inspirou os BEATLES em detalhes do SGT PEPPERS (1967) – mas não a ponto de tornar a obra uma referência explícita da vanguarda eletrônica.
Interpretando de jeito peculiar o mestre alemão, o PINK FLOYD se propôs a criar e administrar um BLEND SONORO de maneira a conjugar os sons com direção e clareza. As músicas têm começo, meio e fim, como determina o manual da boa música POP. Mas, com evoluções baseadas na revolução descoberta pela música ELETROACÚSTICA.
Enquanto gravavam a faixa que dá nome ao disco, “A SAUCERFUL OF SECRETS”, comenta-se que uma voz saiu da cabine de controle no estúdio berrando: “Tá legal, pessoal. Depois dessa música vamos voltar ao trabalho sério…”
O FLOYD é marco na criação de músicas “CLIMÁTICAS”. Escutem “REMEMBER A DAY”. E principalmente, “SEE-SAW” – canção totalmente “expressionista”, em que se “vê” na MÚSICA o movimento de um balanço desses de parquinho infantil…
E pra conseguir este efeito, o tecladista RICK WRIGHT foi fundamental!
Espetacular!
MOODY BLUES – TO OUR CHILDREN, CHILDREN´S, CHILDREN`S – 1969 .
ALBUM CONCEITUAL, EXPERIMENTAL E TREMENDAMENTE POP!
O disco sucedeu “A THRESHOLD OF A DREAM”, 1969, outro LP de sucesso, como os anteriores “DAYS OF FUTURE PASSED”, 1967; e “IN SEARCH OF THE LOST CHORD”, 1968. Foi inspirado na viagem à lua feita no mesmo ano pelos astronautas americanos. É um show de tecnologia de estúdio, de qualidade na gravação; e de performance da banda como um todo.
Para a primeira faixa, “HIGHER AND HIGHER”, a NASA emprestou a gravação do SOM do lançamento do foguete. Mas o grupo achou de baixa qualidade para ser usada em um disco. E refizeram tudo em estúdio. Trabalho magnífico!
MIKE PINDER é o destaque conceitual do DISCO. Pilota o MELOTRON e o ÓRGÃO com milimétrica competência. Ele foi um magnífico construtor de CLIMAS SONOROS!
O som do ÓRGÃO nos passa a nítida sensação do arranque e a subida da nave; do aumento de velocidade; o alcance da altitude, e até atingir o silêncio no espaço. E PINDER trabalha e pontua com o MELOTRON o tempo todo as diversas etapas desse viagem.
No decorrer do LP, há momentos de música e sons pesados; outros leves, oníricos, românticos; e foram emulados até os supostos andar dos astronautas fora da nave, no espaço. Percebe-se a velocidade, as mudanças de ritmo, a calma, e a sensação de paz. Tudo bastante expressivo e sugestivo.
O tecladista cria uma narrativa sólida na base das músicas. E favorece a performance instrumental coletiva. E, principalmente, a diferenciada e aclamada harmonia e qualidade vocal da banda. Todos cantam bem: o guitarrista JUSTIN HAYWARD, o flautista RAY THOMAS, e o baixista JOHN LODGE. O baterista GREAME EDGE geralmente declama os textos e as poesias, frequentes nas composições do grupo.
TO OUR CHILDREN… é um disco experimental coeso, bonito e melodioso. Às vezes resvalando para o excesso de “açúcar”…
Eu duvido que os criadores da “NEW AGE MUSIC” não tenham curtido os MOODY BLUES à exaustão. Esse lado reforçando o melódico é uma das características do subgênero.
Mais bem expressando a tese, os MOODIES sempre souberam trabalhar letras. Às vezes ingênuas; e algumas românticas de rasa substância. Escapistas nem sempre, mas em linha com o público da banda: pessoas em busca de amor, esperança, paz, misticismo e visões alternativas light naqueles tempos conturbados. Ouvi-los é relaxante, divertido, e interessante. E culturalmente instigante.
Os MOODY BLUES foram muito famosos, fizeram diversos discos importantes, e se tornaram sucesso de vendas, crítica e público. Tiveram e ainda têm legiões de fãs mundo afora! Porém, foram desprezados pela turma da pesada; eram tidos como POP DEMAIS pela média da turma do ROCK. Hoje, mais bem compreendidos, estão em convivência pacífica com a História.
