CONCORD RECORDS – A GRAVADORA DOS GRANDES TALENTOS REJEITADOS, E BOX COM 6 CDS, “30 YEARS ANIVERSARY”, 2005

Que palavras duras, TIO SÉRGIO!

Na verdade, não.

A CONCORD RECORDS foi fundada em 1972, por um milionário vendedor de automóveis e amante do JAZZ que percebeu, nos final dos 1960, seus ídolos sendo esquecidos. Isto porque o POP ROCK havia tomado o mercado, e o passado maravilhoso de música bonita e relevante estava em ostracismo crescente.

Começou por um pequeno festival de música na cidade californiana de CONCORD, onde morava.

E foram os grandes guitarristas JOE PASS e HERBIE ELLIS, que propuseram a criação da pequena GRAVADORA BOUTIQUE. O crescimento da empresa, na data do presente BOX, era avassalador! Havia gravado mais de MIL DISCOS e conquistado 14 GRAMMYS!

A estratégia de CARL JEFFERSON, o visionário criador, foi trazer para o “CAST” grandes nomes do passado. O baixista RAY BROWN foi o primeiro A&R, o profissional que cuida de artistas e repertórios. Ele tornou-se craque na função, além de ter participado de inúmeros discos.

Foi na CONCORD onde seguiram carreira nomes consagrados como as cantores e cantoras como MEL TORMÉ, ROSEMARY CLOONEY, JACKIE and ROY e ERNESTINE ANDERSON. E talentos reconhecidos tipo KENNY BURRELL, DAVE BRUBECK, GEORGE SHEARING, ART BLAKEY, STAN GETZ, HANK JONES, entre inúmeros consagrados e históricos!

Estiveram ou estão por lá, também, a brasileira TANIA MARIA e gente relativamente nova e imensa como GARY BURTON, JOHN PATITUCCI, DAVE WEACKL, DIANE SCHUUR, KERRIN ALLISON, CHICK COREA, ROBEN FORD e AVISHAI COHEN…

A produção é geralmente muito boa, e com sabor mais contemporâneo, mesmo que orientada por uma visão digamos de raiz no JAZZ do BE-BOP para cá.

A CONCORD representa uma recuperação cultural estupenda e meritória, que nos faz lembrar um pouco a grande e relevante gravadoras brasileira BISCOITO FINO.

Recomendo para os conservadores não saudosistas, e que aceitam algumas poucas maluquices conceituais.

Este box com 6 CDS e livreto é pra lá de adequado.

E, também, mais alguns CDS avulsos de MEL TORMÉ, HANK JONES; e os excelentes veteranos jazzistas, mas aqui curiosamente em disco FUSION, de 1981, JACKIE and ROY.

Se encontrarem quaisquer deles, não vacilem!
POSTAGEM ALTERNATIVA: 15/06/2023

CURVED AIR & SONJA KRISTINA LINWOOD, MARTHA ARGERICH, PAPPANO E OUTROS SUPERDOTADOS VIAJANTES

QUEM SABE INICIAR PELO SUBLIME PARA ALCANÇAR O MUITO BOM?

TALVEZ SEJA PRETENSIOSO, MAS NÃO É SEMPRE QUE DAMOS DE CARA COM O MAGNO, E MEIO SEM QUERER.

NOITE DESSAS, SONO FALTANDO, “ORDENHANDO” A TELEVISÃO PAREI EM PERFORMANCE INESQUECÍVEL DE TRÊS GÊNIOS ACOMPANHADOS POR UM BANDO DE SUPERDOTADOS DA “ACADEMIA NATIONALE DE SANTA CECILIA”.

Os três, com jeitos, caras, visuais e performances de gênios, são MARTA ARGERICH, pianista do mais alto nível; SIR ANTONIO PAPPANO, maestro e pianista inglês, que absurdamente eu nunca ouvira falar!!!. E MISCHA MAISKY, violoncelista classe mundial.

Pois bem; em recital recente e magnífico transmitido pelo canal “PEOPLE AND ARTS!” dois pianistas, PAPPANO e ARGERICH fazendo maravilhas sobre os teclados. A “troupe” da retaguarda era não menos que precisa e prodigiosa. E MISCHA tirando um som explêndido no VIOLONCELO!

Executaram versão de “O CARNAVAL DOS ANIMAIS”, de “SAINT SAENS”, combinando à divertida, expressiva e genial “voz” dos animais a técnica e requinte de todos eles. Sem que sejam, é claro, tocam como fossem “atletas de seus instrumentos”, tal a intensidade!

Mas tio Sérgio, onde você quer chegar?

Cheguei: “O CARNAVAL” é peça em que se ouvem diversos animais – elefante, pássaros, etc… – com a dimensão “quase visual” que um instrumento musical pode oferecer.

Se você quiser “escutar” a expressão “visual” de uma ideia, no ROCK PROGRESSIVO existem aos montes. Lembro aqui “SEE-SAW”, no segundo disco do “PINK FLOYD”, “A SAUCERFUL OF SECRETS”, de 1968, onde você “vê” um “balanço desses de jardins da infância” voando, indo e vindo.

Os MOODY BLUES, no quarto LP “TO OUR CHILDREN”…, 1969, fazem, na primeira faixa, uma abertura com melotrom, órgão, etc… expressando o lançamento de um foguete, até ele atingir o espaço; e, depois, a reprodução musicada do “silêncio”!!!

