MARCOS VALLE: MÚSICA ILUMINADA. “TUDO”, BOX SET DISCOGRAFIA E.M.I: 1963/1974 & LIVE AT BIRDLAND COM STACEY KENT

JOÃO GILBERTO foi a grande ruptura conceitual na música brasileira, em 1958; então, o que deveriam fazer os cantores, compositores e músicos no pós revolução? Como construir e seguir carreira depois de “Chega de Saudades”?

Se percebi corretamente, MARCOS VALLE desde o primeiro disco, em 1963, focou mais na construção melódica. A mais bela, brasileira, e independente música que conseguiu fazer.

Ele trabalhou andamentos, usou orquestrações não convencionais, e assim ampliou a BOSSA NOVA, sem limitar-se a ela.

Talvez?

MARCOS é, antes de tudo, ótimo cantor. Sua voz em alguns momentos tangenciava o WILSON SIMONAL bossanovista de 1961. Mas, o caminho corria paralelo ao timbre e às intenções musicais de MILTON NASCIMENTO. Tem algo dos mineiros; e não é por acaso: gravou com músicos de lá. Muitas composições de MARCOS VALLE feitas anos 1970 têm aquele sabor algo ROCK PROGRESSIVO, melodias e vocais sempre bem arranjados, e pessoais.

MARCOS VALLE é um estilista. Sua música, e as letras concisas, precisas e sintéticas de seu irmão PAULO SÉRGIO VALLE, compõem universo musical de beleza radiante. Luminoso! Mesmo quando aquele travo algo triste das canções de amor da época se manifestam. Ou, em temas sociais, ao tentar refletir sobre o quadro político ou existencial do período.

PAULO SÉRGIO e MARCOS não eram militantes. E muito menos alienados. Eram artistas conscientes; o meio de expressão da dupla era e é a música.

Acho que os irmãos VALLE construíam com “LUZES”. E o bônus desse talento límpido os levou ao sucesso no exterior. As melodias e harmonias de MARCOS VALLE têm comunicação instantânea com o a sensibilidade POP transnacional. Ele é brasileiro, carioca; e simultaneamente universal, do mundo. É compreendido em LONDRES ou em TÓQUIO. Procurem o DVD gravado com a excelente STACEY KENT, canadense, que entende e fala e canta em português – entre outra línguas -; e observem a sinergia entre ambos e o JAZZ-BOSSA-POP que fazem juntos. Delicioso!

O BOX com onze CDs produzido por CHARLES GAVIN, um dos TITÃS, tem bom som, e alguns dados técnicos e sobre os músicos que participaram de cada disco.

Mas, como é infelizmente normal no Brasil, nenhum texto explicativo, introdutório que fosse. Faz falta, muita falta. Paciência…

Não ouvi todos os discos para escrever a vocês. Mas, se compreendi alguma coisa da música dele e, principalmente, sobre a vida até agora, é que em tempos de brutalidade explícita e boçal a luta em favor da delicadeza é indispensável, estratégica.

É preciso ter como objetivo o predomínio do belo. Ouçam “Meu Heroi” e Remédio pro coração”, de 1974. É arte feita por gente que sabe desse complexo segredo escondido pelo dia-a-dia.

Ouçam, os irmãos VALLE. Gente do mundo inteiro faz isso há tempos. Estão muito longe de ser um segredo brasileiro!

MARCOS VALLE – MÚSICA ILUMINADA!

DISCOGRAFIA EMI: 1963/1974 & LIVE AT BIRDLAND, COM STACEY KENT, 2014

Se JOÃO GILBERTO foi a grande ruptura conceitual na música brasileira, em 1958; então, o que deveriam fazer os cantores, compositores e músicos no pós revolução? Como construir e seguir carreira depois de “Chega de Saudades”?

Se percebi corretamente, MARCOS VALLE desde o primeiro disco, em 1963, focou mais na construção melódica. A mais bela, brasileira, e independente música que conseguiu fazer.

Ele trabalhou andamentos, usou orquestrações não convencionais, e assim ampliou a BOSSA NOVA, sem limitar-se a ela.

Talvez?

MARCOS é, antes de tudo, ótimo cantor. Sua voz em alguns momentos tangenciava o WILSON SIMONAL bossanovista de 1961. Mas, o caminho corria paralelo ao timbre e às intenções musicais de MILTON NASCIMENTO. Tem algo dos mineiros; e não é por acaso: gravou com músicos de lá. Muitas composições de MARCOS VALLE feitas anos 1970 têm aquele sabor algo ROCK PROGRESSIVO, melodias e vocais sempre bem arranjados, e pessoais.

MARCOS VALLE é um estilista. Sua música, e as letras concisas, precisas e sintéticas de seu irmão PAULO SÉRGIO VALLE, compõem universo musical de beleza radiante. Luminoso! Mesmo quando aquele travo algo triste das canções de amor da época se manifestam. Ou, em temas sociais, ao tentar refletir sobre o quadro político ou existencial do período.

