DISCOS AO VIVO DE ARREPIAR! E TEM MAIS, MUITO MAIS!

 

Hoje, eu deveria estar todo pimpão. É o dia do meu aniversário. Completo 71 anos, o que não é uma “idade”, mas piada pronta. Tenho amigos que colocaram outro 1 antes do 7…

Eu estava deambulando por minha discoteca, e novamente bateu um “sub – frenesi” quando relembrei de alguns “BARULHOS BRANCOS” que me trouxeram alegrias no decorrer da vida.

E resolvi escrever e publicar de novo.

Claro, está longe de esgotar hipóteses ou gostos. Mas, vamos às justificativas.

Pra começar, três das mais legais introduções a concertos ao vivo que conheço:

1) SIOUXIE AND THE BANSHEES, NOCTURNE, 1983. Abertura: “O Pássaro de Fogo, de STRAVINSKY”. Clássico Moderno, cheio de inovações e “progressivismos”, esquentando a audiência por uns 2 minutos.

E “projeta” ISRAEL, talvez a melhor música da banda, com um baixo e bateria vigorosos, antes de SIOUXIE entrar com o vocal, moderno, em semitons! Um espetáculo DARK fantástico. O disco continua bem por inteiro…

2) MARILLION, “THE THIEVING MAGPIE”, 1988. Claro, o MARILLION era um GENESIS pilotado pelo RUBINHO BARRICHELLO. Quer dizer, atrasado uns dez anos!

Abre magistralmente com “LA GAZZA LADRA”, DE ROSSINI. A música vem num crescendo, o andamento em evolução deságua na banda com “He knows, you Know”. É FISH em interpretação magistral! O disco inteiro é um progressivo retrô, e vai muito bem do início ao final!!!

3) LOU REED, “ROCK AND ROLL ANIMAL”, 1973. Existe a continuação, LOU REED LIVE, lançado logo após, é o mesmo show. Nunca entendi porque não lançaram integral em álbum duplo?

Bom, DICK WAGNER E STEVE HUNTER, abrem com introdução para “Sweet Jane” simplesmente deslumbrante. Um duelo de guitarras clássico, pesado, até lírico!

É um disco de HARD ROCK? Ou já escorregando para o PUNK? Nesta cumbuca enfiei e retirei minhas mãos muitas vezes. Então, decidam!!!! Mas, não deixem de ter!!! Ouço até hoje no carro!

4) CLIMAX BLUES BAND – FM LIVE -1974.

BLUES ROCK INGLÊS de primeira linha e, curiosamente, gravado no mesmo teatro em que foi o disco de LOU REED: o “ACADEMY OF MUSIC, em NEW YORK.

PETER HAYCOCK, na guitarra e COLIN COOPER, no sax arrassam; juntos com o baixista DEREK HOLT e o baterista JOHN CUTTLEY.

Abre com “All the Time in the World”, magnífica, pesada, em nível de porrada sonora do show do LOU REED!

Bem “up to date” com aquele momento, é feito por uma banda funkeada, técnica e espetacular. SE encontrarem, consigam!!! Ah o vinil é duplo, sensacional e colecionável!

5) JAMES GANG LIVE IN CONCERT, 1971:

Traz JOE WALSH, na guitarra e vocal, à época um “darling alternativo” em ascenção, e requisitado por muitos, como STEVE WINWOOD.

JOE arrasa, juntamente com o baixista DALE PETERS, e o baterista JIM FOX formando um POWER TRIO sensacional e pesado. Para mim, é até melhor que o GRANDFUNK RAILROAD!

A plateia, no CARNEGIE HALL, é pura vibração e barra pesada audível no “concerto” inteiro. Quando a banda “se acalma”, se ouvem berros de “EIA, EIA, EIA”, como se fosse em um rodeio”!

O riff em STOP é demolidor, como os solos que WALSH faz no explosivo BLUES “You Gonna Need Me”, combinando talentos de PAGE e PLANT ao mesmo tempo. Disco essencial!

6) U.F.O – “STRANGERS IN THE NIGHT”, gravado ao vivo direto e sem overdubs, em CHICAGO, durante a turnê americana, de1979.Originalmente, é um álbum duplo.

Vou resumir.

É concerto que inicia muito bem e vai progressivamente melhorando ao absurdo! MICHAEL SCHENKER “comete” riffs matadores, quase em todos as músicas, e toca com precisão e pique o tempo inteiro. Uma saga” que só alemão consegue!

E o vocalista PHILL MOGG, um dos melhores de sua geração, e o restante da banda estão arrasadores. Um dos melhores shows dos anos 1970.

