NA PORTARIA

Acreditem, o que eu vou contar aconteceu mesmo, e tudo junto em menos de cinco minutos!
ANGELA, a minha mulher, foi deixar uns pastéis no apartamento de duas amigas!. É um grande condomínio de classe média, no centro do Guarujá e bem perto da praia. Dezenas de apartamentos pequenos, mas amplos e confortáveis. Ideais para veraneio, morar, curtir férias, essas coisas…
O prédio é bem administrado, mas o fator humano, a galhofa e a descontração à beira mar geram histórias que Deus e o diabo duvidam! O porteiro é o ZÉ, funcionário antigo, querido da fauna e da flora que abrilhantam aquele “micro – circo.”
O ZÉ é paciente, tolerante, prestativo, mas um tanto teimoso e meio bagunçado; e aconteceu o seguinte:
o PET SHOP entregou o SANSÃO e a MAGUÍ, um cachorrinho babucho e uma gatinha … insidiosa. Estavam limpinhos, perfumados, nos trinques. E o ZÉ foi levar os bichos para as donas. O SANSÃO foi para o 61; e a MAGUI para o 82.
Então,
– “OI ZÉ, é a NORMA do 61. O que foi que aconteceu.? Você deixou um cachorro com a MAZINHA, a empregada!!! Mas ela e você sabem que eu tenho uma GATA!!!!”
– “Ahhh, dona NORMA, eu entreguei a gata pra MAZINHA, no teu apartamento. Fiz tudo certinho…”
– “Que que é isso, ZÉ? Tem um cachorrinho, aqui!!! E a sonsa da MAZINHA também não sabe explicar!!!!”
– “Dona NORMA, eu entreguei um gato! Se virou cachorro, não é culpa minha, vai ver que aconteceu alguma mudança, mutação, sei lá…. Essas coisas acontecem….”
“Mas, ó, eu vou dar uma ligada pro outro apartamento”…
O ZÉ ligou, e atendeu a VERA, dona do cachorro…
– “OI ZÉ, eu estava esperando você ligar. Hoje deixaram uma gatinha por aqui. Eu sou dona do SANSÃO, cadê ele?”
– “Olha, dona VERA, eu deixei um cachorro aí com a ISAURA. E é o SANSÃO. Eu não erro essas coisas. Agora, se o bicho mudou de natureza eu não tenho nada com isso! Essas coisas acontecem!”
– “O que é isso, ZÉ? Cachorro virar gato? ‘Cê tá louco!?!?”
– “Dona VERA, pergunta pra ISAURA, ué?”
-“ZÉ, eu perguntei pra ISAURA, e ela disse que recebeu a gata. Falei forte, e ela respondeu que na outra casa onde trabalha, a dona levou o cachorro pra passear, e o bicho foi atropelado – coitado!
Então, ela comprou uma gata…. E, a ISAURA achou que eu tinha trocado o cachorro pela gata e não tinha contado. – e pegou a gata…. A Isaura acabou o serviço e já foi pro templo rezar…”
Enfim, trocaram os bichos e tudo voltou ao “normal”.
Menos o ZÉ, que já confundiu WHISKAS, comida pra gatos, com PEDIGREE – ração para cães, e deu um certo “frisson” na bicharada…
O ZÉ continua achando que cachorro pode virar gato e vice-versa. Afinal, como ele comentou, “Dona Angela, “tá todo mundo doido, e isso também é muito normal, né!!!!”
POSTAGEM ORIGINAL: 08/11/2025

OS EFEITOS DO “GOLPE DE 1964” TERMINARAM COM AS CONDENAÇÕES DE 11/09/2025!