PAULO SÉRGIO e MARCOS não eram militantes. E muito menos alienados. Eram artistas conscientes; o meio de expressão da dupla era e é a música.

Acho que os irmãos VALLE construíam com “LUZES”. E o bônus desse talento límpido os levou ao sucesso no exterior. As melodias e harmonias de MARCOS VALLE têm comunicação instantânea com o a sensibilidade POP transnacional. Ele é brasileiro, carioca; e simultaneamente universal, do mundo. É compreendido em LONDRES ou em TÓQUIO. Procurem o DVD gravado com a excelente STACEY KENT, canadense, que entende e fala e canta em português – entre outra línguas -; e observem a sinergia entre ambos e o JAZZ-BOSSA-POP que fazem juntos. Delicioso!

O BOX com onze CDs produzido por CHARLES GAVIN, um dos TITÃS, tem bom som, e alguns dados técnicos e sobre os músicos que participaram de cada disco.

Mas, como é infelizmente normal no Brasil, nenhum texto explicativo, introdutório que fosse. Faz falta, muita falta. Paciência…

Não ouvi todos os discos para escrever a vocês. Mas, se compreendi alguma coisa da música dele e, principalmente, sobre a vida até agora, é que em tempos de brutalidade explícita e boçal a luta em favor da delicadeza é indispensável, estratégica.

É preciso ter como objetivo o predomínio do belo. Ouçam “Meu Heroi” e Remédio pro coração”, de 1974. É arte feita por gente que sabe desse complexo segredo escondido pelo dia-a-dia.

Ouçam, os irmãos VALLE. Gente do mundo inteiro faz isso há tempos. Estão muito longe de ser um segredo brasileiro!
Postagem original: 22/02/2020

BEATLES – MAGICAL MISTERY TOUR E OS FANTÁSTICOS SINGLES DE 1967

A POSTAGEM É MENOS SOBRE O DISCO EM SI, EM QUE ESTÃO REUNIDOS ALGUNS DE SEUS MELHORES SINGLES, E CANÇÕES NITIDAMENTE PSICODÉLICAS DE ALTA QUALIDADE!

NÃO VOU COMENTAR SOBRE PENNY LANE, STRAWBERRY FIELDS FOREVER, I`M THE WALRUS, E OUTRAS VANGUARDISTAS E ETERNAMENTE BELAS.

O FOCO É UMA PEQUENA E QUASE INGÊNUA OBRA PRIMA CHAMADA “HELLO, GOODBYE”!

UMA CANÇÃO SOBRE INCOMPATIBILIDADES, NEGAÇÕES, DISCÓRDIAS E UM MONTE DE CACOS PERFEITAMENTE ENCAIXÁVEIS NOS DIAS DE HOJE!

“YOU SAY YES, I SAY, NO!

YOU SAY STOP, AND I SAY GO”…

MINHAS CONVERSAS, AQUI NO FACEBOOK, PRINCIPALMENTE SOBRE POLÍTICA SEGUEM ESTA FÓRMULA. ALIÁS, JEITO ETERNO DA HUMANIDADE TAMBÉM RELACIONAR-SE: CONTRAPOSIÇÃO SEM NARRATIVAS; COISA NORMAL ENTRE CASAIS, AMIGOS, E INTERAÇÕES DIVERSAS.

ETERNO AMIGO/IRMÃO FALECIDO, ALDAHYR OLIVEIRA RAMOS, COM QUEM CONVIVI DESDE MINHA PRÉ-ADOLESCÊNCIA ATÉ SUA MORTE, TINHA COMIGO ESSAS INCOMPATIBILIDADES.

DISCORDÁVAMOS MUITO E SOBRE MUITAS COISAS. EU DIZIA SIM E ELE NÃO; VAI E ELE FICA… BEATLES NA VEIA…

TÍNHAMOS VISÕES DE MUNDO DIVERGENTES, E TEMPERAMENTOS OPOSTOS, MAS QUE JAMAIS INTEREFERIRAM EM NOSSO AFETO, AMIZADE E CONVIVÊNCIA CONTÍNUA POR QUASE 50 ANOS.

QUANDO ELE MORREU, EU E OS OUTROS NOSSOS AMIGOS, TAMBÉM ÍNTIMOS DELE, TIVEMOS REAÇÕES CATÁRTICAS!

ELE ERA BEATLEMANÍACO FANÁTICO E AGUERRIDO MAS, EM SEU VELÓRIO, AS IRMÃS TOCARAM O “WE ARE THE CHAMPIONS” DO QUEEN, BANDA QUE ELE TAMBÉM GOSTAVA.

PORÉM, A MÚSICA PERANTE TODOS NÓS QUE MAIS O BEM EXPLICAVA É

“HELLO, GOODBYE ” .

HOJE, ACHO EU , É A MÚSICA DEFINIDORA DOS TEMPOS ATUAIS. LOCUÇÕES SINTÉTICAS, CONTRAPOSTAS SEM MAIORES EXPLICAÇÕES.

