ELIAS JABOUR – UM COMUNISTA DE VERDADE

VAMOS FALAR MUITO SÉRIO. QUEM NÃO ACOMPANHA ELIAS JABOUR NÃO ENTENDE 60% DO QUE É O BRASIL!
ELE É UM “COMUNISTA” , MAS NÃO COMO A VULGARIDADE INTERPRETA O QUE SERIA, NÉ Pierre MignacGerson PéricoNelson Rocha Dos SantosCesar LimaAdalberto GraciolliBeatriz TôrresGuto CapuchoReinaldo Azevedo@Walfrido Ward@
Ele vê a História como motora de um processo. E foge do ideologismo fácil. Tem noção ampla do que é o capitalismo e, principalmente, de como a CHINA procede.
O fato é o seguinte: a esquerda tem intelectuais produtivos e até orgânicos. A direita, não. Simplesmente porque a imensa maioria da direita não “pensa” o Brasil. Mas reage ao Brasil e ao futuro que não conhece.
Ainda bem que há gente como o Reinaldo AzevedoREINALDO AZEVEDO e o WALFRIDO WARDE, que são liberais mas pensam, dão voz e palavra ao diferente, ao maldito, ao heterodoxo pensador. Contrapor ideias a respeito de ideias organizadas, como sempre são as do ELIAS JABOUR.
Ser conservador é pensar em manter INSITIUIÇÕES e projeções CIVILIZATÓRIAS, e não ouvir a JOVEM PAN, ler a revista OESTE, ou, o que é um horror inevitável para mim, que moro do GUARUJÁ, ouvir certos comentaristas políticos empedrados, imobilizados por conteúdos intelectuais ausentes.
Se vocês quiserem entender o Brasil@Damaris Menon Do Espírito SantoFernanda TorresAntonio Augusto Souza LimaLiza Wehbe e outros que prezo, abram a mente – perscrutem outros comentaristas. O real está muito, mas muito mais acima!
Com Trump no calcanhar do Brasil, Jabbour pensa os modelos americano e chinês. Reconversa de Férias

A CONSOLIDAÇÃO DO ROCK DOS ANOS 1980, E AS BASES PARA O ROCK ALTERNATIVO: U-2, R.E.M , THE SMITHS, E THE CURE:

Minha cronologia histórica para definir períodos do ROCK é um tanto diferente do que se vê por aí. Talvez seja pessoal demais e inadequada. E, claro, estilos e gêneros permanecem além das modas e modismos. E se acumulam, confundem, e se misturam enquanto a vida e os tempos seguem… Vou narrar a minha perspectiva:
A música jovem e rebelde dos anos 1950, o “ROCK & ROLL CLÁSSICO”, começou a tomar forma mais ou menos em 1948, e foi para o segundo plano em 1961.
Os anos 1960 e seu ROCK prototípico (o que é isso, TIO SÉRGIO!!!! ), o “BEAT”, começou em 1962, e se transformou por volta de 1966/1967 com o advento do ROCK PSICODÉLICO. Naquele período, elementos definidores da sonoridade dos anos 1970 começaram a tomar corpo.
Lá por 1969, o “ROCK PROGRESSIVO”, mais o “HARD ROCK” e o “HEAVY METAL” já estavam em cena pleiteando a eternidade. E permanecem modificados até agora.
Para complicar, em 1975/1976 houve a chegada do “PUNK”. E daí pra adiante, iniciou-se a nova música preponderante nos 1980. E variedade imensa de sonoridades surgiram com o PÓS-PUNK, gerando metamorfoses, e alguns flertes com o passado.
Por volta de 1990, o GRUNGE e o BRIT POP ditaram estilo e, ao mesmo tempo, ajudaram a consolidar a tendência para o ROCK ALTERNATIVO.
É um favor não cobrarem a imensidão de tendências que conviveram ou sobreviveram ao longo dos tempos, transformando o ROCK PROGRESSIVO, o HEAVY METAL e o HARD ROCK. E nem ouso citar e as mil faces e formas do POP, e da MÚSICA NEGRA – o HIP-HOP incluído. Porque configuram outros assuntos, requerem doses acima do que a minha insanidade, conhecimentos e curiosidade, e principalmente esse texto comportam.
Entenderam? Hummm… talvez o correto seja dizer: vocês me entenderam? quem sabe! Enfim; é uma a tese que esbocei…
THE SMITHS, U-2, e R.E.M e THE CURE são claramente as bandas que expuseram o novo ROCK surgido nos anos 1980. Então, vamos com alguma sociologia musical:
Os mais jovens que por aqueles tempos ainda não existiam, talvez não saibam o impacto cultural que teve o surgimento dos SMITHS, em 1982 e anos subsequentes. Aqui, no Brasil, o lançamento de seus discos foi reivindicado quase aos berros pela crítica especializada!
Havia jornalismo musical informado sobre a modernidade, né Ayrton Mugnaini Jr.Fernando Naporano Music PageZeca AzevedoisGerson PéricoNelson Rocha Dos SantosAdalberto Graciolli? Mas em completo descompasso com a soviética sonolência das gravadoras nacionais.