Eu os adoro!
E cada um com seu passivo.
O PINK FLOYD sempre foi uma banda CEREBRAL. Não eram construtores de emoções, como os MOODY BLUES. E essa contenção de sentimentos que não afloram, tornam audições prolongadas algo cansativas. Entorpecem.
Eu acho que ambos deveriam contratar as remixagens e remasterizações de seus discos junto a craques como STEVEN WILSON – um especialista em PROGRESSIVOS. Ou, quem sabe, algum japonês ou alemão que detenha conhecimento, tecnologia de ponta, e sensibilidade minuciosa para ouvir detalhes.
Bandas do nível deles PRECISAM testar perspectivas e visões alternativas da própria obra.
Seria o caso?
A SAGA DO TANGERINE DREAM: DE FÃS DO PINK FLOYD A INSPIRADORES DA “NEW AGE MUSIC”
Ouvir o TANGERINE DREAM em seu primeiro álbum, ELETRONIC MEDITATION, 1970, é retornar ao PINK FLOYD no lusco-fusco temporal entre as ideias de SYD BARRETT e as as experimentações em UMMAGUMMA, 1969. Parece que tentam descortinar caminhos.
É bom lembrar que a sombra de STOCKHAUSEN, JOHN CAGE, BERIO e XENAQUIS se deita sobre todo o ROCK PROGRESSIVO ALEMÃO; Ooopppsss o reverenciado KRAUTROCK!
Aliás, continua ora turvando, e ora descortinando todo o POP ELETRÔNICO CONTEMPORÂNEO, não é professora JOCY DE OLIVEIRA?
Um dos visuais mais sugestivos do UNIVERSO DO ROCK são as fotos da parafernália de teclados, gravadores e etc… do TANGERINE DREAM. E não apenas em estúdio. As imagens principalmente de palcos, SHOWS, nos levam para uma expectativa de algo inusitado que virá…
Estamos todos dentro de um laboratório, quem sabe uma nave espacial. Se a vida não está boa aqui na terra, talvez uma turnê para fora do imediato alivie ansiedades? Uma viagem com o cérebro, à partir do teatro exposto no palco, e através da música?
Esta circunstância e constatação também pode ser aplicada ao PINK FLOYD. Entre 1967/1970, voar já era era preciso ( em dupla sentido…) e possível.
Mas, revela um possível problema:
Esta tentativa de fuga da realidade talvez seja outro EFEITO COLATERAL NÃO PREVISTO, mesmo sendo consequência da música palpável, concreta, intelectualmente urdida e fria criada pela turma de STOCKHOUSEN & CIA?
Se isto for verdade, quando essas inovações deram vida ao KRAUTROCK, no início da década de 1970, espanaram feito parafuso gasto em direção ao imprevisível! O que foi pensado para ser concreto e tátil, tornou-se etéreo. E hoje é quase virtual!
Seria? (Cuidado com as palavras, TIO SÉRGIO…)
KLAUS SCHULZE, CHRISTOPHER FRANK, EDGAR FROESE e PETER BAUMAN, são músicos chegados e preparados para tecnologia eletrônica. E a ponto de FROESE – que se dizia inspirado artisticamente por HENDRIX, STOCKHAUSEN e XENAQUIS – ter construído vários instrumentos específicos para a banda. E sua técnica de LOOPS e MIXAGENS DE TAPES, é considerada base para os modernos SEQUENCIADORES.
Literalmente, os quatro formaram a base e manobraram a nave TANGERINE DREAM, garantindo que voasse, criasse os CLIMAS e perspectivas musicais inesperadas, carreira afora; muitas vezes intermitentemente, e com muita troca de tripulação.
O único que permaneceu a até morrer, foi EDGAR FROESE; que orientou o substituto para que o grupo permanecesse… Mas, o fato é que de discípulos e pesquisadores de música dura e concreta, tornaram-se um dos pioneiros da NEW AGE MUSIC – que busca a essência do etéreo, da procura pelo místico, por certa religiosidade laica e por um bem estar pessoal que elide – mesmo por uns momentos – a crítica e a realidade.