SEM OS BEATLES TUDO FICARIA MAIS DIFÍCIL E SEM GRAÇA!
postagem original: 23/02/2021

BECK: MUTATIONS, 1998 & SEA CHANGES, 2002.

OS DISCOS NEOPSICODÉLICOS DE UM ARTISTA ORIGINAL NO ROCK ALTERNATIVO.

BECK talvez desafiando a esfinge tenha proclamado: DEVORA-ME. EU TE DECIFREI!

Mas, tio SÉRGIO!!! Você bebeu e ouviu tudo errado de novo?

Quem sabe.

Afinal, uma resenha não é uma crítica. Não tem abrangência e nem pretensão.

Foca em algumas ideias que podem, ou não, refletirem parte do real analisado. É um pequeno sumário de hipóteses. Espécie de MICRO-ENSAIO sobre futilidades não cotidianas.

Conheço e tenho os discos da postagem desde o lançamento. Eles me interessam. Integram a coleção pela inquestionável qualidade, e até relevância histórica.

Ambos retomam o ROCK PSICODÉLICO dos anos 1960 em duas perspectivas que, penso, são complementares e inclusivas.

Em meados da década de 1990 ressurgiu, principalmente na Inglaterra, um movimento de recuperação da herança artística e despojos da PSICODELIA original.

A NEO-PSICODELIA foi assumida por bandas BRIT-POP como RIDE, THE VERVE, CHARLATANS (UK) , RAIN PARADE, entre vários. Há discos notáveis dessa gente toda.

BECK é americano, e talvez tenha fechado a tendência com esses dois discos. Mas, o fez “on his way”: MONTOU SABOROSAS SALADAS DE FRUTA À PARTIR DE UMA SALADA DE “TRETAS”.

MUTATIONS – 1998

Quando escutei identifiquei prontamente que ele fizera um disco sob a visível influência dos PSICODÉLICOS AMERICANOS.

Homenageou a turma do FOLK-ROCK; do COUNTRY – ROCK e os GARAGEIROS CULTS recuperados à partir do final dos 1970.

O início do disco tem gosto de JEFFERSON AIRPLANE; e um quê discreto de ELECTRIC PRUNES. Mas, o cerne é o BOB DYLAN ELETRICO, pós FOLK, enveredando para o COUNTRY ROCK (John Wesley Harding ). Há, também, tinturas dos BYRDS da mesma leva ( Sweetheart of the Rodeo ).

E a tudo isto se adiciona o LOVE, PEARLS BEFORE SWINE, e GENE CLARK – algo esmaecidos…

Mas, quando pensei que havia decifrado a esfígie, BECK entra com ‘TROPICALIA”, num misto inusitado de GILBERTO GIL E TOM ZÉ. E, não para por aí: surge um lusco-fusco de TOM WAITS, no vocal dele. E uma lembrança meio LED ZEPPELIN / YARDBIRDS – talvez ecos de “House of the Holly” .

Assim que o caminho parecia orientado, BECK faz aparição cantando feito RAY DAVIES. E culmina emulando SYD BARRETT!!!!

Se entendi o despiste, parte de DYLAN resvala em TOM WAITS, caminha para RAY DAVIES, e faz o rito de passagem para o SYD BARRET, do primeiro PINK FLOYD. Seria?

SEA CHANGES – 2002

É a sequência mais bem elaborada do MUTATIONS, a meu ver.

Um disco fundamental da primeira década do milênio.

O foco é a PSICODELIA INGLESA, onde até o “FLOWER POWER” é triste, desencantado, e lúgubre.! A Inglaterra é fria, pouco sol, chuva, nevoenta. Então…

Os mais otimistas, feito DONOVAN, também eram sorumbáticos.

BECK toma como base o PINK FLOYD , lado 2 do “ATOM HEART MOTHER”, a pegada FOLK PSICODÉLICA de “Summer 68”. A guitarra à DAVE GILMOUR transpassa o álbum todo.

Eu vejo traços de compactos PÓS-BEAT dos SEARCHERS. Quem puder escute “Second Hand Dealer”. de 1965. Há algo dos STONES buscado em “Dandelion”, e outras. E tangencia os BEATLES no Rubber Soul.

Tudo ruma para retomar SYD BARRET, temperado com NICK DRAKE, SANDY DENNY – os depressivos de sempre -; mas envolvidos em sombras dos melotrons à MOODY BLUES, um pouco do THE MOVE, e outros nada alegrinhos…

Para vocês terem uma ideia menos escura é como se “PERFECT DAY”, de LOU REED, fosse música sobre um domingo alegre!

Há uma sequência de faixas, no final, “Already dead e Sunday Sun”, que dizem bastante sobre o clima do disco. E tudo cantado ao estilo RAY DAVIES, dos KINKS, outro que esbanja alegria pelos poros. BECK focou e criou sobre tudo isso aí.

Seria?