A discografia, era quase toda importada, e existiam as poucas lojas ou espaços para a nova música. Com a palavra Rene FerriLuiz Calanca., viventes não burocráticos naquela era…
Os SMITHS, na minha opinião, fundiram e modernizaram o ROCKABILLY dos anos 1950, com o guitarrista JOHNNY MARR e o timbre de voz algo ROY ORBISON, de MORRISSEY. Aliás, figura emblemática da liberação gay, assunto já corrente. Ele é fã de cantoras POP como DUSTY SPRINGFIELD, CILLA BLACK, etc, indutoras de estilo e diversão na transição dos 1960 para os 70, e away…
Os SMITHS duraram 5 anos com muito sucesso. Aqui, uma boa coletânea de SINGLES. Para mim, é o suficiente. MARR e MORRISSEY continuam por aí atuantes e significativos.
O R.E.M. é tido como a banda fundadora do ROCK ALTERNATIVO, coisa de rádios universitárias americanas e de gente insatisfeita com a mesmice que excluía do cardápio VELVET UNDERGROUND, STOOGES, NEW YORK DOLLS, PATTY SMITH, e os macacos travessos de sempre…
Eles criaram sonoridade nitidamente americana, emulando BYRDS, FOLK, COUNTRY e, claro, o PUNK. Inspirados no fundo do poço de bandas como MINUTEMAN, BLACK FLAG e outros soberbos desconhecidos.
Como quase todos sabem, o R.E.M. saiu do underground para o proscênio na esteira dessa nova onda. Criar letras algo indecifráveis e com ares intelectuais, também ajudou.
TIO SÉRGIO conseguiu velha reivindicação pessoal, a coletânea de seus primeiros momentos na gravadora I.R.S., lançada em 1988. Colige o sumo, o barro da talha, a essência do que pretendiam…
“EPONIMOUS” é expressão aliciante: segundo os dicionários, é “nome que se ajunta a um nome original para substituí-lo”. É quase cognome, apelido; e no caso, metáfora para eles mesmos. Representa o lado meio indefinido, meio “obscuro/nítido” do que pretenderam ser e fazer. GENIAL!
Para fins de necrológio, viveram entre 1980 e 2011. Mas o legado e os caras continuam. MICHAEL STIPE, cantor e compositor, é ícone cultural do ROCK ALTERNATIVO.
THE CURE continua banda bem sucedida banda daqueles tempos. É a minha predileta, entre todas. Gosto da sonoridade DARK WAVE e da voz chorosa do ROBERTINHO… SMITH, vá lá…
Acho a estratégia dos shows ao vivo, aquele monte de sucessos e a banda sempre afiada e algo vanguardista, muito cativantes. Quanto vêm ao BRASIL, eu não perco os shows pela TV. São ídolos mundiais, estão no ROCK AND ROLL HALL OF FAME, e criaram uma da músicas mais regravadas da História: LOVE SONG tem mais de 400 versões. É simples, romântica e deliciosa. HIT consagrado!
Quando CONCERT, o primeiro álbum ao vivo deles saiu no BRASIL, em 1984, levei na casa de amigo para ouvirmos. Fui rechaçado como herege! Acharam um horror! Bom, é claro que não é! No entanto, há 40 anos agredia o gosto HARD ROCK da turma. Desde lá, vez por outra compro alguma coisa dos caras. Estão todos na postagem…
ROBERT SMITH e banda fizeram e fazem muito bem a interface entre o MAINSTREAM, e o ROCK ALTERNATIVO. São estilistas e permanecem.
A banda mais bem sucedida pós anos 1970, e ligada diretamente ao som dos anos 1980 é o U-2. Mestres na administração de expectativas, as banda lançou poucos discos, 17 álbuns de estúdio, em 48 anos de carreira. Talvez sejam preciosistas e só venham a público para entregar o fino do fino….
Eu considero “UNFORGETABLE FIRE”, 1984, esteticamente o ÁLBUM mais bem sucedido da carreira deles. Claro, é questão de gosto, e devo estar defasado – aliás, com toda a certeza eu estou!
Bons de palco, produção e marketing, o U-2 é simultaneamente fiel e reconhecível pela sonoridade que sempre o distinguiu. É banda inovadora e atualizada ao tempo de cada disco que lançou. Dialogam com o contemporâneo. Moderninhos, ever!
O U2 é o maior fenômeno de massa provindo do que se pode considerar ROCK ALTERNATIVO. São mais de 175 milhões de discos vendidos; diversas coletâneas de singles e sucessos; shows ao vivo mundo afora; e continua sendo referência de estilo. É a banda irlandesa de maior sucesso em todos os tempos!
Enfim, curtam esse tempo/espaço cultural musical. Tenho a não granítica certeza de que todo mundo gosta.
POSTAGEM ORIGINAL: 30/08/2025
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STEFANO DI BATTISTA – TROUBLE SHOOTIN! – BLUE NOTE – 2007

JAZZ DE BOA QUALIDADE, JOVIAL, MAS SEM GRANDES SURPRESAS, MESMO SENDO DISCO MAIS OU MENOS RECENTE, LANÇADO EM 2007.