Mas, seria isso mesmo?
E se for, eu tenho nada, nadinha contra! PETER BAUMAN não por acaso fundou uma das primeiras gravadoras especializada no gênero!
Do trabalho dessa gente toda, chegamos aos fundamentos instrumentais do HIP-HOP, aos D.J.s, e às RAVES!
E na outra ponta, encontramos ENYA, LOREENA MCKENNITT e incontáveis melífluos refrescantes…, possíveis frutos de ensinamentos que passaram certamente pelos MOODY BLUES, e o RENAISSANCE ( OOOPSS, é claro! ). E facilitaram, inclusive, o surgimento da moderna WORLD MUSIC – “DEAD CAN DANCE”, e a nossa brasileira pouca lembrada e CULT “MAE EAST”, para ficar na superfície…
Se for possível resumir, PINK FLOYD, MOODY BLUES e TANGERINE DREAM, fizeram um “MÈNAGE A TROIS”, que deu “BOM”!
Muito bom!
TEXTO ORIGINAL 07/04/2023
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PINK FLOYD – “SEE EMILY PLAY”- 1967 : PALHAÇADA E VINGANÇA!!!

Foi o SINGLE de maior sucesso na primeira fase da banda, ainda com SYD BARRET na guitarra. Foi lançado em 1967; e também no Brasil pela FERMATA. Fato relevante na luta contra bizarrice recorrente, porque fora do BEAT convencional, ou da simples breguice.
A edição brasileira é colecionável no MUNDO INTEIRO. É raríssima, preciosa e muito difícil de ser encontrada URBE ET ORBI… Este SINGLE é obra de arte reconhecida. Reafirma de certa forma a PSICODELIA INGLESA, que já se esboçava. É magia e tecnologia pura, para aqueles tempos!
Há o uso de câmaras de eco e outras conhecimentos de estúdio; em parte também utilizados em “TELSTAR”, produzido pelo “mago” JOE MEEK, e gravada por THE TORNADOS, em 1962 . E pelo americano por DEL SHANNON, em THE BIG HURT, 1966.
Talvez um ano depois do FLOYD, o SMALL FACES lançou outro SINGLE matador: “ITCHCOO PARK”, juntando o vocal R&B de STEVE MARRIOTT, com o experimentalismo PSICODÉLICO nascente. É nitidamente inspirado no que fez o PINK FLOYD. São quatro clássicos com ARTIMANHAS de ESTÚDIO que fizeram essas músicas “VOAR”!
Eu tive acesso irrestrito ao COMPACTO do PINK FLOYD a vida inteira. Quem o comprou foi meu eterno amigo SILVIO DEAN.
Na época, colecionávamos os discos juntos, numa espécie de COOPERATIVA que implantamos desde o momento que nos conhecemos, em junho de 1967, no ginásio – hoje ENSINO FUNDAMENTAL 2, eu acho. A falta de grana pode ser poderosa força motriz…
Hoje, eu, ele e o filho dele, FÁBIO, continuamos “parças” e amigos discutindo, convivendo, trocando e emprestando discos uns para os outros. O SILVIO e o FÁBIO são totalmente responsáveis pela continuidade de minha paixão por música. Ambos também colecionam apaixonadamente!!!
“SEE EMILY PLAY” e outros SINGLES do PINK FLOYD são fundamentais. Estão neste CD, que faz parte do excepcional e belo BOX, “SHINE ON”, lançado em 1992, coligindo a produção da banda nos primeiros 25 anos de existência, entre 1967 e 1992!
Um espetáculo a parte!
Vamos à MOLECAGEM e a SACANAGEM:
EM 1968, EM UM PROGRAMA DE RÁDIO EM SÃO PAULO, O LOCUTOR GARANTIA TER NA DISCOTECA QUAISQUER DISCOS QUE OS OUVINTES PEDISSEM.
ELES PROCURAVAM E TOCAVAM. NO FINAL, SORTEAVAM UM DISCO QUALQUER ENTRE OS PARTICIPANTES.