Os conspiradores que tramaram romper a INSTITUCIONALIDADE durante o governo BOLSONARO, foram julgados e condenados pelo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, em 11 de setembro de 2025; encerrando de vez os efeitos e a memória histórica do GOLPE de 1964.
À luz do evento de 1964, restou o medo, que sempre pairou sobre a sociedade, de que permanecia, entre os militares, o desejo latente de insurreição e golpe; temido ao longo das décadas, inclusive após a CONSTITUIÇÃO DE 1988.
Nas intervenções muito bem documentadas, em reuniões onde a hipótese de GOLPE foram aventadas, os MINISTROS do EXÉRCITO e da AERONÁUTICA de BOLSONARO se recusaram a dar apoio a quaisquer rompimentos da legalidade.
Os dois ministros: o general MARCO ANTONIO FREIRE GOMES, e o tenente – brigadeiro CARLOS DE ALMEIDA BATISTA JR, segundo testemunhas, confrontaram o ex-presidente BOLSONARO, que estava em sala, no Palácio da Alvorada, e dirigindo a reunião realizada em 7/12/2022, onde foi aventada a hipótese de ruptura democrática, um golpe de Estado, para evitar que LULA, vencedor no pleito de 2022, assumisse o poder. Há provas disso.
O possível golpe foi sustado no coração do sistema militar. O que denota a solidez das INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS BRASILEIRAS, inclusive nas forças armadas.
Não importa o que venha a ocorrer daqui para frente. Se haverá diminuição de penas; ou cumprimento fora das grades; e mesmo que, no futuro, eventualmente haja anistia para os participantes. O fato é que nunca se imaginou militares de alta patente no banco dos réus; Generais e Almirantes presos preventivamente; e políticos e populares processados e presos por conspiração contra o ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.
O gesto efetivo de identificar, investigar, julgar e punir os principais responsáveis pela trama golpista, é o símbolo que faltava para a CONSOLIDAÇÃO DA DEMOCRACIA NO BRASIL.
Fazendo um paralelo sociológico, e utilizando a metodologia de MAX WEBER, na tese da acusação foi realizada a construção de um TIPO IDEAL para demonstrar todo o percurso do crime.
A linha seguida pelo SUPREMO foi traçar um histórico detalhado do processo golpista; incorporando cada momento e ato, o que revela com nítida clareza as intenções da somatória dos fatos. Não vou fazer digressões. Está tudo documentado; está nas mídias.
Por isso, a tese adotada pela PROMOTORIA e aceita pela maioria do SUPREMO, é a mais correta, sustentável, e lógica:
A CONSPIRAÇÃO GOLPISTA FOI UM PROCESSO DINÂMICO, QUE SEGUIU UM ENCADEAMENTO DE ATOS OBSERVÁVEL NO TEMPO, ONDE FICARAM EVIDENCIADOS E EXPLICADOS A CORRELAÇÃO ENTRE ATOS E FATOS DE MANEIRA LÓGICA, E COM OS PARTICIPANTES INEQUIVOCAMENTE IDENTIFICADOS NO DECORRER; E, TAMBÉM, FICOU DEMONSTRADO QUE AS RESPONSABILIDADES FORAM COMPARTILHADAS ENTRE OS IMPLICADOS. PORTANTO, CONFIGURANDO “FORMAÇÃO DE QUADRILHA”.
No entanto, mesmo considerando as preliminares, onde o juiz LUIZ FUX acusou a impertinência do foro – e foi contestado e não aceito -; e mesmo que seja verdade que não tenha havido tempo hábil para os advogados examinarem a imensa quantidade de material apensado ao auto. Ocorreu que a interpretação adotada por FUX, restritamente formal, concluiu não ter identificado culpas individualizadas. O que foi também contestado pelos outros integrantes da “PRIMEIRA TURMA”, e a maioria dos outros juízes da Corte.
Eu não sou advogado, e muito menos jurista. Mas talvez o DIREITO PENAL não tenha amplitude e instrumentos adequados para lidar com uma TRAMA POLÍTICO-CRIMINAL de tal envergadura? Ou teria FUX, à priori’, descartado a Formação de quadrilha?
Só quero entender como foi possível ter havido esse tipo de crime, sem ampla organização, o que demanda tempo, planejamento, e requer inúmeros implicados?
Mas, o crime houve, julgou o próprio FUX, que identificou dois culpados de alto coturno, o tenente – coronel MAURO CESAR BARBOSA CID, ajudante de ordens do ex-presidente BOLSONARO; e o general WALTER SOUZA BRAGA NETTO, que foi ministro da Casa Civil, e depois, entre 2021 e 2022, final do governo, o MINISTRO DA DEFESA.
Seria ingenuidade dizer que ambos não eram da convivência direta, e da irrestrita confiança de BOLSONARO! Eram, e foram condenados. Mas a quem “aproveitaria” um desfecho golpista?
Se aconteceu desse jeito, como foi possível FUX ter concordado que tenha havido tentativa de golpe não consumado, e livrar BOLSONARO, o verdadeiro beneficiário do golpe? É claro e nítido! Se não fosse, então quem assumiria o poder se o plano golpista tivesse dado certo?
É impossível não identificar mais envolvidos e corresponsáveis, por quaisquer dos métodos de análise! Os quatro outros juízes da TURMA afirmaram que LUIZ FUX deixou de considerar várias provas no percurso…. E vários integrantes do SUPREMO também criticaram a conclusão do JUIZ FUX.
A sociedade, e a extrema direita bolsonarista em particular, precisam compreender que um GOLPE DE ESTADO é, pura e simplesmente, a tentativa de alijar pela força os que não concordam com o desenrolar da política normal em uma democracia. Portanto, É USURPAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS E DA CIDADANIA de outros. É ilegal, imoral, ilegítimo e antiético!
As eleições que elegeram tanto BOLSONARO como LULA foram livres e honestas; realizadas através de urnas eletrônicas seguras; em campanhas políticas abertas nas ruas, ou pelas redes sociais; com imprensa e debates livres, e os direitos individuais respeitados. Os resultados foram, também, auditados e se deram dentro das margens de erro nas diversas pesquisas eleitorais realizadas.
Foram eleições legítimas. E não houve dúvidas sobre os vencedores. Assim como não há dúvidas de que as forças políticas antagônicas se equivalem, e os embates democráticos e legítimos continuam na sociedade e no CONGRESSO. Portanto, nada justificava pressões pela ruptura da democracia. Aliás, nada justifica. Nunca!
Digressão histórica relevante: a tese da ANISTIA AMPLA, GERAL e IRRESTRITA, votada em 1979, no governo do GENERAL FIGUEIREDO, foi considerada falha pela oposição da época. Porque foram perdoados torturadores e outros responsáveis por crimes cometidos pelo regime militar.
Segundo a tese da oposição, a prevalência da injustiça e da impunidade incentivaria golpes futuros. No entanto, no enfrentamento ao BOLSOGOLPE as INSTITUIÇÕES mantiveram-se firmes. Então, é também possível admitir que a ANISTIA POSSÍVEL, no final do regime militar, foi correta para o BRASIL.
O que não foi possível fazer depois de 15 de março de 1985, por absoluta falta de PODER REAL das oposições, na transição do regime militar para o civil, quando JOSÉ SARNEY sucedeu o general JOÃO BATISTA FIGUEIREDO;
Atos como investigar e julgar os responsáveis pelo golpe de 1964, e suas consequências; em 11 de setembro de 2025, ocorreram em absoluta normalidade no julgamento dos TRAMA GOLPISTA de BOLSONARO e asseclas.
Então, eu reafirmo: A LEI DA ANISTIA, DE 1979, se comprovou eficaz e funcional.
Hoje, apesar de TRUMP, da turbação internacional, da sociedade brasileira polarizada, da fragilidade do CONGRESSO, e da suposta sedição de EDUARDO BOLSONARO; o SISTEMA JUDICIAL prevaleceu. O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, liderado pelo JUIZ ALEXANDRE DE MORAES assumiu o caso, enfrentou resistências corajosamente, e deu o veredito.
Resumindo, agora é possível confirmar o acerto da LEI DE ANISTIA DE 1979, que trouxe a normalidade política, apesar das imperfeições.
E quando houve a recente TRAMA GOLPISTA, e as tentativas de subversão da DEMOCRACIA, os implicados diretos foram, e ainda estão sendo julgados, e vários já estão sendo punidos.
Em minha opinião, a eficiência da resposta das INSTITUIÇÕES às tramas golpistas, ajudaram a encerrar um capítulo da HISTÓRIA BRASILEIRA: os efeitos da memória e de 1964, foram encerrados em 11 de setembro de 2025. O GOLPE DE 1964 ACABOU 61 ANOS DEPOIS.
POSTAGEM ORIGINAL:13/09/2025