A mesma coisa fez o CURVED AIR, no SECOND ALBUM, de 1971, com JUMBO, canção em que o violinista DARRYL WAYS e o tecladista FRANCIS MONKMAN, ambos formados no ROYAL COLLEGE OF MUSIC, descrevem a viagem no “super-avião”, com a leveza e as nuances para expressar o conforto da volta para casa. Sensacional, reconfortante e… tenso…

O CURVED AIR foi concebido por WAYS e MONKMAN, que se encontraram por acaso em uma loja de instrumentos musicais em Londres. Divergiam muito entre si e, mesmo assim, conseguiram forjar um conceito, ajudados também pelo bom baterista de nome uma tanto improvável: FLORIAN PILKINGTON-MIKSA, e vários baixistas que por lá passaram. Eles formaram um grupo que se tornou a base do futuro, e tinham vários instrumentais já produzidos, antes de mudarem o nome.

Mas o CURVED AIR realmente surgiu quando SONJA LINWOOD entrou para a banda. Cantora, ela fazia parte do elenco da peça “HAIR”. E sempre usou do lado “atriz” para integrar sua performance ao grupo. Além de moça bonita e de presença marcante, a maioria das letras foram compostas por ela.

KRISTINA é uma figura ao mesmo tempo típica e diferenciada no ROCK INGLÊS. Começou tocando e cantando FOLK. Gostava de DUSTY SPRINGFIELD, BUFFY SAINTE-MARIE, INCREDIBLE STRING BAND e DONOVAN! Um arsenal estilístico de forte impacto.

Ela tem voz pequena, mas afinada, expressiva, delicada e clara! Treinou muito e a ponto de tornar-se, depois, professora de técnica e empostação vocal. Canta muito bem – e dizem que até hoje!

Para o CURVED AIR ela trouxe outras bagagens. SONJA gostava da voz “fantasmagórica” de JANE RELF, na primeira formação do RENAISSANCE – com quem o CURVED AIR sempre concorreu na mesma pista no ROCK PROGRESSIVO. Algo entre o FOLK, o CAMERÍSTICO e até o SINFÔNICO.

SONJA KRISTINA foi influenciada, inclusive, pela “improvável” DOROTHY MOSCOWITZ, cantora alternativa de voz doce e ácida de banda cult e de único disco, lançado em 1968:

“THE UNITED STATES OF AMERICA”, americano., claro, está entre os pioneiros do ROCK DE VANGUARDA. Experimental e algo melódico, combinando PSICODELIA, violino e eletrônica. Uma banda que faz música de nome “I WON´T LEAVE MY WOODEN WIFE FOR YOU, SUGAR”, precisa ser redescoberta. Vocês concordam?

Este background formou a cabeça de SONJA e a base do CURVED AIR, na mistura em parte inspirada pelos também americanos “FLOCK” e “IT´S A BEAUTIFUL DAY”. E até o JEFFERSON AIRPLANE, em sua transição para JEFFERSON STARSHIP. Todos já usavam o violino, mesmo que em contexto mais FOLK / COUNTRY ROCK.

O CURVED AIR era craque no palco. Mas, principalmente em estúdio. Talvez porque músicos bem formados em conservatórios e universidades.

As sequências construídas internamente em cada música fluem. As passagens engendradas tema-solos-tema ou riffs; e as finalizações soam perfeitas. Pra não dizer da complexidade dos arranjos, em permanente conexão ao ROCK.

É muito bom observar YOUNG MOTHER e PEACE OF MIND, do “SECOND ALBUM”, 1971, por exemplo. E não deixem de escutar o disco de estreia, também em 1971, AIR CONDITIONING: o primeiro “PICTURE DISC” da história, objeto cult e de coleção; onde está o clássico predileto do público: “VIVALDI”. E procurem o excelente terceiro LP, PHANTASMAGORIA, 1972.

Os três formam a série mais criativa entre os sete discos que lançaram!

Depois do terceiro disco, os desacordos entre DARRYL WAY e FRANCIS MONKMAN levaram à desintegração da banda. E sobrou KRISTINA, que recompôs o grupo com o prodígio do violino, EDDIE JOBSON, de apenas 17 anos, e o tecladista KIRBY GREGORY, para gravar AIR CUT, em 1973.

A carreira de SONJA tornou-se algo instável. Ela conta que, em 1974, estavam todos duros. Aliás, sempre foram. Empresários, ficavam com a maior parte da grana, e a carga absurda de impostos na Inglaterra da época faziam músicos e outros profissionais trabalharem loucamente e dobrado para manterem-se.

Ela foi, ainda com a banda existindo, auxiliar de escritório e, depois, “croupier” no PLAYBOY CLUB!!!! Um acinte!!!!

No final, KRISTINA já casada com STEWART COPLAND, baterista do grupo, que depois formou o POLICE com STING e ANDY SUMMERS, voltou vez por outra aos palcos como atriz, fez um mestrado ligado à área da música, tornou-se professora de canto, e gravou alguns discos solo. Entre eles, MASK, considerado muito interessante.

Seja como for, o CURVED AIR reformou-se e existe até hoje com certo sucesso nos circuitos de shows mundo afora.

Recentemente estiveram no BRASIL junto com o RENAISSANCE, de ANNIE HASLAN; ambos na vida dura e contínua da saga do ROCK.

Por aqui, agradaram e não importa o que proporcionaram. São ícones; e nós eternos carentes de música criativa.

