JERRY LEE LEWIS: ISCA DE ENCRENCAS E TALENTO ESFUZIANTE!

E O SHOW EM SÃO PAULO.
E O ENCONTRO NADA CIVILIZADO ENTRE DUAS TORCIDAS QUE O TIO SÉRGIO PRESENCIOU!
Nunca fui de briga.
Sou um sujeito light e diplomático. Da turma do deixa isso pra lá…
Passei minha vida negociando, construindo convivências e conveniências, sempre levando em conta o lado do carneiro…
Mas, dialogando com a onça pra ver se ela se interessava por um gambá, digamos… ou, quem sabe, por uma saladinha de tomates e alface… essas coisas, em vez do pacífico bichinho e seu balido solitário.
Mas, tio SÉRGIO, What Porra Was That?
Você era arregão?
Eu diria que fui e sou profissional da “Porrada Interrompida”. Um administrador de contrariedades. Muito comuns entre condôminos, ou proprietários e inquilinos.
E sempre quando o ápice do impasse culmina para a porrada, lá vou eu ver se dá pra contornar, deixar a coisa menos brusca, acomodar…
Convenhamos: é melhor do que um “coito interrompido”. Mas, na linguagem explícita e não candente da molecada de hoje, não sou “Corta Foda”.
Assisti a uma das grandes brigas em campo de futebol do meu tempo. Foi em jogo do NACIONAL ATLÉTICO CLUBE, time hoje quase inexistente, mas que defendia sua honra em um estádio razoável, na Barra Funda, àquela época um bairro operário de SAMPA.
Era a final do campeonato da segunda divisão, lá por 1969, sei lá…
Fomos assistir eu e o meu “primo/irmão” BETÃO, levados pelo tio ANTONIO GARINI, o TONICO, jornalista que virou nome de rua.
Tudo corria mal, muito mal, quando de repente eclodiu bacobufo generalizado.
Começou dentro do gramado e, como bomba de napalm, espalhou-se e incendiou arquibancadas, etc…
Só foi contido quando chegou a polícia, instituição especializada em transformar briga de rua em guerra fratricida… e botou pra quebrar.
Não fugiu de minha memória o huno barrigudo sentado no topo do alambrado, que cobria de porrada e porretadas qualquer um que se aproximasse.
Até que, derrubado por uma facção de torcedores, teve a bunda chutada, ritmicamente, por uns 5 minutos enquanto tentava escapar.
Não conseguiu…foi resgatado pela milicada, que aproveitou para “crisma-lo” para ver se acalmava…hum!!!!
E agora o inesquecível JERRY LEE LEWIS!
Postei o que tenho dele. É pouco. Há mais, muito, muito, muito mais por aí. Inclusive uma fase “COUNTRY” esplendorosa e sensacional que ainda não consegui.
Talvez algum dia eu procure as edições feitas pela BEAR FAMILY RECORDS, completas, totalizantes, e que fazem jus ao grande, anárquico, “evolucionário” artista que JERRY foi.
Ele continua vivo. Que permaneça.
Postei três CDS importantes, e dois vídeos legais. Hoje, para mim bastam. Mas, insisto: é pouco para tanta obra e legado.
O filme sobre sua vida, “GREAT BALLS OF FIRE”, é sensacional. Não deixa de lado os podres, mesmo que suavizados. Inclusive sua relação quasi – incestuosa com a prima pré adolescente que sequestrou e com quem casou-se. E cita seu primo, o famoso pastor tele-evangelista fundamental no “Hospício do Norte”, JIMMY SWAGGART.
O filme é imprescindível para os que se interessam pelo ROCK AND ROLL VINTAGE.
JERRY LEE LEWIS foi um dos grandes integradores do COUNTRY e do RHYTHM´N´BLUES na formação do ROCK AND ROLL. Pianista criativo, excelente cantor, fundiu os dois gêneros com a expressão do ritmo negro na mão esquerda; e a melodia branca, country, tocada com a mão direita!!!
FUSION PURO E INAUGURAL!
Pois, é; a última encrenca de que me recordo foi no SHOW que JERRY LEE LEWIS deu em SAMPA, talvez uns 25 anos atrás! O PALACE, casa de shows que não existe mais, no bairro de MOEMA, estava cheio.
A banda segurava o foguete, enquanto a produção tentava trazer JERRY LEE para o palco. Ele estava “bebasso”, e demorou a eternidade!!!
A plateia estava indócil, xingando, gritando. Havia muita gente tão bêbada e drogada quando o astro.
Em certo momento, entra o JERRY. Senta-se ao piano e detona, do jeito que conseguiu, uma sequência de seus clássicos.
A turba reagiu empaticamente, dançando, gritando; alguns tentando invadir o palco, e sendo impedidos.
Em meio ao furdunço, um guapo etilizado suspendeu a namorada no ombro. Tampou geral a visão dos “hooligans” em volta…
As consequências vieram imediatamente. Uns sujeitos reclamaram na base da grossura. Mas, nem a bunda desceu do ombro, e nem os braços do namorado recolocaram a bunda e a moça no chão…
E, não deu outra: alguém tascou certeira dedada no centro do rabo da menina, que ainda estava suspenso no pescoço do cara.
Um berro! xingamentos e o pau cantou perto de mim. E mais alto do que o JERRY LEE!!!!!
Separa daqui, tira de lá; enquanto os seguranças distribuíam fartamente pescoções, porradas e chutes. Um festival de MMA ao som de ROCK AND ROLL.
Um monte de gente foi “convencida” a se retirar…
O show inteiro durou menos do que uma hora. JERRY saiu de cena sob protestos generalizados. A banda procurou manter o clima, com o baixista tentando cantar, etc. e tal.
Resumo: foi uma merda!
Inesquecível merda para esses nada tristes trópicos…
Imperdível. E, por sorte eu estava lá!