E EU ATÉ ACHAVA QUE SABIA PINTAR… E ATÉ ESCREVI UNS VERSOS SOBRE O QUADRO “A CIDADE E OS LIVROS”, QUE FOI “COMETIDO” EM MAIO DE 2012

ÁGUA QUE LAVRA FEITO LAVA;
ENCOBRE O ETERNO QUE NO PASSADO FICOU;
PERMANECE O HOMEM INCOMPLETO:
CONHECIMENTO, WEB, DESAMOR;
TUDO ESMAECE, EVAPORA, PASSA;
MUSEUS BROTARÃO EM CADA ESQUINA ;
A ESTANTE, O PAPEL, E A IMPERMANÊNCIA;
EM CHIP CONCENTRADOS:
MODERNA SINA
O SOLITÁRIO QUE NOS LIVROS NAVEGAVA,
CONTEMPLA A VIDA NO COMPUTADOR.
ABRAÇA O TEMPO ISOLADO EM SI;
HORROR PEQUENO;
PENSANDO BEM: TORPOR!
Não ficou tão ruim..
POSTAGEM ORIGINAL:16/09/2020
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ELIAS JABOUR – UM COMUNISTA DE VERDADE

VAMOS FALAR MUITO SÉRIO. QUEM NÃO ACOMPANHA ELIAS JABOUR NÃO ENTENDE 60% DO QUE É O BRASIL!
ELE É UM “COMUNISTA” , MAS NÃO COMO A VULGARIDADE INTERPRETA O QUE SERIA, NÉ Pierre MignacGerson PéricoNelson Rocha Dos SantosCesar LimaAdalberto GraciolliBeatriz TôrresGuto CapuchoReinaldo Azevedo@Walfrido Ward@
Ele vê a História como motora de um processo. E foge do ideologismo fácil. Tem noção ampla do que é o capitalismo e, principalmente, de como a CHINA procede.
O fato é o seguinte: a esquerda tem intelectuais produtivos e até orgânicos. A direita, não. Simplesmente porque a imensa maioria da direita não “pensa” o Brasil. Mas reage ao Brasil e ao futuro que não conhece.
Ainda bem que há gente como o Reinaldo AzevedoREINALDO AZEVEDO e o WALFRIDO WARDE, que são liberais mas pensam, dão voz e palavra ao diferente, ao maldito, ao heterodoxo pensador. Contrapor ideias a respeito de ideias organizadas, como sempre são as do ELIAS JABOUR.
Ser conservador é pensar em manter INSITIUIÇÕES e projeções CIVILIZATÓRIAS, e não ouvir a JOVEM PAN, ler a revista OESTE, ou, o que é um horror inevitável para mim, que moro do GUARUJÁ, ouvir certos comentaristas políticos empedrados, imobilizados por conteúdos intelectuais ausentes.
Se vocês quiserem entender o Brasil@Damaris Menon Do Espírito SantoFernanda TorresAntonio Augusto Souza LimaLiza Wehbe e outros que prezo, abram a mente – perscrutem outros comentaristas. O real está muito, mas muito mais acima!
Com Trump no calcanhar do Brasil, Jabbour pensa os modelos americano e chinês. Reconversa de Férias