Tentem.
POSTAGEM ORIGINAL: 13/06/2024

ROD STEWART – TRÊS GRANDES MOMENTOS

Claro, é o velho ROD “THE MOD” STEWART, para a turma do ROCK e adjacências.

Certa vez, alguém perguntou se tenho discos do “MAICONDIAKSON ( o popular MIGUELZINHO JACKSON ) e do RODESTRUDE” . Do ROD eu tenho. Do MICHAEL só faixas em miscelâneas.

Aqui, parte dos discos das melhores fases dele. Com JEFF BECK GROUP, FACES e os três primeiros discos solo – quando começou a subir no mundo pop.

De bônus uma curiosa coletânea de SINGLES de meados dos anos 1960, com a participação de LONG JOHN BALDRY ( batizou o JOHN para o ELTON que todos sabemos ). Está ali PETER BARDENS , o fundador de CAMEL, a cantora inglesa JULIE DRISCOL, depois TIPPET, e outros. Há, inclusive , coisas com orquestra no estilo WALKER BROTHERS!!!

Também na foto um show ao vivo, de 1964, com o STEAMPACKET – grupo efêmero onde estavam o tecladista BRIAN AUGER, JULIE DRISCOL e o blues singer BALDRY, todos parte da futura nata do BLUES/JAZZ da cena londrina .

Para mim, STEWART deixou de ser artista interessante por volta de 1975. Tornou-se POP no limite do dispensável.

Fujam de seus discos de STANDARDS DE JAZZ e da grande música americana, lançados na década de 1990. São abomináveis! !!!!
POSTAGEM ORIGINAL: 13/06/2019

ORNETTE COLEMAN – FREE JAZZ – ATLANTIC RECORDS – 1961

Imagine você e mais sete amigos partindo para um rolezinho no Shopping Iguatemi, ou no Shopping da Barra?

Vocês chegam, combinam encontro de dez em dez minutos em ponto pré definido, e saem cada um para o seu lado, fazendo o que bem entender, mas dentro de esquema de transgressões inteligíveis, engraçadas, estudadas, mas libertárias a ponto de não serem identificadas por quaisquer outros dos seus amigos?

Louco, não?

Pois é; isto é o FREE JAZZ!

TOCAR FREE não é fazer qualquer barulho, qualquer coisa com o instrumento mas, sim, dar fluxo à imaginação com técnica, liberdade, espontaneidade; e de jeito que um compasso não seja como o seguinte; e a execução sempre diferente da outra, de modo que a música feita seja renovada a cada performance e, mesmo um disco gravado, portanto limitado no espaço físico, sempre seja inovador e surpreendente a cada audição.

É por aí!

Pois bem, essa experiência revolucionária foi realizada por ORNETTE COLEMAN E MAIS SETE MÚSICOS, em um disco inigualável, seminal, perturbador, gravado em 1961, chamado simplesmente “FREE JAZZ”.

O disco se apresenta inovador desde a capa. A edição original tem pinturas que remetem a JACKSON POLLOCK e à modernidade das artes plásticas, rompendo com o padrão hip- sofisticado-recatado-desafiador das capas dos LPS de JAZZ dos anos 1950. Há, inclusive, uma janela que comunica parte externa da primeira capa do LP com a interna. É arte moderna da melhor qualidade!

Eu comprei o disco por volta de 1975, mas não era a primeira edição que descrevi – infelizmente! Procuro uma original até hoje! Custa caro e é quase impossível de se conseguir! Mesmo assim, encomendei uma reedição atual em vinil. Aguardo.

A experiência de ouvir DOIS QUARTETOS DE BAIXO, BATERIA, SAX e PIANO TOCANDO SIMULTANEAMENTE, é avassaladora.

Existe um tema central que todos compartilham, alguns pontos de encontro em que todos tocam juntos, e o resto é improvisação.

ESSE DISCO É O PREGO NO CAIXÃO DA GRANDE CANÇÃO AMERICANA DOS ANOS 1950 – um passo bem além de SINATRA, ELLA, BILLIE, SARAH… Um sakto a frente incomparavelmene desafiador!

Se você pensa que ROCK, principalmente o clássico dos anos 1950 é vanguarda, então não tem a menor ideia do que é transgressão.

Claro, a obra tem origens; não veio do nada. No final da década de 1950 MILES DAVIS, JOHN COLTRANE, CHARLIE PARKER e mais uma infinidade de outros, já fazia, ou havia feito, um som totalmente fora do melódico e harmônico tradicional…

Para mal comparar, mas orientar quem se interesse por essas coisas, eu suponho que os admiradores do CHICO BUARQUE, do MILTON NASCIMENTO ou do ROBERTO devam fugir disso aí.

Já se você gosta do CAETANO, do TOM Zé, do ARRIGO BARNABÉ e do HERMETO PASCOAL, tente ouvir.

O som é tão radical que malucos como eu e certos amigos, quando tomamos algumas juntos até colocamos discos de JAZZ FUSION e ROCK PROGRESSIVO. Mas, não me recordo de termos ouvido o FRANK ZAPPA – outro admirador de COLEMAN e também vida torta na música – porém, mais bem palatável…E isto dá uma dica do que estou dizendo…

Em poucas e finais provocações, se você gosta da ELIS REGINA fuja; se gosta da BJORK fique; se o seu maestro arranjador for o EDUARDO LAJE, então suma! E se for o GIL EVANS ou ROGÉRIO DUPRAT permaneça.