O texto original desta resenha foi dedicado ao meu amigo Elvio Paiva Moreira que, uns quatro anos atrás foi à horta ( a discoteca dele) puxar um maço de cenouras, e levantou uma baita lebre!!!!
Texto original: 23/02/2020

KEITH JARRETT – “THE FOCINHEIRA’S YEARS”. E UMA PITADINHA PARA O BRANFORD MARSALIS

Fiquem tristes, não!

Começar com irreverências faz bem ao espírito, e diz mais perto sobre a música criativa e espetacular de KEITH JARRETT. Para os que não observaram ainda, ele em vários discos nos brinda com grunhidos, orgasmos, gritinhos e imenso repertório não musical.

KEITH sempre fez isto. Mas, nos discos aqui fez menos, ou foi devidamente contido pela pós-produção que pode ter eliminado muitas “sonoridades propositais aleatórias”, ou “glossolalias não pianísticas”. (Que belas definições, TIO SÉRGIO!!!)

JARRET tem 80 anos e, por felicidade, sua inteligência e rápido desenvolvimento foram descobertos por seus pais muito cedo. A precocidade na fala e a memória muito acima do esperado, explicitaram o potencial evidente. Aos 3 anos, KEITH ganhou um piano e começou a estudar e tocar.

Os discos aqui postados são de fases menos conhecidas, mas já revelam o rio caudaloso, rápido e ininterrupto de ideias musicais. Vale a pena curtir!

Recomendo esse antigo e belo BOX, “FOUNDATIONS”, com dois CDS editado pela gravadora RHINO/ATLANTIC, em1994. É rica introdução; e com faixas dos outros dois cds da foto. Vocês encontrarão, por exemplo, seu fantástico piano em “My Romance”, com o ART BLAKEY E OS NEW JAZZ MESSENGERS, em 1966. Um JARRETT com as notáveis características que o levaram ao infinito em sua carreira: frases longas e cheias de criação e fôlego.

Tem, também, faixa retirada do LP gravado por AIRTO MOREIRA, para a CTI, que veio à luz em 1988. “So tender” é PÓS-BOSSA, e tem gente como GEORGE BENSON e RON CARTER!

Já na gravação com o saxofonista “CHARLES LLOYD” e o baterista JACK DEJOHNETTE, é vanguarda experimental que JARRETT encarou com a criatividade de sempre.

Há muita, muita coisa de alto nível. Faixas do espetacular “KEITH JARRETT & e o vibrafonista “GARY BURTON”, de 1971, FUSION de primeira linha em integração musical sinérgica entre os dois.

E, também, a gênese de seus trios com PAUL MOTIAN E CHARLIE HADEN, nos cinco discos feitos para a ATLANTIC RECORDS, entre 1968/1971, onde vai do JAZZ EXPERIMENTAL ao JAZZ MODERNO redefinido para aqueles tempos.

FOUNDATIONS é um BOX imperdível.!

KEITH JARRETT viu o seu talento reconhecido já na adolescência. Um professor de música, da escola onde estudava, o levou para ver um show de DAVE BRUBECK. Ele adorou! Principalmente a clareza da música do mestre. E aprendeu e se dedicou a fazer música complexa e profunda, com vocabulário claro e articulado. Em poucas palavras: a fazer música bonita, muitas vezes experimental, mas sempre bela. Tenha certeza: é muito difícil conjugar as duas qualidades!

De lá KEITH para a BERKLEE SCHOOL OF MUSIC, em 1963. Ficou por lá um ano. Gostava de contraponto e harmonia, mas detestava aulas teóricas.

Foi expulso porque aprontou alguma coisa com um dos “grand-pianos” da escola.

Saiu e continuou desenvolvendo seu estilo e suas aptidões; e tornou-se profissional. Seu fraseado límpido e vocabulário musical extenso, deixaram-no fluir sem limitar as ideias que tinha o tempo inteiro. O tempo, a prática e a ousadia refinaram o estilista supremo e sua “exatidão intuitiva”.

Vocês perguntarão: “Mas, TIO SÉRGIO, o que faz o disco do BRANFORD MARSALIS, numa postagem sobre o JARRETT?

É que MARSALIS, cria comportada e muito bem preparada da mesma BERKLEE SCHOOL, talvez seja em quase tudo o inverso de KEITH. Esse disco aí é um portento de técnica; mas, também, de chatice não melódica. JAZZ VANGUARDA feito por acadêmicos.

BRANFORD nos dá a sensação de que usa camisinha dupla para ejacular sua arte. Tem medo de engravidar a música.

Então, caro MARSALIS, vá tocar na vitrola dos meus amigos@Gil Andersons e@Rodrigo Marques Nogueira! Que andam com mais paciência do que o TIO SÉRGIO aqui!!!!

Escutem KEITH JARRETT e suas idiossincrasias. E, vá lá, o BRANFORD MARSALIS, também…

Dois craques!!!
postagem original 24/02/2020

WES MONTGOMERY, O MAGO INGÊNUO” – THE COMPLETE RIVERSIDE RECORDINGS 1959 / 1963″

 

 

WES MONTGOMERY simplesmente redefiniu o jeito moderno de tocar GUITARRA NO JAZZ. Influenciou a todos dali para o todo sempre. Ponto. E parágrafo.

