ELIAS JABOUR – UM COMUNISTA DE VERDADE

VAMOS FALAR MUITO SÉRIO. QUEM NÃO ACOMPANHA ELIAS JABOUR NÃO ENTENDE 60% DO QUE É O BRASIL!
ELE É UM “COMUNISTA” , MAS NÃO COMO A VULGARIDADE INTERPRETA O QUE SERIA, NÉ Pierre MignacGerson PéricoNelson Rocha Dos SantosCesar LimaAdalberto GraciolliBeatriz TôrresGuto CapuchoReinaldo Azevedo@Walfrido Ward@
Ele vê a História como motora de um processo. E foge do ideologismo fácil. Tem noção ampla do que é o capitalismo e, principalmente, de como a CHINA procede.
O fato é o seguinte: a esquerda tem intelectuais produtivos e até orgânicos. A direita, não. Simplesmente porque a imensa maioria da direita não “pensa” o Brasil. Mas reage ao Brasil e ao futuro que não conhece.
Ainda bem que há gente como o Reinaldo AzevedoREINALDO AZEVEDO e o WALFRIDO WARDE, que são liberais mas pensam, dão voz e palavra ao diferente, ao maldito, ao heterodoxo pensador. Contrapor ideias a respeito de ideias organizadas, como sempre são as do ELIAS JABOUR.
Ser conservador é pensar em manter INSITIUIÇÕES e projeções CIVILIZATÓRIAS, e não ouvir a JOVEM PAN, ler a revista OESTE, ou, o que é um horror inevitável para mim, que moro do GUARUJÁ, ouvir certos comentaristas políticos empedrados, imobilizados por conteúdos intelectuais ausentes.
Se vocês quiserem entender o Brasil@Damaris Menon Do Espírito SantoFernanda TorresAntonio Augusto Souza LimaLiza Wehbe e outros que prezo, abram a mente – perscrutem outros comentaristas. O real está muito, mas muito mais acima!
Com Trump no calcanhar do Brasil, Jabbour pensa os modelos americano e chinês. Reconversa de Férias

EU E A T.F.P – A EXTREMA DIREITA CATÓLICA DO PASSADO

A extrema direita em geral sempre existiu. Vez por outra preponderou, mas talvez com menos visibilidade do que hoje.
Essa gente sempre me fascinou! São inabsorvíveis; sempre viveram em guetos específicos, fechados em si mesmos; porém, exportando alguns dos seus para o poder do momento.
Conheço um montão de histórias.
Eu sempre os li com muita curiosidade, perplexidade e certo desprezo. Durante a década de1970, havia os religiosos e os simplesmente reacionários. E, como hoje, pessoas que pretendiam ideologizar e representar a “Revolução de 1964” – quer dizer, o Golpe. Um deles, era o professor JORGE BOAVENTURA, que escrevia na FOLHA DE SÃO PAULO. Legou sua visão, por exemplo, para o ex-deputado ENEAS CARNEIRO. Mas deixa pra lá, por hoje.
BOAVENTURA rendeu para mim uma das “notas dez” que consegui na FFLCH, da USP, na cadeira da excelente professora MARIA LÚCIA, que nos ensinava sobre questões políticas brasileiras. Qualquer hora eu volto a este assunto.
Mas legal, mesmo, eram os religiosos integristas da TFP, A TRADIÇÃO, FAMÍLIA e PROPRIEDADE. Incomparáveis! Uma cabeça de ponte medieval em meio da modernização conservadora dos milicos de 1964.
Pois bem, lá por 1977/78, eu descobri onde os caras se reuniam para comer pizza. Era em uma padaria/pizzaria semi – xexelenta no começo da Av. Rangel Pestana, logo depois do largo da Concórdia, em São Paulo.
O dono lá só usava farinha autenticamente argentina. E PLÍNIO CORREIA DE OLIVEIRA, o aiatolá da TFP, ia lá com hora marcada e padaria com lugares reservados para que o velho reaça, et caterva, pudessem comer in – loco a tal pizza. Eu os vi. Bebiam comedidamente.
A TFP, para os que não a conhecem, era uma organização política fechada, de extrema direita religiosa. Eram católicos integristas; e funcionava como milícia militarizada. Vez por outra, saíam para as ruas fazendo passeatas. Todos de terno e cabelo cortado à escovinha – que voltou à moda, anos depois, por motivos puramente estéticos.
Os TEFEPISTAS portavam estandartes vermelhos. Urravam palavras de ordem execrando o comunismo. Era um RITUAL RIDÍCULO E MEDIEVAL. EXORCIZANTE, talvez.
Quando começou a guerrilha urbana, em 1968, depois da decretação do AI-5, os caras entraram em êxtase!
A modernização conservadora dos milicos era… progressista, urbana, industrial e capitalista. A TFP tinha a sua base social no mundo rural. E era, obviamente, contrária à reforma agrária; uma reivindicação popular contra a concentração de terras e propriedades nas mãos de poucos.
Porém, a revolução agrícola, da década de 1970 em diante, de certa forma inibiu as reformas na propriedade da terra. E, ao mesmo tempo, destruiu o poder da velha aristocracia rural! E sem a velha base social, a TFP mais ou menos encolheu-se no limbo da História brasileira.
Mas continuando, contei para alguns colegas e os incitei para irmos à tal padaria em grupo, e fazer observações sociológicas!!!! Quer dizer: pretexto para beber e concluir contra alvo tão óbvio.
Claro, eu já havia ido antes, umas duas vezes e sozinho, para ver o que rolava, e se dava pra beber. O chope era xoxo, e muitas vezes completado com “jacarés” – uma jarra cheia de sobras e espumas tiradas de chopes, que eles recuperavam e completavam as tulipas que iam saindo. Engodo, roubo mesmo…
Eu reclamei. Fui olhado como… tá, comunista – o que nunca fui, mas era… – se vocês me entendem. Comi a tal pizza. Achei palatável, porém nada demais. TIO SÉRGIO sempre gostou de sair da normalidade, ir para outros mundos, e ver o que rolava.
Bom, a minha turma na USP se recusou terminantemente! Não quiseram ir de maneira nenhuma! Houve, por parte dos mais chegados, a desconfiança de que eu, um… “esquerdizado não comunista”, portanto avis – rara na USP dos anos 1970, estava derivando para lados insalubres e imperdoáveis.
Eu não estava; jamais transgredi a tal ponto…
Anos depois, já estudando na FUNDAÇÃO CASPER LÍBERO, tive colega de classe, Mônica, excelente aluna, muito reprimida e excelente pessoa – foi, inclusive, em meu casamento -; e contou-me que o pai dela, militante direitista, era dono e alugava um casarão no Jardim São Bento para a TFP.
Aliás, até o final dos anos 1970, a FUNDAÇÃO CASPER LÍBERO E a “FOLHA DE DE SÃO PAULO” eram considerados “Diário Oficial da TFP”. Tive aula com alguns poucos professores saídos da “milícia medieval”. Aliás, foi por lá que o grupo LÍNGUA DE TRAPO criou e gravou o HINO OFICIAL DA T.F.P. Uma palhaçada sensacional, que desnudava o cerne do pensamento da “ORG”. Lembra disso@Ayrton Mugnaini Jr?
Anos depois, intermediando um negócio imobiliário tive contato com um advogado, aliás grande profissional, que também contribuía para a TRADIÇÃO, FAMÍLIA E PROPRIEDADE. Que, parece, está em remissão, entocada, mas ainda viva…
O Brasil melhorou muito. Mas, recaídas autoritárias estão sempre no radar dos que pensam e observam nossa política. Então, BOLSONARO e sua pretensa “cristandade” não me assustam. Porém, o que é muito marcante é a substituição das elites cristãs religiosas. Parece que estamos a caminho da troca dos católicos pelos evangélicos. E os católicos, mesmo os mais radicais, são mais cultos e estudados. E essa troca poderá trazer diferenças fundamentais na vida política e social do BRASIL.
POSTAGEM ORIGINAL: 13/08/2021