E quem gosta de arte de vanguarda, procure na internet o tinhoso acima. Fará um bem a si mesmo e abrirá algumas portas fechadas do céu – e do inferno, também.

Só que é dieta calórica demais e pode estragar paladares menos agressivos.

Tente!
POSTAGEM ORIGINAL: 13/06/2023

FRANÇOISE HARDI: A MORTE DE “FRANCISQUINHA”, A FRANCESA DOS SONHOS

BELA, CHARMOSA, E CANTA MUITO BEM ( NO PRESENTE, PORQUE PERENE ).

ELA SEMPRE ESTEVE PRÓXIMA ÀS VANGUARDAS. E, COMO ARTISTA, DAVA DE DEZ NA CONCORRÊNCIA DE SEU TEMPO DE GLÓRIA – ANOS 1960 EM DIANTE E ATÉ UNS CINCO ATRÁS.

SYLVIE VARTAN, SUA CONTEMPORÂNEA, JAMAIS FEZ SOMBRA A SEU TALENTO ECLÉTICO. EM BELEZA TALVEZ EMPATASSEM; EM TALENTO, INTERPRETAÇÃO E CHARME, NÃO!

FRANÇOISE HARDI FOI UM MISTO DE “NARA LEÃO” E “RITA LEE”; SOFISTICAÇÃO E REBELDIA EM DOSES CORRETAS. E SEMPRE ESTEVE NO LUGAR CERTO, ONDE O JOGO ESTAVA SENDO JOGADO…

“FRANÇOISE” “NAVEGOU” ASTROS E MASTROS, DE “SERGE GAINSBOURG” A MICK JAGGER”, PARA NÃO ESTENDER MINHA INDISCRIÇÃO… E TRANSITOU DO “BEAT” AO “BLUR” E AOS “PET SHOP BOYS”; PASSOU PELA “BOSSA NOVA”, CRIANDO COM “TUCA”, ÓTIMA VIOLONISTA BRASILEIRA, JEITO MUITO PRÓPRIO E BEM SUCEDIDO. E DESAGUOU, AO FINAL DOS 1990, NO “POP ROCK ALTERNATIVO”, SOANDO MAIS OU MENOS COMO O ATUAL”REVIVAL” DA TURMA DOS 1980: PESADA, CHEIA DE VERVE E CHARME.

FRANCISQUINHA ERA (É) VERSÁTIL, ATUALIZADA, CURIOSA E COMPETENTE. POPULAR E PROGRESSISTA SEM SER VULGAR OU CHATA!

A COLETÂNEA, “MESSAGES PERSONNELS” FOI LANÇADA EM 2002, PELA “VIRGIN FRANÇAISE”. EU CONSEGUI NA EXCELENTE E SAUDOSA “NUVEM NOVE”, EM SAMPA. FIZ TROCA POR SUPERBOX DO “THE WHO!, E MAIS UNS MANDACARUS!

É AMBRANGENTE E MUITO BEM FEITA. TEXTO E SELEÇÃO MUSICAL SUPERIORES; QUALIDADE SONORA IMPECÁVEL, COM 74 MÚSICAS EM TRÊS CDS. É BOX BEM DESENHADO, TRAZ FOTOS E TUDO O MAIS QUE PRECISAMOS. AGRADARÁ URBI ET ORBI, ESPAÇO SIDERAL ADENTRO. APOSTO!

EU SIMPLESMENTE ADORO ESSA FRANCESA “IDEAL-TIPO” ETERNA E RELEVANTE. MAIS IMPRESCINDÍVEL DO QUE “BRIGITTE BARDOT”. PARA MIM, MADAME HARDI FOI MUITO ALÉM… ENTÃO, QUE TENHA LUZ E PAZ ETERNAS, E NÃO ESQUEÇA DA GENTE, OS MORTAIS CHOROSOS!

FRANCISQUINHA É O FINO! DIZENDO MELHOR: PERMANECE O FINO!
POSTAGEM ORIGINAL: 13/06/2024

MILES DAVIS – “IN A SILENT WAY”, 1969 – A FUSÃO FUTURISTA CONCEBIDA NUM LAPSO DE TEMPO ENTRE “AMBIENT MUSIC – JAZZ VANGUARDA – ROCK PROGRESSIVO E NEW AGE” –

Viver e sonhar, ou fazer enquanto sonhando? Quem sabe dar forma ao sonho depois de acordado e tudo feito meio “sem querer – querendo”?

Tudo isso junto, provavelmente…

Talvez MILES tenha sido um predestinado. Foi contratado pela COLUMBIA RECORDS em 1957, e permaneceu por lá até 1989. O legado está em magnífico BOX com 70 CDS e um DVD, abrangendo o quê deixou gravado, e parte do descartado na época, mas reaproveitado ao longo dos tempos.

O lapso temporal aconteceu entre o final de um dos “MILES DAVIS QUINTET”, aquele criado em 1965 com o pianista HERBIE HANCOCK; RON CARTER, no contrabaixo; TONY WILLIANS, baterista; e WAYNE SHORTER, no sax. Músicos excepcionais, herdeiros da moderna tradição jazística. Eles gravaram 4 LPS, e faixas que saíram em mais três álbuns lançados posteriormente.

