THE CRITTERS – ANTHOLOGY – 1965/1967

A CAPA DESSA COLETÂNEA É A MESMA DO PRIMEIRO LP ORIGINAL DA BANDA, LANÇADO INCLUSIVE NO BRASIL, EM 1966, PELA ‘MOCAMBO”, SELO DA HOJE CULT EX – “FÁBRICA DE DISCOS ROZEMBLIT”.HOUVE OUTRO QUE, SABE-SE LÁ POR QUAIS MISTÉRIOS, FOI TAMBÉM LANÇADO CÁ NO “HOSPÍCIO DO SUL” .
OS “CRITTERS” FIZERAM A MINHA ADOLESCÊNCIA MAIS ALEGRE. GOSTAVA E AINDA GOSTO MUITO; E TOQUEI TANTO O VINIL QUE, ANOS DEPOIS, COMPREI OUTRA CÓPIA!
BANDA AMERICANA MUITO BOA DE BEAT-FOLK-ROCK, ERAM DE NOVA JERSEY, A TERRA DO BRUCE SPRINGSTEEN, DOS RASCALS, DO BON JOVI E DA MADONNA.
OS CARAS FIZERAM O PRIMEIRO LONG PLAY, EM 1966. É SIMPLESMENTE DELICIOSO E ULTRA COLECIONÁVEL. ESTÃO LÁ DOIS HITS MENORES E INESQUECÍVEIS DO “SUNSHINE POP”: “YOUNGER GIRL”, COVER DE MÚSICA DOS “LOVIN’ SPOONFUL” – EM VERSÃO MUITO MELHOR QUE A ORIGINAL!; E “MR. DIEINGLY SAD”, MAIS CONHECIDA, TOCOU BASTANTE NAS RÁDIOS NA ÉPOCA. HOJE, AINDA TOCA EM FMS AMERICANAS DE “OLDIES”.
DOIS MEMBROS ORIGINAIS DO GRUPO SEGUIRAM CARREIRA NA MÚSICA:
O GUITARRISTA “JIMMY RYAN” TOCOU E GRAVOU POR ANOS COM “CARLY SIMON”. E O BAIXISTA E CANTOR, “DON CICCONE”, FEZ PARTE POR MUITO TEMPO DE “FRANK VALLI & THE 4 SEASONS”.
DON NÃO É PARENTE DE MADONNA!
RECOMENDO MUITO MESMO!
POSTAGEM ORIGINAL: 30/07/2020
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UM SÁBADO A TARDE, EM 1973…