7) PHIL MANZANERA & 801 LIVE, 1976

Um time de craques do ROCK PROGRESSIVO formando um supergrupo: PHIL, o guitarra do ROXY MUSIC; BRIAN ENO, digamos um “multiarticulado Não- Músico”, na eletrônica; BILL MacCORMICK , do MATCHING MOLE, baixista excepcional; E SIMON PHILIPPS, baterista que gravou e esteve com vários, inclusive JEFF BECK, e JACK BRUCE. E FRANCIS MONKMAN, do CURVED AIR, teclados.

Um show de bola monumental, em composições de MANZANERA e ENO, mescladas com “You Really got me” dos KINKS, e uma versão antológica de “Tomorrow Never Knows”, dos BEATLES. Um mix do melhor progressivo já extrapolando para o futuro eletrônico de vanguarda elaborado por ENO.

Quem imagina viagem e monotonia, não tem ideia do que fizeram no palco! Imperdoável perdê-lo!

😎 DAVID BOWIE, STAGE, 1978, o disco original é um vinil duplo. Para mim, é o melhor concerto de BOWIE em todos os tempos! A banda voa, literalmente! Outro show na curva do tempo/espaço saindo do PROGRESSIVO para o ELETRÔNICO DE VANGUARDA, TECHNO POP estilizado, e mesclado a ROCK, GLAM-POP, FUNK e o vasto etc.. que só BOWIE ofertava.

Não há gravação melhor de HEROES do que a versão desse disco! E ouvir “Speed of Life” ao vivo é experiência de vanguarda e precisão irrenunciável. Disco obrigatório!

9) JOHN MAYALL, MOVING ON, 1972. Fusão JAZZ-BLUES, gravado no WHISKEY A GO-GO, em Los Angeles.

Superbanda, super-show, para ninguém ficar parado. É o melhor entre os vários ótimos ao vivo que MAYALL gravou durante a carreira.

A primeira vez que ouvi, quase caí de costas. E toda a vez que busco este clássico definitivo em minha discoteca, fico imaginando toca-lo à beira da piscina, em dia de sol e festa, tomando gim tônica ou cuba-libre!

Ainda não realizei o sonho. Mas, no próximo verão vou fazê-lo. Levarei um sistem qualquer para a piscina do prédio; um petisco legal, a garrafa de gim, água tônica e gelo à beça!!!!

E me perderei por horas!!!

JANIS SIEGEL, CHERYL BENTYNE & MANHATTAN TRANSFER

 

Seriam todos artistas de JAZZ? Acho que não.

Aliás, existem mesmo cantoras e cantores de JAZZ? Claro que sim; mas a discussão é infindável.

As cantoras populares que eu gosto são basicamente POP: ELLA. BILLIE, SARAH, DINAH, DIANA KRALL, PEGGY LEE, JULIE LONDON, PATRICIA BARBER, e vasto etc…

E, tanto quanto elas, já que sem pudores injustificáveis de serem POP, adoro JANIS SIEGEL E CHERYL BENTYNE – a metade feminina do MANHATTAN TRANSFER.

Gosto do grupo e, adoro principalmente JANIS SIEGEL. É Cantora completa e versátil, aberta a novos compositores e gente de outras terras. Inclusive, DJAVAN e IVAN LINS.

Ela é craque quando acompanhada por trios e quartetos. E memorável se apenas solo e com piano. Principalmente, quando o pianista é o grande FRED HERSCH!

JANIS é o fino porque sempre recolhe e acolhe o melhor do que há pelo mundo. E, como discípula das grandes e dos grandes, sempre traduz o seu repertório para a melhor tradição americana do POP REFINADO.

Sentem, escutem e colecionem JANIS SIEGEL.

CHERYL BENTYNE é mais explicitamente POP. E, com certa grandiosidade que nos deixa desconfiados de sempre apostar contra a concorrência de menor nível: algo tipo “Hay pop singers? Então sou melhor”… Vale demais o risco de comprar os discos da moça, também!

Tudo isto para incentivar vocês a questionar a força dos rótulos e suas abrangências. Se prestarem atenção, há muita arte passando desapercebida, porque não apreciada em seu contexto contemporâneo.

E muita música boa quase envergonhada por não se encaixar em dogmas e formatos mais tradicionais.

Ser POP não é compor com a mediocridade. Não, mesmo!

THE TBM SOUNDS – THREE BLIND MICE RECORDS – JAZZ JAPONÊS, EM 5 DISCOS EXCEPCIONAIS EM ULTRA HD E OUTRAS TÉCNICAS!!!