Quando o grupo foi dissolvido, em 1968, MILES montou outro com músicos mais jovens, também extraordinários e depois ultraconhecidos: JOE ZAWINUL e CHICK COREA, teclados; JOHN McLAUGHLIN, guitarra; DAVID HOLLAND, no baixo. E manteve TONY WILLIANS e HANCOCK.

Este é o time que atuou no álbum original. E, acrescido de outros músicos, tocou nas várias outras faixas que compõe este BOX com 3 CDS, livreto muito informativo e fino acabamento gráfico.

As sessões que resultaram no “IN A SILENT WAY”, o BOX SET, seguem dois caminhos não tão distantes, mas divergentes.

Claro, MILES também procurou ficar próximo à sua sonoridade “histórica”, para não fugir radicalmente do público que conquistara. Afinal, continuava fazendo turnês. trabalhando. Mas, funcionou; grande parte do que não entrou no álbum original acabou sendo aproveitada nos discos posteriores: FILLES DE KILIMANJARO, 1969; WATER BABIES, 1976; CIRCLE IN THE ROUND, 1979; e DIRECTIONS, 1971. Esse material, menos experimental, é facilmente identificável com a evolução de sua carreira.

“IN A SILENT WAY”, lançado em 1969, faz fronteira com “BITCHES BREW”, 1970; e ambos são marcos fundadores do “JAZZ FUSION”.

O disco foi produzido por “TEO MACERO”, e é diferente de tudo o que MILES DAVIS fazia, e fez depois. Foi sendo concebido e realizado durante as diversas sessões de gravação que compõem este BOX. E, a mudança de foco em direção ao mais experimental é nítida.

A música título foi composta por JOE ZAWINUL, tecladista de vanguarda austríaco, que se inspirara no “clima” do Natal de 1968, que passara com a família em VIENA. Ela tenta expressar a intensa paz, calor humano e proximidade com suas origens e a natureza.

DAVIS gostou do que ouviu. É diferente da “tensão” característica de seu estilo. E o resultado é obra inovadora, coesa, experimentando novas texturas e harmonias. Músicas digamos “oníricas”: com inícios “fluidos”; sem final explícito, e reinícios no decorrer das faixas… Ou seja, moderníssimas.

Segundo McLAUGHLIN, o estúdio era amplo, os músicos estavam mais espalhados, e MILES circulava falando baixinho no ouvido de cada um, orientando, dirigindo o grupo.

DAVIS integrou ao time três tecladistas com estilos diferentes. E para desempenhar funções diferentes. E todos assumiram a música de base elétrica. Ele deu liberdade para o super GUITAR HERO JOHN McLAUGHLIN expor seus talentos. Resumindo, com os novos integrantes o lado ROCK afluiu.

MILES DAVIS compôs SHHHH / PEACEFULL, e ABOUT THAT TIME, para completar o LONG PLAY. Quatro músicas experimentais enunciando o FUSION JAZZ, e o início da FASE ELÉTRICA da carreira dele. E há várias faixas no BOX indo para esse lado, também.

Ao final, houve a seleção das faixas para serem lançadas. E o resultado é uma construção peculiar entre o ROCK PROGRESSIVO e o JAZZ de VANGUARDA que abriu, tempos depois, novos caminhos agora definidos como NEW AGE, AMBIENTE MUSIC, TRANCE – e outras tendências da modernidade eletrônica.

É preciso compreender que a impermanência de tudo é a regra da vida. Os conceitos até então consolidados sobre estilos, e suas origens, consequências e influências também estão sob escrutínio.

Hoje, encara-se RICK WRIGHT, no PINK FLOYD; e o recentemente falecido MIKE PINDER, um dos fundadores dos MOODY BLUES; como dois tecladistas mestres na criação dos climas e conceitos marcantes das bandas. Tanto o FLOYD como os MOODIES seriam totalmente diferentes sem a presença desses dois.

Neste sentido, não se deve estranhar que as sonoridades encontradas no álbum “IN A SILENT WAY” possam ter influenciado BRIAN ENO na criação da AMBIENT MUSIC. E daí, da música elétrica para os eletrônicos de vanguarda modernos, tipo a NEW AGE e o TRANCE. E, vou citar o estilo da gravadora ECM e sua imensidão criativa que aceita do acústico ao eletrônico; do JAZZ ao CLÁSSICO, do experimental ao conservador modernizado.

Em poucas palavras, MILES DAVIS pode ser pioneiro por aqui, também!

E DURMA-SE COM UM SILÊNCIO DESSES!
POSTAGEM ORIGINAL: 09/06/2024

MILES AND MILES AWAY: PARTE DA GRANDEZA DO TALVEZ MELHOR DE TODOS!

MILES TALVEZ SEJA “O GÊNIO” ENTRE OS GÊNIOS.

ESTOU COM PRESSA E VOU DIZER APENAS QUE, ENTRE 1948 E 1991 ELE INFLUENCIOU TODA – TODA MESMO! – CENA MUSICAL DO PLANETA.

NEM OS BEATLES, NEM TOM JOBIM, ELVIS, BOWIE, KRAFTWERK, E PODEM RECORDAR QUALQUER OUTRO, NINGUÉM FOI TÃO INOVADOR E CONTEMPORÂNEO DA VANGUARDA COMO ELE.

E COMO TRABALHOU, PRODUZIU, INOVOU E GRAVOU ESSA ENORMIDADE INCONTRASTÁVEL DA ESPÉCIE HUMANA!