EU E A T.F.P – A EXTREMA DIREITA CATÓLICA DO PASSADO

A extrema direita em geral sempre existiu. Vez por outra preponderou, mas talvez com menos visibilidade do que hoje.
Essa gente sempre me fascinou! São inabsorvíveis; sempre viveram em guetos específicos, fechados em si mesmos; porém, exportando alguns dos seus para o poder do momento.
Conheço um montão de histórias.
Eu sempre os li com muita curiosidade, perplexidade e certo desprezo. Durante a década de1970, havia os religiosos e os simplesmente reacionários. E, como hoje, pessoas que pretendiam ideologizar e representar a “Revolução de 1964” – quer dizer, o Golpe. Um deles, era o professor JORGE BOAVENTURA, que escrevia na FOLHA DE SÃO PAULO. Legou sua visão, por exemplo, para o ex-deputado ENEAS CARNEIRO. Mas deixa pra lá, por hoje.
BOAVENTURA rendeu para mim uma das “notas dez” que consegui na FFLCH, da USP, na cadeira da excelente professora MARIA LÚCIA, que nos ensinava sobre questões políticas brasileiras. Qualquer hora eu volto a este assunto.
Mas legal, mesmo, eram os religiosos integristas da TFP, A TRADIÇÃO, FAMÍLIA e PROPRIEDADE. Incomparáveis! Uma cabeça de ponte medieval em meio da modernização conservadora dos milicos de 1964.
Pois bem, lá por 1977/78, eu descobri onde os caras se reuniam para comer pizza. Era em uma padaria/pizzaria semi – xexelenta no começo da Av. Rangel Pestana, logo depois do largo da Concórdia, em São Paulo.
O dono lá só usava farinha autenticamente argentina. E PLÍNIO CORREIA DE OLIVEIRA, o aiatolá da TFP, ia lá com hora marcada e padaria com lugares reservados para que o velho reaça, et caterva, pudessem comer in – loco a tal pizza. Eu os vi. Bebiam comedidamente.
A TFP, para os que não a conhecem, era uma organização política fechada, de extrema direita religiosa. Eram católicos integristas; e funcionava como milícia militarizada. Vez por outra, saíam para as ruas fazendo passeatas. Todos de terno e cabelo cortado à escovinha – que voltou à moda, anos depois, por motivos puramente estéticos.
Os TEFEPISTAS portavam estandartes vermelhos. Urravam palavras de ordem execrando o comunismo. Era um RITUAL RIDÍCULO E MEDIEVAL. EXORCIZANTE, talvez.
Quando começou a guerrilha urbana, em 1968, depois da decretação do AI-5, os caras entraram em êxtase!
A modernização conservadora dos milicos era… progressista, urbana, industrial e capitalista. A TFP tinha a sua base social no mundo rural. E era, obviamente, contrária à reforma agrária; uma reivindicação popular contra a concentração de terras e propriedades nas mãos de poucos.
Porém, a revolução agrícola, da década de 1970 em diante, de certa forma inibiu as reformas na propriedade da terra. E, ao mesmo tempo, destruiu o poder da velha aristocracia rural! E sem a velha base social, a TFP mais ou menos encolheu-se no limbo da História brasileira.
Mas continuando, contei para alguns colegas e os incitei para irmos à tal padaria em grupo, e fazer observações sociológicas!!!! Quer dizer: pretexto para beber e concluir contra alvo tão óbvio.
Claro, eu já havia ido antes, umas duas vezes e sozinho, para ver o que rolava, e se dava pra beber. O chope era xoxo, e muitas vezes completado com “jacarés” – uma jarra cheia de sobras e espumas tiradas de chopes, que eles recuperavam e completavam as tulipas que iam saindo. Engodo, roubo mesmo…
Eu reclamei. Fui olhado como… tá, comunista – o que nunca fui, mas era… – se vocês me entendem. Comi a tal pizza. Achei palatável, porém nada demais. TIO SÉRGIO sempre gostou de sair da normalidade, ir para outros mundos, e ver o que rolava.
Bom, a minha turma na USP se recusou terminantemente! Não quiseram ir de maneira nenhuma! Houve, por parte dos mais chegados, a desconfiança de que eu, um… “esquerdizado não comunista”, portanto avis – rara na USP dos anos 1970, estava derivando para lados insalubres e imperdoáveis.
Eu não estava; jamais transgredi a tal ponto…
Anos depois, já estudando na FUNDAÇÃO CASPER LÍBERO, tive colega de classe, Mônica, excelente aluna, muito reprimida e excelente pessoa – foi, inclusive, em meu casamento -; e contou-me que o pai dela, militante direitista, era dono e alugava um casarão no Jardim São Bento para a TFP.
Aliás, até o final dos anos 1970, a FUNDAÇÃO CASPER LÍBERO E a “FOLHA DE DE SÃO PAULO” eram considerados “Diário Oficial da TFP”. Tive aula com alguns poucos professores saídos da “milícia medieval”. Aliás, foi por lá que o grupo LÍNGUA DE TRAPO criou e gravou o HINO OFICIAL DA T.F.P. Uma palhaçada sensacional, que desnudava o cerne do pensamento da “ORG”. Lembra disso@Ayrton Mugnaini Jr?
Anos depois, intermediando um negócio imobiliário tive contato com um advogado, aliás grande profissional, que também contribuía para a TRADIÇÃO, FAMÍLIA E PROPRIEDADE. Que, parece, está em remissão, entocada, mas ainda viva…
O Brasil melhorou muito. Mas, recaídas autoritárias estão sempre no radar dos que pensam e observam nossa política. Então, BOLSONARO e sua pretensa “cristandade” não me assustam. Porém, o que é muito marcante é a substituição das elites cristãs religiosas. Parece que estamos a caminho da troca dos católicos pelos evangélicos. E os católicos, mesmo os mais radicais, são mais cultos e estudados. E essa troca poderá trazer diferenças fundamentais na vida política e social do BRASIL.
POSTAGEM ORIGINAL: 13/08/2021