É GRAVAÇÃO DA BLUE NOTE, O QUE RECOMENDA OUVIR DE CARA. E BATTISTA É UM BOM SAX SOPRANO E ALTO.
O GRUPO QUE O ACOMPANHA É MUITO EFICIENTE E COMBINA TROMPETE, ÓRGÃO HAMMOND, GUITARRA E BATERIA. MAS, NÃO TEM CONTRABAIXO; O QUE LHE RETIRA PESO E ALGUMA DINÂMICA .
O DISCO ACOMPANHA BEM O HAPPY HOUR, UM FINAL DE TARDE, UMA REUNIÃO DE AMIGOS, E TUDO O QUE CHAME A DESCONTRAÇÃO.
É BOM, TAMBÉM, PRA ACORDAR DE BOM HUMOR E INICIAR O DIA EM ALTO ASTRAL.
É CD PRA QUEM NÃO VOTA NO PRTB, NO EYMAEL, OU EM OUTROS VIVALDINOS RECORRENTES!
O BOLSONARO ET CATERVA NÃO ENTENDERÃO; O ALCKMIN PREFERIRIA UMA SERESTA; CIRO GOMES IRIA ATRÁS DO GIL; MARINA SILVA CHAMARIA O PAJÉ; O HADDAD MIGRARIA PARA O CHICO BUARQUE; E O LULA PRO FORRÓ.
SIMONE TEBET E A SORAYA QUEM SABE GOSTASSEM.
O BOULOS RADICALIZARIA E INVADIRIA O ESTÚDIO, ALEGANDO QUE ITALIANO BOM É O CESARE BATTISTI OU ALGUÉM DA BRIGADA VERMELHA. E ESTARIA ERRADO, COMO SEMPRE…
QUANTO A NÓS AQUI, VAMOS CURTIR BASTANTE!
SE ENCONTRAR BARATO POR AÍ TENTE. É “DI” BOA!
POSTAGEM ORIGINAL: 30/08/2018
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BILL HALEY & HIS COMETS: REEDIÇÃO DO VINIL ORIGINAL BRASILEIRO, 1957

Lá por 1964, este “anzol” que o BILL HALEY fazia no cabelo chamava “Pega Moça”. E, se fosse exposto por meninas, o nome virava “Pega Rapaz”… muito lógico, claro! Tempos ainda românticos, onde os códigos de comportamentos, mesmo explícitos, eram discretos; significando quase nada mais que possível sinal para um contato e talvez paquera.
Mas TIO SERGIO, você é “oriundo” da cultura desses tempos do ROCK & ROLL CLÁSSICO?
Não, exatamente. Nasci em 1952; fui adolescente com os BEATLES et caterva. E BILL HALEY, e até ELVIS PRESLEY, eram personagens da geração anterior; portanto, comungamos alguns credos, gostos, e muitas discrepâncias.
A pureza de gostos, na minha juventude, foi exigência para distinguir o tido como velho do suposto novo. Um radicalismo inconsistente; já que os meus ídolos eram fãs dos mestres que os antecederam: BILL, ELVIS, CHUCK BERRY, e por aí aquém e além…
Então, dia incerto, lá por 1963, cumprindo visita que fazíamos em finais de ano para a Tia Cezarina, irmã da mãe de FERNANDO, meu pai, encontrei o primo PAULO MOUSSALLI. Ele era tido como solteirão inveterado e cobiçado pela mulherada.
Por motivo que não recordo, vi por lá este LP. original do BILL HALEY. Aliás, também com dez polegadas e 8 músicas; edição nacional e com o mesmo selo DECCA. Sempre gostei de discos. E fiquei olhando, apalpando… O PAULO já havia me presenteado com dois 78 RPMs do CHUBBY CHECKER, o rei do TWIST; e o meu primeiro ídolo musical! Resumindo, saí de lá com este BILL HALEY, Fernanda Torres .
Vou contar a saga do “espécime” em minhas mãos: eu não tinha “pick-up”. E, vez por outra, eu ouvia discos na vitrola da Tia DIVA: uma câmara de tortura para os vinis, que invariavelmente voltavam estuprados para casa, tal o peso do braço, e a qualidade da agulha…
De tanto tortura-lo, tornou-
se imprestável. E o que fez o macabro jovem TIO SÉRGIO? Lavou
o supliciado com bombril e sapólio Radium! Isso mesmo!
Recentemente, descobri que a veneranda BEAR FAMILY RECORDS fez duas tiragens limitadas, cada uma com mil discos dessa preciosidade brasileira! Aliás, também relançaram mais outro Dez Polegadas de BILL HALEY, na DECCA brasileira. Raridades cobiçadas, não deram pro cheiro! Esgotaram no ato! Eu consegui esta cópia, graças ‘a FADINHA MASTERCARD. Chegou em minha porta… O preço original de $ 22,00, aportou reajustado para $ 58,00!!! Em “DÓLAR CURRA”, a moeda oficial espoliativa para quem ousa importar uma bobagem qualquer, uns R$ 335,00!!!
Foi a vingança pelos maltratos que impingi no pobre e raro vinil original.