Eu me lembro com bastante nitidez de certo sábado à tarde, em 1973. Eu recordo a luminosidade daquele dia, e suponho que tenha sido entre e abril e maio.
Por motivo que não identifico claramente, eu estava tranquilo e feliz. Não alegre, eu sei. Mas, desfrutando momento de rara completude.
Quase 50 anos se foram, mas aquele sábado reteve-se em mim.
Em 1973, ainda não existiam a WOOP BOP e a BARATOS AFINS, as duas lojas que fizeram história por conseguir congregar um certo público que curtia o UNDERGROUND, o ROCK e arredores.
Informações do exterior existiam, mesmo poucas e truncadas, e aguçavam desejos.
Estavam condensadas em publicações como a ROLLING STONE, já circulando por aqui, e jornais alternativos onde esforçados jornalistas, como LUIZ CARLOS MACIEL, nos informavam sobre o novo “perenizado” pós a suposta revolução trazida por HIPPIES e a NOVA ESQUERDA INTELECTUAL.
Claro, não durou o suficiente, mas deixou marcas não removidas, feito tatuagens.
Existiam grandes lojas que importavam, traziam discos e novidades. Eram tão caros como hoje é, e sempre foram.
Não consigo visualizar claramente se foi na BRUNO BLOIS, na BRENO ROSSI, onde naquela tarde inesquecível comprei dois entre os discos de que mais gosto até hoje.
Eu já conhecia o BOB SEGER. Cantor potente, BLUESY e pesado. Teve dois SINGLES lançados por aqui, “2+2” e “RAMBLING GAMBLIN MAN”, estilingadas certeiras!
SEGER é uma espécie de antecessor de BRUCE SPRINGSTEEN, naquela coisa do americano solitário contra o sistema, sempre “ON THE ROAD”, e torturado pela imprecisão psicológica, feito um JAMES DEAN ou JIM MORRISON, que os antenados de minha geração conheceram. E daí o fascínio que me causou.
BOB chegou ao real sucesso alguns anos depois, 1977/1978, Mas, jamais fez álbum tão bom e consistente quanto “BACK IN 72”.
O disco foi gravado no “MUSCLE SHOALS STUDIO”, onde a elite do SOUL e R&B gravava. Gente como ARETHA FRANKLIN, por exemplo.
Ele é acompanhado por craques como J.J.CALE, JIMMY JOHNSON, BARRY BECKETT, DAVID HOOD e ROGER HAWKINS, para ficar no primeiro time. E mescla SOUL, R&B e ROCK com eficiência e sofisticação. É um grande e desconhecido disco. Brilhando no fundo do poço do ROCK. Experimente.
Também me recordo de ter visto o disco de BOB SEGER e separado. Enquanto isso, rolava no PICK UP disco chegado naquele momento, o primeiro álbum do BLUE OYSTER CULT. Impacto fulminante. Um míssil direto no cérebro e no corpo!
Para mim, é o melhor disco que fizeram.
Está entre o HARD ROCK e o PROGRESSIVO. Tem pegada BLUESY, algumas novidades tecnológicas, como delays e outros “babados”, faixas interligadas e sem espaço, que dão sensação de continuidade, não importando as músicas que se sucedem.
É um disco bastante original de ROCK PESADO americano.
Sim, claramente americano, como um CAPTAIN BEYOND e o KANSAS; ou o DUST e o GRANDFUNK RAILROAD.
O BLUE OYSTER CULT foi grande sucesso, na década de 1970. E tem outros discos bastante bons.
Mas, nenhum se compara a este.
Talvez seja por causa dos discos, que a memória daquele inesquecível sábado me sequestra até hoje.
Desejo a todos experiência tão cativante…
POSTAGEM ORIGINAL: 30/07/2022
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MANIA DE VOCÊS: OS BENDITOS DISCOS QUE ME ASSOLAM! HOJE, R&B MODERNO E CLÁSSICO, PARA ESQUENTAR O SÁBADO!

