A BENDITA CHUVA SOBRE SÃO PAULO

Aqui, na Praça da Árvore, bairro de MIRANDÓPOLIS, em São Paulo, nesse 13 de fevereiro de 2014, à 14 horas, está chovendo pra caramba!

São Pedro eliminou a burocracia e liberou o alvará para mandar água pra valer em cima da gente! Nós precisamos, e todos merecemos! Calor insuportável!

Eu moro aqui desde o início de janeiro de 2014, e é a primeira vez que chove o necessário. Deu uma ligeira arrefecida e eu abri janela para ventilar um pouco. O calor é bravo, incontido, meio que transformado em abafamento – se é que é assim que a coisa se processa.

Existem duas árvores magníficas em minha frente. Uma delas sacode tanto que parece uma ala de escola de samba mal ensaiada: todo mundo bêbado. Talvez lembre, também, um bando de manifestantes frente à polícia – que seria a outra árvore, contida, vigilante, meio impávida, até ser provocada…

Depois, tudo parou; e só água nelas, sem o vento para dar o clima, a beleza e o movimento. O fato é que choveu e muito – e ainda está chovendo. Um bom indício para que a cidade retome o seu lado mais aprazível, seu quê civilizado. Que seja bem vinda essa água benta. Mas, sem o dilúvio destrutivo que, vez por outra, nos atinge.
Rezar, torcer, e conformar-se. Água é vida.
Texto original, 13/02/2014

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4Marina Von Glehn Paes, Rosa Maria Paula Monteiro e outras 2 pessoas

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CONSCIÊNCIA POLÍTICA E POLARIZAÇÃO

Em política raramente alguém é convencido através de argumentos racionais. A pessoa se torna de esquerda, ou direita, por um insight, um impulso, uma tendência pessoal.

Tem pouco a ver com o caráter, ou construção bem pensada sobre as ideias “lógicas e conscientes”, de quem assume posição entre as diversas posições políticas possíveis. Acho isso bem possível,

principalmente em tempos de polarização e radicalização, como atualmente.

Há santos e canalhas em quaisquer espectros e visões políticas.

Quando eu era jovem, achava impossível alguém de esquerda ser canalha!

Pura ingenuidade! Eu estava errado. A canalhice abunda, porque humana e incrustada no caráter do individuo.

Os bandidos tendem a existir em maior número militando à direita, pelo fato simples de que o individualismo e a eventual defesa dos próprios interesses podem aparecer mais nitidamente.

O que nem sempre é uma posição desonesta, mas pode ser facilmente confundida com falta de compostura e outras mazelas.

Na esquerda, a manipulação feita pelos pulhas é menos distinguível, porque a mística da defesa dos mais fracos, da solidariedade, e do combate à injustiça social atrai quase todo mundo; e principalmente os mais jovens. Já que, por definição, é causa eticamente correta, e idealista.

Em épocas de crise ou radicalização política, cada um procura o seu ninho, e o aconchego das certezas pré – estabelecidas. Quem apoia a esquerda, vota no mal menor à esquerda porque simplesmente está à esquerda. E isto vale para a direita, também. Ou será que os votos dados ao MALUF, no COLLOR e recentemente no BOLSONARO existiram porque os três são flores que perfumam nossos jardins?

O diabo, claro, se abriga nos detalhes.

No Brasil, tentou-se igualar o PSDB ao PT, alegando que nos dois há corruptos (o que é verdade), mas esquecendo o fato de que, pela primeira vez na história brasileira, houve uma conspiração para manter o partido (PT) e sua ideologia, através de DILMA ROUSSEFF, no poder a qualquer custo.

A sentença que condenou os réus do mensalão fala disso. Talvez se encontre em alguma investigação atos subversivos do PSDB nesse sentido. Até agora, não!. E é aí que o PT coabita com os demônios e não o PSDB.

Venho escrevendo, respondendo, debatendo com muita gente aqui, na rede. Para cada fato citado há um contra-argumento geralmente baseado em adjetivos, tangenciando o fato principal.

Ou seja, contra fatos não há contraposição de argumentos, mas uso de versões criadas para negar a existência ou a legitimidade dos fatos puros.

É comum respostas como ” O mensalão não existiu” ; “o PSDB fez a mesma coisa”. “É da política, não tem jeito”. Tudo sempre eivado por ideologia – o que é legítimo e até desejável.

Mas, no caso revela o quanto o subjetivo habita o nosso dia-a-dia, principalmente na política e na economia, onde precisamos de mais objetividade para um consenso mínimo necessário para administrar o país.

Porém, como a REGRA no BRASIL é a EXCEÇÃO ÉTICA; em 2022 vimos a EXTREMA DIREITA fazer a mesma coisa que fez o PT: fraudar, prevaricar, roubar para manter o poder.

E com agravante inédito nos últimos 45 anos: a tentativa de GOLPE DE ESTADO, em 8 de janeiro de 2023.