MEIO DE SACANAGEM LIGUEI PRÁ LÁ. O PROGRAMA ESTAVA NO AR, É CLARO.
ATENDERAM;
– LOCUTOR: QUAL É O SEU NOME?
– EU: SÉRGIO;
– LOCUTOR: E O QUE VOCÊ QUER OUVIR?
– EU DE GOZAÇÃO: “SEE EMILY PLAY”, COM “THE PINK FLOYD”…
– LOCUTOR: VAMOS PROCURAR; MAS ENQUANTO ISSO, O PEDIDO DE NOSSA OUVINTE “ESPERMAURA”: “WANDERLEY CARDOSO”…
– LOCUTOR: AGORA, VAMOS OUVIR WALDICK SORIANO, PEDIDO DA FIEL OUVINTE “ROSINHA”…
– LOCUTOR: ESTAMOS PROCURANDO A MÚSICA PARA O OUVINTE SÉRGIO. ENQUANTO ISSO, ROBERTO CARLOS PARA A “CACILDA MARTA”…
– LOCUTOR: AGORA, ALTEMAR DUTRA PARA NOSSA QUERIDA OUVINTE DE SEMPRE, “LEOFRÍGIDA”…
O PROGRAMA FOI PASSANDO E, NO FINAL, O LOCUTOR LEMBROU:
-“NÃO ENCONTRAMOS A MÚSICA PARA O OUVINTE SÉRGIO!
POR ISSO, ELE VAI GANHAR UM PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO. PODE PASSAR E RETIRAR AQUI NA RÁDIO, DEPOIS DE QUINTA FEIRA.”
– EU MORRI DE RIR; E MEU TIO JULIANO FOI LÁ BUSCAR O MEU “CONSOLO”.
ERA UM COMPACTO SIMPLES: “PINGO NO SAMBA”, COM LUCY LESSA! A “,MINHA CARA E GOSTO” ! AHH, o@Ayrton Mugnaini Jr. conhece o disco e o autor!!!!
VINGANÇA AO DENTE!
POSTEGEM ORIGINAL 06/04/2023
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ROLLING STONES – SINGLES COLLECTION – THE LONDON YEARS – 1963/1971

TIPO ASSIM: 58 FAIXAS GRAVADAS naquele período. Ou seja, 29 COMPACTOS, SINGLES, ou seja lá o que foi. E, também, respectivos lados B. Abrange a fase BEAT, R&B; e há coisas psicodélicas, e BAROQUE ROCK. Viagem enorme feita em pouco tempo, e antes da plena consagração.
Traz a formação original com MICK JAGGER; KEITH RICHARDS e BRIAN JONES, nas guitarras; BILL WYMAN, no baixo, e CHARLIE WATTS, na bateria. Há, também, coisas com MICK TAYLOR, o guitarrista que substituiu JONES, em junho de 1969.
O repertório coligido expõe uma pletora de sucessos marcantes, alguns grandiosos, e todos comprovando claramente que os ROLLING STONES jamais foram banda qualquer. Estão lá SATISFACTION, JAMPING JACK FLASH, BROWN SUGAR, PAINT IT BLACK, LADY JANE, e vasto etc…
Este BOX é até COMUM e fácil de conseguir em suas EDIÇÕES POSTERIORES. Mas esta é a ORIGINAL. Um BOX em dimensões de LONG PLAY; Traz BOOK contendo a FICHA TÉCNICA, e os músicos participantes, além do quinteto fundador. Há fotos e LETRAS impressas, e se pode observar a mestria, perspicácia e, muitas vezes sofisticação das composições. É fácil perceber como MICK JAGGER e KEITH RICHARDS se completam!!!
Os STONES, na época, eram mais uma banda de SINGLES, do que de álbuns marcantes – também existentes, claro… Este BOX é a revelação de todo um RITO percorrido pela memória de quem viveu, ou acessou posteriormente o trabalho dos caras.
Entre 1963 e 1971 foi, também, a fase mais conturbada do grupo. Foram roubados, usurpados, explorados, e tiveram coisas apropriadas de seu período mais criativo pelo “competente e ignóbil empresário” ALLEN KLEIN!
