YARDBIRDS – “HAPPENINGS TEN YEARS TIME AGO / PSYCHO DAISES”, DUAS MÚSICAS COM JEFF BECK E JIMMY PAGE NAS GUITARRAS – REEDIÇÃO DE SINGLE DE 1966 – VINIL

A primeira vez que ouvi “HAPPENINGS TEN YEARS TIME AGO” foi em 1968. É faixa da primeira coletânea americana da banda, “THE YARDBIRDS GREATEST HITS”. Eu a comprei em loja de discos no Centro de SAMPA, totalmente fora do “circuito oficial do plausível”.
A capa do LP original aparentemente é meio fora de propósito. Aparece gente dançando. Mas, observando mais de perto, fazia todo sentido. A foto era um tanto desfocada, de certa maneira “denunciando” drogas, portanto a PSICODELIA. E, claro, dançar é atividade lúdica “permanente”!
As faixas deste SINGLE são as duas únicas onde JEFF BECK e JIMMY PAGE tocaram guitarra juntos. Quem assistiu ao filme BLOW UP verá os dois em performance que emula THE WHO, a banda cogitada para dar um ar mais SWINGING LONDON à cena.
Mas sobrou para os YARDBIRDS, que imprimiram veracidade total. Nada mais expressivo daquele momento, do que uma banda que juntasse R&B, BLUES e PSICODELIA.
Este SINGLE tem outra curiosidade. É baseada na edição alemã, com fotos na capa e tudo. Coisa rara e, se fosse original da época, também preciosa.
Mais ou menos naqueles dias, eu e meu amigo SILVIO DEAN fomos à HI-FI”, loja de discos referência, que havia inaugurado filial no hoje famoso SHOPPING IGUATEMI. Sempre, talvez, o mais chique e caro de SÃO PAULO. Era moderna, grande, e lá você podia escutar alguns discos.
Curiosamente, havia outro SINGLE dos YARDBIRDS, o icônico “OVER, UNDER, SIDEWAYS, DOWN”, com JEFF´S BOOGIE no lado B. Não estava à venda. Compramos um COMPACTO DUPLO, do “DEL SHANNON”, “remake” de RUNAWAY, em 1967. E outro do “STATUS QUO”, na época banda muito diferente do que se tornou, e que fazia sucesso mundo afora com “PICTURES OF MATCHSTICK MAN”. É ROCK totalmente psicodélico, cheia de câmaras de eco, delays, e outras inovações que deixavam o pessoal maluco! Nós dois, inclusve. Os LPS eram e sempre foram caros demais aqui em PATÓPOLIS!
Comprei este SINGLE dos YARDBIRDS por mero saudosismo e curiosidade. Está escrito que foi remasterizado, blá,blá,blá!!!, e etc… Paguei o preço “curra” de $23,00 BIDENS – sei lá, uns R$ 130,00 MANDACARUS. Recorri à FADINHA MASTERCARD, companheira de aventuras deliciosas e insalubres como esta.
Não vou escutar; não tenho toca-discos… por enquanto.
POSTAGEM ORIGINAL:21/08/2023
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ARETHA FRANKLIN – ATLANTIC RECORDS 1967/1971- ORIGINAL ALBUM SERIES

Escrevendo, ouvindo, lendo e conversando criei uma frase que sempre cito: “gosto, mas não prefiro”.
É mais ou menos a minha relação com ARETHA FRANKLIN e as cantoras mais extrovertidas de R&B, POP, SOUL e BLUES.
Dizer de ARETHA que não cantava bem, ou não tinha SOUL, é puro absurdo! Seu carisma e interpretação foram milimetricamente preparados para evidenciar a potência e alcance de sua voz! Ela é dona de um estilo; fez história e tem marca registrada.
Apreciar, ou não, é questão de gosto. ARETHA FRANKLIN antes de ícone e artista imensa foi uma grande mulher e cidadã. O que expôs a sua relevância.
ARETHA já fazia sucesso na COLUMBIA RECORDS, onde esteve desde 1961. Cantava R&B tingido por GOSPEL; fazia música negra mais tradicional.
Explodiu ao ser contratada e modernizada pela ATLANTIC RECORDS, em 1967. E, quem sabe, o planejado tenha sido lançá-la no vácuo de JANIS JOPLIN – desde 1966 a nova estrela da COLUMBIA, onde fundiu o BLUES ao ROCK PSICODÉLICO, acompanhada pelos “Rockers” do BIG BROTHER & HOLDING COMPANY.
Na ATLANTIC, ARETHA FRANKLIN arrebentou conjugando a interface da BLACK MUSIC com o POP. A produção esmerada, e a banda espetacular da casa, tornaram ARETHA ícone da SOUL MUSIC. Ela foi ( é!! ) muito mais cantora, e transitou além, muito além, de JANIS JOPLIN.
Vale reparar em duas característica dissociadas. Mas, Históricas, quem sabe…
1) A gravadora ATLANTIC foi criação de um turco e de um judeu: AHMET ERTGUN e HERB ABRAMSON, e desenvolveu estilo próprio de fazer R&B e a SOUL MUSIC.
Os músicos que tocavam lá, na maioria brancos do sul dos Estados Unidos, utilizavam o estúdio MUSCLE SCHOALS – que virou FAME tempos depois. Foi lá, no sul, onde gravou o “cast ” NEGRO da ATLANTIC, com excepcionais resultados artísticos reconhecidos até hoje!
DUANE ALMANN, guitarrista, tocou em discos de ARETHA. E há outros, vários outros: o baixista JERRY JEMMOTT; BILLY PRESTON, no órgão; BERNARD “PRETTY ” PURDIE, baterista supremo; o guitarrista e KING CURTIS, no sax. E vários outros músicos antológicos!