INCERTO SÁBADO À TARDE, EM 1973…

Eu me lembro com bastante nitidez de certo sábado, em 1973. Recordo a luminosidade daquele dia; deve sido entre e abril e maio.
Por motivo que não identifico claramente, eu estava tranquilo e feliz. Não alegre eu sei. Mas, desfrutando momento de rara completude. Palavra mágica e conclusiva.
Quase 50 anos se foram, mas aquele sábado reteve-se em mim.
Em 1973, ainda não existiam a WOP BOP ou a BARATOS AFINS, as duas lojas que fizeram história por conseguir congregar um certo público que curtia o UNDERGROUND, o ROCK e arredores.
Informações do exterior existiam, mesmo poucas e truncadas. Aguçavam desejos. Estavam condensadas em publicações como a ROLLING STONE, já circulando por aqui; e jornais alternativos onde esforçados jornalistas, como LUIZ CARLOS MACIEL, nos informavam sobre o novo “perenizado” pós a suposta revolução trazida por HIPPIES e a NOVA ESQUERDA INTELECTUAL. Claro, não durou o suficiente, mas deixou marcas não removidas – feito tatuagens.
Existiam grandes lojas que importavam, traziam discos e novidades. Mas eram tão caros como hoje é, e sempre foram…
Não consigo visualizar claramente se foi na BRUNO BLOIS ou na BRENO ROSSI, onde naquela tarde inesquecível comprei dois entre os discos de que mais gosto até hoje.
Eu já conhecia o BOB SEGER. Cantor potente, BLUESY e pesado. Teve dois SINGLES lançados por aqui, “2+2” e “RAMBLING GAMBLIN MAN”, estilingadas certeiras!
SEGER é uma espécie de antecessor de BRUCE SPRINGSTEEN, naquela coisa do americano solitário contra o sistema, e sempre “ON THE ROAD”; torturado pela imprecisão psicológica, feito um JAMES DEAN ou JIM MORRISON, que os antenados de minha geração conheceram. Vem daí o fascínio que me causou.
BOB chegou ao sucesso de verdade alguns anos depois, lá por 1977/1978, Mas, jamais fez álbum tão bom e consistente quanto “BACK IN 72”. O disco foi gravado no “MUSCLE SHOALS STUDIO”, onde a elite da SOUL MUSIC e do R&B gravava. Gente como ARETHA FRANKLIN, por exemplo.
Nesse álbum ele está acompanhado por craques, como J.J.CALE, JIMMY JOHNSON, BARRY BECKETT, DAVID HOOD e ROGER HAWKINS, para ficar no primeiro time. E mescla SOUL, R&B e ROCK com eficiência e sofisticação. É um grande e desconhecido disco, TIO SÉRGIO garante. Brilhando no fundo do poço do ROCK. Experimente.
Também me recordo de ter visto o disco de BOB SEGER e separado para comprar. Enquanto isso, rolava no PICK UP outro chegado naquele momento, o primeiro álbum do BLUE OYSTER CULT. Mais um Impacto fulminante. Míssil direto no cérebro e no corpo! Para mim, até hoje é o melhor disco que fizeram.
Está entre o HARD ROCK e o PROGRESSIVO. Tem pegada BLUESY, algumas novidades tecnológicas, como “delays” e outros “babados”; faixas interligadas e sem espaço, e dão sensação de continuidade, não importando as músicas que se sucedem.
O BLUE OYSTER CULT foi grande sucesso, na década de 1970. E fez outros discos bastante bons. É álbum bastante original de ROCK PESADO americano. Sim, claramente “Made in America”, como um CAPTAIN BEYOND e o KANSAS; ou o GRANDFUNK RAILROAD.
Um pouco antes, eu havia comprado o HUMBLE PIE – ROCK ON, de 1971. Eu lembro bem: estava aberto e foi no MUSEU DO DISCO. Os meus amigos SILVIO DEAN, FRED FRANCO JR. e ALDAHYR RAMOS, estavam lá!
A capa bizarramente americana não descreve o conteúdo magnífico. E a sequência é matadora: começa com SHINE ON, prossegue em altíssimo nível e repertório variado, expondo habilidades instrumentais e vocais de STEVE MARRIOTT e PETER FRAMPTON; e as performances corretas do baterista JERRY SHIRLEY e de GREG RIDLEY, no baixo.