Os ROLLING STONES foram forçados a esperar anos por um acordo que, aparentemente, não restituiu completamente o controle da obra para a seus criadores originais. Porém, ao menos recuperaram o período áureo, mais criativo e relevante artisticamente.
Ouvir alguns SINGLES acompanhando as letras é vivência artística, antropológica e sociológica fundamental para conhecer como, e o quê faziam e pensavam os artistas naqueles idos anos 1960.
RECOMENDO COM ENTUSIASMO.
POSTAGEM ORIGINAL: 05/04/2018
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“JEFF BECK GROUP – TRUTH” versus “LED ZEPPELIN 1”: DOMANDO TIGRES. A DESLOCADA POLÊMICA ENTRE DOIS ÁLBUNS SEMINAIS!

Aos meninos e moças, virgens ou maturados (as), e que gostam de ROCK e ADJACÊNCIAS: Vou tentar expor algumas ideias sobre os dois álbuns, e ousar conclusões.
Pra começar, é bom contextualizar desde a origem provável das ideias e sonoridades, que de maneira geral estão presentes nas duas obras. Por isso, coloquei na foto outros discos e artistas.
A linha mestra da guitarra moderna no ROCK INGLÊS provém dos YARDBIRDS, entre 1963/1967. Tá; todo mundo sabe; foi lá onde começaram ERIC CLAPTON, JEFF BECK E JIMMY PAGE. Beleza?
Eu fotografei dois discos de carreira do grupo:
“LITTLE GAMES”, 1967, com PAGE na guitarra, é interessante porque várias sonoridades posteriormente desenvolvidas no LED ZEPPELIN provêm dali. Antes, porém, houve outro álbum de carreira da banda, “OVER, UNDER, SIDEWAYS, DOWN”, ou “ROGER THE ENGENEER”, 1965. É a participação suprema de JEFF BECK na banda, e a criação do som que o tornou famoso como guitarrista.
São discos que deixam nítido que, antes de tudo, PAGE e BECK são guitarristas principalmente de ROCK, e não de BLUES. E isto fez diferença.
E há JOHN MAYALL, ícone supremo do BRITISH BLUES. Mas, este album é fácil! CLAPTON gravou com ele o clássico definitivo aí postado. E há outro disco na carreira de MAYALL, CRUZADE, 1968, com MICK TAYLOR, na guitarra; que retoma o BLUES já modernizado e com elementos da contemporaneidade à época. Notem: CLAPTON e TAYLOR são guitarristas mais afinados com o BLUES.
Caso faça algum sentido, explicam diferenças entre o BLUES BRITÂNICO se desenvolvendo em meados DOS ANOS 1960, e o corte estético promovido pelo CREAM: trio que desvendou caminhos diferentes para unir ROCK/BLUES e PSICODELIA. Se TIO SÉRGIO tiver razão, ou palpite plausível, o CREAM inaugurou a sonoridade que passou a ditar estética para guitarras e bandas. Posteriormente expandida por HENDRIX; e desaguando em oceano infinito, que abarca o HARD ROCK, o HEAVY METAL e a miríade existente de “ROCKS PROGRESSIVOS”.
Resumindo, o CREAM é a pedra angular que inspirou tanto o JEFF BECK GROUP quanto o LED ZEPPELIN – e zilhões, ÊEEEPAPPA! de artistas daí para frente.
Ponto.
Parágrafo:
Uma das eternas discussões é a seguinte: o LED ZEPPELIN foi além da inspiração, e copiou o JEFF BECK GROUP atrapalhando a carreira de “TRUTH”, 1968, que foi lançado primeiro. Mas, há fatos pra gente considerar. A sonoridade básica daquela época já estava dada. Não foi criação exclusiva de ninguém. No entanto, talvez sim “organizada” pelo CREAM.
Mas guitarras distorcidas e baixo pesado; referências ao BLUES e outros elementos; eram comuns no ambiente musical. E tendência em desenvolvimento desde o advento da PSICODELIA, uns três anos antes, que tornou-se parte da estética do ROCK e do BLUES.