ESCOLHI ALGUNS ENTRE TANTOS E TANTOS QUE VENHO COLECIONANDO, OUVINDO, REOUVINDO, DISCORDANDO, COMPREENDENDO, AMANDO!

TALVEZ BEETHOVEN? QUEM SABE MOZART? OU, SIMPLESMENTE MILES DAVIS! FECHO COM O NEGÃO!

PEGUEM UMA TAÇA DE VINHO E CALIBREM UM MILES QUALQUER NO STREAMING, NO CD PLAYER, NO PICK UP, O QUE SE QUISER OU ESCOLHER.

E BOM FINAL DE DIA, QUALQUER DIA, EM QUALQUER TEMPO, POR TODA A EXISTÊNCIA HUMANA NESTAS GALÁXIAS. ELE É INFINITO.
POSTAGEM ORIGINAL: 04/06/2024

ZOMBIES E COLIN BLUNSTONE – DO BEAT AO PSICODÉLICO PROGRESSIVO 1965/1968 –

“THE ZOMBIES” FOI UM GRUPO BEAT/R&B DA INGLATERRA. TEVE 2 GRANDES HITS, EM 1965, “SHE´S NOT THER” E “TELL HER NO”. GRAVOU VÁRIOS SINGLES E APENAS UM LONG PLAY NAQUELA FASE, E COLAPSOU.

PORÉM, E O PORÉM É FUNDAMENTAL, CONSEGUIU REINVENTAR-SE DA MESMA FORMA QUE PARTE DE SEUS CONTEMPORÂNEOS, COMO OS BEATLES, HOLLIES, STONES, MANFRED MANN, MOODY BLUES… EVOLUINDO DO BEAT ORIGINAL PARA A PSICODELIA, E DAÍ PARA AS FRONTEIRAS DO ROCK PROGRESSIVO.

NESSE TRAJETO ACIDENTADO, FIZERAM VÁRIOS SINGLES MAIS EXPERIMENTAIS, E DESAGUARAM EM DISCO SEMINAL E REFERÊNCIA INESCAPÁVEL DO MELHOR POP JÁ FEITO: “ODISSEY AND ORACLE”, DE 1967.

O DISCO CRESCE DE IMPORTÂNCIA A CADA ANO QUE PASSA, E CERTAMENTE VOCÊS CONHECEM UMA DAS FAIXAS: “TIME OF THE SEASON”, QUE SEMPRE TOCA NAS RÁDIOS MUNDO AFORA.

“ODISSEY AND ORACLE” TEVE CARREIRA BASTANTE CURIOSA, SUBINDO FEITO FOGUETE DO UNDERGROUND PARA O RECONHECIMENTO DE CRÍTICA E PÚBLICO. TAMBÉM SAIU POR AQUI, NO FINAL DOS ANOS 1960.

A HISTÓRIA É CURIOSA, UM QUASE CONTO DE FADAS POP. E MAIS OU MENOS ISTO TAMBÉM ACONTECEU, NOS ANOS 1990, COM A BANDA BRITPOP “THE VERVE”.

THE ZOMBIES HAVIA ACABADO QUANDO O DISCO ENTROU, ESCALOU AS PARADAS, DEPOIS DE TER SIDO LANÇADO PELA “EPIC” NO HOSPÍCIO DO NORTE, POR INICIATIVA DO AMERICANO PRODUTOR, MÚSICO E ARRANJADOR “AL KOOPER”, QUE TEM FARO APURADO E HISTÓRIA IMPORTANTE: TOCOU TECLADO EM “LIKE A ROLLING STONE”, DE “BOB DYLAN”; E DESCOBRIU E PRODUZIU O GRANDE “LYNYRD SKYNYRD”, SINÔNIMO DO MELHOR “SOUTHERN ROCK”.

“ODISSEY ADN ORACLE” FOI TURNING POINT PARA A CARREIRA DO VOCALISTA “COLIN BLUNSTONE”, QUE ESTAVA TRABALHANDO COMO CORRETOR DE DE SEGUROS. E PARA TECLADISTA “ROD ARGENT”, QUE INICIAVA O CONCEITO DA FUSION ENTRE PROG E R&B, QUE O TAMBÉM HISTÓRICO E EXCELENTE “ARGENT”, DESENVOLVEU DURANTE A DÉCADA DE 1970, COM RAZOÁVEL SUCESSO.

O DISCO TORNOU-SE UM CLÁSSICO SEMINAL NA INTERSECÇÃO EVOLUTIVA ENTRE O ROCK PSICODÉLICO E O PROGRESSIVO, EXPLORANDO A VERTENTE TRAZIDA PELOS BEATLES EM “ELEANOR RIGBY”, E OS “ROLLING STONES”, EM “LADY JANE”. OU SEJA, O ROCK CONCEBIDO E APRESENTADO COMO MÚSICA DE CAMARA.

CLARO, ODISSEY & ORACLE FOI CRIADO, PORQUE “THE DAYS OF FUTURES PASSED”, 1967. DOS MOODY BLUES, ÁLBUM CONCEITUAL E CERTAMENTE O MARCO INICIAL DO PROGRESSIVO SINFÔNICO JÁ EXISTIA E DEMARCOU ÉPOCA.