Na foto também edição excelente, em CD, da série ROCKS!, lançada e mantida pela veneranda BEAR FAMILY RECORDS. Estão nele tudo o que interessa do BILL HALEY para qualquer interessado na HISTÓRIA do ROCK AND ROLL: “ROCK AROUND THE CLOCK”, “SHAKE, RATTLE AND ROLL”, “SEE YOU LATER, ALLIGATOR, RIT IT UP”, e mais 27 faixas… É o que houve de melhor na produção do cara.
Pense nisso.
POSTAGEM ORIGINAL:28/08/2024
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CAN – THE SINGLES – O INESPERADO FEZ UMA SURPRESA!

Tio Sérgio foi surpreendido e ficou exultante! E para a maioria dos amigos, deixo a eterna questão da novidade – seja ela moderna ou não: “What porra it’s this”?
Pois, então! É KRAUTROCK, ou ROCK PROGRESSIVO alemão. “Ma non tropo”…
Esta edição é uma coletânea de SINGLES feitos dos anos 1970 em diante, por uma banda ícone, porém mal compreendida, e nem sempre bem amada – porém seminal!
Tenho outras coisas gravadas por eles; e confesso: não é em toda ocasião que eu os aguento. Obra difícil, de se gostar. A banda tem um japonês no vocal DAMO SUZUKI – pasmem!
D.J.s e a turma que sampleia músicas os têm em alta conta.
A modernidade os restaurou, e mesmo que a maioria das faixas aqui tenham sido recuperadas de arquivos “assassinados” por gravadoras irresponsáveis e gente inepta; os caras construíram este CD. Raro e talvez precioso; Coisa que só alemães e japoneses são capazes…
Exultei quando peguei na portaria do prédio, porque nesse meio tempo entrou o BRASIL e suas deficiências!
É cristalino! foi postado na Inglaterra em 13 de outubro de 2017. Chegou em abril de 2018!!! Vai ver o pacotinho fez viagem de navio pelo mundo inteiro; desembarcou no Brasil e resolveu hibernar na Receita Federal por uns seis meses…
No geral, foi o tempo de uma quase gravidez e um parto! Felizmente, o nenê é saudável . Os correios da União Soviética e da Albânia comunista certamente eram mais ágeis.
Tente ouvi-los, é instrutivo. Se você tiver coragem!!!!
POSTAGEM ORIGINAL: 28/08/2018
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CASSANDRA WILSON – COMING FORTH BY DAY

É JAZZ; mas seguindo nova tendência FUSION com o POP e algo de ROCK – se é que posso introduzir assim. Todo o arranjo é quase-jazístico, mas tem uma guitarra distorcida fazendo a voz iconoclasta necessária. Ficou bonito. E foi desse jeito que percebi.
Os que já ouviram o JAZZ da cantora e pianista “PATRÍCIA BARBER”, muito boa por sinal, vão entender a proposta de “CASSANDRA”. Começa pelo uso da guitarra, que perdeu a vergonha de se expor de jeito algo cru e distorcido. Esqueçam um pouco “WES MONTGOMERY” ou mesmo “JIM HALL” e liberem o lado humm… “JEFF BECK”. A guitarra não é o centro do disco, mas está lá e nítida. Não é o primeiro que ouço com esta pegada.
“CASSANDRA” canta o repertório de “BILLIE HOLIDAY”. A seu estilo, que emula “NINA SIMONE” com algum desleixo proposital. Ficou rústico, mas envolvente e desafiador. Acho que não é para todo gosto. Está BLUESY-BANDIDO-TRISTE – “strange fruit”, digamos!
Acho que a turma já deve encontrar o cd por aí. Foi lançado a preço quase -popular, uns R$ 20,00, é recente. E tecnicamente bem feito – e da hora.
Percam tempo com esse disco. E comentem o que ouviram.
POSTAGEM ORIGINAL: 27/08/2018
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EGBERTO GISMONTI – 1969/1970 – PRIMÓRDIOS DE UM MÚSICO BRASILEIRO SUPERDOTADO

Eu recordo entrevista de EGBERTO GISMONTI, onde ele comentou a versão que o maestro POP francês, PAUL MAURIAT, fizera de “O SONHO”, composição algo famosa por participar de um Festival da Canção:
“Eu reclamei de ele ter retirado uma nota importante do arranjo original. MAURIAT disse que era crucial para que a música ficasse “plana, fluísse”…
Deve ter sido, mesmo…
EGBERTO GISMONTI estudou com NADIA BOULANGER – grande professora, compositora e maestrina contemporânea francesa.
MADAME BOULANGER foi aluna de EDGARD FAURÉ, e amiga próxima de STRAVINSKY!!! – e se tornou professora da nata dos compositores contemporâneos desse planeta, e talvez de outros…
Para ficar em alguns, foram orientados por ela o maestro DANIEL BAREMBOIM, os compositores PHILLIP GLASS, AARON COPLAND e DARIOUS MILHAUD. E, também, QUINCY JONES, PIAZZOLLA e GISMONTI. Se quiserem saber mais, pesquisem; existem outros…
EGBERTO GISMONTI é um superdotado desviante do “MAINSTREAM” da música brasileira. O primeiro álbum dele foi realizado na CULT gravadora ELENCO, em 1969. Eu afirmo que é “JAZZ – BRASIL ABRANGENTE”. Está lá, por exemplo, “composição – tributo” ao guitarrista WES MONTGOMERY…
O disco foi cantado por um iniciante algo tímido, oscilando entre JOÃO GILBERTO e CHICO BUARQUE – de quem ele provavelmente inspirou-se para um certo clima “paroquial” – típico do CHICO anos 1960. ( ouçam a LÍRICA DA MULHER AMADA ).