Tanto TRUTH como o LED 1 são, claro, discos seminais. E contêm semelhanças inescapáveis. Ambos trazem BLUES e FOLK no repertório; e contêm a mesma música: YOU SHOOK ME. São duas bandas excelentes com destaques para a guitarra. E PAGE e JOHN PAUL JONES, um dos artífices do LED ZEPPELIN, participaram na gravação de ambos LONG PLAYS.
Mas, há diferenças notáveis. Estão em destaque dois vocalistas solares. Porém, ROD STEWART, tende ao RHYTHM´N´BLUES e ao POP, explícitos em TRUTH. E ROBERT PLANT é o bagunçador no coreto; o “crooner galináceo” que solidificou o estilo vocal dos futuras “metaleiros”, inaugurado por DICK PETERSON, com o BLUE CHEER, em 1967. Então, ao mesmo tempo em que desenhou junto com PAGE, BONHAN e JONES a base HARD ROCK/BLUESY; incluiu o diferencial que consagraria o futuro “HEAVY METAL”.
Com PLANT no pedaço, os portais do galinheiro foram escancarados. E IAN GILLAN, entrou para o DEEP PURPLE; veio OZZY e depois JOHN LAWTON; e a honorável descendência fortíssima que por aqui milita e permanece há mais de meio século.
Há, também, detalhes históricos significativos na trajetória das duas bandas. Mesmo que gravados com apenas dois meses de diferença, o disco do LED veio depois, em outubro de 1968.
E voltemos ao ZEPPELIN. A versão que preponderou por muito tempo sobre a criação do nome da banda, afirmava que KEITH MOON, baterista do THE WHO, havia dito que “eles eram pesados e voavam, como um ZEPPELIN DE CHUMBO (LED)”.
Mas, existe outra: KEITH MOON tinha frase frequente para quando as turnês iam mal: “Going down like a “lead” Zeppelin”, traduzindo “Desabando desastrosamente como um ZEPPELIN”. PAGE gostava da frase e substituiu o “lead” por LED…ZEPPELIN.
A fonte é confiável, a revista Q MAGAZINE em sua enorme enciclopédia… Enfim;
O ZEPPELIN assinou com a ATLANTIC RECORDS por indicação da grande cantora DUSTY SPRINGFIELD, e o disco foi lançado nos Estados Unidos. Sucesso quase imediato de vendas!
Em janeiro de 1969, eles abriram show para o IRON BUTTERFLY, a banda americana de PSICODELIA PESADA e imenso êxito, na época. E a plateia gostou tanto do LED ZEPPELIN que o IRON BUTTERFLY desistiu de tocar e retirou-se do palco!
Observem: talvez exatamente ali tenham se estabelecidos o nascente HARD ROCK e o HEAVY METAL, substituindo a PSICODELIA, que já dava sinais de esgotamento junto ao público…
No sentido contrário, o JEFF BECK GROUP “TRUTH”, que saiu em agosto de 1968, e para mim é disco melhor, se consolidava. Teve pouco sucesso na Inglaterra, e também foi melhor na América.
Porém, a carreira de BECK na época era muito mal administrada. Houve shows cancelados, e não conseguiu estabilizar o excelente time de músicos. A apresentação que fariam no FESTIVAL de WOODSTOCK, em 1969, foi cancelada. E, para muitos, foi o prego que faltava no caixão da banda…
Ainda assim, gravaram o segundo disco, o excelente BECK-OLA, em 1969. Em seguida, JEFF BECK teve sério acidente de automóvel que o deixou hospitalizado por mais de um ano e meio…
No entanto, com isso tudo TRUTH é outro clássico absoluto. O JEFF BECK GROUP amalgamava ROCK+BLUES+R&B. Portanto, é injusto condenar o disco do ZEPPELIN por canibalismo e usurpação contra BECK. São trajetórias e históricos bem diferentes. Estilos e tendências, também.
Acima de tudo, se ambos foram desenhados e criados no mesmo ambiente e concorrência, seria como acusar CINDY LAUPER por concorrer com MADONNA; ou o BLUR por competir com o OASIS; e mesmo o QUEEN por ter, nos primeiros 3 discos, grudado na rabeira do LED ZEPPELIN! Tudo isto é do jogo.