2) O FOLK ROCK PSICODÉLICO foi criado em meados da década de 1960, por um PRETÃO de NOVA YORK chamado TOM WILSON. Ele desenvolveu o conceito, juntando guitarras e instrumentos elétricos aos arranjos acústicos da FOLK MUSIC.
Observem “LIKE A ROLLING STONE”, de BOB DYLAN; e também “SOUNDS OF SILENCE”, de SIMON & GARFUNKEL; ou MR. TAMBOURINE MAN, e outras gravações dos BYRDS.
Uma aparente inversão de expectativas? Seria?
Não! Houve, sim, uma grande vitória da arte sobre o racismo. Simplesmente. Não importa se feito por pretos coisas que se considerava de brancos. Ou se a música dos negros foi arranjada e muito bem expressa por brancos e outros…
Lições da arte, e da vida!
ARETHA FRANKLIN morreu anos atrás, em 16 de agosto de 2018. E certamente arrasa no céu com outros “anteriormente convidados”.
TIO SÉRGIO é um chato. E ARETHA FRANKLIN, não!!!
POSTAGEM ORIGINAL:18/08/2023
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PROCOL HARUM – LIVE EM DOIS DVDS SENSACIONAIS!

Jeito moderno de se curtir e possuir shows ao vivo é por via dos DVDs. Óbvio, né TIO SÉRGIO! Mas, atualize-se: há STREAMINGS, e sei lá mais o quê?
DVDs e BLUE RAYS, e até CDs certamente permanecem, porque nunca na História da Música se conseguiu produzir “mídias” tão sofisticadas, baratas e abrangentes.
E aqui vão dois DVDs dessa banda Inglesa de ROCK, eclética o suficiente para ser rotulada de PROGRESSIVA, mas que, de fato foi muito, muito além!
O PROCOL HARUM é uma glória do POP/ROCK . Mesmo tendo desenvolvido estilo próprio e marcante, no decorrer de uns 50 e tantos anos, é identificável dentro qualquer gênero.
Eles vão do PROGRESSIVO, com pitadas de MÚSICA CLÁSSICA, ao BLUES. Passam pelo HARD-ROCK; e, pasmem!, até uma GUAJIRA cubana de “VANGUARDA” conseguiram criar! ( veja no DVD LIVE AT UNION CHAPEL, gravado em uma capela, em Londres, em 2004).
Este show é um prodígio! Extremamente bem produzido, tocado e gravado. Grosso modo, divide-se em duas partes – e entre elas fazem intervalo para “uma cerveja”.
A primeira sessão é basicamente ROCK PROGRESSIVO; a segunda foca no BLUES, HARD-ROCK e HARD BLUES. A banda é o fino tecnicamente: uma cozinha sincrônica e eficaz, um “guitar-hero” de verdade, GEOFF WHITEHORN.
E há o icônico órgão tocado por MATHEW FISHER, que obteve o direito de constar como compositor e receber os royalties sobre “A WHITHER SHADE OF PALE” – o clássico em que seu órgão inconfundível é parte fundamental.
Mas, a banda é, principalmente, GARY BROOKER. Vocalista infelizmente já falecido, e personagem remanescente dos anos 1960.
BROOKER, como sempre, está cantando além do muito, muito bem. Sua voz e a performance permaneceram intactas. Ele é um ícone como poucos. E também tornou-se CAVALEIRO do IMPÉRIO BRITÂNICO, e detinha o “título-honraria” de “SIR”, como PAUL McCARTNEY, ELTON JOHN, BRIAN MAY, JEFF BECK e outros.
O Segundo DVD, LIVE WITH THE DANISH CONCERT ORCHESTRA, foi gravado em 2006, nos JARDINS de um CASTELO na DINAMARCA – claro! – e com basicamente a mesma banda ( menos Fisher ).
O PROCOL HARUM foi acompanhado por ORQUESTRA e CORO, em PERFORMANCE e REPERTÓRIO MARAVILHOSOS. Provando, mais uma vez, que entre os grupos que integraram BANDA de ROCK e ORQUESTRA, o projeto mais bem sucedido sempre foi o deles.
O DVD é imperdível pelo ambiente e todo o aconchego que nos passa. Local BELÍSSIMO, com serviço de BAR e MESAS EXTERNAS, inclusive. Não percam este show !
Por isso tudo e muito mais, GARY BROOKER é UM DOS MAIORES VOCALISTAS da HISTÓRIA do ROCK. Sua voz versátil e BLUESY cai muito bem com o PROGRESSIVO e o POP.
A clássica indefectível “A WHITHER SHADE OF PALE”, vendeu mais de DEZ MILHÕES de SINGLES, teve mais de “1000 REGRAVAÇÕES” por artistas diferentes e, juntamente com “BOHEMIAN RHAPSODY”, do QUEEN, foi eleita a música do século na Inglaterra. Até hoje é fascinante e moderna!
E um toque humano: ERIC CLAPTON e GARY BROOKER foram amigos íntimos desde sempre, gravaram juntos, e costumavam pescar juntos. Foi GARY quem o salvou nos períodos mais tenebrosos do vício em cocaína e heroína.
Eu havia prometido: se um dia o PROCOL HARUM tocasse por aqui, eu levantaria o glúteo da cadeira e não perderia o show.
Infelizmente, não rolou.
Quem não gosta do PROCOL HARUM, incluídos GARY, MATHEW e também o histórico estilista da guitarra, ROBIN TROWER, vai ter dificuldades em ultrapassar o purgatório
e entrar no céu!