 

Paciência, perfeccionismo e gosto apurado ao extremo tem TAKESHI TEE FUJI, o criador da gravadora THREE BLIND MICES , a cult, cara e espetacular TBM. Um caldeirão operado por feiticeiros da técnica de alguns dos mais perfeitos discos já gravados ou transcritos!

TEE, como gosta de ser chamado, fundou a gravadora em 1970, na expectativa de gravar e produzir JAZZ, no Japão, com artistas locais talentosos e desconhecidos.

Fez.

Não ganhou dinheiro, mas desenvolveu técnica de equalização do que foi gravado que, quando transcrita a música, garantia que esta não perdesse “nada” do que estava contido no MASTER original.

Pureza e perfeição total. Um prodígio!

Eu sei de alguns discos por eles produzidos.

Consegui a coletânea THE T.B.M. SOUNDS, com a maioria das gravações realizadas entre 1973 e 1977. São vários artistas sensacionais, com catálogo bem recheado, e até cantora japonesa fazendo clássicos eternos do JAZZ americano.

A qualidade é divinamente indescritível! Mais de 47 anos de ultra fidelidade exposta!

A produção gráfica e a edição da JVC japonesa são, também, de primor tangível.

Agora, consegui mais 4 CDS espetaculares.

O primeiro deles é do baterista GEORGE KAWAGUCHI´S BIG 4, gravado em 1976. A técnica de gravação a serviço da excelência artística do artista.

Há outro com o baixista ISAO SUZUKI & TRIO, acompanhado pelo pianista TSUYOSHI YAMAMOTO e o baterista DONALD BAILEY. O disco é ORPHEUS, baseado na obra ORFEU DO CARNAVAL, e traz a composição de LUIZ BONFÁ, Manhã de Carnaval, e outros standards. Também foi gravado em 1976.

E há dois do TRIO do pianista TSUYOSHI YAMAMOTO, “MIDNIGHT SUN”, gravado em 1978. E MISTY, este de 2021, mas sob o conceito DSD, em processo DIRECTING CUTTING, um avanço em relação à proposta da TBM SOUNDS. Afinal feito 43 anos depois e no JAPÃO…

Não sei o quê dizer sobre a qualidade técnica e artística de cada um desses discos. Apenas que jamais ouvi algo tão perfeito quanto isso!!!

É a essência, a alma dos instrumentos, e da música por eles reproduzida, trazida à tona pela técnica e sensibilidade dos intérpretes! Escutei almas, espíritos materializados. Acho que é isso.

Certa vez, ouvi outro disco desta série da T.B.M em uma loja de equipamentos de som. A MÚSICA literalmente invadia o cérebro, vinda de algum lugar entre o teto e as caixas! Subia e descia pelas paredes!

Dá medo de tentar descrever o que havia lá e o que postei aqui.

Eu falo de 4 discos com gravações realizadas há mais de 40 anos, captadas e trabalhadas no estado da arte!

Desconfio que não ainda não foram pelas técnicas atuais de nossos amiguinhos de olhos puxados.

Cada um desses discos custa uma baba. Os dois de TSUYOSHI e o de ISAO , são reedições atuais. Dois deles, dos MASTERS originais da TBM feitas pela SONY JAPÃO. Chegaram os três por $ 40 BIDENS cada um, impostos incluídos.

Os outros dois não estão disponíveis, e os preços pedidos são estupros financeiros garantidos…

Tente conhecer. São fascinantes!

KEEF HARTLEY BAND -1969/1973 – DERAM

 

Ele é profissional pra valer, habitante dos círculos de BLUES, R&B, ROCK e JAZZ na GRÃ BRETANHA.

Bem no início dos “sixties”, KEEF HARTLEY substituiu RINGO STARR na banda de RORY STORM. Esteve nos ARTWOODS, talvez a melhor banda de BEAT / R&B da História.

ART WOOD, é irmão de RON WOOD, guitarrista dos STONES. E junto com JON LORD, tecladista no futuro e lendário DEEP PURPLE; e, também com DEREK GRIFFITS, guitarrista de estúdio; e MALCOLN POOL baixista.

Para mim, foi a a melhor banda do gênero na Inglaterra em torno de 1964/1965. Procurem escutar…

KEEF saiu de lá para tocar e projetar-se artisticamente nos BLUESBREAKERS, de JOHN MAYALL; e depois para carreira solo.

Claro, sucesso comercial teve pouco.