POSTAGEM ORIGINAL: 23/06/2022Pode ser uma imagem de 2 pessoas

E.C.M RECORDS: A MÚSICA ESPETACULAR PRODUZIDA POR ESTA GRAVADORA SEMINAL

E.C.M. significa “EDITIONS of CONTEMPORARY MUSIC”. É uma gravadora fundada na Alemanha em 1972, por um músico chamado MANFRED EICHER, que se tornou um dos produtores mais originais, criativos e perfeitos da história da música.
Curiosamente, se estabeleceu e opera na NORUEGA, em OSLO, de onde por um desses “não sei o quê” da vida elaborou uma sonoridade única, que perpassa por mais de 1500 discos, todos no mínimo bons ou interessantes; e muitos e muitos excelentes ou até geniais!
Descolar o maior número possível desses discos inclassificáveis, é um dos projetos de vida que persigo. Já tenho vários, talvez uns 5% do já lançado. Portanto, não vai dar.
E qual é o segredo de EICHER, um dos caras que mais admiro, para não dizer que o invejo descaradamente?
Em linhas gerais, MANFRED procura artistas mundo afora que tenham essa magia indefinível; um certo charme e sonoridade que ele trabalha, produz, refina, e grava. E, muitas vezes combina com outros músicos que, aparentemente, têm pouco a ver uns com os outros.
Exemplo típico e encontrável com certa facilidade no Brasil, é o CD “MÁGICO e CARTA DE AMOR”, de EGBERTO GISMONTI, com o saxofonista tcheco JAN GARBAREK e o baixista americano CHARLIE HADEN. É a gravação feita em 1981 de um concerto ao vivo em Munique.
É JAZZ ou sei lá o quê de excepcional beleza e qualidade.
O resultado dessas “COALISÕES/COLISÕES” que ele promoveu às dezenas, sempre música peculiar, belíssima e “indefinivelmente identificável” com a sonoridade da gravadora. Artistas que gravam na ECM produzem um som distinto e inigualável!
A ECM gravadora prospecta por este planeta afora.
Do Brasil veio GISMONTI, pianista, violonista e compositor dos mais originais, que grava por lá desde o início dos 1970. E, também é HIT da gravadora o percursionista NANÁ VASCONCELOS.
KEITH JARRET, pianista inglês e estilista ícone, foi refinado pelo bom gosto e competência de MANFRED EICHER, e está na gravadora desde o início.
Há, também, americanos sofisticadíssimos, como os grupos OREGON e ART ENSEMBLE OF CHICAGO.
A maestrina CARLA BLEY concebeu na E.C.M. o magistral “ESCALATOR OVER THE HILL”, reunindo penca de estrelas por centímetro quadrado de partitura e palco…
Eu costumo definir a música da E.C.M., como “fria”. E talvez não seja a definição perfeita. Mas, para vocês aguçarem a percepção, imaginem que o JAZZ LATINO de DIZZY GILESPIE, GONÇALO RUBALCABA e GATO BARBIERI; o ROCK de CARLOS SANTANA, e mesmo a FUSION CUBANA do BUENA VISTA SOCIAL CLUB sejam quentes como o SAMBA JAZZ BRASILEIRO, a BOSSA NOVA e a MPB contemporânea sofisticada.
Em oposição a isto você tem o JAZZ EUROPEU, mais EXPERIMENTAL e CEREBRAL.
E a E.C.M. flerta com a sofisticação europeia no JAZZ e no CLÁSSICO CONTEMPORÂNEO. E aposta em novos artistas de lugares menos badalados como a Polônia, a Bulgária, e os países nórdicos em geral.
Outro foco da gravadora é investir em uma espécie de “FOLK-JAZZ-NEW AGE”, se é que isto existe…, onde combina experimentações, música concreta, ritmos não convencionais, e etc…, tudo “amornado” e consolidado por beleza melódica e harmônica. A produção de EICHER é sempre bem controlada, e profundamente instigante.
Então, eu recomendo que vocês escutem “AMERICAN GARAGE”, de PAT METHENY. É disco primoroso, contidamente alegre, gravado em meados dos anos 1970.
Procurem ouvir o pianista KETIL BJORNSTAD, em “WATER STORIES”, lançado em 1993. E, também, o polonês MARCIN MARCILIEVSKY TRIO, de uns tempos atrás.
É música para camaleões, gente curiosa e de bom gosto. E aqui postei outras hipóteses também excelentes e não triviais.
Como disse EGBERTO GISMONTI, em show antológico realizado em 1982, no ginásio da Portuguesa de Desportos, em SAMPA, onde fez abertura para o guitarrista inglês JOHN McLAUGHLIN – outro gênio inclassificável:
“Boa Noite, pessoal! Vocês não vão se arrepender por terem vindo até aqui”!
Então, sentou-se ao piano… e eu estou viajando até agora!