POSTAGEM ORIGINAL: 18/08/2018
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MARTHA ARGERICH & CLAUDIO ABBADO – TCHAIKOVSKY, PIANO CONCERTO No 1

EU SOU UM ECLÉTICO SELETIVO; E PREFIRO MÚSICA POPULAR À CLÁSSICA. PORÉM, NO ESTADO DE ANOMIA EM QUE ESTAMOS VIVENDO, NÃO HÁ BÁLSAMO ANTI-BARBÁRIE QUE SUPERE OUVIR MÚSICA SENSÍVEL E SOFISTICADA.
“MARTHA ARGERICH” ESTÁ ENTRE AS MAIORES MUSICISTAS DA HISTÓRIA. É GRANDE SOLISTA; CRIATIVA E MUITAS VEZES INOVADORA. E, TAMBÉM, PIANISTA QUE ABDICA DE VIRTUOSISMOS EGOÍSTAS, PARA INTEGRAR-SE À ORQUESTRAS E A GRUPOS DE CÂMARA. MARTHA É OUVINTE ESTUDIOSA E ATENTA DAS PARTITURAS QUE EXECUTA. É UM PRODÍGIO!
AQUI ESTÁ O “CONCERTO PARA PIANO No.1, DE TCHAIKOVSKY, EM ESPETACULAR GRAVAÇÃO AO VIVO, REALIZADA EM 1983. O REGENTE É “CLAUDIO ABBADO”, COM A “FILARMÔNICA DE BERLIM”. TRAZ A PIANISTA EM INTERPRETAÇÃO MUITO DIFERENTE DE OUTRAS QUE CONHEÇO, BEM MAIS CONVENCIONAIS.
MARTHA FAZ “ATAQUES MAIS DECIDIDOS”; E IMPÕE RITMO ALGO ACELERADO EM CADA COMPASSO, PRINCIPALMENTE NO PRIMEIRO MOVIMENTO, MAS DENTRO DO ANDAMENTO TRADICIONAL DA OBRA – SE É O QUE POSSO INFERIR DA AUDIÇÃO, SEM COMETER IMPROPRIEDADES…
O EFEITO É “ROCKÍSTICO” ! ( PÔ, TIO SÉRGIO, MANERA AÍ!!! OLHA ONDE VOCÊ ESTÁ PISANDO!) ; EXUBERANTE!
“MARTHA ARGERICH” É ARGENTINA ESTUDOU JUNTO E, ATÉ ONDE SEI, TEVE NAMORO COM “NELSON FREIRE”. MAS CASOU-SE COM OUTROS – E TEM 4 FILHAS.
USANDO COMO PARÁFRASE, CITO A OBSERVAÇÃO PERFEITA DO FAMOSO COSTUREIRO E EX – DEPUTADO “CLODOVIL HERNANDEZ”, SOBRE A HOMOSSEXUALIDADE E HOMOSSEXUAIS: “BOI PRETO RECONHECE BOI PRETO”.
ENTÃO, MARTHA COM NELSON, OU “STEPHEN KOVACEVICH” OU COM “CHARLES DUTOIS”, COMPUSERAM ESCULTURAS AFETIVAS PERFEITAS! PORQUE UM GÊNIO RECONHECE OUTROS!
POSTAGEM ORIGINAL: 27/08/2018
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JOHNNY MATHIS, UM FENÔMENO MUSICAL DE VÁRIOS TALENTOS

Eu fui jovem quando JOHNNY PHODIS…OOOOOPPPS MATHIS, ainda permanecia no auge.
O apelido maldoso foi dado pela geração dos que o contestavam. Lá por 1967/68, comecei a frequentar bailinhos, o jeito herdado das geração anteriores para socialização de jovens a caminho do mesmo: nascimento, escola, profissão, (casamento, casamento, casamento), velhice e morte.
As perspectivas ainda não haviam aflorado para fora do óbvio tradicional. Ao menos aqui no Brasil, na classe média bem média, refletindo o que vinha das “elites”, e atingindo a toda a escala social.
Os bailinhos mais ou menos respeitavam ( e acho que ainda respeitam ) duas sequências mutantes dependendo do clima e do ardor da turma nas pistas.
Havia as músicas RÁPIDAS, para dançar separados, e as esperadas “LENTAS”, para chegar junto, tentar alguma intimidade mais consistente, e geralmente sem maiores consequências – ao menos quando se tinha uns 14 ou 15 anos…
O JOHNNY, como o RAY CONNIFF eram resquícios dos romantismo da década de1950, naqueles meados dos 1960 em profunda transição.
Mas, não os desprezem. Já por aí, entrou JOHNNY RIVERS, nas LENTAS, e em seguida o CREEEDENCE CLEARWATER, para as RÁPIDAS, e mais tantos e tão diversos HITS fugazes.
Claro, fora o escurinho dos bailinhos, o negócio já era o ROCK, e a música brasileira de contestação, pontuando a progressiva subversão e desmonte do consolidado por gerações.
No correr dos tempos, mudou a tecnologia, repertórios; e apressou-se o avanço das liberdades individuais em vários sentidos.
Do final da década de 1960 em diante, o romantismo foi sendo progressivamente substituído por luxúria e liberdades mais plenas nas pistas.
Acho que até hoje canções como “TEACH ME TIGER”, de APRIL STEVENS; e a mais ousada ainda “JE T’ AIME”, MA NON PLUS… de JANE BIRKEN e SERGE GAINSBOURGH, são instigantes, “libertárias e libertadoras”…
Em meio a tudo isso, JOHNNY MATHIS é personagem único.