GISMONTI é de e mora em CARMO, no INTERIOR do RIO de JANEIRO. Talvez o charme algo ingênuo de parte desse disco provenha de lá…
Porém, o lado instrumental já previa o POP URBANO PÓS-BOSSA NOVA.
Os sons MPB que GISMONTI desenvolveu “não derivam de sambas explícitos” . Estão mais próximos, por exemplo, de MARCOS VALLE – outro superdotado que “bate fora do bumbo” da costumeira, esperada, sonoridade da MPB.
EGBERTO compõe arranjos orquestrais sofisticados, como faziam os maestros tropicalistas ROGÉRIO DUPRAT e ARTHUR VEROCAI. Sempre foi um vanguardistas em nossa cultura. Ele é brasileiro, sim! Mas siderando e perscrutando universos musicais variados…
Os arranjos que GISMONTI compôs são eivados por MÚSICA EUROPEIA, algum ROCK, e JAZZ de VANGUARDA. São muito bons e interessantes. Mas, não imediatamente identificáveis como brasileiros.
EGBERTO GISMONTI sempre anteviu um BRASIL além da pauta tradicional. E seu trabalho foi explicitar e parir esta música diferente. Ele é parte da cultura POP proposta por CAETANO, GIL, MILTON e VALLE. É músico brasileiro completo, atípico e inigualável; ajudou a inserir a moderna MPB na música mundial.
Sua linguagem, instrumentação e estética não foi rendição ao feito lá fora; mas conquista e ampliação para o que é feito aqui dentro. Mesmo porque, os meio e sonoridades que adotou foram assumidos como instrumentos para a expressão do que somos. Ele sempre foi e será BRASIL.
O segundo disco de GISMONTI, SONHO 70, é mais bem elaborado. Quem produziu foi ROBERTO MENESCAL, com arranjos e regência de GISMONTI.
É mais JAZZY, com algo dos “SWINGLE SINGERS” nos vocais em que participa DULCE NUNES!!! Algumas faixas trazem moderna linha de baixo, o que as ligam talvez à BOSSA NOVA , mas em “conluio” aos sonhos PROGRESSIVO/FUSION que ele viria fazer. É, talvez, disco precursor de suas reorientações “europeias”. Fica mais perceptível a interação POPULAR/ERUDITO, também bastante nítida em voos futuros de GISMONTI.
Entre 1971 e 1972, EGBERTO gravou três discos dificílimos de encontrar: “ORPHEU NOVO” é outro deles, e faltou aqui. Ele fez TRILHAS SONORAS, e refinou-se paulatina e continuamente. Expôs-se.
Em 1973, o EGBERTO mais ELETRÔNICO, PROGRESIVO E FUSION, decolou rumo a… tudo o que se tornou! ( Pô, TIO SERGIO! Enrole menos…) Foi contratado pela gravadora EMI. E fez, durante muito tempo, dobradinha com a ECM alemã. A música dele tem o clima e o espírito da CULT e sofisticada ECM.
Nesse período, iniciou-se a longa parceria com o poeta, letrista, hoje membro da ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, GERALDO CARNEIRO – talvez a versão brasileira dos compositores PETE SINFIELD (KING CRIMSON ), ou KEITH REID ( PROCOL HARUM ). E GERALDINHO o completou esplendidamente!
EU assisti a show de JOHN McLAUGHLIN e banda, no Ginásio da “semimorta” PORTUGUESA DE DESPORTOS, em SAMPA, no início da década de 1980. A “LUSA” é o time do coração do maestro e pianista JOÃO CARLOS MARTINS. E meio que segundo ou terceiro time de estimação dos paulistanos. ( Tá bom, tá bom: a gente gosta do JUVENTUS da MOOCA, também…)
O ginásio estava lotado. E o som era de péssima qualidade. Como, aliás, em quaisquer shows ao vivo da época!
Abertura?
Claro, do EGBERTO GISMONTI; que foi ao microfone e disse claro: “OBRIGADO POR TEREM VINDO; VOCÊS NÃO VÃO SE ARREPENDER!!!” …
Sentou-se ao piano e arrebentou…
Noite inigualável!!!! eu já era fã, e assumi de vez e para sempre!
Procure ouvir. EGBERTO é inigualável e imprescindível.
POSTAGEM ORIGINAL:22/08/2020
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CROSBY, STILLS, NASH & YOUNG: SUPERGRUPO DO FOLK ROCK E DA PSICODELIA

AINDA IMENSOS NO IMAGINÁRIO DO ROCK, FORJARAM “BLEND” ÚNICO DE HARMONIAS E TRADIÇÃO POP, CULMINANDO EM SUPERGRUPO TRINACIONAL.