POSTAGEM ORIGINAL: 23/06/2023

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Rômulo Garcia

DISCOTECA E COLEÇÕES DE DISCOS, COMO ORGANIZAR

A DISCOTECA – parte 1
Os que me conhecem têm certeza de que o comportamento e interesse que mais bem me definem são o amor pelos discos e a música.
Sim, nessa ordem: primeiro os discos, a bolacha preta e principalmente a prateada, minha declaração maior de bigamia e não-racismo!!! E, por consequência, a música.
Há, para mim, nesta relação eivada por fetiches, um alto componente de infantilidade e memória afetiva. Adoro pegá-los, vê-los e, se possível, ouvi-los. Muito raramente dei ou dou de cara com pessoas que realmente gostem ou gostassem de discos. Mas, quando me deparo peço licença e vou bisbilhotar. Fiz isto em meio a uma reunião de negócios – e foi bom para mim e a outra parte, também.
Já contei que lavei muita louça para minha mãe em troca de um compacto simples no final do mês?
E que deixei a Angela, minha mulher, em casa depois de uma voltica no quarteirão, em 1969, quando éramos namorados e ela me deu o LP dos Moody Blues, “In search of the lost chord”, de presente?
Isto não se faz! Mas, eu fiz, e fui correndo à casa de um amigo para escutar e comemorar a maravilha incrivelmente cara, naquela época.
Permanecemos casados, e vamos continuar.
No começo foi o rock – entre mais ou menos 1962 e 1977 – e seus diversos formatos, como o Blues. Depois, incluí o Jazz, alguns Clássicos mais instigantes; e certa MPB tipo Egberto Gismonti.
Evolui bastante nesse trajeto, principalmente depois que abri minha primeira loja de Cds, em 1990. Lá colocamos, eu e meu sócio e amigo Silvio, nossas coleções de vinis para vender. Eram substanciosas e bastante raras, o que alavancou o negócio.
Foram doze anos de aprendizado e abertura de cuca.
Re-formei minha discoteca particular ampliando o meu gosto para horizontes nunca dantes por mim navegados… O Silvio e o filho fizeram o mesmo e com louvor e extensão das mais invejáveis.
Hoje, estou criteriosamente desmontando parte do acervo. Pois deixou de me interessar.
(continuo)

A DISCOTECA – PARTE 2
No começo, simplesmente organizava por ordem alfabética, pois o meu interesse principal era o rock, do Beat ao progressivo, passando pelo Hard e algum nascente Heavy Maetal. O que saía um pouco fora não alterava o contexto e o conteúdo.
Com o tempo, percebi que Oscar Peterson e Jeff Beck não bebiam no mesmo bar; que Jimmy Page e Aretha Franklin não se continham no mesmo quarto…
Então, abri um espaço para o jazz, e outro para música negra…
Com o tempo e depois de algum Beethoven, um pouco de Sibelius e Bartók, e até chegar a Stockhausen e Schoemberg, inferi que seria melhor colocá-los em outro galinheiro.
Aí, veio a “Roda Viva” e carregou o destino para lá… Vida outra, muito instigante, e mais um problema: Otis Redding e Tom Jobim bebiam whiskies diferentes. Então, a MPB cavou seu nicho na estante…
E, pronto: quatro grandes universos: o Rock, incluindo a Black Music; o Jazz; o clássico e a MPB. E parou por aí?
Não, claro que não…
Para que facilitar se é possível complicar visando o específico e a descomplicação para explicar tudo, não é mesmo? Entenderam? Não?
(segue)