O álbum vai do BLUES ao HARD ROCK em fogo crescente; explodindo feito vulcão. Não tem jeito de não empunhar um “AIR GUITAR” no final, quando FRAMPTON E MARRIOTT duelam e se complementam. E você jamais ouvirá ROLLING STONE, de MUDDY WATERS, em gravação tão precisa, empolgante e explosiva como aqui. É um dos melhores discos da década de 1970! Só isso! Obra de arte vibrante, incomparável!
Se você está ou esteve com uns 19 anos; e acha que a vida pode sorrir para sempre, observará que certas coisas e momentos marcam no “fundo profundo…”
Aproveitei para trazer outros discos que rodeavam o meu espírito, naqueles tempos. São parte e também motivos de a memória daquele inesquecível sábado me sequestrar até hoje.
Desejo a todos que tenham ou venham a ter experiência tão cativante…
Justificam viver!
POSTAGEM ORIGINAL REDEFINIDA : 06/08/2025
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FLORESTAN FERNANDES, SOCIÓLOGO – INTELECTUAL ÍNTEGRO E ÚTIL

O epíteto que arrumaram para ele não condiz. Se FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, que foi seu assistente, era conhecido como o “Príncipe dos Sociólogos” ( ridículo! ), então o Rei seria quem?
FLORESTAN era um homem de esquerda, mas não militante. Um teórico que sabia sobre o que ensinava. E ouvi de professores que tive formados por ele, que o mestre era inflexível na exigência de estudos e disciplina de aprendizagem.
FHC em seu recente livro de Memórias, “UM INTELECTUAL NA POLÍTICA”, conta que a politização da UNIVERSIDADE veio muito depois, e que FLORESTAN era um professor que trabalhava baseado em teorias e, principalmente, em pesquisas empíricas, de campo. E que só radicalizou-se em função do GOLPE de 1964 – aliás como todos os que sobreviveram, na FFLCH da USP. Eu sou discípulo direto intelectual e politicamente desses professores e daquela condicionante histórica.
O antropólogo AMADEU LANA, meu ex-professor e discípulo direto de FLORESTAN FERNANDES, certa vez disse humoradamente à classe, que aquele bando de “pós-hippies esquerdistas” ( nós ) não tínhamos ideia do que nos aconteceria se fôssemos alunos do mestre! Não haveria oba-oba, moleza ou badalação. Ficamos incrédulos e paralisados!
O professor FLORESTAN ensinava nos EUA quando estive na USP entre 1974 e 1979, do século passado ( pasmem rindo! ). Fui aluno por uns tempos de HELOÍSA FERNANDES, filha dele, e ótima professora da geração 68. FLORESTAN foi mito sem rito possível no meu tempo.
Mas o mundo roda e a pomba-gira!!!! ( que infâmia!!! )
Quando FHC foi eleito Presidente da República, em 1994, no dia da posse FLORESTAN, já Deputado Federal pelo PT, disse a ele a frase seminal: “EU NÃO CRIO GATOS, EU CRIO TIGRES”! ” Pois é, um sociólogo na Presidência do Brasil foi prova cabal!
Pouco tempo depois, foi descoberto um câncer de intestino do mestre FLORESTAN. FHC e todos os amigos, agora postos no governo, ofereceram ao professor tratamento diferenciado no exterior. Ele recusou. Não achava correto ter além do que a média do povo brasileiro teria – e ainda mais às custas do Estado! FERNANDO HENRIQUE também conta que pela vida inteira jamais chamou o velho mestre de “você”. Ele e seus alunos o chamavam de SENHOR!
FLORESTAN FERNANDES tinha caráter. E ser íntegro é pressuposto essencial para um MITO!
Que Deus o tenha. E a História o reverencie.
POSTAGEM ORIGINAL: 6/08/20218

