BEACH BOYS – A COLEÇÃO

 

Gosto bastante, claro!

Estão entre os meus prediletos, mesmo que talvez não tão ouvidos.

São diferenciados e disputaram com os FOUR SEASONS por muito tempo, e no olho mecânico, o status de banda mais popular da América .

Ganharam por pontos por causa do PET SOUNDS.

Na minha opinião, entre as bandas BEAT – no caso deles na variante SURF – perdem em qualidade para os BEATLES e os ROLLING STONES.

Mas, quem liga pra isso?

Seja como for, é uma autêntica e importante banda americana, e colecionável até o fundo dos olhos!

Historinha relevante sobre eles. Eram republicanos e tocaram para o ex-presidente RICHARD NIXON na posse dele, no final da década de 1960. Mas, e existe sempre um mas, fumaram maconha no back-stage e dentro da Casa Branca… os anfitriões não gostaram!!!!!🤣

Grosso modo, tiveram três fases distintas, mas consequentes.

A fase SURF, juvenil, praieira e “diletante”.

Mas, em surto de grandeza de BRIAN WILSON, sempre de olho nos concorrentes de LIVERPOOL – os BEATLES, claro -, criaram o PET SOUNDS, tentativa de resposta à evolução que REVOLVER representara para os ingleses.

PET SOUNDS é m grande disco, sem dúvidas. Certamente mais estruturado e diferenciado do que REVOLVER, e plenamente identificado com a PSICODELIA americana em voga. E esta é a segunda fase…

A tentativa de parear com ‘SGT PEPPERS” teria sido “SMILE”. Esboçado e não concluído por discordâncias internas banda. E retomado mais tarde na carreira solo de BRIAN WILSON.

Eu ainda prefiro os BEATLES.

SMILE soa como projeto meio sem rumo. Uma tentativa de construir a história americana através da variedade musical existente no “HOSPÍCIO DO NORTE”.

Pra mim, não rolou. E o restante do grupo também não aderiu…

E neste ponto, termina a fase dois.

Durante a loucura e internamentos de BRIAN WILSON, o grupo evoluiu para um terceiro estágio, em que de certa forma combina o que se fazia no ROCK da Califórnia e nos EUA, naquela época. Um FOLK ROCK mais sofisticado, com tinturas de R&B, algum JAZZ, “costeando os alambrados”, como disse Leonel Brizolla, dos DOOBIE BROTHERS, os ALMANN BROTHERS e, depois, os EAGLES. É diferenciado, mas coerente com aqueles tempos, na década de 1970…

É história que merece outra abordagem.

JETHRO TULL – ACQUALUNG – 1971

ACQUALUNG é um favorito de sempre.

Diz a lenda que IAN ANDERSON, quando amador, foi assistir a um show de SIMON & GARFUNKEL para conferir o FOLK – POP dietético que os americanos sempre fizeram.

Na saída, ele comentou com um amigo: “se fazer ROCK é isso aí, então eu faço muito melhor”.

E fez!

ACQUALUNG eu pedi e ganhei de presente, em 1971, de tia que viajou para os “esteites”. Através da gentileza dela, tive a vida inteira a primeira edição americana. Um assombro.

Hoje, tenho outras deste album, e muitos e muitos outros da banda. A Capa, repertório e a música são espetaculares.

O RIFF inicial de ACQUALUNG, a sequência de LOCOMOTIVE BREATH, a sólida e soft pauleira de WIND-UP; em resumo, o disco inteiro são únicos.

O JETHRO TULL é banda seminal e inaugurou a vertente FOLK – PROGRESSIVA do ROCK. Falar deles é conversa para a vida inteira.

De carreira diversificada, e discos nunca menos que excelentes, poucas bandas têm em suas discografias álbuns do nível deste.

Ou de BENEFIT; ou LIVING IN THE PAST. Sem comentar as sequências de SUÍTES PROGRESSIVAS, como THICK AS A BRICK, 1972; ou A PASSION PLAY, em 1973. Para falar o mínimo, em vista de tantos outros e ótimos, ao longo de 55 anos!!!

Eu os assisti na primeira vez em que vieram a São Paulo, no início dos anos 1980, acho.

Quando se fala de FRONT MEN como IAN GILLAN, ROBERT PLANT, JAGGER, ou FREDDIE MERCURY, esquecer IAN ANDERSON é imperdoável!