O pai já havia notado seu talento natural e o colocou para estudar canto. E MATHIS sempre foi persistente, aplicado e disciplinado.
Foi do canto LÍRICO ao JAZZ , e daí ao POP que o consagrou. Dizem que até hoje, quando não está em turnê, começa a praticar às 5,30 da manhã, diariamente, para manter em dia a sua marca registrada há 66 anos, batizada pelos admiradores de VELVET VIBRATO.
O mais interessante é que simultaneamente, na escola, tornou-se atleta de alto rendimento. É inacreditável, mesmo tendo pouco mais de 1,70 metros de altura, JOHNNY bateu comprovadamente UM RECORDE MUNDIAL NA QUADRA DE BASQUETE da escola onde jogava e estudava!
Ele é um dos quatro atletas da História que conseguiram saltar acima de 1,95Metros de altura para arremessar uma bola à cesta!
E só não se tornou profissional, porque aos dezenove anos GEORGE AVKIAN, produtor da COLUMBIA RECORDS, o descobriu e o transformou em SUCESSO IMEDIATO e ABSOLUTO.
JOHNNY MATHIS é um dos mais longevos artista do CAST da gravadora.
Certa vez, declarou que lá descobriram a “essência de sua educação musical”. Ficou na COLUMBIA de 1956 a 1998, e periodicamente alguns de seus discos são relançados.
No começo da carreira, ele foi dirigido por RAY CONNIFF, grande MAESTRO e ARRANJADOR. E sua voz aveludada, quente e personalíssima que os críticos situam como “MIDDLE TENOR”, é capaz de atingir o FALSETTO, nas escalas mais altas, e descer ao TENOR beirando o BARÍTONO.
Ele é considerado grande cantor, do ponto de vista técnico. Mesmo que artisticamente seu repertório muito vasto e nada restrito, muitas vezes não tenha qualidade suficiente para realçar o seu potencial. Mas, isto é opção que assumiu.
Muitos dizem que JOHNNY MATHIS é o cantor perfeito para o “THE GREAT NEW AMERICAN SONGBOOK”, por sua técnica, escolhas e dicção perfeita. Da mesma forma que BILLIE, SARAH, ELLA e FRANK SINATRA encararam e encarnaram o SONGBOOK CLÁSSICO.
Seria?
Mesmo aberto a novos autores, JOHNNY nunca foi chegado a vanguardas musicais. E seu repertório consiste, em grande, de covers de HITS e STANDARDS de seu tempo de carreira. Ao escuta-lo se constata que é recheado por compositores brancos – como sempre foi e ainda é o seu público principal.
JOHNNY é um cantor pouco associado à BLACK MUSIC. A sua voz discrepa muito do cantor mais típico de R&B. Curiosamente, em seu período áureo, muitos fãs não sabiam que ele era preto!!!!
Porém, no início da década de 1970, MATHIS investiu mais no repertório da SOUL MUSIC e do R&B melodioso e romântico.
E, no decorrer do tempo, gravou músicas brasileiras, como AQUARELA DO BRASIL; e de várias partes do mundo também. É um eclético cantor POP.
Ficaram boas suas versões?
Certa vez, ao ser entrevistado, JOHN ROYCE MATHIS disse que se dava bem com gente variada, como a cantora lírica LEONTYNE PRICE, MILES DAVIS, ELLA, SARAH e NAT KING COLE.
Entre seus fãs estão BARBRA STREISAND e DENEECE WILLIANS, com quem também gravou – e afirma que JOHNNY é um dos homens mais bonitos que conheceu.
Dizem que é um cara legal, e muito discreto. Não fala demais, até para preservar-se e manter a voz; e é meio apolítico, mesmo apoiando causas sociais.
O guitarrista que o acompanha, GIL REAGERS, está com ele há 48 anos. E o pianista da banda, o mais novinho da “troupe”, já completou 27 anos por lá. Ele, ao que tudo indica, sabe conviver e manter sua quase orquestra.
Escreveram que JOHNNY MATHIS é o terceiro maior vendedor de discos da América, atrás de ELVIS PRESLEY e SINATRA. Não sei se é verdade…
Mas, JOHNNY vendeu mais 400 milhões de cópias pelo mundo inteiro. São 107 LPS originais ( seis só de canções de natal! ); 239 coletâneas; e, pasmem: 386 SINGLES e EPS!!!!, segundo consta no DISCOGS e a BILLBOARD endossa…E não contei participações e vídeos vários…
Para se ter a dimensão de sua fama, a primeira compilação “JOHNNY MATHIS GREATEST HITS” saiu em 1958, ficou entre os cem mais vendidos da BILLBOARD por quase dez anos. Foram 490 SEMANAS CONSECUTIVAS!!!! E só foi superada por “THE DARK SIDE OF THE MOON” – e vocês sabem quem gravou… – que, em 1983, completou 491 SEMANAS entre as 100 mais…
JOHNNY É PHODIS.
“THE REAL JOHNNY MATHIS” , é uma coletânea tripla e chegou recentemente. Foi lançada em 2014, e tem embalagem bastante caprichada, se comparada ao lixo que tenho visto e até recebido. São três CDS, 54 músicas, abrangendo a sua fase na COLUMBIA RECORDS. Traz nome e data de gravação de cada musica, e seus compositores. Não há qualquer livreto, como ficou “normal” nos tempos correntes. É bastante boa, custou em torno de $ 10,00, com frete e tudo. Resume bem a carreira do JOHNNY. É bem gravada, e para mim basta.