JAQUES “KALEIDOSCÓPIO” GERSGORIN – O CRIATIVO ERRANTE

TIO SÉRGIO é um sujeito discreto. Uma espécie de satélite a vida inteira siderando o universo da música. Mas, profissionalmente, só entrei para valer em 1991, quando eu e meu “amigoirmão”, SILVIO DEAN, criamos a CITY RECORDS. E depois, a CITY MUSIC, com outro amigo nosso, Edison Batistella Jr, o JUNINHO.
Nesse percurso esburacado e divertido, eu convivi com dois radialistas de personalidades opostas, mas exuberantes! Fui amigo do CARLOS ALBERTO LOPES, o SOSSEGO que, acho, foi o primeiro a fazer um programa de rádio exclusivamente dedicado ao ROCK, em meados da década de 1960. De lá em diante, ele sofreu “incontáveis recaídas” – outros programas – mais ou menos reeditando o que fizera nos tempos áureos dos BEATLES, STONES, SEARCHERS, e outros um pouco anteriores, ou logo a frente.
O SOSSEGO se tornou amigo pessoal meu e do SILVIO. Ele nos ensinou a gostar do ROCK clássico.
O purgatório com certeza já o liberou; e sua voz de autofalante “TWITER”, língua ferina e vasto conhecimento do mundo da música, devem estar catequisando anjos, querubins, e outros nem tanto… Que DEUS O TENHA – ou melhor: o “RETENHA”!
O JAQUES GERSGORIN foi outro personagem carismático que passou por minha vida. Aconteceu uns vinte e cinco anos antes de abrir as lojas. Lá por 1977, se bem recordo. Era um carioca de sotaque expressivo, identificável; libertário convicto; homem criativo, que borbulhava ideias. O apresentador adequado para um programa de vanguarda e sem roteiro.
Foi mais ou menos o seguinte: da mesma forma que o Claudio Finzi Foá, e outros por aqui, eu fui atraído por aquele programa de rádio suis-generis, o KALEIDOSCÓPIO, que ia ao ar tarde da noite, diariamente, e tocava, digamos, a “CRISTA DA ONDA” – ooopppsss! – do ROCK PROGRESSIVO, e adjacências!!! Coisas não imagináveis em outras rádios da época!
Eu já gostava, comprava, e colecionava discos não convencionais. Incerta noite, em vez de ir para casa, fui até a RÁDIO AMÉRICA, em VILA MARIANA, São Paulo, e perguntei ao porteiro se poderia falar com o JAQUES. Ele deixou. O KALEIDOSCÓPIO estava no ar, as músicas longas, e no fundo do estúdio enorme estava sentado frente ao microfone a mesma imagem hoje lendária.
Fiquei esperando ele se manifestar. No intervalo, JAQUES me recebeu cordialmente, mas sem efusividade. Entre as músicas, conversamos; eu disse platitudes, o que fazia, onde estudava, e perguntei se de alguma forma poderia colaborar, sei lá, fazer., sugerir ou trazer algum disco para ir ao “AR”. Ou voltar e “assistir” ao programa ao vivo, novamente?
Ele apenas disse: “tudo bem, traz aí, e a gente vê…”
Na década de 1970, era comum estudantes, ou gente com pretensões intelectuais, frequentar o CINE MARACHÁ às sextas feiras à noite. Lá, exibiam filmes de arte, ou não convencionais. Eu estava na fila com o meu amigo SILVIO, quando um sujeito discreto, e de óculos, entregou um panfleto de nova loja de discos que seria aberta na, hoje, Galeria do ROCK. Era o Rene Ferri. E a loja era a histórica WOOP-BOP!. Uns dias depois, fui visitar! Caí de costas!!! Só discos importados sensacionais! Virei cliente.
Eu já estava meio entrosado com o JAQUES, e falei sobre o RENE, a loja, etc…
E ele respondeu: “Pô, convida o cara para eu entrevistá-lo, no KALEIDOSCÓPIO. Fui lá, e marquei. O RENE apareceu de terno e gravata…. 😀😀🤣🤣! O JACQUES fez uma baita entrevista como ele, levantou a bola, e apresentou a loja para a galera!!!
Aos poucos, comecei a trazer alguns K7s, feitos com ajuda de meu amigo PAULINHO CALDEIRA. Gravei músicas que achava legais. Quando o JAQUES gostava, incluía na programação. Ele era razoavelmente eclético. O foco estava no PROGRESSIVO, mas rolava HARD ROCK, alguns cantores fora de esquadro como MICHAEL MURPHY. E, sempre, LED ZEPPELIN, o PREMIATA FORNERIA MARCONI, VAN DER GRAAF GENERATOR, e um progressivo venezuelano muito legal chamado VYTAS BRENNER (na foto).
Ah, ele gostava e tocava o disco de LUIZA MARIA, também na foto, uma loira espetacular; cantora de timbre grave, que gravou um bom álbum acompanhada pelos MUTANTES.
O JAQUES tinha domínio e noção total do que devia tocar. Orientava o técnico de som para fazer MIXAGENS. Marcava os discos com “giz de alfaiate”, para o técnico interromper a música em ponto mais ou menos preciso, “emendando” outro disco em outro pick-up, mantendo clima e o balanço do que ia ao ar.
Acreditem: é uma arte!
Na rádio havia um imenso PASTOR ALEMÃO, vez por outra entorpecido pela fumaça dos cigarros de maconha (que eu odeio!) Maldade carinhosa, que deixava o bicho dócil.
Sempre aparecia por lá o produtor PENINHA SCHMIDT, amigo do JAQUES. Certa vez, conversei com o WALTER FRANCO. Em outra noite, observei o SÉRGIO DIAS BATISTA, dos MUTANTES, ouvindo atentamente o primeiro disco solo de JON ANDERSON, do YES, 1976.
Durante certo tempo, convenci o JAQUES a fazer uma hora de BLUES, de 15 EM 15 dias, às sextas feiras. Mas ele não gostava de BLUES. Achava monótono e repetitivo. Porém, delegou para eu fazer a seleção musical de um programa que ia ao ar nos sábados, antes do KALEIDOSCÓPIO. Eu dei um ar mais dançável, misturando alguma MPB de qualidade. Tocava CAETANO, GIL pelaí; juntava com ROCK, POP, etc… Algumas vezes, selecionei “VOCÊ ME ACENDE”, um FUNK ultra pesado, e faixa solo do CORNÉLIUS, vocalista do MADE IN BRASIL. E assim, eu aquecia o ambiente para o JAQUES, e o KALEIDOSCÓPIO entrarem!
Fizemos essas coisas informalmente por quase um ano. E, por causa de uma bobagem, nos desentendemos. Rompemos. Ele seguiu carreira em outra rádio; mudou-se para Goiânia e, depois, foi pro mundo – errático e libertário que sempre foi.
Nos reencontramos anos atrás, aqui no FACEBOOK. Rimos do assunto no privado, e reatamos.
Um dos anunciantes da rádio AMÉRICA era a DIMEP, famosa fábrica de relógios de ponto, e outras funcionalidades. Hoje, produz sistemas correlatos complexos. O JAQUES precisava dar a hora certa o tempo inteiro, e odiava fazer isso, portanto:
“SÃO 21 HORAS e CENTO E OITENTA MINUTOS”! FAZ A CONTA AÍ PÔ” …
POSTAGEM ORIGINAL: 29/07/2025