INCERTO SÁBADO À TARDE, EM 1973…

Eu me lembro com bastante nitidez de certo sábado, em 1973. Recordo a luminosidade daquele dia; deve sido entre e abril e maio.
Por motivo que não identifico claramente, eu estava tranquilo e feliz. Não alegre eu sei. Mas, desfrutando momento de rara completude. Palavra mágica e conclusiva.
Quase 50 anos se foram, mas aquele sábado reteve-se em mim.
Em 1973, ainda não existiam a WOP BOP ou a BARATOS AFINS, as duas lojas que fizeram história por conseguir congregar um certo público que curtia o UNDERGROUND, o ROCK e arredores.
Informações do exterior existiam, mesmo poucas e truncadas. Aguçavam desejos. Estavam condensadas em publicações como a ROLLING STONE, já circulando por aqui; e jornais alternativos onde esforçados jornalistas, como LUIZ CARLOS MACIEL, nos informavam sobre o novo “perenizado” pós a suposta revolução trazida por HIPPIES e a NOVA ESQUERDA INTELECTUAL. Claro, não durou o suficiente, mas deixou marcas não removidas – feito tatuagens.
Existiam grandes lojas que importavam, traziam discos e novidades. Mas eram tão caros como hoje é, e sempre foram…
Não consigo visualizar claramente se foi na BRUNO BLOIS ou na BRENO ROSSI, onde naquela tarde inesquecível comprei dois entre os discos de que mais gosto até hoje.
Eu já conhecia o BOB SEGER. Cantor potente, BLUESY e pesado. Teve dois SINGLES lançados por aqui, “2+2” e “RAMBLING GAMBLIN MAN”, estilingadas certeiras!
SEGER é uma espécie de antecessor de BRUCE SPRINGSTEEN, naquela coisa do americano solitário contra o sistema, e sempre “ON THE ROAD”; torturado pela imprecisão psicológica, feito um JAMES DEAN ou JIM MORRISON, que os antenados de minha geração conheceram. Vem daí o fascínio que me causou.
BOB chegou ao sucesso de verdade alguns anos depois, lá por 1977/1978, Mas, jamais fez álbum tão bom e consistente quanto “BACK IN 72”. O disco foi gravado no “MUSCLE SHOALS STUDIO”, onde a elite da SOUL MUSIC e do R&B gravava. Gente como ARETHA FRANKLIN, por exemplo.
Nesse álbum ele está acompanhado por craques, como J.J.CALE, JIMMY JOHNSON, BARRY BECKETT, DAVID HOOD e ROGER HAWKINS, para ficar no primeiro time. E mescla SOUL, R&B e ROCK com eficiência e sofisticação. É um grande e desconhecido disco, TIO SÉRGIO garante. Brilhando no fundo do poço do ROCK. Experimente.
Também me recordo de ter visto o disco de BOB SEGER e separado para comprar. Enquanto isso, rolava no PICK UP outro chegado naquele momento, o primeiro álbum do BLUE OYSTER CULT. Mais um Impacto fulminante. Míssil direto no cérebro e no corpo! Para mim, até hoje é o melhor disco que fizeram.
Está entre o HARD ROCK e o PROGRESSIVO. Tem pegada BLUESY, algumas novidades tecnológicas, como “delays” e outros “babados”; faixas interligadas e sem espaço, e dão sensação de continuidade, não importando as músicas que se sucedem.
O BLUE OYSTER CULT foi grande sucesso, na década de 1970. E fez outros discos bastante bons. É álbum bastante original de ROCK PESADO americano. Sim, claramente “Made in America”, como um CAPTAIN BEYOND e o KANSAS; ou o GRANDFUNK RAILROAD.
Um pouco antes, eu havia comprado o HUMBLE PIE – ROCK ON, de 1971. Eu lembro bem: estava aberto e foi no MUSEU DO DISCO. Os meus amigos SILVIO DEAN, FRED FRANCO JR. e ALDAHYR RAMOS, estavam lá!
A capa bizarramente americana não descreve o conteúdo magnífico. E a sequência é matadora: começa com SHINE ON, prossegue em altíssimo nível e repertório variado, expondo habilidades instrumentais e vocais de STEVE MARRIOTT e PETER FRAMPTON; e as performances corretas do baterista JERRY SHIRLEY e de GREG RIDLEY, no baixo.
O álbum vai do BLUES ao HARD ROCK em fogo crescente; explodindo feito vulcão. Não tem jeito de não empunhar um “AIR GUITAR” no final, quando FRAMPTON E MARRIOTT duelam e se complementam. E você jamais ouvirá ROLLING STONE, de MUDDY WATERS, em gravação tão precisa, empolgante e explosiva como aqui. É um dos melhores discos da década de 1970! Só isso! Obra de arte vibrante, incomparável!
Se você está ou esteve com uns 19 anos; e acha que a vida pode sorrir para sempre, observará que certas coisas e momentos marcam no “fundo profundo…”
Aproveitei para trazer outros discos que rodeavam o meu espírito, naqueles tempos. São parte e também motivos de a memória daquele inesquecível sábado me sequestrar até hoje.
Desejo a todos que tenham ou venham a ter experiência tão cativante…
Justificam viver!
POSTAGEM ORIGINAL REDEFINIDA : 06/08/2025
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FLORESTAN FERNANDES, SOCIÓLOGO – INTELECTUAL ÍNTEGRO E ÚTIL