E é do jogo, também, muito ti,ti,ti e muito mi, mi, mi! O LED ZEPPELIN e o JEFF BECK GROUP são geniais em quaisquer tempos ou encarnações.
Ouçam, observem e desfrutem!
É mandatório!!!
RESENHA ORIGINAL 03/04/2021
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CHARLIE WATTS, O BATERISTA PRECISO – JAZZ E CARREIRA ALTERNATIVA

CHARLIE WATTS era um diferenciado e um diferente. Músico preciso, ideal para os ROLLING STONES, banda pesada e algo volátil, e que congrega personalidades carismáticas e/ou simplesmente doidas:
MICK JAGGER, KEITH RICHARDS, RONNIE WOOD e até BILL WYMAN. Tá, stop por aí. Mas, houve BRIAN JONES… Todos provocantes, excêntricos e provocadores.
E houve CHARLIE WATTS, o “não – ídolo”, o discreto, o animal imprescindível do mesmo zoológico, mas que não precisava e nem admitia jaulas. Vivia solto, livre, independente.
Sua vida e comportamento discretos talvez tenham influenciado diretamente a precisão da “COZINHA” dos STONES. BILL WYMAN e CHARLIE WATTS eram a estrutura estável que garantiu o som da banda durante décadas . BILL saiu antes. Mas, CHARLIE permaneceu.
É folclore do ROCK que WATTS não usava telefone celular. E comunicar-se com ele exigia certo rito, o que deixava MICK JAGGER, um trêfego notório, à beira da loucura… Pressa? Pra que pressa!
O POP é o habitat dos paradoxos e das imagens propositalmente construídas deturpadas.
CHARLIE WATTS conheceu a mulher, SHIRLEY ANN SHEPHERD, antes da existência dos ROLLING STONES. Casou-se com ela em 1964, viveram juntos 57 anos, e até a morte de CHARLIE, em 2019. Tiveram filha e neta. SHIRLEY, que sempre se deu bem com todos os STONES, morreu dois anos depois…
A paixão e fidelidade de CHARLIE tornou-se mítica, em uma banda de faunos. Era caseiro, gostava de arquitetura, cavalos e colecionava carros – mas não dirigia…
Ele não foi o único discrepante, no cenário, da algo falsa mística sobre os ROCKERS:
ROBERT SMITH, THE CURE, é um chorão apaixonado; ROGER DALTREY, eterno crooner do THE WHO, e ainda vivo; e GARY BROOKER, do PROCOL HARUM, já na cachoeira das eras, também viveram a vida inteira com as mesmas mulheres. Acho explicável: estabilidade emocional ajuda suportar rotinas dissonantes e desconcertantes…
CHARLIE era membro fundador da banda. Saiu do ALEXIS KORNER BLUES INCORPORATED, em 1963, nos primórdios da cena BLUES, na INGLATERRA, e ajudou a fundar os ROLLING STONES.
Na banda, participava na definição dos visuais, palcos e tudo o que tivesse a ver com artes gráficas. Antes de ter sido músico, era DESIGNER GRÁFICO profissional.
CHARLIE gostava de JAZZ e, nas folgas, mantinha um quinteto dedicado. Aqui, vão três discos diferentes e muito interessantes.
O BOX “FROM ONE CHARLIE”, 1991, é uma preciosidade para colecionadores. Dentro, há um livreto escrito e desenhado por ele, sobre outro CHARLIE, o PARKER. É parte de um estudo em suas aulas de design gráfico.
O livreto foi publicado pela primeira vez, em 1964, quando WATTS começava a fazer sucesso com os ROLLING STONES.
Ficou bonito, e hoje é difícil de encontrar. Mas, ele selou a paixão por CHARLIE “YARDBIRD” PARKER, à sua formação. O JAZZ, e o VISUAL combinados.
O disco que acompanha o BOX traz cinco músicas compostas por PETER KING, o sax alto, e um dos músicos do quinteto de CHARLIE WATTS. E mais dois clássicos de CHARLIE PARKER, “BLUE BIRD” e “RELAXING AT CAMARILLO”.
O nível técnico e artístico das gravações é excelente.