Escrevo escutando atentamente o espetacular “BAGS MEETS WES”, de 1962. Um entre os doze CDS desta caixa sensacional, que traz LIVRETO escorreito, claro e conciso; fotos e quaisquer informações e opiniões significativas sobre o período.

Um must para colecionadores feito TIO SÉRGIO aqui.

Acabei de recolocar o disco no player.

Pois, bem: NÃO É disco OBRIGATÓRIO; É MANDATÓRIO para quem gosta de JAZZ. Ponto. Toque em uma reunião de amigos; naquela festa para gente jovial. É ARRASADOR!

Vai do BLUESY SWINGADO, passa pelo JAZZ, e percorre alegremente por etcs… criativos. Empolga e relaxa simultaneamente!

Está lá um time de CRAQUES; e, dizem os especialistas, e endossa o TIO Sérgio, orbitam o firmamento musical:

BAGS – mais conhecido como MILT JACKSON, era um Deus no xilofone ( traduzi adequadamente “vibes”? ); WES, na guitarra, claro; e mais WYNTON KELLY, piano; SAM JONES, no baixo; e nada menos que a batera de PHILLY JOE JONES!

Arte pouca é bobagem. Botam pra quebrar!

WES teve pouca educação formal e quase nenhuma artística. Aprendeu sozinho; desenvolveu imenso repertório de técnicas e vocabulário musical; criou acordes sofisticados e peculiares praticando muito, com imensa autocrítica e alguma insegurança…

Seu toque na guitarra era altamente pessoal; nota por nota.

Os solos ele fazia com o dedo polegar. Raramente utilizava palheta, argumentando que o som era outro…, e mesmo que a técnica melhorasse. WES MONTGOMERY preferia o esforço contínuo, até conseguir a perfeita execução.

Seu jeito de tocar transmite intimidade para quem escuta. Ele tinha senso de ritmo apurado e contagiante. PURE GENIOUS, como já disseram sobre RAY CHARLES…

WES era um cara educadíssimo, caloroso, e acessível ao extremo. Foi amigo dos grandes da GUITARRA de seu tempo: KENNY BURRELL; CHARLIE BYRD; JIM HALL, GEORGE BENSON e variado etc. Todos gostavam dele, porque não concorria; agregava!

CHARLIE BYRD, “hiper guitarrista” e amigo contou, rindo, que eles certa vez conversavam sobre equipamentos. E WES reclamou que não conseguia acertar com amplificadores; havia gastado uma baba trocando-os…

E BYRD simplesmente perguntou: “Mas, WES, por que você não procura os fabricantes?” E WES respondeu entre o espantado e o ingênuo: “Mas, será que eu posso? Será que eles vão me atender”…

Gênios calorosos sempre têm algo de infantil. E WES era um mago ingênuo!!!

Escutem WES MONTGOMERY!
postagem 16/02/2020

ROBERT WYATT – A VANGUARDA ESQUERDISTA DO ROCK PROGRESSIVO

Atendi ao interfone e o porteiro do prédio avisou que havia chegado um pacotinho para mim! Entregou.

Quando abri fiquei pimpão!!!! Depois de umas duas tentativas finalmente consegui o pequeno box de ROBERT WYATT!!!

Vou contar para vocês:

São 5 EPS e um BOOKLET.

Eu adoro EPs! É um formato honesto, com até umas 6 músicas. O artista não enrola, manda o que lhe interessa. Ou, pensando melhor, é um jeito elegante e eficaz de enrolar, mostrar e vender para você coisas que está desenvolvendo e, talvez, não entrassem em discos normais.

Em suma, um complemento charmoso de um acervo maior.

No caso de ROBERT WYATT são coisas deixadas de lado ao longo do tempo. Também alguns remixes, e até o SINGLE … digamos… de sucesso: a versão de I´m Believer, de NEIL DIAMOND, gravada inclusive pelos MONKEES, mas feita de seu jeito PSYCH ALTERNATIVO.

O livreto diz que entrou na parada inglesa, em 1974!!!!E o meu amigo Ayrton Mugnaini Jr. conta que saiu no BRASIL!!!e foi produzido pelo NICK MASON, do PINK FLOYD!! Legal e CULT!

Estão lá, também, experimentações de repertório. Gravou “Shipping Building”, de ELVIS COSTELLO, canção de protesto contra a guerra das Malvinas; e fez versão totalmente fora dos trilhos de “ROUND MIDNIGHT”, de THELONIOUS MONK; “BIKO”, de PETER GABRIEL, e algumas peças tocando além da bateria, seu instrumento original, teclados e trompete.

Como sempre, alguns amigos participam; gente como PAUL WELLER, BRIAN ENO e PHILLIPE CATHERINE.

Escrevi em uma postagem que se você acha NEIL YOUNG, JONI MITCHELL E NEIL HANNON ( THE WEDDING PRESENT ) pungentes, solitários e desamparados, é porque ainda não conhece o ROBERT WYATT!