Para encerrar, o moço disse, também, que as três coisas de que mais gosta estão nesta sequência: cantar – por isso não para; cozinhar e JOGAR GOLFE…
A tá, ele é um “ATLETA NATURAL”, como vimos, e quase foi profissional desse esporte, também!!! Dizem pela mídia que encaçapou 9 buracos seguidos em um torneio!!!!
Algum comentário?
JOHNNY MATHIS andou com mulheres – elas o adoram!!! – e homens. E abriu o jogo com o pai, quando tinha 15 anos. Contou que era GAY, e se sentia bem com isso. Mas, assumiu discreta e publicamente, somente em 1982.
Até onde sei, JOHNNY fazia anualmente 35 SHOWS, de duas horas cada. É muito para quem tem 86 anos de idade! Mesmo com histórico de atleta.
Ele é um homem riquíssimo, sua fortuna é calculada em $400 milhões de dólares; coleciona automóveis, e mora sozinho em sua mansão em BEVERLY HILLS. A mesma que um dia fora totalmente destruída por um incêndio.
Quando JOHNNY soube do desastre limitou-se a perguntar se alguém havia ficado ferido. E, como ninguém se machucara, apenas comentou que eram só “coisas”, e tudo estava bem….
JOHNNY MATHIS é gente boa, um americano típico de bem.
E andava sem namorado.
POSTAGEM ORIGINAL:19/08/2022
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CANADENSES: ENTRE A SOLIDÃO E O DESAMPARO SINGRA A MELHOR MÚSICA FEITA NO CANADÁ.

PAÍS ENORME, RIQUÍSSIMO, CULTO E BELO, COM MENOS DE 40 MILHÕES DE ALMAS GELADAS, É O FRUTO DE CONSTRUÍDA SINERGIA ENTRE AS CULTURAS INGLESA E FRANCESA.
O CANADÁ É PREMIDO PELOS E.U.A., AO SUL; E ESTÁ AMALGAMADO AOS AMERICANOS DE FORMA INTENSA, CORROSIVA E PECULIAR:
A MÚSICA FEITA PELOS CARAS TANGENCIA, MAS NÃO SE CONFUNDE, COM A MÚSICA FEITA NO “GRANDE HOSPÍCIO DO NORTE” – OS ESTADOS UNIDOS, CLARO!
ARTISTAS DO CANADÁ DISPUTAM O MERCADO AMERICANO – LEMBRAM DE “PAUL ANKA”, OU A BANDA ‘”GUESS WHO?” ; ESTÃO ENTRE OS PRIMEIROS A FAZER ISSO…
NO ENTANTO, O CANADÁ PROTEGE A CULTURA MUSICAL A FOGO E FERRO! E SEUS MUSICOS AJUDAM A DAR IDENTIDADE A TUDO O QUE PRODUZEM.
PORÉM, OBSERVAM ATENTAMENTE O QUE ROLA ABAIXO DO “PARALELO 49”, QUE SEPARA OS DOIS PAÍSES.
ALIÁS, “HYNNS OF THE 49 PARALELL”, NA FOTO, É O TÍTULO DE UM EXCELENTE ÁLBUM DA CANTORA “K.D.LANG”, TRAZENDO REPERTÓRIO COMPOSTO POR SEUS CONTERRÂNEOS – INTROSPECTIVOS, E AO MESMO TRMPO EXPLÍCITOS SOBRE A SOLIDÃO E O DESAMPARO… ESTÁ NESSE DISCO, “HALLELUJAH!”, DE “LEONARD COHEN”, NA MAIS COMOVENTE VERSÃO JÁ FEITA! PROCURE OUVIR; É MANDATÓRIO!
TAMBÉM NASCEU NO CANADÁ A “MULTI – ARTÍSTICA” JONI Joni Mitchell; COMPOSITORA, INSTRUMENTISTA, INTÉRPRETE DE CANÇÕES INESQUECÍVEIS SOBRE AMORES E RELACIONAMENTOS “PLENOS DE INCOMPLETUDES”.
NINGUÉM DISCUTE A RELAÇÃO, OU EXPÕE UMA “D.R” TÃO INTENSA, TRISTE E PROFUNDAMENTE, QUANTO “JONI MITCHELL”!
E POUCOS ARTISTAS COMPÕEM MELODIAS TÃO LINDAS; OU CRUZAM O POP, O FOLK E O JAZZ COMO ELA! E MUITO MENOS PINTAM AS CAPAS DE SEUS PRÓPRIOS DISCOS COM TAL ESTILO E TALENTO!
“JONI” É COMPOSITORA E CANTORA EXIGENTE E “APETRECHADA” ( PÔ, TIO SERGIO! QUE PALAVRA HORROROSA!!! ) PARA EXPOR EM FORMA DE ARTE O DESALENTO, A DEPRESSÃO E O DESAMPARO.
O GELADO, IMENSO E DISTANTE CANADÁ AINDA SUFOCA SUA PERSONALIDADE INQUIETA. “JONI MITCHELL” É CANADENSE ATÉ O CAIXÃO….E SEUS INÚMEROS DISCOS SÃO COLECIONÁVEIS E IMPRESCINDÍVEIS!
“LEONARD COHEN” É OUTRO QUE NASCEU NAQUELE PAÍS AO NORTE DO “HOSPÍCIO DO NORTE”. É COMPOSITOR COM TALENTO LITERÁRIO À “BOB DYLAN”, E A DEVASSIDÃO E MORBIDEZ DE UM “LOU REED” MAIS SOFISTICADO.”CROSSOVER CULTURAL AMBULANTE”,FOI BUDISTA RECHEADO DE REFERÊNCIAS CRISTÃS. HÁ SINERGIA NAS CONTRADIÇÕES… ACREDITE!