E, por favor, ponham MARTIN BARRE na galeria dos GUITAR-HEROES: onipresente, discreto, eficiente para a banda e com muita imaginação para criar e tocar!

Certa vez, JÔ SOARES entrevistou IAN ANDERSON em seu programa. O grande JÔ não tinha a menor ideia de quem ele era ou foi….

O BRASIL mora e sempre morou longe do mundo relevante!

Quem não tem ACQUALUNG não passa de ano em ROCK’ N’ ROLL!

 

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Todas as reações:

3Rene Mina Vernice, Davidson Senomar e 1 outra pessoa

PATRICIA BARBER E SEU ECLÉTICO JAZZ CONTEMPORÂNEO.

Ouçam. É cantora e pianista de jazz americana, carreira sólida e discreta, e tem uns 65 anos. Esses dias, recebi mais um disco dela, “MODERN COOL”, de 1998. É bom.

No entanto, meu preferido é MYTHOLOGIES, lançado em 2006, pela BLUE NOTE.

PATRICIA BARBER é boa pianista; cantora de voz quente, agradável e algo dark. Tem ótima formação musical, e recebeu vários prêmios.

Ela faz letras inteligentes, sofisticadas, solitárias e muito críticas.

O som é um capítulo à parte: é “JAZZY”. E com elementos de ROCK e POP. Não é exatamente FUSION. Mas, digamos, um híbrido écletico ziguezagueando entre o JAZZ e o ROCK, e outras influências.

E há na banda um guitarrista da pesada chamado NEIL ALGER, que bota pra quebrar confundindo tudo… E o grupo tem um som muito próprio, carregado.

Vocês vão gostar.

PATRICIA é mulher bonita, com aquele desleixo naturalmente estudado que encanta feministas e “feminófilos”. É moderna, compõe diferente, e escreve bem. Ela é homo”. O que é irrelevante, porque faz música que transcende categorizações, orientações e outros babados.

PATRICIA BARBER é uma criadora instigante. Começou a gravar em 1989, e fez 14 discos para diversas gravadoras como ANTILLES, CONCORD JAZZ … e uma chamada PREMONITION… Hummmm!!!!

Em 2004 gravou outro disco, que foi lançado aqui no BRASIL pela BLUE NOTE: LIVE AT FORTNIGHT IN FRANCE.

Escutem PATRICIA, meninos e meninas. É incomparavelmente melhor que a imensa maioria dos modernosos, cujos nomes eu não recordo. Tanto os lá de fora, como a turma daqui no HOSPÍCIO DO SUL.

Tentem.

ANNIE NIGHTINGALE – A PRIMEIRA D.J. MULHER DA B.B.C – RÁDIO 1!

 

Não se percam pela foto, aliás de 1970.

Ainda hoje, e aos 85 anos de idade, ANNIE apresenta um programa noturno, nas terças feiras, sobre música na BBC radio1!!!

Ela é um caso único, raro e precioso. A primeira D.J. mulher da rádio! há 53 anos no ar.

Começou como jornalista, em 1962, e sempre ligada à música. Conheceu, conviveu, entrevistou os BEATLES, YARDBIRDS… e a nata do beat dos anos 1960.

Conheceu, tocou e divulgou a turma da BLACK MUSIC americana, em sua história, evolução e atualização constante.

Em 1970, assumiu programa na BBC rádio 1. Sempre no auge da onda, incentivou o PUNK e o POP em geral. Tocou e entrevistou de BOB MARLEY a JOHNNY ROTTEN.

Entrou da década de 1980 com a DANCE MUSIC; o BRIT POP, na década de 1990, e continua tocando a “crista da onda atual”.

ANNIE NIGHTINGALE embarcou em tudo, e viveu o que rolou nos últimos 60 anos de música popular.

Na entrevista que deu para a RECORD COLLECTOR uns cinco anos atrás, contou que estava lançando seu terceiro volume de memórias. Já deve estar preparando o quinto…

Continua discotecando e diz que é muito curiosa. Por isso, é a decana da área.

Não falou nada sobre a sua coleção particular – que “tem” de ser inqualificável. Há fotos antigas dela com SINGLES e 78 ROTAÇÕES!!!!!!! Nem pensei nos LPS, CDS, e o “X TUDO GLORIOSO, que vai de discos autografados às primeiras edições, e memorabilia variada, portanto!!!