É um caso, talvez um “CASE” a ser analisado. Dá pena ouvi-lo cantar! Ele nos transmite uma fragilidade que não combina com seu tamanho físico. Tem voz pequeníssima, clara, quase transparente. Afinada? Eu diria apropriada para o que pretende. Ele é chegado a soluções melódicas às vezes quase infantis!

Ele tem carreira extensa, mas quase interrompida por uma loucura ( ou sei lá como definir ). ROBERT WYATT pulou do terceiro andar de um prédio, durante uma festa, em 1973!

E, como canta GEORGE THOROGOOD, foi “BAD TO THE BONES”: ficou tetraplégico!

WYATT sempre esteve no ROCK PROGRESSIVO, e nas experimentações de vanguarda. E transitou por comorbidades e coabitações que tais.

Ele é da turma de CANTERBURY – linha do ROCK PROGRESSIVO inaugurada por bandas daquela cidade inglesa. Participou de projetos solo de DAVID GILMOUR e NICK MASON, do PINK FLOYD. Colaborou com BJORK E PHIL MANZENERA; fundou o SOFT MACHINE, com KEVIN AYERS; e, também o MATCHING MOLLE, com remanescentes do CARAVAN. E tocou bateria no cult ao vivo “JUNE, 1, 1974, com AYERS, JOHN CALE, ENO E NICO. Todos vanguardas paralelas imprescindíveis dos anos 1970 em diante…

ROBERT sempre militou na esquerda política, era ( é?) do Partido comunista inglês. Em um dos EPs gravou até com alguma graça “YOLANDA” de PABLO MILANEZ, que CHICO BUARQUE e SIMONE também fizeram; e a famosa canção de VICTOR JARA “TE RECUERDO AMANDA”.

Mas TIO SÉRGIO, além de tudo o cara é chegado a latinices?

Sim, e daí? Em algum canto tenho SCOTT WALKER cantando LUIZ GONZAGA, o GONZAGÃO; e ROY HARPER, o cult maluco que inspira IAN ANDERSON e JIMMY PAGE em canção tributo ao seringueiro CHICO MENDES!

E descolei entre as minhas prospecções exóticas o CD gravado ao vivo pelo duo UNTHANKS, duas inglesas gorduchinhas, que fizeram esse disco apenas com as músicas de ROBERT WYATT e de ANTONY HEGARTY; canções “alegríssimas”, tipo colocar fogo em… velório!!!!

Diversidade é riqueza.

Procurem conhecer ROBERT WYATT: um instrumento de sua própria política e arte!
texto original: 18/02/2021

SIMON & GARFUNKEL – COLUMBIA YEARS – 1964/1970

Seis anos foram suficientes. Apenas seis. Como, aliás, era comum em meados da década de 1960.

O FOLK URBANO INTELECTUALIZADO feito por dois garotos de alta classe média de NOVA YORK, tomou conta do imaginário POP.

Letras bem escritas e sofisticadas. Algo BEATNICK e CULT. Vocais bem arranjados e cantados com arte e graça; e tudo complementado pela sonoridade única, bem produzida e marcante da “COLUMBIA RECORDS”.

Talvez ART GARFUNKEL e PAUL SIMON estivessem na gênese da tendência que se consolidou nos anos 1970, a dos SINGERS/SONGWRITERS (cantores/compositores).

Sim, eles anteciparam o que viria a ser a opção por carreiras solos de gente como CARLY SIMON, CAROLE KING, LENNON, PAUL McCARTNEY. E por que não citar CHICO, CAETANO e GIL, contemporâneos e vizinhos de cara e coragem?

SIMON & GARFUNKEL fizeram sucesso. Muito sucesso!

O primeiro da série é o FOLK ROCK algo PSICODÉLICO de “THE SOUNDS OF SILENCE”, 1966. É música memorável com arranjo inovador do pretão TOM WILSON, que acresceu guitarras elétricas do jeito que fizera, em 1965, com “LIKE A ROLLING STONE”, de BOB DYLAN, e criando o conceito de FOLK ROCK.

E, dali a dupla evoluiu até a monumental “BRIDGE OVER TROUBLED WATERS”, mega HIT em 1970, e uma das mais lindas CANÇÕES POP de todos os tempos!

Caminho adentro, não vou esquecer “MRS. ROBINSON”. Tema do filme adulto e iconoclasta dirigido por MIKE NICHOLS, em 1966, “THE GRADUATE” ; vertido inadequadamente para o português do Brasil como “A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM”…

ART e PAUL eram o fino do fino… Na época, formavam uma casal. Depois, separaram-se; voltaram vez por outra, e seguiram carreiras solo de sucesso e reconhecidas até hoje.

Eu recomendo, claro! mas, não é preciso. Muita gente ainda gosta, e faz muito bem!
Texto original 18/02/2020

A ESCOLA DE SAMBA BEIJA FLOR E O NEGÃO DO MAL!