A DISCOTECA – PARTE 3
Quando criança o meu maior desejo era ganhar um saco imenso ( de plástico, essas coisas, não confundam… ) cheio de brinquedos. Sonhava com isso, mas jamais rolou por óbvios motivos de ordem financeira. Éramos bastante pobres.
Quando me tornei adolescente, fui juntar times de botão – eu os tenho até hoje!!! – e ampliei meu fascínio pelos discos, possivelmente herdado de meu avô, que escutava algumas óperas e cantatas, nos anos 1950.
O primeiro cara de quem gostei foi Chubby Checker…o rei do twist! Em tradução literal, “O gordinho do xadrez”. Naqueles tempos, início dos anos 1960, era moda você ter esses nomes: Fats Domino ( o gordo do dominó ) Billy Fury, Marty Wild, Pepino di Capri, Nicola di Bari… associar o nome do artista a localidades, ou a características físicas ou de personalidade…
Foi o primórdio de meu interesse por discos e música, que se expandiu ao absurdo no decorrer da vida.
Aconteceu, também, a partir de meados dos anos 1960, uma divisão interna no mundo pop. Para efeitos de catalogação e mercado, o que era quase uno passou a fragmentar-se. Exemplo: jazz era um ritmo específico, mas com características musicais estanques, e feito pelos negros a partir do final dos anos 1910. Nos anos 1960 tornou-se universo muito maior, abarcando muito mais coisas, estilos. E principalmente tornou-se um jeito de tocar e improvisar.
Da mesma forma o Rhythm and Blues, que juntava Ella Fitzgerald a B.B.King a John Lee Hooker a John Coltrane. E dispersou- se em rock and roll, doo-wop, soul, funk…foi se bifurcando, trifurcando6 no beat, na psicodelia, progressivo… até chegarmos a hoje em incompreensíveis sub-divisões do sub-dividido onde mais ninguém realmente se entende.
Partinfo desse caos, em nome da ordem passei a organizar a minha discoteca…
segue…

A DISCOTECA – PARTE QUATRO
Pois, é! Enlouqueci em nome da virtude, e pela causa da boa ordem para mais bem entender o que estava e estou ouvindo.
Em princípio, organizei quatro grandes universos: Rock, Jazz, MPB e Clássicos.
A partir disso, eu desbundei – mas, estou tentando loucamente rebundar a coleção!!!!
Clássicos eu tenho relativamente poucos discos, porque meu interesse é centrado em alguns compositores e intérpretes, e não pretendo ser completista em nada.
Imaginem o tio Sérgio correndo atrás para conseguir os três ciclos completos e diferentes feitos por Karajan dos Concertos e Sinfonias de Beethoven? Não, caras! Isso é para a turma do ramo. Então, ordem alfabética e os deixo em puleiro estanque…
MPB eu ando gostando e tenho muitos discos.
Mas, como não invado certas áreas, e sambas, axés, forrós e o vasto etc… tipicamente nacional não são de meu interesse; então dividi simplesmente em instrumental e vocal. No futuro talvez eu abra um cela para a Bossa Nova, que coleciono. Então, está fácil.
O JAZZ é uma das minhas paixões. Mas também não complico. Ficam separados em dois grandes sistemas: vocal e Instrumental. Porém no controle geral, no computador, eu abro várias sub-espécies: bebop, tradicional, vanguarda, moderno, fusion, e o que mais me lembrar na hora. Eu os encontro facilmente.
Agora o rock…esse é o motel para suínos, onde a porca torce o rabo! – para ser… digamos… espirituoso!!!
segue…