“COHEN” EXALA UM QUÊ EUROPEU NO JEITO DE CANTAR; E LEMBRA O FRANCÊS “SERGE GAINSBOURG”. AS COMPOSIÇÕES E O JEITO COMO “LEO” AS INTERPRETA, SÃO LÂMINAS FRIAS DISSECANDO DESENCANTOS.
DEIXEI PARA OUTRO DIA “GORDON LIGHTFOOT”, GRANDE CANTOR, E COMPOSITOR PROLÍFICO, É O MAIOR ÍCONE MUSICAL CANADENSE. É FATO, CONFIRA!
E O “RUSH”, BANDA ECLÉTICO PROGRESSIVA DE JEITO EUROPEU, E PERFEITAMENTE INTEGRADA AO CANADÁ, TAMBÉM FICOU PARA DEPOIS.
AMBOS MERECEM POSTAGENS EXCLUSIVAS – E MAIS DETALHADAS.
JAMAIS ESQUECERIA “NEIL YOUNG”! A VOZ PUNGENTE, DOLORIDA E TRISTE; E O JEITO DE SER E ESTAR DE SEUS COMPATRIOTAS DO EXTREMO NORTE DAS AMÉRICAS, SÃO VEÍCULOS PERFEITOS PARA O ESTILO E REPERTÓRIO QUE COMPÔS.
“NEIL” É UNICO E INSUBSTITUÍVEL; E TORNOU-SE ÍCONE DA MÚSICA INTERNACIONAL!!!
CASO INTERESSANTE É “DIANA KRALL”, EXCEPCIONAL JAZZISTA, CANTORA E PIANISTA ONIPRESENTE.
“DIANA” CASOU-SE COM “ELVIS COSTELLO”, INGLÊS E CANTOR DE ROCK; LETRISTA DE PRIMEIRA LINHA, E COMPOSITOR ADMIRÁVEL QUE TRANSCENDEU – E MUITO! – AO PUNK E ‘A NEW WAVE, ENTURMANDO-SE COM “BURT BACHARACH”, “ALLEN TOUSSAINT”, ETC…
ECLÉTICO, OUSADO E SELETIVO, “ELVIS” PRODUZIU E USOU GRUPOS DE CÂMARA EM ARRANJOS PARA SUAS COMPOSIÇÕES. PROCURE POR “ANNE SOPHIE VAN OTTER”, A CANTORA LÍRICA EXUBERANTE! “COSTELLO” PRODUZIU PARA ELA!!!!
“DECLAN McMANUS” TEM ALMA EUROPEIA, E TRANSBORDA TALENTO! E TAMBÉM COMPÔS E GRAVOU COM A “PATROA”…
O MARIDO ESCOLHIDO POR “DIANA KRALL” É “O” SINAL DE QUE ELA É CANADENSE MESMO!!!
POSTAGEM ORIGINAL: 18/08/2020
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ATLANTIC RHYTHM & BLUES – 1947/ 1974 – 7 CDS OU 7 ÁLBUNS DUPLOS COM 14 LPS

É o SUMO da música negra no CAST da GRAVADORA ATLANTIC.
Grande série com 7 CDS, e menos músicas por questão de espaço em relação aos LONG PLAYS.
A série foi planejada e criada na época do VINIL, na década de 1980. E os CDS foram para o mercado no início dos 1990, um a um, com a expansão progressiva da venda dos CDS PLAYERS. O BOX que acondiciona os CDS FUI EU QUEM FIZ. Ficou legal!
Aqui temos ARETHA FRANKLIN, WILSON PICKETT, OTIS REDDING, SPINNERS e ROBERTA FLACK; E BROOK BENTON, KING FLOYD, RAY CHARLES, CARLA THOMAS e BEN E.KING; E, também, BOOKER T; RUTH BROWN, COASTER, CHUCK WILLIS, JOE TURNER, e muitos outros.
O mais legal é que dos grandes nomes estão vários HITS, e grandes faixas. É miscelânea grandiosa, um compêndio de “quem era quem, e o que fez”!
Este BOX , ou itens individualmente, são altamente COLECIONÁVEIS! Na mesma época, a ATLANTIC RECORDS lançou outra série apenas com gravações de “BLUES”, em 4 álbuns duplos; e, depois em CDS. Importantíssima, também! E fizeram mais uma só com JAZZ; mas de características diferentes; e também muito interessante e colecionável!
O ponto baixo está nas edições em CDS. Os livretos que acompanham cada álbum, são impressos em letras ofensivamente minúsculas. Um atentado contra velhinhos como o TIO SÉRGIO, aqui!
Com o tempo, este legado foi superado pelas SÉRIES lançadas pela “BEAR FAMILY RECORDS”. A de “RHYTHM AND BLUES”, intitulada “BLOWING THE FUSE”, abrange de 1945 a 1960. É altamente sofisticada e próxima de ser completa.
A sua extensão lógica foi “tentar” separar a SOUL MUSIC do R&B original, e colige o fino entre 1961 e 1974 ). São, obviamente mais modernas e inclusivas, porque reúnem artistas de muito mais gravadoras. Um XTUDO musical disputadíssimo!
E há outra coleção destacando o DOO-WOP, que pretende completar a narrativa do amplo espectro abrangido pela música dos pretos.
Seja como for, a iniciativa da ATLANTIC RECORDS é histórica e muito bem feita. E caso vocês a encontrem por aí em VINL ou CDS, procurem obter. É incentivo perfeito para continuar garimpando a vibrante, preciosa e imprescindível música feita pelos “PRETOS” do HOSPÍCIO DO NORTE….oooooopppsss U.S.A!