ANNIE trabalha a noite desde sempre, porque acha mais livre e aberto. Sofreu concorrências e deslealdades em penca vinda de gente consagrada – que hoje está na inevitável rolança da cachoeira dos tempos…

Ela continua.

ANNIE era ( é? ) bonita. E ainda hoje continua – moderadamente – da fuzarca. Eu não conheço ninguém como ela.

E vocês?

MOODY BLUES – IN SEARCH OF THE LOST CHORD – DERAM, 1968

 

TENHO MOTIVOS PESSOAIS PARA CITAR O DISCO: GANHEI O VINIL IMPORTADO DE MINHA MULHER, EM 1969, QUANDO COMEÇAMOS A NAMORAR! CUSTOU DUAS VEZES A MESADA QUE ELA RECEBIA: UMA ‘IGNOMÍNIA’ QUE RECONHEÇO ATÉ HOJE!

E FIQUEI TÃO EMPOLGADO QUE DEIXEI ÂNGELA NA CASA DELA, E CORRI PRA OUVIR O DISCO, POR HORAS, COM MEU AMIGO-IRMÃO SÍLVIO!

ALÉM DE TER UMA DAS MAIS BELAS CAPAS JÁ FEITAS NA INDÚSTRIA MUSICAL, ESTE ÁLBUM É UM ARRASO TÉCNICO E ARTÍSTICO! MAGIA + TECNOLOGIA, DIRIA o Jaques Sobretudo Gersgorin!

EM 2013, ESSE DISCO FEZ 55 ANOS! É CONSIDERADO PELA REVISTA “RECORD COLLECTOR” ENTRE OS VINTE LPs MAIS IMPORTANTES DA HISTÓRIA DO ROCK PSICODÉLICO.

OBRA REALMENTE MONUMENTAL DE INÍCIO AO FIM: GUITARRAS , CELESTAS, MELOTROM, SITAR, FLAUTAS, E MIL INSTRUMENTOS COMBINADOS ÀS VOZES ESPETACULARES DA BANDA!

A ABERTURA E SEQUÊNCIA COM “RIDE MY SEE-SAW” É ROCK PESADO DE PRIMEIRA LINHA. “LEGEND OF A MIND” É UM CLÁSSICO DA PSICODELIA!

ESCUTEM, TENHAM E MANTENHAM PARA O RESTANTE DA VIDA!

IMPRESCINDÍVEL!

BLUE NOTE JAZZ

 

Pescaria de Natal passado em águas turvas e nada óbvias. A Universal havia lançado vários CDS a preços promocionais. Imperdíveis, mesmo se repetidos, ou para atualizar “mixagens e masterizações”.

Aqui estão parte deles na gravadora BLUE NOTE.

O interessante é que são discos de catálogo e nada corriqueiros. Preciosos.

Peguei vários outros da CAPITOL JAZZ, deixei de lado muitos que tenho, e perdi alguns que a turma da POPS DISCOS não sabe se conseguirão novamente.

RECOMENDO FEROZMENTE!!!

Faz tempo que não via coleção tão Boa e Barata por aqui.

CARAVAN – WATERLOO LILY – DERAM RECORDES, 1972

 

EM PRIMEIRO LUGAR, É DA GRAVADORA DERAM. GARANTIA DE QUALIDADE E, TAMBÉM, DE CERTO ESTRANHAMENTO.

O CARAVAN FAZ PARTE DO CHAMADO “CANTERBURY SOUND”, UM POLO AGREGADO DE ARTISTAS ALGO PECULIARES DENTRO DO ROCK PROGRESSIVO.

SÃO DA CANTERBURY BANDAS COMO O SOFT MACHINE E O MATCHING MOLE; ALÉM DE SEUS INTEGRANTES EM CARREIRA SOLO, COMO ROBERT WYATT E KEVIN AYERS.

TODOS E QUAISQUER DISCOS DO CARAVAN SÃO BONS.

ESTE É O MEU PREDILETO. SAIU NO BRASIL EM 1972, E CRUZA ROCK PROGRESSIVO COM MÚSICA EXPERIMENTAL E FUSION-JAZZ.

OS DISCOS DO CARAVAN SÃO MUITO BEM PRODUZIDOS, ARRANJADOS E TOCADOS, E SEMPRE MELÓDICOS SEM SEREM INDIGESTOS OU, DIGAMOS, AGRESSIVOS A DIABÉTICOS.