E a querida RITA LEE entrou na postagem não à revelia do próprio gosto e vício! Ela também era gamada (nossa, TIO SÉRGIO, essa é do seu tempo! )por discos, etc…, eternos objetos do desejo.
Acabei de receber do correio mais outra “intimação” para o pagamento das taxas e impostos sobre a compra de umas “rodelas prateadas” que busquei nas “estranjas”.
Aviso de curra: R$ 137,00! Eu já esperava. Ficaram retidas por quase trinta dias pela Receita Federal. São dois CDs japoneses: Um do “JEFF BECK”; e o “RARE EARTH” que me faltava: “MA”. São edições caras, especiais!
O detalhe é que o “RARE EARTH” EU COMPREI EM DUPLICATA!!!
Errei! Coisa rara de acontecer. Chegou dias atrás… Agora virá outro…Meu SANTO COLOMBINO!
Brasileiros adoram impostos escorchantes. Contanto que aplicados sobre os outros. E não faltam argumentos: é o social que requer; a péssima distribuição da renda exige; há mil desculpas e motivos.
Mas controlar o Estado e seus gastos mal realizados? ahhh… aí caímos em ideologias e seus interesses, explicações, justificativas. Azar dos que pagam, porque fiscalizados à lupa!
Estou postando discos de RHYTHM ‘N’ BLUES. Sim! Prefiro o nome genérico em vez de reter-me a filigranas discutíveis. Discos antigos e recentes. Porque são bálsamos para dias turbulentos. Geralmente melodiosos, músicas belas; “atemporais”, agradam a muito mais gente.
1) Dois são de “JOSS STONE”: INTRODUCING, 2007; e COLOUR ME FREE, 2009. Tenho alguns outros. É boa cantora da geração surgida em meados da primeira década de 2000. Ela faz o R&B moderno, às vezes com algum RAP; e cheio de referências históricas. Dá pra “dissecar” ARETHA FRANKLIN, DINAH WASHINGTON , um quê de GLADYS KNIGHT, e tantas e nada tontas.
São dois CDS muito bons; cheios de ritmo, batida e bateria que se pretendem diferenciadas. “JOSS” é boa de palco; faz grandes shows; e instalou-se pelo mundo. Busca alternativas, mas assumiu o R&B. Segue intensa e continua linda! Seus discos são joviais e dançantes.
2) “MICK HUCKNALL” já é veterano e ainda a cara “SIMPLY RED”, e tocou a carreira bombardeando tendências várias; e graças à sua voz versátil e capacidade para oscilar do R&B ao ROCK; e até navegar pela música latina, como visto em DVD de sucesso gravado em Cuba. O ruivinho segue. E a mim agrada. Então, duas opções na foto.
3) “SEAL”. Acho que é o grande nome do POP/R&B/ NEO SOUL; e o talvez o melhor dos últimos 35 anos. Seus dois primeiros e sensacionais discos foram brindados com oceano de craques participando; gente em nível de JEFF BECK, por exemplo.
Aqui, estão três discos relativamente recentes: SEAL, 7; STANDARDS; e SOUL 2. Seguramente bons. Acredite. O cara continua ativo pelaí cantando, fazendo e agradando.
Agora, alguns clássicos da “BLACK MUSIC”:
4) “MARVIN GAYE”. COLETÂNEA TRIPLA com 50 músicas. O essencial de um cantor imenso. Não tem erro! Gosto demais desse pretão cheio de problemas emocionais e tangenciando a psicopatia.
5) “ISAAC HAYES”, THE POLYDOR YEARS. Coletânea muito diferente da fase STAX. Aqui também o SOUL e R&B muito identificáveis, e a classe de sempre. Tente; se for barato.
6) “DR JOHN”, THE VERY BEST. Coleção de clássicos de outro diferenciado que jamais decepciona: BLUES, R&B, COUNTRY, e tudo junto e misturado por um artista único e obrigatório.
7) Encerro com um CLÁSSICO MODERNO, artistas CULTS do R&B. E desconfio, só o TIO SÉRGIO aqui ousaria indicar. É BOM PRA LHALHALO!
A conjunção astral entre dois grandes e históricos: STEVE CROPPER, mestre da guitarra, e reverenciado músico do arco R&B, ROCK, COUNTRY, SOUL, e o que vier. Ele vem com FELIX CAVALIERI, tecladista e voz dos RASCALS – o bem sucedido e famoso grupo americano da década de 1960.
FELIX, era o principal cantor da banda, e fez OTIS REDDING invadir o estúdio da ATLANTIC RECORDS, em 1968, onde os RASCALS gravavam; porque duvidou quando lhe disseram que era um BRANCÃO “italiano/americano” cantando; e não um NEGÃO!
E não era mesmo! FELIX foi um dos inventores do BLUE EYED SOUL!
Eles gravaram dois álbuns sensacionais; soltos, bem captados e produzidos; cantados com charme e arranjados em alto estilo. Na postagem, o álbum lançado em 2008. Anima quaisquer festas e reuniões.
Procure por essa turma no Youtube, e confira.
POSTAGEM ORIGINAL: 28/07/2022
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“KID TATURANA” E SEUS MILIQUINHOS AMESTRADOS

 

Pois, é:
o KID TATURANA é o persistente, inderrotável, arrogante, e antidemocrático NICOLÁS MADURO. Aliás, ele ostenta sobre o lábio superior “MOUSTACHE” evocando o inseto; cientificamente chamado por “LONOMIA” – ou lagarta de fogo…. hum….
Os “MILIQUINHOS AMESTRADOS” são a “troupe” de pândegos perigosos que o assessoram na condução da viagem ao inferno que o povo venezuelano vem fazendo há anos…
Aliás, essa conjunção fez muito bem para a imagem “FIT” da população do país vizinho! Todos ficaram magros; esbeltos! Elegantes?
Também, pudera: quase oito milhões em diáspora, é correria que emagrece qualquer um…

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MARC JOHNSON – “BASS DESIRES” – GRAVADORA ECM – 1986