Tio SÉRGIO recomenda de copos cheios e ouvidos abertos!
POSTAGEM ORIGINAL: 17/08/2018
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POSTAGEM SEM IMPOSTURAS, DISCOS OUVIDOS RECENTEMENTE

TIO SÉRGIO anda ocupado, e sem tempo para fazer andar a fila de discos não escutados, que já vai longa… Vez por outra, perco a vontade. Então puxei alguns CDs aleatoriamente e coloquei pra rodar, enquanto cuidava da cozinha e preparava o almoço:
1) LEE RANALDO: “BETWEEN THE TIMES AND THE TIDES”, 2012, MATADOR Records.
LEE era um dos guitarristas da SONIC YOUTH. Aqui, em viagem solo em ótimas companhias. Em linhas gerais, é menos experimental, e mais próximo ao HARD ROCK e ao PROGRESSIVO. Na linguagem de hoje, dá para enquadra-lo como PROG. Eu gostei bastante; custou merreca: uns 7 dólares com frete , etc…, incluídos.
2) GRAND FUNK RAILROAD: E PLURIBUS FUNK, 1971, CAPITOL
Edição japonesa bem masterizada e com ótima qualidade sonora. Esta capa é vagabunda demais!!!!! Frustrante. Eu quero, mesmo, é a cópia da edição original, redonda feito a moeda que representa.
O GRAND FUNK é ícone da minha juventude, e das gerações posteriores, também. Na década de 1960/70 fizeram bastante sucesso, mesmo execrados pela crítica.
Eu gosto deles; e os coleciono por causa do HARD ROCK duro, garageiro, tecnicamente limitado, mas perfeitos neles mesmos e do jeito que sempre foram.
Muita gente acha que JOHN BOHNAN, baterista do LED ZEPPELIN, é um espancador impiedoso! Eu discordo. Mesmo porque se comparado a DON BREWER , do GRANDFUNK, ele é um Master Class…
3) SONIC YOUTH: DAYDREAM NATION – “Noise Experimental Band” seminal! Estilistas criativos e memoráveis. Todos compõem e cantam. E os dois guitarristas são espetaculares: LEE RENALDO e THURSTON MOORE. Há um baterista, STEVE SHELLEY, adequado para o estilo musical que desenvolveram. E, também, a baixista, KIM GORDON – ícone do ROCK ALTERNATIVO como PATTI SMITH e algumas.
E este disco é sensacional! Havia tempo que eu não curtia! Levantou o meu astral!
4) BESIDE BOWIE – TRIBUTE TO “MICK RONSON”, SOUNDTRACK – 2018 – UNIVERSAL MUSIC.
Ele foi guitarrista de BOWIE, principalmente na fase GLAM. Tem estilo próprio. Sonoridade algo quebrada, mas reconhecível. Aqui, há faixas dele com BOWIE, ELTON JOHN, IAN HUNTER eJOE ELLIOT. E participação com BOWIE e os remanescentes do QUEEN, no tributo ao FREDDIE MERCURY. É disco interessante, e valeu a pena porque o preço foi de “Leite de Pato”: $ 6,00 – com frete e tudo!
5) TEMPEST: Foi uma das bandas de JON HISEMAN, o excelente baterista britânico que tocou e gravou com JOHN MAYALL e vasta “entrourage”. Ele vai escorreito do BLUES ao JAZZ; à FUSION; ao ROCK PROGRESSIVO; e o que mais viesse…
Postei dois álbuns, edições japonesas muito bem remasterizadas, ambos lançados originalmente pela BRONZE RECORDS:
A) TEMPEST, 1973, é disco de ROCK PROGRESSIVO. O time é de primeira divisão: PAUL WILLIANS, vocal; MARK CLARKE, baixo; E o famoso “guitar heroe” ALLAN HOLDSWORTH dando um show!
B) LIVING IN FEAR, 1974. Aqui é um trio com HISEMAN, CLARKE e o guitarrista craque OLLIE HALSALL. É POWER TRIO de verdade, siderando entre o PROGRESSIVO e o HARD ROCK – ao estilo inglês do início dos 1970. É outro discasso!
TIO SÉRGIO trouxe diversão pra todo mundo!
Desfrutem!
POSTAGEM ORIGINAL: 16/08/2025
Pode ser uma imagem de 2 pessoas, catraca e texto que diz "香翻 LERANILDO-BETWETHETE THE TIMES AND HE TIDES R LEE RANALDO BETWEEN 大 አነያ PERIBIS SONIC SONICYOUTH YOUTH DAYDREAM NATION BESIDE BOWIE THEMICKRONSONSTORY THE MICK RONSON STORY SOUNDTRACR SOUNDTRAC TEMDEST TEMPEST"

EBERHARD WEBER, O BAIXISTA DOS BAIXISTAS – SHOW EM SUA HOMENAGEM E OUTROS CDS DESLUMBRANTES

Um amigo colecionador trouxe desafio delicioso – ao mesmo tempo simples e… nem tanto. Pediu que eu postasse e comentasse sobre discos ao VIVO, coisas de que gosto ou acho interessantes.
Mesmo sabendo do bom – gosto do Luiz Sérgio Do Espírito Santo, que é do ROCK CLÁSSICO em suas diversas tendências; e por algum motivo que não previra tergiversei para oceanos diversos, mas que navego frequentemente. Tou esbarrando no JAZZ, no ROCK e nas incontáveis pedras submersas pelo caminho.
Vou começar por esse disco, objetivamente nada ROCK, “pero” algo além do JAZZ NORMAL; porque entre a FUSION e a BIG BAND, com um sotaque do JAZZ CONTEMPORÂNEO.