PROCUREM OUVIR E OBSERVEM PRINCIPALMENTE O TRABALHO DE DAVE SINCLAIR, NO CONTRABAIXO. SIMULTANEAMENTE FUNKEADO E MUITO JAZZÍSTICO. É IDEAL PARA AJUSTAR OS GRAVES NAS CAIXAS ACÚSTICAS.

UM GRANDE E ALGO “RECÔNDITO” DISCO DE ROCK E ADJACÊNCIAS.

ACHO QUE A FAMÍLIA BOLSONARO NÃO CONHECE…

COLUMBIA RECORDS E AS ORIGENS DO “JAZZ ROCK FUSION “

 

Muito bem. Em primeiro lugar, ode a uma empresa muito bem administrada pertencente à chamada indústria cultural. A COLUMBIA RECORDS, hoje SONY MUSIC.
E, por que, tio Sérgio?
Para argumentar com alguma fidelidade, é importante lembrar que a gravadora sempre esteve no auge, ou próximo a ele, em termos de inovação e percepção conceitual sobre o que rolava no underground, mas era viável de ser trazido para o “mainstream”. Sacava, intuía tendências e modas. E as viabilizava.
Vou ater-me dos anos 1960 em diante.
A COLUMBIA é a gravadora de MILES DAVIS e BOB DYLAN, por exemplo Credenciais suficientes para comprovar modernidade e transcendências. Você concorda?
Vou citar mais dois: THE BYRDS e SIMON & GARFUNKEL. O fino do BEAT-FOLK-PSICODÉLICO americano. E dois expoentes do futuro boom de SINGERS-SONGWRITERS” que emergiram nos anos 1970, e ditaram tendência talvez eterna… E há mais, muito mais artistas.
Em meados dos anos 1960, o JAZZ com toda a sua história, evolução e criatividade aparentemente inexauríveis, estava em xeque, em crise. E, também, a grande canção americana e seus ícones, SARAH, BILLIE, ELLA, SINATRA pareciam esgotados.
Vários fatores levaram a isso. Inclusive, a predominância progressiva dos jovens no mercado cultural. O surgimento de ELVIS, BEATLES, STONES… E outros comportamentos e contestações apontavam para o novo. Pois bem, a COLUMBIA sacava muito bem isso!
Mas tio Sérgio, por que postar BLOOD, SWEAT & TEARS, ELECTRIC FLAG e o CHICAGO?
Porque todos estão na gênese da FUSION entre o ROCK e o JAZZ; e, eventualmente, a MÚSICA CLÁSSICA e as invenções subsequentes que se possa imaginar. Emergiram já como estilo, e muito além da tendência detectada em 1966/1967.
Porém, são três bandas diferentes quando observadas no âmago. Mas, traziam o mesmo DNA do avanço além ROCK, do SOUL e do COUNTRY e a música americana habitual. Se poderia classifica-las como PROGRESSIVAS, ou melhor FUSION! E todas tinham o uso dos metais como elementos estruturantes para suas propostas musicais.
Esses três grupos iniciaram a fusão de estilos a partir do POP/ROCK/SOUL, e não do JAZZ. Fizeram o caminho inverso da suposição habitual sobre a FUSION.
Vou dar o exemplo definidor da minha hipótese: MILES DAVIS lançou “IN SILENT WAY”, em 1969; e BITCHES BREW é de 1970. Dois discos que amalgamaram o JAZZ ao ROCK e se tornaram notórios e demarcadores do novo gênero.
A FUSION QUE MILES DAVIS REALIZOU VEIO DEPOIS, MAS DE DENTRO DA MESMA COLUMBIA RECORDS.
ELECTRIC FLAG, BLOOD SWEAT & TEARS E CHICAGO começaram em 1967. E todos gravaram para a COLUMBIA RECORDS.
O ELECTRIC FLAG se autodenominava uma “AMERICAN MUSIC BAND”, era um combo de craques como MIKE BLOOMFIELD e BUDDY MILES, e outros combinando metais, teclado, guitarra; e misturando criativamente JAZZ SOUL, BLUES e ROCK, em visão não tradicional, e com toques da PSICODELIA em voga. Um todo fértil, mesclando repertório conhecido e composições novas.
BLOOD, SWEAT & TEARS, foi aventura criativa iniciada por AL KOOPER, organista que acompanhou DYLAN em “LIKE A ROLLING STONE” e depois produtor e músico mágico. E STEVE KATZ, depois que ambos saíram do BLUES PROJECT.
O primeiro disco, “A CHILD IS A FATHER TO MAN”, lançado em1968, é viagem híbrida entre o BLUES e o JAZZ, um pouco de MÚSICA DE CÂMARA e ROCK PROGRESSIVO – conceito que ainda não existia.
O segundo Long Play, também de 1968, mas, já com DAVID CLAYTON THOMAS, no vocal, e sem KOOPER, foi monstruoso sucesso de crítica e vendas. Mais de 2 milhões de álbuns vendidos, e vai do CLÁSSICO DE VANGUARDA em FUSÃO com os indefectíveis ritmos já citados e tudo o mais que é interessante. Ouçam a sensacional e cult “YOU´VE MADE SO VERY HAPPY”, muito conhecida. Os quatro primeiros discos são muito bons e valem a pena.
CHICAGO. Sim, a POP/JAZZ BAND, por aí… foi e permaneceu sucesso retumbante, ao longo de 30 LPS gravados. Imensamente populares, ganharam o “GOLDEN TICKET”, o ingresso de ouro, por terem colocado mais de 100 mil pessoas em seus inúmeros concertos no MADISON SQUARE GARDEN, em Nova York. Um feito!
Eram artisticamente oscilantes. O vocalista PETER CETERA é um dos reis da BABA POP mais grudenta e indigesta.
Mas fizeram dois discos seminais: CHICAGO TRANSIT AUTHORITY, em 1969 e 2, em 1970; ambos na linha FUSION com alguma PSICODELIA e POP . JIMI HENDRIX era fã do grande guitarrista TERRY KATH, portanto ouçam o moço.
Tanto o CHICAGO como o BLOOD… tiveram o mesmo produtor, JAMES WILLIAN GUERCIO, que fez outros artistas interessantes.
O que em seguida passou a ser conhecido como FUSION inicou-se na COLUMBIA RECORDS e passou por essas três grandes bandas.
Procure saber. Tio Sérgio recomenda efusivamente.