Não gosto de carnaval e toda a vez que ele chega – e como chega! – eu me asilo entre cervejas, discos, filmes, leituras e programas de economia e política. Encho a paciência ( ou impaciência ) dos meus amigos, também. Algumas visitas, ameaças, telefonemas e facebook. Então, quando bate o bumbo eu revido com um sax, guitarras, pianos, muito rock, jazz e tudo o que possa contrapor a minha barbárie à barbárie alheia. Acaba empatado. Ninguém foge de si próprio e nenhum brasileiro foge da essência nacional. O grito primal do nosso povo é o foguetório na largada da escola de samba na Marquês de Sapucaí.

Nada contra a MPB ( não confundir com PMDB, PSDB e menos votados ) nas mais variadas formas. Eu gosto, curto, compro e coleciono. Não sou do samba, mas ninguém é perfeito como eu, então libero meu software de tolerância e procuro ser feliz como todos os meus compatriotas. Mesmo quando, depois das duas da madrugada, um misto de batuque de samba com tecno e o escambau, perfura o meu ouvido até as 6 da matina. Minha geladeira de ódios é insuficiente para brindar a esses caras.

Aqui, no Guarujá, tem chovido muito. São Pedro´s dádiva. Ele manda, a gente acolhe. Precisamos e ele sabe disso; e, apesar de avaro que é, torço para o bom velhinho e porteiro de céu liberar nossos banhos, aliviar a sede, pó, aflição, mesmo que para isso livre a rabiola do Alckmin e da Dilma, contra um estupro institucional que a nação gostaria de lhes, ahnnn, aplicar…

Mesmo assim, ontem a noite assisti parte da performance da Beija Flor. Não entendo disso, mas pareceu-me muito criativo e bem feito. A turma da Globo comentou que a exibição foi perfeita, o timing rigoroso, o samba legal e, do início ao fim, exibiram essa obra de arte efêmera, que é o desfile, com a sabida competência numa atividade lúdica na qual somos mestres.

A Globo não disse nada, mas todos ficamos sabendo que o ditador da Guiné Equatorial, um tal de Teodoro impronunciável não sei das quantas, doou 10 milhões de dólares para a Beija Flor fazer um desfile-homenagem ao país dele. Quem acompanhou a festa foi o filho, um tal de Teodorim…nominho henfil-pasquinesco, que se engraçou com uma morena da Escola e acabou descolando a grana para a “comunidade” homenageá-lo.

A imprensa, em geral, não gostou desse método. A imprensa em geral está coberta de razão. Negão do Mal I está no poder por lá desde 1979. Seu filho, o Negãozinho do mal II, tem “investimentos” por aqui. Algo em torno de UM BARUSCO – cem milhões de dólares aplicados em imóveis.

O Brasil não lava dinheiro. Nosso sistema bancário é sofisticado demais e bem controlado… Por aqui a turma “enterra” dinheiro. Nossas construtoras e imobiliárias são bem mais, ahnn, liberais e discretas. Ninguém pergunta ao cliente onde ele descolou a grana, não é mesmo…

Então, para quando o carnaval findar restará saber se o voo da Beija Flor encantou os jurados, aves do paraíso e bichas conexas. E talvez fique uma perguntinha também “pasquinesca”: obra de arte feita com dinheiro sujo é tão bela quanto outra qualquer, e merece ganhar concurso?

Aché para vocês todos aí!
Postagem original 17/02/2015

“ROCK AND ROLL” RAIZ E SUAS ADJACÊNCIAS!

 

TIO SÉRGIO vai contar. Mas, só um pouquinho:

Sabe aqueles artistas e discos de caras que você ouviu falar, e um monte de outros que nem imaginava existirem?

É o pessoal hoje classificado como “VINTAGE”, gente que veio antes dos BEATLES, do METAL, do PUNK… e história posterior…

Estão aí branquinhos, brancões, pretinhas e pretões. E meninas brancas não exatamente tímidas ou recatadas. Mas, às vezes sim! E as pretinhas e pretonas que punham os “Yas,Yas” e os vozeirões pra fora em igrejas e outros recintos não tão consagrados…

Sabe não? Sabe mais ou menos?

Pois, é! Este problema está resolvido.

Se quiser conhecer mesmo há uma série fabulosa lançada no decorrer dos tempos pela honorável BEAR FAMILY RECORDS. Meticulosa, audaciosa, e incrivelmente eficiente gravadora alemã, que mapeia à exaustão OLDIES e VINTAGES do ROCK e da BLACK MUSIC, principalmente americana.

A SÉRIE ROCKS traz 68 CDS produzidos e soando no ESTADO DA ARTE. Vêm com LIVRETOS, FOTOS e TEXTOS, em design soberbo e matador! Coleção exuberante!

Está todo mundo lá. Menos o ELVIS, de quem já lançaram e continuam lançando dezenas de Vinis, CDs e Vídeos. E se fizessem uma coletânea espetacular como essas todas aqui, sempre com no mínimo 30 músicas, seria pura e espetacular autofagia!