AOS QUE NÃO SABEM, “GRAHAN NASH” É INGLÊS, RESPONSÁVEL PELA HARMONIA VOCAL BELÍSSIMA, E VÁRIOS SUCESSOS DOS “HOLLIES””, NA DÉCADA DE 1960.
“NEIL YOUNG” É CANADENSE E DISPENSA COMENTÁRIOS.
“STEPHEN STILLS”, AMERICANO, É GUITARRISTA EXCEPCIONAL; TEM VOZ DE TIMBRE DIFERENCIADO; ESTEVE COM NEIL NO “BUFFALO SPRINGFIELD”, BANDA EXCELENTE DOS ANOS 1960.
E, TAMBÉM, “DAVID CROSBY”, OUTRO AMERICANO, QUE FOI INTEGRANTE DOS “BYRDS”, NOS TRÊS PRIMEIROS ÁLBUNS.
TODOS SÃO MÚSICOS TALENTOSOS POR CONTA PRÓPRIA, E O GRUPO QUE MONTARAM, À PARTIR DE 1969, AINDA É REFERÊNCIA INSUPERADA NO MUNDO POP.
MAS A VIDA CONSPIRA CONTRA A PERFEIÇÃO. EM OUTUBRO DE 1969, NO DIA EM QUE O PRIMEIRO ÁLBUM DO “C.S.N”. CHEGOU AO TOPO DA PARADA AMERICANA, A ESPOSA DE CROSBY FOI LEVAR OS GATOS AO VETERINÁRIO E MORREU EM UMA COLISÃO FRONTAL COM OUTRO VEÍCULO!
“AQUELES A QUEM OS DEUSES QUEREM DESTRUIR PRIMEIRO ENLOUQUECEM”, ESCREVEU SHEAKSPEARE. E DAVID CROSBY NUNCA MAIS FOI O MESMO…
MESMO ASSIM, ENTRE TAPAS E BEIJOS, E DISPUTAS INTERNAS, OS QUATRO GRAVARAM MAIS DOIS ALBUNS SEMINAIS: O ESPETACULAR E DELICADO “DEJAVU”, EM 1970, CUJA CAPA ORIGINAL ESTÁ ENTRE AS MAIS BELAS E CHIQUES DA HISTÓRIA DO ROCK! EM 2021, FOI RELANÇADO EM BOX COM DESIGN INSPIRADO; EM 5 CDS; 1 LP, LIVRETO, ETC. É MUITO CARO E TALVEZ PRESCINDÍVEL.
EM 1972, LANÇARAM O ICÔNICO ÁLBUM DUPLO AO VIVO, “FOUR WAY STREET”. DEPOIS, CONTINUARAM COMO “CROSBY, STILLS & NASH”; E SE REUNINDO, AGORA ESPARSAMENTE. VEZ POR OUTRA, GRAVAM EM COMBINAÇÕES VARIADAS ENTRE SI. HÁ VÁRIOS CDS E DVDS DISPONÍVEIS. PROCUREM CONHECER.
CADA UM DELES MANTÉM, DESDE SEMPRE, CARREIRA SOLO PRESTIGIADA E PRODUTIVA. “GRAHAN NASH” É COMPOSITOR PROCURADO POR VÁRIOS CANTORES; “BARBARA STREISAND” ENTRE ELES. AS OBRAS DE CADA UM DOS QUATRO É COLECIONÁVEL E MUITO CRIATIVA.
O BOX AQUI POSTADO, COM 4 CDS E EXCELENTE LIVRETO TARAZENDO FOTOS E TEXTO, FOI PRODUZIDO PELA “RHYNO RECORDS”, NOS ANOS 1990. E DÁ BOA CONTA DO RECADO; COLIGE FAIXAS DO GRUPO E OUTRAS SOLO, OU EM DUPLA DE CADA INTEGRANTE; PRINCIPALMENTE “CROSBY E NASH”, QUE GRAVARAM COISAS LINDÍSSIMAS.
PARA RESUMIR E AMPLIANDO, DIGAMOS, QUEM EVITAR OS RAPAZES NÃO SABE O QUE ESTÁ PERDENDO. E MERECE CURTIR A BANDA CALYPSO PELO RESTO DA VIDA.
TENTEM; VALE A PENA DE MONTÃO!!!
POSTAGEM ORIGINAL:18/08/2019
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FLORBELA ESPANCA, DEPOIS DE UM BLUES…

Em volta de nós sempre habita o sofrimento, nosso vizinho perene, insistente. Infalível! Nisso a vida é democrática; pois sobra para todos: ricos, pobres, negros, brancos, e o quê mais houver. Basta estar vivo para perceber…
A ninguém é permitido existir sem compaixão, porque o sofrer nos iguala. E compreender o próximo como roto de alma talvez seja a conclusão sobre a vida que mais nos aproxime e revele. Humanos.
Começo desta forma, porque termino falando de FLORBELA – o filme.
Sobrevivi este sábado meio cansado; porque insone militante vi passar no cinema doido dentro da minha cabeça, a sucessão de flagelos que compõem meus pesadelos e medos recorrentes.
A madrugada é uma pantera fria e traiçoeira espreitando.