JOHNSON tocou e gravou com o universo do jazz e seus arredores. Para citar poucos, BILL EVANS, GARY BURTON, STAN GETZ, PAT METHENY, PATRICIA BARBER…
Ele produziu para a pianista brasileira ELIANE ELIAS, álbum premiado com o GRAMMY. Não é pouca coisa.
Craque do baixo acústico, aqui lidera disco FUSION com outros artistas supremos: BILL FRISELL e JOHN SCOFIELD, guitarras; e PETER ERSKINE, bateria. É gente da grife ECM. Mas traz um “quê” do estilo americano de fazer essas coisas. As gravações foram realizadas em NOVA YORK.
Se você gosta do FUSION JAZZ dos anos 1980, esse disco vai te pegar. Mesmo o retrogosto deixando um certo travo de sonoridade algo datada…
Eu gosto. Portanto, recomendo.
POSTAGEM ORIGINAL: 29/07/2020
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MULHERES ARRASANDO NO CONTRABAIXO! E COMO TOCAM!!!

É interessante o que há de mulheres arrasando no CONTRABAIXO! Impressiona! Estão em diversos ritmos, estilos, e são de várias nacionalidades.
Início de madrugada qualquer, fui desligar a televisão; mas dei com show do JEFF BECK, em TÓQUIO. Pois bem, talvez pela primeira vez ouvi BECK tocando telegraficamente. VERSÕES mais curtas, fabulosas, entre os seus clássicos, novidades e beyond. O gênio em ação.
Mas, como de costume, não era só ele. A banda coesa e formada por músicos virtuosos; o trivial variado que sabemos desde sempre. Entre eles, a baixista, RHONDA SMITH, canadense, preta, e dez anos tocando com o PRINCE. Um arraso em técnica e ritmo.
O surpreendente ( seria ? ) é que RHONDA substituiu TAL WILKENFELD, australiana e loira, que também esteve com JEFF BECK no famoso concerto no RONNIE SCOTT, e por um tempão mais.
Quem ouviu TAL sabe do que estou falando – e HERBIE HANCOCK, os ALLMANN BROTHERS, CLAPTON e mais um monte de gente concorda. É muito jovem, quase menina! E toca o fino!
Existe uma tradição no BAIXO ELÉTRICO muito bem simbolizada por CAROL KAYE, “The First Lady of Bass”, nome de um documentário sobre ela. CAROL participou em mais de 10.000 sessões de gravações e pode ser ouvida em discos dos BEACH BOYS a FRANK ZAPPA; passou pelos SINATRA ( o FRANK e a NANCY ); coloriu o BUFFALO SPRINGFIELD, os ELECTRIC PRUNES; e tanta gente que nem é possível relacionar.
Ela escreveu diversos livros tutoriais sobre como tocar GUITARRA e BAIXO; ensinou a muitos, como o cara do KISS, de quem não recordo o nome. A “tia” é o fino do fino; eclética musicalmente; e pessoalmente conservadora, recatada e… magistral…
Quem ouviu o último concerto do BOWIE, a turnê “REALITY TOUR”, reparou em GAIL ANN DORSEY, que arrasa tocando e fazendo dueto com DAVID em “UNDER PRESURE”, clássico dele com FREDDIE MERCURY. E que tal não esquecer a vanguarda? Temos KIM GORDON, do SONIC YOUTH, e certamente outras é incontáveis!
Para encerrar, mas muito longe de esgotar o assunto, eu recomendo ouvir uma garota que toca na banda que acompanha o programa do BIAL, no final das noites, na Globo.
O nome dela é ANNA CARINA SEBASTIÃO. Do SAMBA ao FUNK, ao ROCK e ao que vier. E como toca e sustenta o ritmo esta menina!!!
Acho que as meninas estão dominando o baixo melhor do que dominam as guitarras. Mas, só por enquanto, né LARI BASILIO?
POSTAGEM ORIGINAL: 28/07/2022
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JUCA KFOURI – ENTREVISTA NELSON MOTTA : LIBERALISMO E LIBERDADES