Não é JAZZ EXPERIMENTAL; mas é cheio de inovações e sacadas.
EBERHARD WEBER é um “BAIXISTA dos BAIXISTAS”! Sonoridade única no acústico e no elétrico. Esteve sempre nesse nirvana que oscila entre a FUSÃO JAZÍSTICA, ELEMENTOS do CLÁSSICO e a MÚSICA EXPERIMENTAL. Claro, há ROCK PROGRESSIVO diluído nas entranhas. Bem considerando, é música sofisticada pra valer!
Ele gravou muito liderando o próprio grupo; e postei outros ÁLBUNS que tenho. WEBER trabalhou com essa turma da capa e muita, mas muita gente mais…
Em 2007, teve um enfarto e não pode mais tocar profissionalmente.
E seus amigos durante os quase 50 anos de profissão, fizeram o show também postado, organizado e liderado pelo guitarrista PAT METHENY.
Não foi tarefa comum, ou uma homenagem qualquer. METHENY compôs uma obra para a ocasião, e os convidados participaram em outras de autoria do próprio WEBER. Um dos diferenciais foram as COLAGENS e SAMPLERS de trechos de solos feitos por EBERHARD, no decorrer da carreira; tocados e rearranjados e em tempo real pelos convidados. Experiência inesquecível: beleza plástica e arrojo técnico combinados criativamente à moderna tecnologia de áudio e vídeo.
Não pensei que postaria esse disco, HOMMAGE À EBERHARD WEBER.  Porém, as razões ficarão claras para os que ouvirem. É obra de modernidade indiscutível, mas sem os excessos que virtuoses, como os aqui presentes, vez por outra sideram ao vivo.
Navegar é “preciso”. E não gostar de EBERHARD WEBER é impossível!!!!
POSTAGEM ORIGINAL: 14/08/2023
Pode ser uma imagem de texto

MÚSICA BOA ENQUANTO A GENTE COZINHA! PORQUE COZINHAR, QUE BAITA TRABALHO DÁ!!!!!

Angela, minha mulher, vem brincando faz tempo que se ganhar na loteria a primeira coisa que exterminará é a cozinha!!!!Ela tem planos completos: vai comprar um enfeite e colocar em cima do fogão. É pra não mexer, mesmo!
Claro, o extermínio será metafórico: Todo dia a gente faz tudo sempre igual; acorda às… sei lá que horas da manhã, dá um sorriso pontual e… vai, feito mané, fazer café!!!! Oi, CHICO BUARQUE, bom dia!!! Permite aí irreverência exposta – feito fratura nessa língua portuguesa.
Pois, é! eu e ela coabitamos há 43 anos diária e infalivelmente. Os dois trabalhamos a vida inteira. E muito! Portanto, vivemos em democracia participativa doméstica. Vou explicar, ficou tipo assim: depois de aposentados ela participa mais em outros quesitos. Hummmm… é politicamente incorreto e abrasivo, TIO SÉRGIO sabe. Porém, eu cuido mais da culinária…
Sempre gostei de cozinhar, e faço gostoso ( velho safado!!! ) E aprendemos pela pedra que a tragédia se instala se você não cozinhar e limpar ao mesmo tempo. Deixar pra depois é preguiça e “burragem administrativa”….
Os dois fazem desse jeito. Pegou, guardou; abriu a geladeira, tira o que vai usar, e guarda o restante; no armário de secos é a mesma coisa. Eu vou preparando os pratos – sou mais lento pra fazer – e lavando ao mesmo tempo. Ela também; só que rapidamente…
Como vai, vai bão!!!! Mas, vez por outra, enche o saco. E a gente sai pra comer fora, essas coisas…
É inevitável cozinhar quase todos os dias; vamos a mercados talvez duas vezes por semana, para manter o suprimento da toca. Tudo isso dá trabalho imenso! Mas, é provável, se o vaticínio da patroa rolar, não será cumprido literalmente.
Então, para acompanhar a faina gastronômico – operacional fui à discoteca pegar uns CDS pra ouvir. Enfiei a mão na metafórica braguilha das estantes. Peguei 8 discos e fui colocando no CD PLAYER para degustá-los. Eles temperaram a minha obrigação de CHEF, e a faxina inevitável…
Postei as fotos dos CDS.
Pra começar, aterrissei direto em duas mulheres sensacionais: a diva DINAH WASHINGTON, na coletânea BALLADS, volúpia incontrolável!!!. E o sexteto da pianista filipina CAROLYN DEL ROSARIO, grata surpresa!
Estão para entrar na “agulha” três saxofonistas: COURTNEY PINE , de JAZZ FUSION. Em seguida, EDDIE LOCKJAWS DAVIS, da linhagem mais clássica da PRESTIGE RECORDS; e, também, GARY CAMPBELL, que está acompanhado por banda e o notável, e o guitarrista JOHN ABERCROMBIE!
E, para encerrar, três craques do piano: o vanguardista CECIL TAYLOR; o mais tradicional KIRK LIGHTSEY, acompanhado por CHET BAKER. E busquei, também, o moderno HENRY BUTTLER.
Fui alternando e degustando os discos, as cervejas, o queijinho, o salaminho; um KIT COLESTEROL de coisas que engordam nada metaforicamente…
Música e gastronomia. Existe algo de sensual na combinação das duas. E TIO SÉRGIO é meio glutão e não se furta a esses prazeres.
Todos vocês estão convidados para o regabofe e “regaouvidos”!
Divirtam-se!
POSTAGEM ORIGINAL: 13/08/2023
Pode ser uma imagem de 3 pessoas e texto