CHARLIE PARKER, 1997 & CHARLIE WATTS, 1991 – RAROS E PRECIOSOS!

 

Duas preciosidades da coleção do Tio Sérgio.

Hoje, raras e caras edições, e um tanto surpreendentes por estarem juntas aqui.

Existe razões:

O Box, em edição limitada, criado por CHARLIE WATTS – sim! o histórico baterista dos ROLLING STONES, JÁ falecido -, foi lançado em 1991.

Nele, o excelente quinteto que WATTS juntou para tocar JAZZ, e neste caso, uma única composição de CHARLIE PARKER, de quem é fã de carteirinha.

Não preciso dizer que PETER KING, sax alto; GERARD PRESENCER trompete; BRIAN LEMON, piano; DAVID GREEN baixo acústico; e o próprio CHARLIE, claro, na bateria são, também, acompanhados por orquestra em uma das faixas, e fizeram excelente disco!

E, para torna-lo CULT, mesmo, acompanha um livreto, quase gibi, desenhado por CHARLIE WATTS sobre CHARLIE PARKER, e traz junto um poster legal.

Aos doze anos, “WATTS queria ser baterista da banda de CHARLIE PARKER”, ele disse. Mas, acabou nos ROLLING STONES.

Que bom!

Na postagem, outro BOX do próprio PARKER, coligido pela excelente RHINO RECORDS, em 1997 traz dois cds e livreto bem escrito.

Faz viagem ampla na obra desse gênio do JAZZ. Há participação dele em gravações clássicas com DIZZY GILLESPIE e, lógico, pelos os diversos quintetos, quartetos, heptetos.. que CHARLIE liderou em sua curta carreira.

PARKER morreu, em 1955 aos 35 anos, depois de ter revolucionado a forma de tocar o SAX ALTO e, por consequência, a sonoridade daquele instrumento.

Este box traz a icônica “YARDBIRD SUITE”, talvez sua principal composição, e que inspirou o nome da grande banda inglesa dos anos 1960.

Mas, tio Sérgio, o que é um YARDBIRD?

Eram mendigos, andarilhos, e até vagabundos… que pegavam carona do lado de fora dos trens, obviamente sem pagar, e circulavam de cidade em cidade, pelos EUA.