FEIJOADA? EU GOSTO!!!

No Guarujá existe um restaurante muito popular e tradicional chamado PANELA VELHA.
SÉRGIO REIS cantou os benefícios das caçarolas e suas parentes, em metáfora com o “sabor” das mulheres mais velhas, experientes, afirmando que se faz com elas comida boa.
Ahhn, nem sempre…
O restaurante é, para o meu gosto, agradável de ficar. Eu aprecio lugares simples, com atendimento simpático, bebidas geladas e comida honesta.
Gosto, também, de comer e beber sozinho acompanhado por um livro ou jornais. Sou amigo de botecos.
O PANELA é um desses lugares onde mais ou menos tudo funciona…
Mais ou menos. A comida transita entre o razoável e o medíocre; viés gastronômico é de baixa.
Quarta feira passada fui, sozinho, enfrentar uma feijoada. Prato popularíssimo da casa, pela quantidade oferecida, e o número de pessoas por lá comendo.
Bom, vou comentar: a dos caras deixa e sempre deixou a desejar, apesar do sucesso de público.Eu cozinho e gosto de cozinhar, portanto sei que não há justificativas para certos pratos serem mal feitos. A feijoada é um deles.
O que é uma feijoada além de um ensopado de feijão com carnes de porco e boi, temperados por ervas e condimentos do cotidiano, e acompanhado por couve, farofa, arroz e um bom molho?
Este, aliás, tem de ser um dos pontos fortes, senão desmerece; não ressalta o sabor.
Eu tenho uma receita básica: Depois dos procedimentos para dessalgar, coloco o feijão e os pertences numa panela de pressão com cebola, alho, cebolinha, louro e um pouco de sal.
Cozinho tudo junto; frito nada. Eu acho que dá certo e agrega sabor ao feijão, temperado por todos os ingredientes e tudo junto ao mesmo tempo na hora. O feijão fica divino – pelo menos no conceito do tio Sérgio.
O molho eu faço com pimenta dedo de moça, retirando um pouco das sementes; agrego louro, alho, cebola, cebolinha e limão para dar o acento final. Misturo tudo isto com o caldo do feijão; e pronto.
Um contêiner de cervejas e a perplexidade de nossas mulheres acompanham o banquete . Mas, a caipirinha e a trilha sonora garantem o prazer final. É fácil e muito eficaz.
POSTAGEM ORIGINAL: 15/07/02017

MEMÓRIAS: HORRORES DA VIDA ESCOLAR, E O PERRENGUE ENFRENTANDO PELO “PATO DONALD”!