A DISCOTECA – PARTE CINCO – FINAL
Vamos deixar claro que não existe única forma para se organizar a discoteca. E, a meu ver, todas são complicadas, imperfeitas e deixam a desejar.
Eu assino a revista “Record Collector” , que há vários anos tem uma sessão onde colecionadores de discos de todos os tipos e lugares comentam e explicam suas coleções.
Todos falam de suas preciosidades, buscas, interesses, nichos. Mas, até hoje, nenhum – eu disse nenhum! – explica de que forma organiza internamente seus discos!
Suponho que seja um delírio e um martírio. E dou exemplo: dá para colocar junto Led Zeppelin e Beatles, se você tem algumas centenas ou milhares de discos de rock? São universos que não se tocam. Então, o que fazer?
A minha solução atual não me satisfaz, porque cheia de buracos, dúvidas e incompreensões, mas aí vai:
1) Por sugestão de um amigo, eu tenho uma sessão de “Fundadores”: Elvis, John Lee Hooker, Muddy Waters, Carl Perkins, B.B.King e todos os que vieram antes do beat, em 1962.
2) Tenho duas sessões de “Beat”: uma para americanos e outra ingleses. Basicamente Beatles, Four seasons, Beach boys, Byrds, Small Faces e vasto etc.
3) Tenho duas sessões de “Psicodelia”, garagem, sunshine pop e adjacências. Claro, inglesa e americana e subsidiárias;
4) Uma sessão para o rock progressivo, Kraut-rock, art-rock,vanguardas e afins, basicamente anos 1970
5) Sessão de hard rock e heavy metal;
6) Sessão de pub-rock, e proto – punks “espirituais” e indecifráveis como Stooges, Velvet Underground, Dr. Feelgood, Dave Edmunds;
7) Uma sessão de rock alternativo, que inclui techno-pop, punks, DREAM pop, e até a atualidade: Bjork, David Silvyan, e pequena vastidão do que acho que vale a pena manter…
😎 Uma sessão de pop tradicional: Elton John, entre vários
9) Uma sessão de Black Music: soul, funk, pop negro em geral e que me interesse;
10) Duas sessões de folk e blues. Uma para ingleses e outra para os americanos.E, claro, no cadastro do computador eu os separo para entender.
De qualquer forma, como já disse, isto não me agrada, porque há muitos e muitos artistas que estão classificados e colocados em diversas sessões Ex: Rolling Stones: no beat, na Psicodelia e no Hard Rockl. Os Moody Blues, beat e progressivo e assim vai. No fundo, acho que só eu entendo. Mas, seja como for, está aberto o debate. Comentem.

POSTAGEM 17/06/2017

PRESTIGE RECORDS – JAZZ DE ALTA CLASSE – BOX SETE 1949/1971

BOX SENSACIONAL, BEM AJEITADO, E PEGANDO OS 22 ANOS DE EXISTÊNCIA DA GRAVADORA. SÃO 4 CDS, COM MUITO BOA QUALIDADE SONORA, E ACOMPANHA LIVRETO DETALHADO SOBRE A GRAVADORA, SEU CAST E ACERVO.
RESUMINDO, VAI DE “MOSES ALLISON” A “ZOOT SIMS”, PASSANDO POR “MILES DAVIS”, “JOHN COLTRANE”, “GEORGE BENSON”, “KING CURTIS” E MUITOS E MUITOS OUTROS.
COMO SUAS CONCORRENTES, “BLUE NOTE”, “VERVE”, “PABLO”, “CONTEMPORARY”, “CONCORD” E DIVERSAS QUE APARECERAM NO DECORRER DO SÉCULO XX. A “PRESTIGE” TAMBÉM FEZ A HISTÓRIA DA MELHOR MUSICA AMERICANA.
ESTE BOX É MISCELÂNEA DE ALTÍSSIMA QUALIDADE ARTÍSTICA, E COM PARTICIPAÇÃO DE TODO O “CAST”. E CUSTAVA RELATIVAMENTE BARATO – UNS 30 DÓLARES -, PORQUE INTRODUÇÃO PARA UMA ACERVO PRECIOSO!
TIO SÉRGIO GARANTE: HOJE ANDA MEIO RARO; É SEM CONTRA INDICAÇÕES E VALE CADA CENTAVO GASTO.

POSTAGEM ORIGINAL: 18/06/2018

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BLACK TAPE FOR A BLUE GIRL, E “OF THESE REMINDERS” – TRIBUTO DE OUTRAS BANDAS AO BLACK TAPE…OPÇÃO 3