Por enquanto, tenho esses. Históricos! No próximos meses chegarão FATS DOMINO e BRENDA LEE. Depois, virão de CARL PERKINS aos EVERLY BROTHERS. E de BOB LUMAN a CONNIE FRANCIS, a óoopppsss! SLEEPY La BEEF, GLEN GLEN e WANDA JACKSON, e + e + e até cumprir e dobrar a meta… ( oi, presidenta DILMA! A senhora gosta de ROCK AND ROLL? )

Mas, TIO SÉRGIO, quem são esses dois caras aí no final do parágrafo?

Sei lá! Nunca ouvi falar deles e de mais uns vinte que fazem parte da coleção!!!

Mas, se estão aí é porque são legais e importantes.

Procurem!!!! Porque eu já encontrei.
Publicação original 17/02/2023

DAVID SYLVIAN & ROBERT FRIPP – 1993\1995 – CONJUNÇÃO ESPETACULAR!

 

Seria impossível contar a HISTÓRIA DO ROCK sem considerar o que fizeram e fazem esses dois cavalheiros.

ROBERT FRIPP, a essência do KING CRIMSON, talvez a mais emblemática entre as bandas de MUSICA DE VANGUARDA dos últimos cinquenta e tantos anos. Eles percorreram, e permanecem ousando por veredas conhecidas, ou não, do que se pode chamar de o vasto BIG-BANG DO ROCK PROGRESSIVO.

FRIPPP é um guitarrista de múltiplos talentos. É músico dos músicos; um general do bem orientando invasões, estranhamentos, e pacificações musicais por onde passa e toca.

Esteve por aqui no Rock in Rio, 2019, onde fez show memorável! Quase sacrifiquei a minha preguiça para vê-lo!

Para se ter uma ideia aproximada, quando CURT COBAIN do NIRVANA morreu, ele estava escutando o disco “RED”, do KING CRIMSON, um primor estranho lançado em 1974!

CURT considerava o “maior disco de ROCK de todos os tempos”. Elogio que alguns consideravam improvável de um “GRUNGE” a obra que se pode considerar de “ART ROCK”, ou sei lá o quê… Porque é muito mais do que isso!

DAVID SYLVIAN percorreu outro caminho. Fez sucesso nos anos 1980 com o JAPAN, grupo “NEW WAVE”… hummm!…. algo vanguardesco, portanto diferenciado.

A carreira solo de SYLVIAN é magnífica! Imperdível! A voz dele é belíssima! Um timbre diferenciado entre o tenor e o barítono; um colorido sempre identificável à primeira audição, que DAVID usa emoldurado por arranjos entre o ETHEREAL, o NEW AGE e o AMBIENT MUSIC. Deslumbrante!

SYLVIAN é um seguidor de outra vanguarda desenvolvida por BRIAN ENO, que junta MINIMALISMO, EXPERIMENTAÇÕES COM MÚSICA DE VANGUARDA EUROPEIA, e KRAUTROCK. E, digamos, pitadas de “NÃO MÚSICA”, na definição escorregadia do próprio ENO!

Os discos de DAVID SYLVIAN são aconchegantes, intrigantes, agradáveis e sempre tangenciando o desconhecido… Servem para quem gosta de MEDITAÇÃO. Encanta quem “CURTE UM SOM” viajante. Artista raro e precioso!

Se você juntar SYLVIAN e FRIPP terá o melhor do ROCK PROGRESSIVO em compósito ao ELETRÔNICO DE VANGUARDA CONTEMPORÃNEO!

A primeira colaboração entre os dois foi em “GONE TO EARTH, disco solo de SYLVIAN, em 1986, onde um time de craques participa. É música para sensibilidades, gostos variados e sofisticados. Tio SERGIO recomenda.

Baseado na experiência, FRIPP convidou DAVID para entrar no KING CRIMSON, em 1991.

Não fizeram isso; mas juntaram o CRIMSON com a voz e criatividade de SYLVIAN em QUATRO DISCOS na foto. Entre eles um BOOTLEG raríssimo e fantástico: “THE DAY BEFORE”; e um disco de remixes, DARSHAN, 1993.

Quando “THE FIRST DAY” saiu, em 1993, houve um “susto pop”. Eu recordo do meu grande amigo, o falecido jornalista JEAN YVES DE NEVILLE, chegando em minha casa com o CD e exigindo que eu escutasse imediatamente!

Achei e acho obra imprescindível!

Também na postagem uma COLETÂNEA DUPLA espetacular da carreira de SYLVIAN, EVERYTHING AND NOTHING, lançada me 2000, mas bastante pertinente. E um sensacional SHOW AO VIVO, “LIVE IN THEATRE, 1988, BOOTLEG raríssimo. e de qualidade perfeita, em que toda a verve, técnica e riqueza musical de DAVID ficam expostas.

São discos que servem de resumo para outros discos que tenho dele.

Quem não escutar e não correr atrás para conseguir, não passa de ano em música.

É currículo básico em ROCK e outras VANGUARDAS!
Publicação original: 17/02/2019