A OBRA É NÍTIDO PASSO ALÉM! OUÇAM E TENHAM; PORQUE LINDA E NÃO PERDEU VIGOR, MAIS DE 50 ANOS DEPOIS DE TER SIDO CONCEBIDA. E MANTÉM STATUS CONTINUAMENTE CRESCENTE ENTRE COLECIONADORES E GENTE DE BOM GOSTO. É OBRIGATÓRIA!

THE “ZOMBIES” ORGANIZAVA-SE EM TORNO DE “ARGENT” E DE

E “COLIN BLUNSTONE” – ENTRE OS MELHORES E MAIS ORIGINAIS VOCALISTAS DO ROCK INGLÊS.

ELE É CANTOR DE TIMBRE INIGUALÁVEL, VERSATILIDADE ESTILÍSTICA, E MUITO BOM GOSTO. CAPAZ DE CANTAR BEM DO FOLK, À BOSSA NOVA, AO R&B; ÀS VEZES TANGENCIANDO O POP SUAVE MESCLADO COM TOQUES DE PROGRESSIVO, UMA ESPECIALIDADE QUE DESENVOLVEU.

É ATÉ HOJE UM CARA TÍMIDO! MESMO TENDO SIDO IMPULSINADO POR “ELTON JOHN”, EM SUA GRAVADORA “ROCKET” – VEJA O CD “, NOS ANOS 1980: “NEVER EVEN THOUGHT / PLANES”, O ÚLTIMO CD NA FOTO DA PRIMEIRA FILEIRA. DOIS DISCOS POP / R&B DE ÓTIMO NÍVEL, GRAVADOS COM CRAQUES DE ESTÚDIO.

COLIN ESTEVE CONTINUAMENTE ASSOCIADO A “ALLAN PARSONS”, PARA QUEM FEZ VOCAIS EM DISCOS E PRODUÇÕES; E O PRODUZIU NO “KEATS”, UMA “BANDA JOINT VENTURE DE ROCK PROGRESSIVO”, COM “PETER BARDENS”, DO CAMEL, IAN BERNSON, DAVID PATON E STUART ELLIOT, GENTE DA TROUPE DE PARSONS, EM 1984.

É O PROG TÍPICO SEMI-AÇUCARADO E AGRADÁVEL. O DISCO FOI LANÇADO POR AQUI, NA ÉPOCA…

A DISCOGRAFIA DE COLIN BLUNSTONE TEM DISCOS BEM VARIADOS. O 3 PRIMEIROS TAMBÉM LANÇADOS PELA EPIC, ENTRE 1971/1973 (NA ÚLTIMA FILEIRA DA FOTO) , FORMAM EXEMPLOS NA LINHA FOLK/PROG/ POP

ENTRE ELES ESTÁ O PRIMEIRO DISCO SOLO DELE, “ONE YEAR”, NA ESTEIRA DO “ODISSEY AND ORACLE”, QUE VEM SUBINDO DE STATUS ENTRE CRÍTICOS E COLECIONADORES, E SERÁ RELANÇADO PROXIMAMENTE EM EDIÇÃO LUXUOSA.

OS ZOMBIES SE REÚNEM VEZ POR OUTRA. HÁ DVD MOSTRANDO SHOW DE ANOS RECENTES. E ESTÃO NO “ROCK AND ROLL HALL OF FAME”. MERECIDAMENTE, MESMO TENDO GRAVADO POUCO. VALE A PENA ESCUTAR INDIVIDUALMENTE “BLUNSTONE”, ” O ARGENT” E OS “ZOMBIES”.

COMO ESCREVEU EIVADO POR MELANCOLIA O Rene Ferri, EM SEU FANZINE WOP-BOP, NOS ANOS 1970: “NUNCA SE COLECIONOU FOTOS DE COLIN BLUNSTONE”!

TALVEZ A TURMA COMECE A COLECIONAR..
POSTAGEM ORIGINAL 04/06/2017

O “O MUSEU ON CO TÔ” E AS LUCRATIVAS TURNÊS “KNOCK KNOCK KNOCK ON HEAVEN”S DOOR” … AI, AI, AI MINHAS COSTAS…

TIO SÉRGIO, você é um ingrato, falastrão e xereta. Não tem compaixão e compreensão da vida dura que a grande maioria precisa enfrentar. Você misturou tudo junto ao mesmo tempo agora. Tentou aventura de baixa ética pra falar, falar e falar…

NÃO, sobrinhos, O TIO SÉRGIO é o inverso de tudo isso! Ele apenas faz como JIM MORRISON: “Sits down, and watch de river flow”. O TIO é mais para o “IDEAL TIPO” de MAX WEBER, do que para a rebeldia construtiva que legou de teorias revolucionárias, feito o grande tiozão KARL MARX!

O TIO SÉRGIO está mais para os microscópios do que para lunetas e telescópios. Gosta do micro mundo POP, das artes e da vida. O TIO não milita. Esmiúça, tenta separar a casca da cebola – metáfora talvez adequada para a vida de todos nós: em camadas que se abrem, ou não, sempre muito ácidas escorrendo em lágrimas…

Certa vez, comentei com o meu amigo Paulo Aristeu:

“Acho que vou juntar uns caras e criar TEATRO para trazer concertos da turma da segunda, terceira e quarta idade do ROCK, e adjacências. A primeira série chamará “GERIATRIA IN CONCERT”.

Vai ter enfermaria, cozinha de Hospital, médicos, nutricionista, e até uma ambulância de última geração. E lojinha também, claro!