O Lado cinzento da minha COLEÇÃO agrega modernidades menos consideradas, grupos e artistas que buscam estéticas fora do MAINSTREAM, e com variado grau de quase-sucesso. Os diversos discos e artistas que retive na DISCOTECA, são instigantes e plenos de boa música.
Nesta postagem apresento a vocês o
BLACK TAPE FOR A BLUE GIRL. É um exemplo perfeito do ETHEREAL, DO DREAM POP.
O grupo começou em 1986, e navega pela MÚSICA AMBIENTE, o GÓTICO e mescla outras tendências da música eletrônica relevante.
O que nos leva a SAM ROSENTHAL.
SAM é “MICRO-HEROI ALTERNATIVO AMERICANO”: um intelectual “multi-tarefa” neste nicho. Está na foto um romance dele distribuído com um dos CD da banda.
ROSENTHAL tornou-se um pequeno mito na Cultura alternativa. Reputação construída ao longo de 40 anos.
Descobri no Google que ele, o filho e um cachorro moram no Oregon, Estado distante mas não remoto, logo acima da CALIFÓRNIA, e a caminho do frio CANADÁ.
É um lugar que, aos poucos, transformou-se em espécie de reduto de artistas e pessoas não convencionais.
Por lá, são tolerados comportamentos sociais e sexuais destoantes, e experimentos com drogas. E, também, onde foi criada, ou conservada, música soberba como a feita pelo grupo OREGON. Um “quasi-JAZZ”,”mezzo WORLD MUSIC”, com pitadas FOLK – CAMERÍSTICO-PROGRESSIVO.
SAM construiu o “BLACK TAPE FOR A BLUE GIRL”. E mais: montou a gravadora PROJEKT, que grava ALTERNATIVOS na linha do ROCK GÓTICO, ETHEREAL, COLD WAVE, DREAM POP e prospecções afins.
Curiosamente, o que parecia sonoridade tipicamente europeia, foi potencializada nos EUA.
Com o tempo, a gravadora tornou-se quase média empresa, mas faltou distribuição e o vasto etc… necessário para manter o negócio.
SAM ROSENTHAL é um “self-made man alternativo”, tipoLuiz Calanca, da BARATOS E AFINS; ou Rene Ferri, da histórica loja e fanzine WOOP BOP. Três glórias da “resiliência POP”.
Estão na foto alguns discos que tenho do BLACK TAPE FOR A BLUE GIRL. Todos recomendáveis.
Postei, também, o BOX “OF THESE REMINDERS”, sumo e homenagem de artistas contratados por ele, fazendo COVERS das músicas do BLACK TAPE.
Estão lá STOA, LOVE SPIRALS DOWNWARDS, LYCIA, ATTRITION, THANATOS, ótimos, mas “tão conhecidos” quanto ele…
O BOX é belíssimo, caprichado no limite, como tudo em que SAM se meteu. Serve de introdução ao catálogo da PROJEKT, tipo “FUNDÃO DA WEB do ROCK”.
Recomendo tudo com alguma parcimônia, assim como o BLACK TAPE e os escritos de SAM ROSENTHAL…
Tudo com alguma parcimônia e audição antecipado: mas, confesso: Eu Adoro!!!!
POSTAGEM ORIGINAL: 19/06/2019
Nenhuma descrição de foto disponível.

BLACK TAPE FOR A BLUE GIRL (2) – SAM ROSENTHAL  “OF THESE REMINDERS” – TRIBUTO AO BLACK TAPE.

O que nos leva a SAM ROSENTHAL.
SAM é um pequeno mito na Cultura alternativa, construído ao longo de 40 anos. Está no Google que ele, o filho e um cachorro moram, hoje, no Oregon, lugar distante mas não remoto, depois da CALIFÓRNIA, e a caminho do frio CANADÁ , e que, aos poucos, tornou-se espécie de reduto de artistas e pessoas não convencionais.
Por lá, são tolerados comportamentos sociais e sexuais destoantes e experimentos com drogas. E, também, é criada ou conservada música soberba como a feita pelo grupo quasi-JAZZ, mezzo WORLD MUSIC e camerístico OREGON.
SAM construiu o BLACK TAPE FOR A BLUE GIRL. E mais: montou a gravadora PROJEKT, que grava ALTERNATIVOS na linha do ROCK GÓTICO, ETHEREAL, COLD WAVE, DREAM POP e prospecções afins.
Curiosamente, o que parecia sonoridade tipicamente europeia, foi potencializada nos EUA.
Com o tempo, a gravadora tornou-se quase média empresa, mas faltou distribuição e o vasto etc… necessário para manter o negócio.
SAM ROSENTHAL é um self-made man alternativo, tipoLuiz Calanca, da BARATOS E AFINS; e RENE FERRI, da histórica WOOP BOP. Três glórias da resiliência pop.
E este BOX é o sumo dos contratados dele fazendo as músicas do BLACK TAPE. Estão lá STOA, LOVE SPIRALS DOWNWARDS, LYCIA, ATTRITION, THANATOS, grupos ótimos e tão conhecidos quanto ele…
O BOX é belíssimo, caprichado no limite, como tudo em que SAM se meteu. Serve de introdução ao catálogo da PROJEKT, tipo fundão da web do ROCK.
Recomendo o BOX, assim como o BLACK TAPE e os escritos de SAM ROSENTHAL…
POSTAGEM ORIGINAL: 19/06/2019
Nenhuma descrição de foto disponível.