Tudo bem; nada que um café na padaria não ajudasse a recuperar a parte de mim ainda retida sob o “desanoitecer” rumo ao dia. Mas, fiquei em casa.
Aquela manhã não começou mal. Fui dar uma olhada em meus discos, companheiros eternos que mais bem explicam quem sou, e me resgatam dos escombros cotidianos.
Comecei com álbum raro de JIMMY WITHERSPOON, chamado ROOTS, 1962. Um cantor em estado da arte; gravação magnífica da ATLANTIC RECORDS, e que só os japoneses sabem recuperar. Ouçam; é BLUES essencial; recupera defunto e comove quem ouve – e também ajuda consertar o que houve – seja lá o quê…
É o tipo de obra que faz você compreender porque gente como ERIC CLAPTON, os STONES, e nossos ídolos em geral, gostavam tanto de BLUES.
Fui em frente, e escutei de MOSE ALLISON até a brasileira “CULT” ELIETE NEGREIROS; passei por SUN RA e os FOUR SEASONS; até ser emocionalmente defenestrado pela BANDA BANDALHA seminal dos 1960: THE SEEDS! – pra mim, estão entre o GARAGEM ROCK e o PUNK, e tanto faz a ordem! ROCK ALTERNATIVO é isto aqui!
Esbarrei, também, em dupla americana, chamada NEW WAVE, 1966; mescla inusitado conúbio entre o violão do LUIZ BONFÁ e SIMON & GARFUNKEL. E são acompanhados por craques tipo RON CARTER, CAROL KEYE, e MIKE POST, na guitarra – É! o famoso compositor de trilhas sonoras mesmo…
TIO SÉRGIO, como a banda do Zé Pretinho do JORGE BENJOR, mistura bumbo e violino feito um sarapatel sonoro meio indigesto – mesmo que estimulante. Aprendi a ser exigente com o máximo ecletismo e abertura possível.
Talvez?
Fiz tudo isso e ainda consegui ler a parte política dos jornais sem rir ou vomitar.
E liguei a televisão para assistir algum jogo de futebol, quando encalhei no TELECINE CULT, da NET. Passava filme chamado FLORBELA, dirigido por cineasta que eu não conhecia, VICENTE ALVES do Ó.
Ambientado em Portugal e interpretado por artistas portugueses, conta um momento de crise pessoal e criativa da POETISA FLORBELA ESPANCA, no final dos anos 1920.
É Magnífico!
O filme é um desfile de sutilezas emocionais, e resvala em questões como possível desejo incestuoso, e um quê recôndito de homossexualidade.
Tudo é tratado com elegância e refinamento num país que, ainda na década de 1970, era muito distante da Europa…
Nos é mostrado o PORTUGAL entre 1929/30, sob a ditadura quase medieval de Salazar. Um lugar reacionário, claustrofóbico, e tradicionalista em sua pior concepção…
Os atores estão nunca menos do que excelentes; e DALILA CARMO, que interpreta FLORBELA ESPANCA é perfeita. Transborda emoção, passa sentimentos e contradições nos dando ideia do que deve ser uma pessoa sensível e sofisticada, restringida por uma sociedade nostálgica, inculta, pequena, coalhada de preconceitos, e limitadora de talentos e comportamentos.
Ser mulher em Portugal, naqueles tempos, era barra pesadíssima. FLORBELA morreu em 1930, aos 36 anos, de tristeza e depressão.
E, finalmente, a língua e a linguagem.
Eu gosto demais! Acho precisa e bem resolvida, passando muito longe – por causa da época, inclusive – dessa sistemática destruição ( talvez criativa? ) do português que se fala, hoje, no Brasil.
É filme pra lá de recomendável. Com subsídios para discussões mil sobre todos nós que herdamos língua e jeitos dos portugueses.
E ainda bem que, hoje, PORTUGAL já faça parte da EUROPA!
POSTAGEM ORIGINAL: 18/07/2022
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ARETHA FRANKLIN – RARA, PRECIOSA E INSUBSTITUÍVEL, SOB OUTRA PERSPECTIVA

Em tudo o que se faz é aconselhável acrescentar empenho e prazer; impor certa volúpia controlada para que dê mais certo e valha a pena realizar.
Claro, eu não falo com sádicos, torturadores, assassinos, e “que tais”. Então, porções de prazer são sempre bem-vindas. Na apreciação de artes, principalmente!
Escrevendo, ouvindo, lendo e conversando criei frase que sempre cito: “GOSTO, MAS NÃO PREFIRO”. Foi mais ou menos a minha relação com ARETHA LOUISE FRANKLIN, e as cantoras de R&B, POP, SOUL e BLUES mais extrovertidas.
Eu não gostava dos excessos minuciosamente perpetrados por ARETHA, para evidenciar a potência e alcance de sua extensa, bela, educada, cristalina e nítida voz.
Pensando e ouvindo melhor, ARETHA cantava, e sempre cantou bem. Aliás divinamente bem, e de maneira perfeita, quaisquer estilos a que se dedicou. Ela singrou por vários. E  arrasava tecnicamente: sua voz alcançava do agudo extremo ao grave; tinha ritmo e timing precisos; e muito senso melódico.