O epíteto que arrumaram para ele não condiz. Se FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, que foi seu assistente, era conhecido como o “Príncipe dos Sociólogos” ( ridículo! ), então o Rei seria quem?
FLORESTAN era um homem de esquerda, mas não militante. Um teórico que sabia sobre o que ensinava. E ouvi de professores que tive formados por ele, que o mestre era inflexível na exigência de estudos e disciplina de aprendizagem.
FHC em seu recente livro de Memórias, “UM INTELECTUAL NA POLÍTICA”, conta que a politização da UNIVERSIDADE veio muito depois, e que FLORESTAN era um professor que trabalhava baseado em teorias e, principalmente, em pesquisas empíricas, de campo. E que só radicalizou-se em função do GOLPE de 1964 – aliás como todos os que sobreviveram, na FFLCH da USP. Eu sou discípulo direto intelectual e politicamente desses professores e daquela condicionante histórica.
O antropólogo AMADEU LANA, meu ex-professor e discípulo direto de FLORESTAN FERNANDES, certa vez disse humoradamente à classe, que aquele bando de “pós-hippies esquerdistas” ( nós ) não tínhamos ideia do que nos aconteceria se fôssemos alunos do mestre! Não haveria oba-oba, moleza ou badalação. Ficamos incrédulos e paralisados!
O professor FLORESTAN ensinava nos EUA quando estive na USP entre 1974 e 1979, do século passado ( pasmem rindo! ). Fui aluno por uns tempos de HELOÍSA FERNANDES, filha dele, e ótima professora da geração 68. FLORESTAN foi mito sem rito possível no meu tempo.
Mas o mundo roda e a pomba-gira!!!! ( que infâmia!!! )
Quando FHC foi eleito Presidente da República, em 1994, no dia da posse FLORESTAN, já Deputado Federal pelo PT, disse a ele a frase seminal: “EU NÃO CRIO GATOS, EU CRIO TIGRES”! ” Pois é, um sociólogo na Presidência do Brasil foi prova cabal!
Pouco tempo depois, foi descoberto um câncer de intestino do mestre FLORESTAN. FHC e todos os amigos, agora postos no governo, ofereceram ao professor tratamento diferenciado no exterior. Ele recusou. Não achava correto ter além do que a média do povo brasileiro teria – e ainda mais às custas do Estado! FERNANDO HENRIQUE também conta que pela vida inteira jamais chamou o velho mestre de “você”. Ele e seus alunos o chamavam de SENHOR!
FLORESTAN FERNANDES tinha caráter. E ser íntegro é pressuposto essencial para um MITO!
Que Deus o tenha. E a História o reverencie.
POSTAGEM ORIGINAL: 6/08/20218