BLACK TAPE FOR A BLUE GIRL, E “OF THESE REMINDERS” – TRIBUTO DE OUTRAS BANDAS – (1)

O Lado cinzento da minha COLEÇÃO agrega modernidades menos consideradas, grupos e artistas que buscam estéticas fora do MAINSTREAM, e com variado grau de quase-sucesso. Os diversos discos e artistas que retive na DISCOTECA, são instigantes e plenos de boa música.
Nesta postagem apresento a vocês o
BLACK TAPE FOR A BLUE GIRL. É um exemplo perfeito do ETHEREAL, DO DREAM POP.
O grupo começou em 1986, e navega pela MÚSICA AMBIENTE, o GÓTICO e mescla outras tendências da música eletrônica relevante.
O que nos leva a SAM ROSENTHAL.
SAM é “MICRO-HEROI ALTERNATIVO AMERICANO”: um intelectual “multitarefa” neste nicho. Está na foto um romance dele distribuído com um dos CD da banda.
ROSENTHAL tornou-se um pequeno mito na Cultura alternativa. Reputação construída ao longo de 40 anos.
Descobri no Google que ele, o filho e um cachorro moram no Oregon, Estado distante mas não remoto, logo acima da CALIFÓRNIA, e a caminho do frio CANADÁ.
É um lugar que, aos poucos, transformou-se em espécie de reduto de artistas e pessoas não convencionais.
Por lá, são tolerados comportamentos sociais e sexuais destoantes, e experimentos com drogas. E, também, onde foi criada, ou conservada, música soberba como a feita pelo grupo OREGON. Um “quasi-JAZZ”,”mezzo WORLD MUSIC”, com pitadas FOLK – CAMERÍSTICO-PROGRESSIVO.
SAM construiu o “BLACK TAPE FOR A BLUE GIRL”. E mais: montou a gravadora PROJEKT, que grava ALTERNATIVOS na linha do ROCK GÓTICO, ETHEREAL, COLD WAVE, DREAM POP e prospecções afins.
Curiosamente, o que parecia sonoridade tipicamente europeia, foi potencializada nos EUA.
Com o tempo, a gravadora tornou-se quase média empresa, mas faltou distribuição e o vasto etc… necessário para manter o negócio.
SAM ROSENTHAL é um “self-made man alternativo”, tipoLuiz Calanca, da BARATOS E AFINS; ou Rene Ferri, da histórica loja e fanzine WOOP BOP. Três glórias da “resiliência POP”.
Estão na foto alguns discos que tenho do BLACK TAPE FOR A BLUE GIRL. Todos recomendáveis.
Postei, também, o BOX “OF THESE REMINDERS”, sumo e homenagem de artistas contratados por ele, fazendo COVERS das músicas do BLACK TAPE.
Estão lá STOA, LOVE SPIRALS DOWNWARDS, LYCIA, ATTRITION, THANATOS, ótimos, mas “tão conhecidos” quanto ele…
O BOX é belíssimo, caprichado no limite, como tudo em que SAM se meteu. Serve de introdução ao catálogo da PROJEKT, tipo “FUNDÃO DA WEB do ROCK”.
Recomendo tudo com alguma parcimônia, e audição antecipada. Assim como o BLACK TAPE e os escritos de SAM ROSENTHAL…
Mas, confesso: Eu Adoro!!!!Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto

“THE ORIGINAL DRIVING ROCK ALBUM” DIVERSÃO GARANTIDA!

É PARTE DE UMA SÉRIE DA EMI LÁ PELO INÍCIO DO ANO 2000. CADA UM DELES TEM O NOME DE “THE ORIGINAL”. E AÍ MANDA “EASY ALBUM”, “JAZZ ALBUM”, SIXTIES, SEVENTIES, NEW WAVE, PUNK, VAI POR 30 CDS! ERAM MUITO ALÉM DO BARATO!

TIO SÉRGIO GANHOU DE BRINDE EM UMA COMPRA PELAS ESTRANJAS. RECEBI, OLHEI MEIO ASSIM DE LADO E FUI DEIXANDO… HOJE, TESTANDO A CRIATIIVIDADE COM OS BOLETOS A PAGAR… E NÃO É QUE…

MÚSICAS DOS ANOS 1980 ANIMADAS PRA DEDÉU!!!!

TEM BRIAN FERRY, BILLY IDOL, MEATLOAF, GARY MOORE, SIMPLE MINDS, PAT BENATAR, TALK TALK, BLONDIE, DEEP PURPLE, E MAIS UM MONTE!

SÓ COISA PRA OUVIR NO SÁBADO, DIRIGINDO OU TOMANDO CERVEJAS!