Sim, existem pecados mortais no SUL DO EQUADOR! E não basta rezar, para evitar a extrema unção…

Enquanto a polarização política determinar o cotidiano da atuação política não haverá solução…
Texto original 13/02/2023

HISTÓRIAS DA GLOBALIZAÇÃO QUE O TIO SÉRGIO SABE E VIU

 

1) Uns cinco anos atrás, a tradicional RÁDIO BANDEIRANTES fez matéria longa no “AMPARO MATERNAL”, hospital público famoso, antigo e peculiar da cidade de São Paulo, que trata de gestantes, mães solteiras, e quem mais o procurar.

Pois, bem; A repórter entrevistou uma CIDADÃ de ANGOLA, JORNALISTA DE EMPRESA DE SEU GOVERNO que, pela segunda vez, veio ao BRASIL para ter o filho em nosso Hospital!

Ela estava satisfeitíssima com o atendimento, serviço e etc… Na mesma entrevista, a repórter identificou outras várias estrangeiras em situação semelhante…

Quer dizer, o nosso tão criticado SUS, que anos depois demonstrou enorme valia e competência durante a pandemia de COVID, era desfrutado gratuitamente por gente com posses vindas de outros países, que eram aliados políticos dos governos petistas.

Quer dizer, falta verba para a saúde da população do Brasil, mas sobrava para fazer populismo externo.

2) Grande amigo meu foi passar 3 meses na Inglaterra e hospedou-se em casa de família cadastrada para receber estudantes em intercâmbio. A ração diária era regulada. E tudo muito apertado com o contratado.

Certo dia, ele deixou um dedo de leite no copo. Nos dias seguintes, a mesma quantidade foi descontada de seu copo diário…Voltou magérrimo e a primeira coisa que pediu quando chegou foi carne e massa em quantidade…

3) Casamento. A noiva, de família abastada de São Paulo, casou-se com rapaz inglês de classe média. Vieram os pais do noivo, gente simpática e trabalhadora de Londres… faltava visivelmente um dente na boca da mãe do noivo… e com toda a tradição de serviço de saúde pública dos ingleses…

O BREXIT teve a ver com isso, também: faltavam recursos para a população local, enquanto o país globalizava seu mercado interno de trabalho, e recebia imigrantes e refugiados de guerras e tragédias humanitárias na ÁFRICA e no ORIENTE MÉDIO …

4) Esposa de outro amigo é dentista e tem consultório na periferia de São Paulo. Contou que tem dois ou três clientes que vêm dos EUA para tratar os dentes com ela… No mundo rico isso é caríssimo, e também não tem para todos…

5) Conhecida minha emigrou legalmente para a Alemanha para estudar. Casou-se e teve filhos por lá. Mora em padrão bem abaixo do que desfrutava por aqui.

Ela vem ao Brasil e traz os filhos para cuidar dos dentes e outros procedimentos mais sofisticados. Na social-democracia alemã as coisas são mais difíceis…

Tudo isso para tentar entender um pouco os que acham o globalismo um problema para suas sobrevivências. E alguns porquês do nacionalismo e da xenofobia.

A vida em países mais igualitários é medida em conta-gotas. Os serviços públicos são enxutos e o mais exatos possível. Não há sobras para serem distribuídas.

É impensável ocorrer por lá o que há por aqui, como no caso do AMPARO MATERNAL e outros. Somos pobres e nada frugais com os poucos recursos que detemos. O que faz faltar para os “nossos” pobres e necessitados.

O globalismo é uma ideia humanista e humanitária sofisticada. Um ideal desde os tempos da expansão das navegações, no século XVI. E é correto que continue se expandindo.

Receber imigrantes e refugiados é uma questão de civilidade e ética.

Mas, quais os limites que o bom senso impõe? Claramente é problema que a ONU deveria ter obrigação de organuzar e até intervir. Mas…

Vocês entendem o por quê político desse “contra fluxo civilizatório”? Compreendem melhor o significado do TRUMP, e de outros governos conservadores, despóticos ou não?
Postagem original em 09/02/2020

PRIVATIZAÇÃO: QUANTO VALE A “VALE DO RIO DOCE”?

“Quanto vale a Vale?

Outro mito é de que vendemos nossas empresas “a preço de banana”. A Vale, por exemplo, foi entregue ao capital privado por menos 3,4 bilhões de dólares, sendo que hoje ela vale US$190 bilhões! Realmente ultrajante se visto de longe, mas pior ainda se visto de perto.

O que há para se ver de perto? Primeiro que é ridículo analisar o preço de uma companhia hoje com quando ela foi vendida. A Vale do Rio Doce valia, em 1997, por volta de 9 bilhões, com a estimativa mais otimista colocando o valor de mercado da empresa em 10,3 bilhões de dólares – valor usado pelo governo. Mais que isso: a venda do controle acionário foi acompanhada de uma transferência da estonteante dívida de 4 bilhões de dólares! 7,3 bilhões ainda parece pouco? Isso equivalia, na época, a 7,4 bilhões de reais. A inflação acumulada entre 1997 e 2014 foi 178,66%, o que corresponderia a 20.5 bilhões de reais atuais, dos 28 bilhões que a empresa valia. E quanto às reservas da Vale, a capacidade produtiva? A empresa tinha o lucro pífio de 756 milhões de reais – 49 vezes menos do que hoje -, e o ferro, maior fonte de receita da empresa, valia em 1997 apenas 17% do que vale hoje!