JAQUES “KALEIDOSCÓPIO” GERSGORIN – O CRIATIVO ERRANTE

TIO SÉRGIO é um sujeito discreto. Uma espécie de satélite a vida inteira siderando o universo da música. Mas, profissionalmente, só entrei para valer em 1991, quando eu e meu “amigoirmão”, SILVIO DEAN, criamos a CITY RECORDS. E depois, a CITY MUSIC, com outro amigo nosso, Edison Batistella Jr, o JUNINHO.
Nesse percurso esburacado e divertido, eu convivi com dois radialistas de personalidades opostas, mas exuberantes! Fui amigo do CARLOS ALBERTO LOPES, o SOSSEGO que, acho, foi o primeiro a fazer um programa de rádio exclusivamente dedicado ao ROCK, em meados da década de 1960. De lá em diante, ele sofreu “incontáveis recaídas” – outros programas – mais ou menos reeditando o que fizera nos tempos áureos dos BEATLES, STONES, SEARCHERS, e outros um pouco anteriores, ou logo a frente.
O SOSSEGO se tornou amigo pessoal meu e do SILVIO. Ele nos ensinou a gostar do ROCK clássico.
O purgatório com certeza já o liberou; e sua voz de autofalante “TWITER”, língua ferina e vasto conhecimento do mundo da música, devem estar catequisando anjos, querubins, e outros nem tanto… Que DEUS O TENHA – ou melhor: o “RETENHA”!
O JAQUES GERSGORIN foi outro personagem carismático que passou por minha vida. Aconteceu uns vinte e cinco anos antes de abrir as lojas. Lá por 1977, se bem recordo. Era um carioca de sotaque expressivo, identificável; libertário convicto; homem criativo, que borbulhava ideias. O apresentador adequado para um programa de vanguarda e sem roteiro.
Foi mais ou menos o seguinte: da mesma forma que o Claudio Finzi Foá, e outros por aqui, eu fui atraído por aquele programa de rádio suis-generis, o KALEIDOSCÓPIO, que ia ao ar tarde da noite, diariamente, e tocava, digamos, a “CRISTA DA ONDA” – ooopppsss! – do ROCK PROGRESSIVO, e adjacências!!! Coisas não imagináveis em outras rádios da época!
Eu já gostava, comprava, e colecionava discos não convencionais. Incerta noite, em vez de ir para casa, fui até a RÁDIO AMÉRICA, em VILA MARIANA, São Paulo, e perguntei ao porteiro se poderia falar com o JAQUES. Ele deixou. O KALEIDOSCÓPIO estava no ar, as músicas longas, e no fundo do estúdio enorme estava sentado frente ao microfone a mesma imagem hoje lendária.
Fiquei esperando ele se manifestar. No intervalo, JAQUES me recebeu cordialmente, mas sem efusividade. Entre as músicas, conversamos; eu disse platitudes, o que fazia, onde estudava, e perguntei se de alguma forma poderia colaborar, sei lá, fazer., sugerir ou trazer algum disco para ir ao “AR”. Ou voltar e “assistir” ao programa ao vivo, novamente?
Ele apenas disse: “tudo bem, traz aí, e a gente vê…”
Na década de 1970, era comum estudantes, ou gente com pretensões intelectuais, frequentar o CINE MARACHÁ às sextas feiras à noite. Lá, exibiam filmes de arte, ou não convencionais. Eu estava na fila com o meu amigo SILVIO, quando um sujeito discreto, e de óculos, entregou um panfleto de nova loja de discos que seria aberta na, hoje, Galeria do ROCK. Era o Rene Ferri. E a loja era a histórica WOOP-BOP!. Uns dias depois, fui visitar! Caí de costas!!! Só discos importados sensacionais! Virei cliente.
Eu já estava meio entrosado com o JAQUES, e falei sobre o RENE, a loja, etc…
E ele respondeu: “Pô, convida o cara para eu entrevistá-lo, no KALEIDOSCÓPIO. Fui lá, e marquei. O RENE apareceu de terno e gravata…. 😀😀🤣🤣! O JACQUES fez uma baita entrevista como ele, levantou a bola, e apresentou a loja para a galera!!!
Aos poucos, comecei a trazer alguns K7s, feitos com ajuda de meu amigo PAULINHO CALDEIRA. Gravei músicas que achava legais. Quando o JAQUES gostava, incluía na programação. Ele era razoavelmente eclético. O foco estava no PROGRESSIVO, mas rolava HARD ROCK, alguns cantores fora de esquadro como MICHAEL MURPHY. E, sempre, LED ZEPPELIN, o PREMIATA FORNERIA MARCONI, VAN DER GRAAF GENERATOR, e um progressivo venezuelano muito legal chamado VYTAS BRENNER (na foto).
Ah, ele gostava e tocava o disco de LUIZA MARIA, também na foto, uma loira espetacular; cantora de timbre grave, que gravou um bom álbum acompanhada pelos MUTANTES.
O JAQUES tinha domínio e noção total do que devia tocar. Orientava o técnico de som para fazer MIXAGENS. Marcava os discos com “giz de alfaiate”, para o técnico interromper a música em ponto mais ou menos preciso, “emendando” outro disco em outro pick-up, mantendo clima e o balanço do que ia ao ar.
Acreditem: é uma arte!
Na rádio havia um imenso PASTOR ALEMÃO, vez por outra entorpecido pela fumaça dos cigarros de maconha (que eu odeio!) Maldade carinhosa, que deixava o bicho dócil.
Sempre aparecia por lá o produtor PENINHA SCHMIDT, amigo do JAQUES. Certa vez, conversei com o WALTER FRANCO. Em outra noite, observei o SÉRGIO DIAS BATISTA, dos MUTANTES, ouvindo atentamente o primeiro disco solo de JON ANDERSON, do YES, 1976.
Durante certo tempo, convenci o JAQUES a fazer uma hora de BLUES, de 15 EM 15 dias, às sextas feiras. Mas ele não gostava de BLUES. Achava monótono e repetitivo. Porém, delegou para eu fazer a seleção musical de um programa que ia ao ar nos sábados, antes do KALEIDOSCÓPIO. Eu dei um ar mais dançável, misturando alguma MPB de qualidade. Tocava CAETANO, GIL pelaí; juntava com ROCK, POP, etc… Algumas vezes, selecionei “VOCÊ ME ACENDE”, um FUNK ultra pesado, e faixa solo do CORNÉLIUS, vocalista do MADE IN BRASIL. E assim, eu aquecia o ambiente para o JAQUES, e o KALEIDOSCÓPIO entrarem!
Fizemos essas coisas informalmente por quase um ano. E, por causa de uma bobagem, nos desentendemos. Rompemos. Ele seguiu carreira em outra rádio; mudou-se para Goiânia e, depois, foi pro mundo – errático e libertário que sempre foi.
Nos reencontramos anos atrás, aqui no FACEBOOK. Rimos do assunto no privado, e reatamos.
Um dos anunciantes da rádio AMÉRICA era a DIMEP, famosa fábrica de relógios de ponto, e outras funcionalidades. Hoje, produz sistemas correlatos complexos. O JAQUES precisava dar a hora certa o tempo inteiro, e odiava fazer isso, portanto:
“SÃO 21 HORAS e CENTO E OITENTA MINUTOS”! FAZ A CONTA AÍ PÔ” …
POSTAGEM ORIGINAL: 29/07/2025