DO PRIMÁRIO ATÉ SAIR DO SEGUNDO GRAU, EU FUI ALUNO ENTRE O RUIM E O MEDÍOCRE. COM EXCEÇÃO DAS MATÉRIAS LIGADAS ÀS CIÊNCIAS HUMANAS.
FIZ ESFORÇO ENORME PARA MANTER-ME NA ESCOLA À NOITE E “PASSAR DE ANO”. EU TRABALHAVA DESDE OS 14 ANOS, E UMA VEZ COMENTEI SOBRE O CHAMADO, À ÉPOCA ,”SALÁRIO MÍNIMO DO MENOR”: TRADUZINDO, ERA MEIO SALÁRIO MÍNIMO OFICIAL, CURRANDO ADOLESCENTES, QUE TRABALHAVAM 8 HORAS POR DIA, FEITO ADULTOS!!!
COM O MEU PRIMEIRO SALÁRIO DE “OFFICE BOY, NO EXTINTO “BANCO NOVO MUNDO” , RECEBIDO EM JULHO DE 1967, EU COMPREI DOIS “LONG PLAYS”, “DOIS COMPACTOS” E UM CINTO PARA USAR EM MINHA FUTURA “CALÇA LEE”. E ACABOU. MEU PAI CUSTEAVA O RESTANTE… FOI ASSIM ATÉ DEZEMBRO DAQUELE ANO, QUANDO FUI PARA O BANCO MERCANTIL DE SÃO PAULO, COMO ESCRITURÁRIO, MAS GANHANDO O DOBRO – TAMBÉM MERRECA, MAS MENOS OFENSIVA…
OS MEUS PROFESSORES, NESTA FASE DE VIDA, LÁ POR 1966/68, ERAM TODOS INSÍPIDOS, ANÓDINOS E ESQUECÍVEIS. ALGUNS, NADA INODOROS… PORQUE O CÉREBRO CHEIRAVA MAL! POUCO ME RECORDO DE QUAISQUER DELES.
NO CURSINHO DO “OBJETIVO”, ONDE GANHEI BOLSA DE ESTUDOS, AS COISAS MUDARAM BEM. OS PROFESSORES ERAM MAIS INTERESSANTES, ANIMADOS E DEDICADOS. CONTINUEI UMA LÁSTIMA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, FÍSICA, QUÍMICA E MATEMÁTICA. MAS FUI DE VEZ DESPERTADO PARA HISTÓRIA, GEOGRAFIA, LITERATURA, E DEPOIS SOCIOLOGIA, POLÍTICA, E TUDO O QUE SE RELACIONASSE COM A VIDA EM SOCIEDADE, OU A VIDA INTERIOR.
ENTÃO, NAS DUAS FACULDADES EM QUE ESTUDEI E ME FORMEI, FUI EXCELENTE ALUNO. AINDA ASSIM, VEZ POR OUTRA EU ACORDO SUANDO, TRAUMATIZADO, POR SONHAR COM PROVAS, EXAMES, INSEGURANÇAS E COISAS DO GÊNERO.
PASSEI DÉCADAS LUTANDO CONTRA MIM MESMO EM SONHOS E QUASE VIGÍLIAS… VÁRIAS VEZES SÓ RELAXEI QUANDO LEMBREI O ÓBVIO: EU ESTAVA FORMADO… FOI JOGO DURO!
VALEU A PENA? ACHO QUE SIM.
AGORA, EM HOMENAGEM AOS QUE ME SUCEDERAM, E SOFREM NAS MODERNAS MADRASSAS DE HOJE, VAI AQUI A PERGUNTA QUE O PATO DONALD E O TIO PATINHAS TIVERAM DE RESPONDER EM UM VESTIBULAR PARA ENTRAR NA “UNIVERSIDADE, EM PATÓPOLIS”:
“FAÇA UMA DISSERTAÇÃO COMPARANDO A CIVILIZAÇÃO ISLÂMICA PRIMITIVA, COM A ESTRUTURA CONTEMPORÂNEA DO CARNAVAL ALEMÃO”. E VOCÊS PODEM IMAGINAR OS DOIS ARRANCANDO AS PENAS, E “UIVANDO” GRASNADOS!!!!
EU SOBREVIVI. NA PRIMEIRA PROVA FEITA EM “SOCIOLOGIA 1” MATÉRIA GRANDIOSA MINISTRADA, EM 1974, PELO SAUDOSO “PROFESSOR LUIZ PEREIRA” E SEUS ADJUNTOS, OS TOLERANTES, TALENTOSOS, ÓTIMOS E AMIGÁVEIS PROFESSORA “JESSITA”, E O ATÉ HOJE PROFESSOR “BRASÍLIO JOÃO SALUM”. TIVEMOS QUE DISSERTAR SOBRE O QUE, PARA “MARX”, SERIA LÓGICO E RACIONAL NA VIDA EM SOCIEDADE:
SE PARA “MAX WEBER” A INVENÇÃO DA “CONTABILIDADE” ERA EXEMPLO DE EFICIÊNCIA E RACIONALIDADE NAS SOCIEDADES CAPITALISTAS; PARA MARX, ISTO ERA IRRELEVANTE. PORQUE NO CAPITALISMO, A EXISTÊNCIA DE DUAS CLASSES – BURGUESES E PROLETÁRIOS – E, PORTANTO, DA INEVITÁVEL LUTA DE CLASSES, ISTO SIM DESORGANIZAVA A SOCIEDADE COMO UM TODO. O QUE SÓ UMA SOCIEDADE COMUNISTA PODERIA REORGANIZAR…. ( OS TEMPOS E A HISTÓRIA DEMONSTRARAM QUE NÃO ).
E ASSIM ESCREVEU O “TIO SÉRGIO”, O AQUI EXPOSTO MEIO RESUMIDAMENTE. E ACRESCENTANDO QUE DUVIDAVA QUE MARX REALMENTE NÃO CONSIDERASSE O “INSTRUMENTO CONTABILIDADE” COMO FORMA DE RACIONALIDADE APLICADA. CONSEGUI UM “OITO”, E FUI APROVADO.
COMO VOCÊS PODEM IMAGINAR, NÃO FOI SÓ O GRANDE PATO DONALD QUE TEVE “PERRENGUES” ACADÊMICOS PARA SUPERAR.
TODOS NÓS TIVEMOS, TODOS MUNDO TERÁ!
ENTÃO, QUÁ, QUÁ, QUÁÁÁÁÁÁ´!!!!! PRA TODOS VOCÊS “URBI ET ORBI”!