A POSTAGEM É ANTIGA, MAS RELEVANTE. DOIS CARAS HONESTOS, QUE TÊM CONVICÇÕES DIFERENTES, MAS CONVERSAM NUMA BOA E COM MÚTUO RESPEITO.
EU PASSEI POR ESSA METAMORFOSE IDEOLÓGICA, ORIENTADO PELO PENSAMENTO DE ESQUERDA, ENTRE OS QUAIS O PRÓPRIO PAULO FRANCIS, DO INÍCIO DOS ANOS 70 ATÉ A SUA CONVERSÃO AO LIBERALISMO – NO INÍCIO DOS ANOS 80 E ATÉ A SUA MORTE.
EU MUDEI IDEOLOGICAMENTE, MAS, NÃO ALTEREI MEUS PRINCÍPIOS. SOU PELA JUSTIÇA SOCIAL ATRAVÉS DO CAPITALISMO. APENAS OPTEI POR MÉTODOS E POSTURAS QUE, PARA MIM, SÃO MUITO MAIS EFICIENTES DO QUE O ESTATISMO ESQUERDISTA QUE NOS ASSOLA E A, TAMBÉM, GRANDE PARTE DA INTELIGÊNCIA BRASILEIRA E LATINO-AMERICANA.
EXISTE UM LIBERALISMO MODERNO QUE NÃO PRESCINDE DE EQUIDADE E JUSTIÇA SOCIAL; DA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE PARA TODOS; E DA IMPLANTAÇÃO DE IGUALDADE DE OPORTUNIDADES, QUE POR SUA VEZ, NÃO DISPENSA O “MÉRITO INDIVIDUAL”; E DA DISCUSSÃO LIVRE E ABERTA DOS PROBLEMAS QUE TEMOS E PRECISAMOS MELHORAR.

NA PRÓXIMA ELEIÇÃO EU VOTO EM QUEM PROFESSA TAIS PRINCÍPIOS.

POSTAGEM ORIGINAL: 27/07/2018

YARDBIRDS – LIVE YARDBIRDS FEATURING COM JIMMY PAGE, 1968. E OUTRA HISTORINHA QUE SÓ O TIO SÉRGIO CONTA!

Um grande amigo, também colecionador de discos, no início dos anos 1970 pendurava na parede da sala um pôster antigo dos YARDBIRDS, com o JIMMY PAGE na guitarra.
A imagem era, digamos… um tanto fora do comum para uma banda já de HARD ROCK. Os quatro caras estavam posando envolvidos em peles, um tanto “AQUALIRADOS”, como diria o escritor JOSÉ SARNEY, hummm! Um cenário mais adequado aos PET SHOP BOYS, A-HA, DEPECHE MODE, ou PABLO VITTAR; só para usar exemplos notórios…
E, entra na sala uma tia velhae pergunta:
– Silvinho, quem são esses cabeludos aí na parede?
– São os YARDBIRDS, tia…
– QUEM?!?!?!?!, os VIADOS VERDES?!?!?!
Não eram…
Comecei por piadinha datada e infame; mas o diálogo aconteceu de verdade. E aproveito para juntar a CD, edição argentina e provavelmente pirata, de um LONG PLAY lançado pela EPIC RECORDS só na América, em 1971.
É um show ao vivo, gravado em NOVA YORK, no dia 30 de março de 1968, quando os YARDBIRDS já estavam na gargalhada final. PAGE, na guitarra, é claro; o vocalista KEITH RELF; o baterista JIM McCARTHY; e o baixista CHRIS DREJAS tocavam juntos pelas últimas vezes. Foi a excursão final, que acabou semanas depois.
O destino e sequência é fato histórico sabido: sobraram apenas JIMMY PAGE e CHRIS DREJAS, que contrataram ROBERT PLANT, e JOHN BONHAN, para cumprir uns compromissos finais dos YARDBIRDS pela Europa, e a finito.
Com a entrada de JOHN PAUL JONES, no lugar de CHRIS DREJAS, o LED ZEPPELIN aconteceu.
Este álbum é oportunismo puro e nítido. O grupo quando ouviu o resultado da gravação recusou-se a lançar o disco. É técnica e artisticamente um fracasso. RELF canta nada; PAGE parece exausto. E mesmo tentando reproduzir os HITS mais clássicos da fase com JEFF BECK, a coisa não rolou. A gravação é tão ruim que, a gente não sabe se o público está “apulpando”, ou gostando…
Mas, com o sucesso do LED ZEPPELIN, a EPIC forçou a barra e lançou o disco. Lembro-me que, na época, quando comprei, meus amigos adoraram! É um disco barulhento, garageiro e mal feito. E, admito agora, é um bom motivo para tê-lo!
Hoje, é bastante raro. E não lembro de tê-lo visto em CDS oficiais por aí. Enfim, vale por documentar um velório!
POSTAGEM ORIGINAL: 26/07/2024
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DAVID BOWIE, BEATLES e RIHANNA, A DISCOGRAFIA PERTINENTE PARA O FILME “LUCY IN THE SKY”, 2021