Pobres e sofredores, eram frequentemente expulsos com violência.

Por esta composição, o CHARLIE os humanizou e homenageou!!!!

DOIS CHARLIES imprescindíveis. PARKER é essencial; e WATTS nos redime!

Na postagem, uma foto de meu falecido tio ABRAMO GARINI, músico profissional da ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, a OSESP, que também tocou SAX e gostava de BIG BANDS. Guardo o tio ABRAMO junto com PARKER e WATTS. Os três gostariam um do outro!

Não percam!

“WE’RE AN AMERICAN BAND” – A JOURNEY THROUGH THE USA HARD ROCK SCENE – 1967/1973

 

OU: “COMO É DIFÍCIL TRANSCENDER O ÓBVIO”!!!!

Temos aqui 62 faixas de HARD ROCK americano selecionadas a dedo. Entre elas, dezessete clássicos inequívocos.

Não, não duvido que a imensa maioria caminha na direção do HARD ROCK. Mas, a questão é mais ampla e talvez profunda: o conceito.

Ouvindo os três CDS que fazem parte deste BOX bem concebido, com livreto explicativo e tudo, miscelânea muito legal, e talvez imprescindível, percebemos que em sete anos trafegaram de origens muito identificadas com o PSICHEDELIC ROCK, até definição mais clara do que de fato é considerado HARD ROCK!

Mas, TIO SÉRGIO, dá uma luz para nós, pô!

Claro, sobrinhos.

Em primeiro lugar, não há como criar alguma coisa fora do que foi ditado pelo ROCK PSICODÉLICO, entre 1967 e 1969.

Os clássicos dessa transição, VANILLA FUDGE, IRON BUTTERFLY, BLUE CHEER, STEPPENWOLF, SPIRIT e FRIJID PINK são facilmente identificáveis: não eram PROGRESSIVOS e nem METAL: eram claramente ROCK PSICODÉLICO PESADO, algo próximo ao HARD ROCK. Mas, abdicando do BLUES!

Então, como concebê-los?

O jogo fica mais claro, mas também complicado, a partir de 1969. Temos ALICE COOPER, MOUNTAIN, Z.Z.TOP, CACTUS, BLUE OYESTER CULT, DUST, JAMES GANG e aquela banda que todos gostamos e conhecemos. Como se chama, mesmo?

Mas, tio SÉRGIO, aqui aparecem doideiras pesadas anteriores e posteriores fazendo muito barulho, mas longe do BLUES. É gente como, QUICKSILVER MESSENGER SERVICE, BLUES MAGOOS, HUMAN BEINZ; e o reverenciado MUDDY WATERS… e, também, ARTHUR LEE, TOD RUNDGREN, LOVE… E para jogar gasolina e nitroglicerina na lenha, MC5 e STOOGES!!!! E tudo classificado como HARD ROCK?

Pode? E, se não não pode, o que fazer?

Ah…, tem mais, muito mais. Um montão de gente “sabida”, mas não tão “reputada”. E pencas de desconhecidos “siderantes” pelo espaço/tempo do POP ROCK . Vejam por aí…

Eu finalmente consegui uma faixa que me persegue desde o final da década de 1960. Não era tão difícil, mas postergada feito precatório: THE BUBBLE PUPPY, com HOT SMOKE AND SASSAFRASS – psicodelia pura, que saiu por aqui também, algo reverenciada e muito lega!

Não comprei o LP original, de 1968, acho. E, à partir de ontem, já posso ouvir em casa…

Fica para outra conversa distinguir o HARD ROCK feito pelos INGLESES do concebido e tocado pelos americanos. Há trilhas nessa mata….

Mas, não dá pra deixar de lado a imensidão de bandas “legais”, mas com talentos limitados. Gente que mal transcendeu o elementar, mas frequenta o imaginário de colecionadores com o TIO SÉRGIO, e muitos que conheço na rede, e pelas ótimas postagens.

Para resumir um início de papo, é BOX bem legal! Eu aconselho a vocês prospectarem. São caminhos muito próximos e instigantes. E o produto não é tão caro. Uns $35,00 BIDENS, com extorsão fiscal e tudo…

A edição é da nobre GRAPEFRUIT RECORDS, ingleses dedicados e conhecedores. E saiu este ano!!!

Sei lá… como chama mesmo aquela banda americana que todo mundo gosta?