Um resumo adequado para o currículo dessa verdadeira DIVA, que morreu aos 76 anos, é afirmar que foi legítima sucessora, e está no mesmo time que ELLA FITZGERALD, SARAH VAUGHN, BILLIE HOLIDAY  e DINAH WASHINGTON. Tá; TIO SÉRGIO admite: elogio pouco é bobagem….
ARETHA gravou 11 LONG PLAYS, à partir de 1961, para a COLUMBIA RECORDS. Discos vigorosos de RHYTHM”N”BLUES, com a verve jazzística da transição entre a década de 1950 para a de 1960. Seu “THE ELECTRIFYING”, de 1962, é ótimo. Mas, “UNFORGETABLE, A TRIBUTE TO DINAH WASHINGTON”, 1964, é essencial!!!!
A voz espetacular de ARETHA FRANKLIN foi devidamente “amoldada” para manter as características essenciais do canto GOSPEL. Partiu do RHYTHM´N´BLUES clássico, eivando paulatinamente de sensualidade discreta a música negra americana, e transitando para a SOUL MUSIC.
SOUL tornou-se a denominação pela qual parte do R&B foi batizado lá por 1960, e dali em diante. E ARETHA tornou-se a grande voz feminina do novo “subgênero”.
Porém, ninguém troca de gravadora para repetir-se. E a mudança de ares foi essencial para reposicionar seu talento único.
ATLANTIC RECORDS foi criação de dois turcos, os irmãos AHMED e NESUHI ERTGUM, que tinham uma coleção com mais de 15 mil discos de 78RPMs!!!!. Juntos com o “judeu”, HERBIE ABRAHANSON, em 1947 fundaram uma das gravadoras mais importantes da história. Os três eram amantes de JAZZ e R&B!
Quando ingressou na ATLANTIC, em 1967, ARETHA FRANKLIN era mulher e artista madura. E, por lá gravou 24 LPS, até 1979. Foi a sua fase de maior sucesso, em aproximação sucessiva com a POP MUSIC daqueles tempos.
A extroversão vocal também era característica da época. Lembram-se de JANIS JOPLIN? Ela e ARETHA brilharam em paralelo. JANIS de certa forma preencheu o espaço deixado por ARETHA na COLUMBIA RECORDS. E as duas se modernizaram simultaneamente, satisfazendo o gosto do público jovem também chegado ao ROCK.
O repertório, na ATLANTIC, é coalhado por HITS, como “THINK”, “RESPECT”, “DO RIGHT WOMAN, DO RIGHT MAN”, “SPIRIT IN THE DARK” e, também, uma série de clássicos e standards da BLACK MUSIC.
No BOX ORIGINAL ALBUM há os 5 principais discos para a ATLANTIC. Estão aqui postados; inclusive, ARETHA LIVE AT FILLMORE WEST, onde mostra toda garra e energia que liberava gravando ao vivo. Inclusive “vertendo” para “SOUL” músicas como “BRIDGE OVER TROUBLED WATERS”, sucesso marcante da época com SIMON & GAARFUNKEL. E “MAKE IT WITH YOU”, baba POP do pegajoso e competente grupo BREAD. Para variar, o ritmo e principalmente o andamento são esfuziantes!
A gente também percebe nos discos de ARETHA o que rolava por aqueles tempos. Ela gravou compositores da estatura de BURT BACHARACH, de quem fez versão para “I SAY A LITTLE PRAYER”. E outros HITS atemporais, como “GROOVIN”, grande sucesso dos RASCALS, também contemporâneos e colegas na ATLANTIC RECORDS.
ARETHA era boa pianista e tocou em diversas gravações. Sempre foi acompanhada por time invejável de craques. Músicos como o baterista ROGER HAWKINS; o baixista JERRY JERMMOTT; o saxofonista KING CURTIS; e até o guitarrista DUANE ALMANN estiveram presentes.
A produção esmerada de JERRY WEXLER, e a qualidade técnica das gravações dirigidas pelo engenheiro TOM DOWD, tornou o elenco e discos da ATLANTIC sucesso artístico e comercial.
ARETHA FRANKLIN reinou por lá até assinar com a ARISTA RECORDS, em 1980. O disco JUMP TO IT, 1982, é uma atualização do R&B com pitadas de FUNK, e alguma FUSION jazzística na instrumentação.
Para variar … , traz muito balanço; e produção primorosa, desta vez de LUTHER VANDROSS, outro que espocou na década de 1980, e conseguiu manter-se.
Li, por aí, que ARETHA intimidava ERIC CLAPTON, que a reverenciava a ponto de quase travar quando perto dela!!!!
Ao mesmo tempo, ARETHA foi ícone e artista imensa e cidadã exemplar –  muito presente e ativa em movimentos para os direitos civis, nos EUA. Claro, isto potencializou sua fama e importância além música.
ARETHA FRANKLIN recebeu 18 GRAMMYS!!!! Isso mesmo! E vendeu 75 milhões de discos. Eu espero que esteja arrasando no céu com outros “anteriormente convidados”.
HOJE, EU “GOSTO E PREFIRO” ARETHA, A INSUBSTITUÍVEL!
POSTAGEM ORIGINAL:: 24/08/2022
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