QUANTO O PAU CANTA, QUEM TÁ FORA SE ENCANTA. O SHOW DE JERRY LEE LEWIS E OUTROS ENCONTROS NADA CIVILIZADOS.

TIO SÉRGIO já vai esclarecendo que as fotos de discos do JERRY LEE LEWIS; e dos AMBOY DUKES, a banda do guitarrista TED NUGENT, aqui em sua fase psicodélica; são meros pretextos para contar historinhas.
Os dois sempre foram “ISCAS DE POLÍCÍA”, para recordar ITAMAR ASSUMPÇÃO que, até onde sei, não era encrenqueiro, mas atraía a repressão, por outros motivos e preconceitos.
TED NUGENT é um reacionário e militante de extrema direita. Conta-se que acompanhava a polícia, dentro dos camburões, à procura de bandidos nas ruas…
E minha casa ele não entra…
Nunca fui de briga.
Sou um sujeito light e diplomático. Da turma do deixa isso pra lá…
Passei minha vida negociando, construindo convivências e conveniências, considerando o lado do carneiro… E dialogando com a onça pra ver se ela se interessava por um gambá, digamos; ou, quem sabe, por uma saladinha de tomates e alface… essas coisas.
Compus vários acordos em situações inacreditáveis. Perdi outros. Na média, ainda pago e como a minha pizza com eventuais transações e negócios no mercado imobiliário.
Mas, tio SÉRGIO, what porra was that? Você era arregão?
Eu diria que fui e sou um profissional da “Porrada Interrompida”. Um administrador de contrariedades. Muito comuns entre condôminos, proprietários e inquilinos, e outras picuinhas cotidianas.
Convenhamos: vou além de um mero “coito interrompido” – ou na linguagem explícita, mas não candente da molecada de hoje, eu não sou “Corta Fodas”.
Porém, sempre que o ápice do impasse culmina em porrada, lá vou eu ver se dá pra contornar, deixar a coisa menos brusca, acomodar… Mas vi coisas. E não tão poucas; em que não intervim, e nem deveria.
Vou contar algumas;
Lá pelos doze anos de idade, tarde incerta cabulei aula junto com outros coleguinhas. Sei lá como ou por que?, fomos parar em campinho no PLANALTO PAULISTA, perto da escola, e jogamos futebol contra a molecada dos arredores. Tudo foi de mal a pior, e acabamos enxotados pela turba local debaixo de pedras. Ainda bem que fuga foi em uma descida. Você se recorda disso Renato César Cury?
Mais uma; Acho que até hoje existe a “PORTUGUESINHA”, que tinha um digamos…. estádio…. em terreno vago perto da rua LOEFGREN, nos limites da hoje CHÁCARA INGLESA.
Estávamos eu e meu “primoirmão” BETÃO assistindo a um jogo/batalha entre duas milícias futebolísticas rivais. Terminou em briga. Não tínhamos nada a ver com aquilo. Mas um delinquente grandalhão tentou me afogar em um córrego, na verdade um corredor de fezes a céu aberto.
Apareceu sei lá de onde um adulto que impediu a minha execução.
Fui crescendo e as histórias melhoraram. Assisti a uma das grandes brigas em campo de futebol do meu tempo. Foi no estádio do NACIONAL ATLÉTICO CLUBE, time hoje quase inexistente, mas que defendia sua honra em um estádio razoável, na Barra Funda, naquela época, bairro operário de SAMPA.
Era a final do campeonato da segunda divisão, lá por 1969, sei lá…
Fomos assistir eu e o BETÃO, levados pelo tio ANTONIO GARINI, o TONICO, jornalista que virou nome de rua.
Tudo corria mal, muito mal, quando de repente eclodiu bacobufo generalizado. Começou dentro do gramado e, como bomba de napalm, espalhou-se e incendiou geral e arquibancadas.
Só foi contido quando chegou a polícia, muitas vezes Instituição especializada em transformar desentendimento em guerra fratricida… e botou pra quebrar.
Não fugiu de minha memória o “huno barrigudo” sentado no topo do alambrado, que cobria de porrada e porretadas qualquer um que se aproximasse. Até que, derrubado por uma facção de torcedores, teve a bunda chutada, ritmicamente, por uns 5 minutos enquanto tentava escapar.
Não conseguiu…foi resgatado pela milicada, que aproveitou para “crismá-lo” para ver se acalmava.
Outra;