A Vale não só valia muito pouco como foi vendida por muito. E as outras empresas? A Embraer era deficitária, a Telebrás não possuía infraestrutura alguma, a CSN produzia quase nada e empresas como Fosfértil, Goiasfértil, Ultrafértil (!) e COBRA eram tão economicamente irrelevantes que você provavelmente nunca ouviu falar. A Telebrás foi vendida por 22 bilhões de reais e as licenças de operação para outras operadoras foram vendidas por 45 bilhões de reais. A Eletropaulo e outras companhias de distribuição elétrica foram vendidas por 22 bilhões de dólares. Bom seria se mais coisas por aqui tivessem esse precinho de banana.”

“MODELO TIO SÉRGIO” PARA REORGANIZAÇÃO DAS EMPRESAS ESTATAIS E O CRESCIMENTO DA ECONOMIA.

1) Mantenho três bancos sob influência do Estado, mas com ações nas bolsas do mundo todo: Caixa Econômica para regular financiamentos imobiliários. Banco do Brasil, para a Agricultura, e BNDES para fomentar a indústria;

2) Privatização. Boto pra vender no mercado, principalmente internacional, todas as companhias estatais possíveis;

3) Privatizo, aos poucos, o controle acionário da Petrobras, mas mantenho uma golden share nas mãos do Estado;

4) Ações de boas empresas ainda nas mãos do Estado eu as alocaria em uma Secretaria Especial de Controle.

5) Tentaria passar no Congresso uma lei que permitisse que as ações de Estatais e outras em mãos da Secretaria Especial, pudessem servir como aval para o BNDES buscar dinheiro fora do país e emprestá-lo para empresas operando no Brasil. Com isso, tiraríamos dinheiro dos impostos da jogada;

6) Privatizaria propriedades imóveis desnecessárias e venderia tudo que não pudesse ter utilidade direta para o país nos próximos 20 anos…

7) O produto de tudo isso iriA abater a dívida interna e manter a inflação e os juros baixos.

😎 Se desse certo, o Brasil seria a bola da vez por muito e muito tempo, o que nos tornaria uma potência econômica;

9) Focaria o governo para a justiça social e suas adjacências democráticas: educação, saúde, meio ambiente, segurança e o vasto etc… que compõem a função de qualquer governo e sociedade democráticos, modernos e decentes.

10) Reequiparia as forças armadas focando a defesa e a prevenção. Se o país crescer vamos precisar nos proteger preventivamente. Daríamos exemplo de convivência internacional madura e participativa e não intervencionista. Porém, mostrando os dentes para quaisquer hipotéticos aventureiros.
TALVEZ?
Postagem original 10/02/2023

MEMÓRIAS ALGO RESIDUAIS: ALMIZADES

Gosto muito de meus amigos e amigas. De todos eles. Amizade pressupõe seleção; portanto vontade, tolerância e afeto combinados em atos sucessivos que constroem relacionamentos.

Eu sou um cara contido, não necessariamente tímido, mas preocupado o tempo inteiro em ser claro, não ferir, dizer o necessário e o que considero importante para ser compreendido e compreender.

Eu sou meio chato com a escrita, gosto que seja bem feita – é uma pretensão e uma exigência pessoal nem sempre alcançada. Afinal, quem consegue escrever direito nesta nossa língua, não é mesmo?

Mas, é assim. Eu gosto de polêmicas, discutir ideias e participar das divergências construtivas. E quase sempre consigo com meus amigos e interlocutores como o Silvio, o Valdir Zamboni, Sérgio Cardoso, Cesar Lima, Nelson Rocha dos Santos, Fábio Góis, Gerson Périco entre vários.

E sinto falta absoluta do Naiff, do Aldahyr e do Betão. Todos acrescentam, mesmo os que não estão mais aqui, já que intuo o que pensariam sobre o quê penso.

No entanto, e não sei se é defeito ou atributo favorável, passo o tempo todo perscrutando fronteiras: veemência x prepotência; ambição x obsessão; e, hoje, justiça versus justiçamento. Não me sinto acuado mas, confesso, me percebo vigilante e pouco natural em meus movimentos pela cidade. Talvez seja normal.

Todos refletimos de um jeito ou de outro as vivências do dia-a-dia. Eu me sinto mais conservador, menos ousado. No fundo, sempre fui mais ou menos assim: é atitude de autodefesa, e um jeito de ser em ambientes nem sempre hospitaleiros.

Mas, por que estou escrevendo tudo isso? Talvez para me entrosar com vocês todos; sei lá, tangenciar para convergir, estar mais próximo, mais vivo, menos passivo. Tentar alcançar o sentido mais correto do que todos vocês pensam e me comunicam.

Agora, chega. Afinal, não sou muito fã do JOHN LENNON e nem do MILTON NASCIMENTO.

PORTANTO, DA PIEGUICE EU FUJO!!!
TEXTO ORIGINAL 11/02/2023