“LUCY IN THE SKY” , é um filme profundo dirigido por NOAH HAWLEY, COM NATALIE PORTMAN & JON HAMM, 2021.
LUCY COLA é astronauta. E isto significa disciplina, inteligência acima do normal, determinação, lógica, autocontrole, coragem; e um acúmulo estruturado de informações, conhecimentos científicos e tecnológicos.
E tudo isso para “sair da TERRA”:
Eis a tórrida e definitiva observação do MAJOR TOM, o astronauta depressivo, personagem criado por DAVID BOWIE em seu primeiro clássico, “SPACE ODDITY,” gravado em 1969:
MAJOR TOM diz para o CONTROLE DE TERRA que “THE PLANET EARTH IS BLUE, AND THERE´S NOTHING I CAN DO!!!”. Não,😒 queridões, queridonas, e queridexes, TIO SÉRGIO não vai traduzir…
Assistam ao filme.
É inquietante, inteligente e filosoficamente demolidor, como deveria ser; concordo eu, agnóstico relutante que sou, mesmo rezando todas as noites.
A questão é: de um ser humano treinado, recheado de álgebra, condicionado a responder com a eficácia de um robô às circunstâncias que humanos não conseguiriam, espera-se respostas e decisões excepcionais?
Definitivamente, talvez;
LUCY – oi, pessoal, apresento-lhes uma NATALIE PORTMAN em grande performance interpretativa, em meio a elenco adequado e afiado. Pois, bem; LUCY fez viagem espacial, é da elite da NASA, e ficou encantada com o que viu lá de cima…Mas, retorna à sua vida aqui na terra; tem marido e filha, e… dá de cara com o cotidiano.
Não foi um choque óbvio, mediano, trivial. E, sim, uma verdadeira desconstrução do “EU”.
As perguntas e possíveis respostas se transportaram para dentro, e não para fora dela, como ela mesma esperaria…
Afinal, aquela “dimensão incomensurável”, que todos observamos daqui da Terra, repleta de luzes de estrelas emitidas milhões, sei lá, ( bilhões? ) de anos atrás, e talvez provindas de corpos que não existam mais; não são assimiláveis, e menos ainda traduzíveis às dimensões humanas. Mesmo para superdotada como ela.
Pessoas vivem até 70/90 anos, se superestimamos o prazo para o “countdown” rumo à extinção de cada um de nós…É muito pouco frente ao Universo!
Resumindo, como lidar com o vazio imenso e a nossa insignificância em relação ao “INFINITO”? Foi o que LUCY sentiu.
Então, como e por que estar metido nisso, se todos somos segmentos de retas; frutos, em geral, da ejaculação de um homem em uma mulher, num momento de prazer – ou não?
Vamos viver tão pouco e seremos interrompidos… Em viagens rumo ao desconhecido, se encontrará “nada” por distâncias que podem ultrapassar vidas e vidas? Centenas, milhares de anos… para chegar a … algo.
Devemos concordar: com a tecnologia disponível, defrontar-se com isso é um monumento à frustração. E nem a expectativa de ser filho de um DEUS criador e mitigador de sofrimentos está no aprendizado de um astronauta!
Então, como aguentar o retorno para dentro de si mesmo?
LUCY COLA pirou porque precisava, no mínimo, identificar um propósito para perceber-se “gente”. E tentou. Mas, isso deixo para vocês concluírem quando assistirem ao filme.
O médico da famosa série,”Dr. HOUSE”, em rara discussão com uma paciente, ouve dela que “Se Deus não existe, a vida não faz sentido”. E responde: “A vida não faz sentido se não tiver um propósito”! E é aí que os problemas começam.
De BOWIE voltamos aos BEATLES, 1967.
“LUCY IN THE SKY WITH DIAMONDS” é um clássico alternativo e cult do ROCK. A letra é totalmente lisérgica e surrealista. E melodia e harmonia são ricas e bem trabalhadas.
Mas, a viagem interior através das drogas também contempla a mente expandida em direção ao Universo. Os diamantes, metáforas para estrelas, refletem a imaginação sobre algo parcialmente visível, mas de grandeza e riquezas inimagináveis.
Estão aí os telescópios, as novas tecnologias e as descobertas assombrando crédulos e agnósticos; céticos e nefelibatas.
A viagem que faz RIHANNA é terrena, palpável, enamorada, e mostra um bom propósito para continuar vivo: amar. Mesmo que o eterno seja breve.
Em DIAMONDS, 2012, seu clássico POP instantâneo, ela identifica a pessoa que está com ELA como “BEAUTIFUL LIKE DIAMONDS IN THE SKY. A música belíssima foi produzida por “STARGATE”. Aliás, nome mais significativo é difícil imaginar…
Através de RIHANNA, eu compreendi melhor os BEATLES…
Pois, é! A viagem de LUCY COLA refletiu a inquietação de DAVID BOWIE, a ousadia de JOHN LENNON e o romantismo de RIHANNA.
E, também, a imaginação de bilhões de terráqueos – e talvez de habitantes de outras galáxias.
Mas…
POSTAGEM ORIGINAL: 06/05/2023
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SLY & THE FAMILY STONE & THE TEMPTATIONS – 1968: A VIAGEM AO PSICHEDELIC SOUL