Eu tinha, sei lá, uns 19 anos, quando em um bailinho duas tropas de joviais projetos de criminosos se confrontaram, depois que um dos líderes foi jogado escada abaixo na casa da menina que os convidou para o aniversário… A coisa ficou incontrolável, e a polícia cercou as duas pontas da pequena e bucólica rua, onde a infeliz e chorosa aniversariante morava.
Estávamos eu e meu outro “amigoirmão” Aldahyr Ramos. Conseguimos, milagrosamente , fugir da festa sei lá como… Foi literalmente todo mundo preso! Menos a gente.
A última encrenca de que me recordo foi no SHOW que o grande pianista e ROCKER , JERRY LEE LEWIS, deu em SAMPA, anos atrás.
O PALACE, casa de shows que não existe mais, no bairro de MOEMA, estava cheio. A banda segurava o foguete, enquanto a produção tentava trazer JERRY LEE para o palco. Ele estava bebasso, e demorou a eternidade!!! A plateia estava indócil, xingando, gritando. Havia muita gente tão bêbada e drogada quando o astro.
Em certo momento, entra o JERRY. Senta-se ao piano e detona do jeito que conseguiu uma sequência de seus clássicos. A turba reagiu empática, dançando, gritando, e alguns tentando invadir o palco, e sendo impedidos pela segurança.
Em meio ao furdunço, um guapo etilizado suspendeu a namorada no ombro. Tampou geral a visão dos hooligans em volta… As consequências vieram imediatamente. Uns sujeitos reclamaram na base da grossura. Mas, nem a bunda desceu do ombro, e nem os braços do namorado recolocaram a bunda e a moça no chão…
E, não deu outra: alguém tascou certeira dedada no centro do rabo da menina, que ainda estava suspenso no pescoço do cara. Um berro! xingamentos e o pau cantou perto de mim mais alto do que o JERRY LEE!!!!!
Separa daqui, tira de lá; enquanto os seguranças distribuíam fartamente pescoções, porradas e chutes. Um festival de MMA ao som de ROCK AND ROLL. Um monte de gente foi “convencida” a se retirar.
O show inteiro durou menos do que uma hora. JERRY LEE saiu de cena sob protestos generalizados. A banda procurou manter o clima, com o baixista tentando cantar, etc. e tal.
Resumo: foi uma merda. Inesquecível merda para esses nada tristes trópicos… 😀Daquele momento em diante, fugi da maioria dos shows ao vivo.
POSTAGEM ORIGINAL AMPLIADA: 21/06/2025
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FRANGOS, UMA REFLEXÃO

Eu adoro! Assado, grelhado, cozido, a passarinho, numa bela canja, por aí… É bicho gordurento, mas tanto faz: o bicho homem dá conta disso…
Pensando bem, que pobre bichinho! Há bilhões e bilhões deles espalhados pelo mundo. Valem nada, crescem para os nossos prazeres e alimentação. Vivem sob nossos desígnios e poderes. São os chineses e os hindus, africanos pobres do mundo… Custam barato.
O nascimento é uma sentença de morte: 60 e poucos dias e ponto. Sem história, sem glória. São precários por necessidade e condicionamentos que o homem lhes impõem… Talvez os maiores oprimidos do reino animal! São devastados e repostos…
Esses dias comprei um peito para fazer canja. Não reparei, mas o bicho estava crescido, era um galo quando foi abatido. E se vingou de mim e minha panela de pressão: a carne era dura, e sem sabor…
Poucas vezes reclamei deles. E achei um descaso o bicho estar tão sem gosto; então, pensei comigo, seu algoz: nunca mais! Toda a vez em que eu buscar o pobre galináceo vou dar uma geral, e ver se tem o tamanho máximo; e se tenro o meu para meu deleite.
Eu, você e o mundo somos cruéis com criatura tão útil e indefesa. Hoje, hipocritamente faço orações quando meu prato chega. E, quem sabe, ele reencarne homem ou bicho menos vulnerável.
Para se ter uma ideia do “quê” somos basta verificar a nossa posição na cadeia alimentar. O resultado não é lisonjeiro.
POSTAGEM ORIGINAL:28/05/2021
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Carlos Mendes Lupa, Paulo Faciola e outras 8 pessoas