Vamos construir ao lado um MUSEU chamado “ONCOTÔ?” Redução para “ONDE É QUE EU TÔ”. Lembrará quem morreu, onde está enterrado, se foi cremado, ou se vive aposentado… Dados pós “biovívidos” , digamos assim… E as memorabilias e discos que fizeram…

Vejam que legal!

Não faltam atrações, a maioria delas CINQUENTENÁRIAS, ou quase.

Estão ainda por aí o DEEP PURPLE, O RENAISSANCE, o CURVED AIR, os STONES, o CAETANO, o GIL, o EGBERTO GISMONTI; e também KING CRIMSON, BLUE OYSTER CULT, NEW MODEL ARMY, ROY WOOD!!!!, GEORGE CLINTON e um montão mais…

Inclusive a turma da foto: BONNIE RAITT, JUDY COLLINS, THE CURE, VAN MORRISON, CAT STEVENS, JETHRO TULL. E o nosso preclaro definidor e definitivo HERMETO PASCOAL.

LEMBREI do AMILTON GODOY, grande pianista e professor, que foi parte do icônico ZIMBO TRIO, e ainda muito ativo. Aqui em CD com o filho TICO GODOY, excelente saxofonista, carreira sólida em curso. Conheço pai e filho, porque a RENATA, filha do meu “amigoirmão”, FRED FRANCO JR. é casada com o TICO.

Todo mundo por lá, claro!

Recordei o DEEP PURPLE, instituição mais do que cinquentenária. JON LORD, por exemplo, há muito entrou no portal… Também, pô! Ele tocou no STAR CLUB, em Hamburgo, por volta de 1964, com os ARTWOODS, banda do irmão mais velho de RON WOOD, aquele dos STONES! LORD foi recomendado pelo pessoal dos SEARCHERS, concorrentes dos BEATLES, que também se apresentaram lá em 1963. O JON seria candidato a decano, se vivo estivesse…

O BLUE OYESTER CULT também perto dos 50 anos, anda “se reincorporando”. Nem conferi quem sobrou da formação original…

Essa turma está em processo de aposentadoria. Ou em pura extinção… Mas, transita pelaqui!

Tempos atrás NEIL PERT, baterista espetacular, do RUSH desembarcou no além… Todo dia alguém viaja…

O mais legal é que sempre vou estar por lá recebendo os caras, comendo uma saladinha, papeando e papando uma canjinha…vez por outra uma cervejinha…

E, quando eu trouxer o OZZY OSBOURNE vou fazer um cartaz assim: “ONTEM DIABÓLICO, HOJE DIABÉTICO!”

Vai sobrar bengalada pra todo lado.
POSTAGEM ORIGINAL 06/06/2024

ELTON DEAN – DOIS MOMENTOS DO JAZZ INGLÊS DE VANGUARDA, ANOS 1970 / 1980

Tio Sérgio está envelhecendo e continua resguardando.

Uso máscaras, tenho anti-térmicos e caixas de “Parabucetamol”, oooopppsss. Tudo pra fugir do COVID 19.

Agora, estou à espreita da VARÍOLA DO MACACO.

Mas já estou vacinado (contra o MACACO, não, pô…).

Só falta a antirrábica, pra aguentar a vida e a política.

Porém, há 37 anos Tio Sérgio esteve todo pimpão com a patroa no “CULTURA ARTÍSTICA”, teatro em SÃO PAULO que já passou por incêndio destruidor, e assistiu a um show do mito inglês do SAX, ELTON DEAN, e sua banda de craques!

O ticket do ingresso está na foto.

Detalhes marcam a memória: ele entrou no palco com chinelos tipo havaianas em quente noite de março. Foi em 1986.

Na banda, o incrível e complexo BATERISTA , JOHN MARSHALL, exposto fielmente por Fernando Naporano, em artigo na FOLHA de SÃO PAULO, como a “MÁQUINA PERCUSSIVA”. Ele é, mesmo, um espetáculo, e mostrou os porquês.

Meninos, meninas e intervalos de orientação sexual entre um polo e outro: esteve por aqui a VANGUARDA JAZZÍSTICA INGLESA daquele momento! EMPOLGANTES e ANTI-ÓBVIOS deram aula sem monotonia. Sensacional!

Aqui, estão exemplos da arte incrustada em discos por ELTON DEAN. Experimentos PÓS-FREE JAZZ, mas com suas tradições e cacoetes:

O quarto álbum do SOFT MACHINE, de 1971. E outro de seus filhotes, o quarteto composto pelo baixista HUGH HOPPER; ELTON DEAN; o pianista de vanguarda KEITH TIPPETT; e o baterista JOE GALLIVAN, em “CRUEL BUT FAIR”.

Ambos discos recomendáveis de montão para a turma que transita pelas aerovias siderais da FUSION RADICAL.

Aos que assistiram ao filme-biografia do “REGINALDO” DWIGHT, também conhecido por ELTON JOHN, vou esclarecer: seu nome artístico é homenagem ao xará ELTON DEAN, de quem é fã e com ele tocou.

E o JOHN é referência ao “BLUESMAN” inglês LONG JOHN BALDRY, e não ao BEATLE “LENNON”, como foi insinuado.

Referências refinadas, heim pessoal?

Então, mergulhem de cabeça na obra de ELTON DEAN! O arrependimento vai matar quem não fizer…
POSTAGEM ORIGINAL: 30/05/2020