Viver é defrontar surpresas. Todos nós na dinâmica da existência, somos detidos, flechados ou derrubados pelas novidades. Ou, frente a elas, temos algum insight, ou coragem para mudar enfrentando os receios – que são parte da vida.
Os TEMPTATIONS, por volta de 1968 tinham carreira sólida, mas sem grandes horizontes. Aconteciam coisas demais em volta deles, mas poucas tangenciavam a BLACK MUSIC.
HENDRIX à parte, claro. Mas JIMI era um híbrido raivoso que ajudou a refundar o ROCK à partir do BLUES. E foi muito, muito, além dele, claro.
SLY STONE, também preto, de certa forma era um integrado ao sistema que viveu a revolução do ROCK …hummm branco. Era produtor de discos, na CALIFÓRNIA, com algum sucesso. Havia trabalhado com gente talentosa, como os BEAU BRUMMELS, banda BEAT/FOLK, hoje reconhecida como excelente.
E foi com esse background que idealizou e fez a FAMILY STONE, juntando o JAZZ-ROCK em gestação na própria COLUMBIA RECORDS ao ROCK PSICODÉLICO e ao RHYTHM´N´BLUES mais agressivo. Foi tudo para ooooo… liquidificador criativo que sabia mobilizar; e deu em SLY & THE FAMILY STONE, troupe seminal!
Um dia de 1968, em Nova York, OTIS WILLIANS, o líder dos TEMPTATIONS escutou “DANCE TO THE MUSIC”, no rádio. E sacou no ato a novidade. Pegou a banda e o produtor NORMAN WHITFIELD e foram para o estúdio em Detroit. Decompuseram o grupo, por assim dizer, em vários solistas. Atualizaram a sonoridade por completo. Inclusive instrumentação e até arranjos.
Resultado: “CLOUD NINE”! Hit supremo que os levou ao GRAMMY; e abriu caminho para vários sucessos, e nova linha de trabalho. Ouçam BALL OF CONFUSION, por exemplo; é outro SINGLE espetacular! PSYCHEDELIC SOUL é coletânea imperdível, e documenta o giro de 180 graus da banda. Uma revolução no conteúdo, perspectivas e sonoridades.
Neste álbum duplo estão canções imprescindíveis para quem gosta da melhor música feita pelos pretos americanos. E dão uma “palinha” do que veio a ser o R&B atual, menos açucarado, mais cheio de “punch” e sensualidade não romântica…
Então, pessoal, ultrapassem os TEMPTATIONS de “MY GIRL”. Porque os mixes fantásticos de ROCK PSICODÉLICO + SOUL MUSIC ultrapassam em criatividade e visão de futuro aquele HIT histórico, delicioso, mas adolescente além da conta.
Recomendo os dois álbuns!
POSTAGEM ORIGINAL: 25/07/2023Nenhuma descrição de foto disponível.