Os dois outros CDS, também foram gravados pelo exuberante CHARLIE WATTS QUINTET; que é formado por PETER KING; BRIAN LEMON, piano; GERARD PRESENCER, trompete e fluegelhorn; e DAVID GREEN, baixo. E, claro, o próprio WATTS, na bateria.
Eles gravaram “WARM AND TENDER”, 1993; e “LONG AGO AND FAR AWAY”, 1996; que formam deliciosa coleção de clássicos da grande canção americana, e do JAZZ.
São dois ótimos discos, e trazem o excelente cantor BERNARD FOWLER – que acompanha os ROLLING STONES desde 1989, fazendo backing vocals em discos e turnês.
Este é o CHARLIE WATTS eterno: refinado, independente e discreto. Mas que pouca gente conhecia.
Desfrutem!
POSTAGEM ORIGINAL 04/04/2020
DEDICADO A MEU AMIGO @klaus Sveigner
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NIGHT OF THE GUITAR – RESUMO AO VIVO DE COMO SE FAZIA O ROCK NOS ANOS 1970.

Estão todos ali?
Não, claro. Como disse PETE HAYCOCK, exímio guitarrista da CLIMAX BLUES BAND: “Convidamos o RORY GALLAGHER, mas ele não tinha espaço na agenda”.
O “NIGHT OF THE GUITAR” foi um projeto amplo e itinerante, que abrangeu um monte de craques famosos, com exceção talvez de BECK, CLAPTON e PAGE.
Estavam lá ALVIN LEE, LESLIE WEST, STEVE HOWE, ROBBY KRIEGER, ANDY POWELL, TED TURNER, PETE HAYCOCK, STEVE HUNTER, RANDY CALIFORNIA e JAN AKERMAN, entre outros. Todos foram ou vieram nas várias turnês, que rolaram por uns dois anos. De tudo isso, saiu o LONG PLAY duplo do mesmo nome e este CD. Amplos resumos do evento.
O disco foi produzido por MARTIN TURNER, baixista do WISHBONE ASH que, ao vivo, é um show à parte!
O cerne da escolha foi a turma fora do “NWOBHM”, acrônimo para “NEW WAVE OF BRITISH HEAVY METAL”; ou seja, os convidados fizeram sucesso antes do IRON MAIDEN ou do VAN HALEN – este é americano, claro. É, também, elenco bem anterior aos ultra ensaiados e técnicos “ATLETAS da GUITARRA”, no estilo VAI, SATRIANI, MALMSTEEN…
Resumindo, juntou a turma do “HARD – BLUES – ROCK”, e do PROGRESSIVO. Ícones dos anos 1960, 1970, e parte dos 1980. Muito legal! Gente memorável!
Uma “perna da turnê” passou pelo Brasil, em 1988/89, acho.
Eu assisti aos SHOWS com amigos, entre eles o Edison Batistella Jr, o JUNINHO, amigão há décadas. Vimos o WISHBONE ASH, que veio com a formação clássica original; assistimos ao LESLIE WEST; e, também, a JAN AKERMAN – guitarrista do FOCUS. Shows sensacionais!
Aconteceu no falecido PROJETO SP, que era uma “tenda-teatro” (se bem me recordo), no bairro da Barra Funda, aqui em SAMPA.
Havia um bar por lá, e umas trezentas pessoas no auditório.
Foi delirante! Principalmente a performance do “ASH”, craques entrosadíssimos!
No dia anterior ao show fui lá comprar ingressos, e dei de cara com o LESLIE WEST, risonho, baixinho e imensamente gordo: um “botijão de gás peripatético”. No palco é um Ogro gritalhão que toca muito, e põe todo mundo para pular. Inesquecível!
AKERMAN deu show mais contido, algo entre o PROGRESSIVO e a FUSION. Um tanto fora do clima esperado. Mas, em nível do grande “guitar player” que sempre foi.
Recomendo o disco, principalmente o vinil, que é mais completo, e onde há imensa JAM SESSION capitaneada por ALVIN LEE, e com quase todos os participantes. É bem difícil de achar pelaí.
Estar velho tem suas vantagens!
Estive lá, e com muito prazer!
POSTAGEM ORIGIANL 29/03/2020
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