FEIJOADA? EU GOSTO!!!

No Guarujá existe um restaurante muito popular e tradicional chamado PANELA VELHA.
SÉRGIO REIS cantou os benefícios das caçarolas e suas parentes, em metáfora com o “sabor” das mulheres mais velhas, experientes, afirmando que se faz com elas comida boa.
Ahhn, nem sempre…
O restaurante é, para o meu gosto, agradável de ficar. Eu aprecio lugares simples, com atendimento simpático, bebidas geladas e comida honesta.
Gosto, também, de comer e beber sozinho acompanhado por um livro ou jornais. Sou amigo de botecos.
O PANELA é um desses lugares onde mais ou menos tudo funciona…
Mais ou menos. A comida transita entre o razoável e o medíocre; viés gastronômico é de baixa.
Quarta feira passada fui, sozinho, enfrentar uma feijoada. Prato popularíssimo da casa, pela quantidade oferecida, e o número de pessoas por lá comendo.
Bom, vou comentar: a dos caras deixa e sempre deixou a desejar, apesar do sucesso de público.Eu cozinho e gosto de cozinhar, portanto sei que não há justificativas para certos pratos serem mal feitos. A feijoada é um deles.
O que é uma feijoada além de um ensopado de feijão com carnes de porco e boi, temperados por ervas e condimentos do cotidiano, e acompanhado por couve, farofa, arroz e um bom molho?
Este, aliás, tem de ser um dos pontos fortes, senão desmerece; não ressalta o sabor.
Eu tenho uma receita básica: Depois dos procedimentos para dessalgar, coloco o feijão e os pertences numa panela de pressão com cebola, alho, cebolinha, louro e um pouco de sal.
Cozinho tudo junto; frito nada. Eu acho que dá certo e agrega sabor ao feijão, temperado por todos os ingredientes e tudo junto ao mesmo tempo na hora. O feijão fica divino – pelo menos no conceito do tio Sérgio.
O molho eu faço com pimenta dedo de moça, retirando um pouco das sementes; agrego louro, alho, cebola, cebolinha e limão para dar o acento final. Misturo tudo isto com o caldo do feijão; e pronto.
Um contêiner de cervejas e a perplexidade de nossas mulheres acompanham o banquete . Mas, a caipirinha e a trilha sonora garantem o prazer final. É fácil e muito eficaz.
POSTAGEM ORIGINAL: 15/07/02017