QUANDO PERCEBI, ESTAVA BATENDO DUAS DE MINHAS QUATRO PATAS NO CHÃO!!!! O VELHO AQUI TEM PUDOR, E SE CONTEVE.

ESTE CD VAI FICAR NA DISCOTECA. MINHA MULHER VAI ADORAR. E A DE VOCÊS, TAMBÉM! INCLUÍDOS MARIDOS, CACHOS, O QUE HOUVER …
POSTAGEM ORIGINAL 15/06/2024

FREEDOMS CHILDREN – PSICODÉLICOS SUL-AFRICANOS 1969/1971

Nos últimos 25 anos, com a progressiva escassez de “novos velhos nomes”, pequenas gravadoras, e ARQUEÓLOGOS DO POP, como HANS POKORA, lançaram-se para descobrir “novidades” intrigantes globo afora.

FREEDOMS CHILDREN está em um dos livros de POKORA como raridade relevante a ser redescoberta. A BANDA É da ÁFRICA DO SUL dos tempos bravos do apartheid.

A gravadora alemã SHADOKS MUSIC vem fazendo lançamentos pra lá de interessantes dessa gente estranha e meio esquecida pelos caminhos do ROCK, do topo ao fundo da mina.

Com edições muito caprichadas, a SHADOKS deu ao mundo discos brasileiros perdidos como PAEBIRU, de Zé Ramalho e Lula Côrtez; NO SUB-REINO DOS METAZOÁRIOS, de Marconi Notaro, entre diversos. Todos retirados de vinis e não dos masters originais…

A edição da foto são os três discos do FREEDOM CHILDREN: ASTRA, 1970; GALACTIC VIBES, 1971; e FREEDOM CHILDREN, de 1969. Estão em um box bonito e bem desenhado, com livreto denso em mínimo espaço, a ponto de mal se conseguir ler…

Mas, são tidos como CULTS e colecionáveis ao extremo.

O problema é a qualidade do som, muito abaixo dos “standards exigíveis”. Uma pena! Até agora, que eu saiba, não apareceu algum engenheiro de áudio japonês capaz de solucionar a limitação. Talvez seja impossível, porque parecem retirados do vinil original, e não dos “masters” de gravação supostamente feitos pela PARLOPHONE!!!!

Mas, TIO SÉRGIO, são realmente bons?

Não tenho certeza, porque a baixa qualidade retira os detalhes de cada música, e nubla a instrumentação. E discos de ROCK PSICODÉLICO e PROGRESSIVO, principalmente, necessitam de nível técnico mais apurado para que o lado artístico aflore.

Em linhas gerais, diria que o FREEDOM CHILDREN, de 1969, tem um quê de FOLK-PSICODÉLICO a JETHRO TULL, FAIRPORT CONVENTION e NICK DRAKE. É melodicamente bonito e trabalhado.

ASTRA, 1970, considerado a referência da banda, soa como um blend de URIAH HEEP e IRON BUTTERFLY. Algo dark, com um rumo ainda trôpego ao gótico da década seguinte. É PROGRESSIVO mais PESADO, com órgão dominante, como os de seus modelos. Claro, há sons incidentais, como era normal…

E GALACTIC VIBES, lançado em 1971, o último e o mais audível de todos, soa como inspirado no URIAH HEEP e no SPOOKY TOOTH. Já na fronteira com o HARD ROCK PROGRESSIVO.

São três discos legais de se ter, porém caros e muito aquém do desejável em termos técnicos. Eu arriscaria dizer que são projetos não adequadamente finalizados. É para colecionadores e completistas.
POSTAGEM ORIGINAL: 14/06/2020

VAN MORRISON – ARTISTA ÚNICO!

São uns 47 discos, 50 se considerarmos aqueles feitos com o THEM, na década de 1960.

CANTOR único, voz reconhecível em qualquer circunstância, andou por quase todos os caminhos da música negra, do R&B ao JAZZ e os entremeios que você pensar.

Na música inglesa foi do BEAT ao FOLK, namorou com o ROCK e, de sobra, gravou ASTRAL WEEKS, clássico INIGUALÁVEL DO FOLK PSICODÉLICO.

Falar de MORRISON requer tempo, fôlego e audição acurada. Seus discos são bem produzidos, variados, e a imensa maioria criativos.

Até hoje ASTRAL WEEKS está entre os 50 mais importantes do POP. E seu épico ao vivo “ITS TOO LATE TO STOP NOW” é considerado entre os 20 melhores discos AO VIVO de todos os tempos!

Ouçam o GEORGE IVAN a vida inteira.
POSTAGEM ORIGINAL: 14/06/2019

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