Mas, realizou discos de qualidade e muito prestígio. Sofisticada FUSION entre JAZZ e outros ritmos e conceitos, ajudou a construir mitos naquele rico lusco-fusco sonoro do final dos anos 1960.

Suas bandas foram usinas que incluíam experimentalismos variados. Parte dos melhores músicos do circuito tocou nos discos dele.

Procure conhecê-lo.

Entre os sete LONG PLAYS há de tudo e para todos. O meu predileto é HALFBREED, que elegi em escolha difícil, renhida.

Se você gosta de JOHN MAYALL, BLOOD, SWEAT & TEARS, COLOSSEUM e nada restrita companhia, procure KEEF HARTLEY, um craque fulgurante!

JOHN MAYALL E A ONIPRESETE FUSÃO ENTRE O JAZZ E O BLUES

 

Mas, TIO SÉRGIO, MAYALL sempre buscou os intervalos de estilos. Ele fundiu BLUES e ROCK, também. E foi eclético o suficiente para não deixar sequelas e arestas mal resolvidas.

Sim, esse é e foi o negócio dele.

Há formas de se encarar o papel do BLUES como inserido no JAZZ – porque sempre aconteceu!

Porém, a mestria de MAYALL foi trabalhar doidamente, disco por disco, para explorar os detalhes, as nuances.

Captou o feeling do BLUES ACÚSTICO de várias maneiras. Adentrou a fusão e sinergia com o ROCK do BEAT/R&B, ao BLUES ROCK, com formação clássica de guitarra, baixo, bateria e teclado. E foi até a FUSION PSICODÉLICA, por volta de 1967/1968….

Depois, montou várias “pequenas big bands”, com naipes de metal e propostas variadas, subindo as encostas do JAZZ. E chegou à gravadora POLYDOR, em 1969, já pronto, escolado e apetrechado.

JOHN MAYALL tem habilidade para descobrir, ou buscar a nata dos guitarristas de seu tempo. Revelou CLAPTON, PETER GREEN e MICK TAYLOR. E, na fase POLYDOR, deu oportunidade para desconhecidos HIGHTIDE HARRIS, RANDY RESNICK. E trouxe craques da estirpe de JON MARK, FREDDIE ROBINSON e HARVEY MANDEL. Sem citar o alto nível de todos os componentes dos vários grupos que montou.

Em minha opinião, e discordando de MAYALL, que achou um trabalho desconexo e bagunçado, um ponto alto foi o álbum duplo BACK TO THE ROOTS, de 1970, onde ele grava com a maioria dos grandes nomes que o acompanharam na primeira fase, na década de 1960.

Está lá uma das melhores faixas gravadas com ERIC CLAPTON, a primeira versão de LOOKING AT TOMORROW.

E, outra característica fundamental: apesar de ter gravado, ou lançado quase uma centena de discos, ele nunca vendeu muito. A exceção foi JOHN MAYALL & ERIC CLAPTON, 1966.

Em compensação, sempre foi sucesso de público e chegou a dar quase 200 concertos por ano!

Os discos que postei aqui compõem o cerne da ULTRA SOFISTICADA chamada FASE POLYDOR, 1969/1974, aproximadamente. Porém falta um disco na minha coleção, o consagrado MEMORIES. E há coletâneas exaradas de lá.

Estão postados vários discos fantásticos explorando de várias maneiras os escaninhos entre o ROCK/JAZZ/BLUES. Bandas com formações diferentes, e intenções artísticas diferenciadas. Eu diria que ele flertou até com opções de um “ROCK/JAZZ PROGRESSIVO”. Gravou uma ideias amplas, bem eloquentes e desafiadoras, antes de rumar para outra gravadora, a ABC! Outra perspectiva muito interessante.

Um detalhe fundamental é que MAYALL não repete repertório, mesmo quando os discos são gravados ao vivo.

Ele tem a grandeza, memória, discernimento e capacidade para enfocar sua visão pessoal – porque sempre é, já que escreve sobre experiências próprias, vivências das épocas que esteve em ação, suas preocupações, e visão de mundo. A ecologia está presente, desde mais de 50 anos atrás!!!

É claro, ele fez incontáveis covers de seus ídolos – porque viveu, dedicou-se e estudou seus mestres…E trouxe à cena vários BLUESMEN do passado, revividos e citados ao longo de seus incontáveis discos.

JOHN MAYALL é um dos grandes BANDLEADERS da HISTÓRIA ( com H maiúsculo ). Ele administra o que pretende atingir; e sempre intenta acrescentar algo novo, dentro deste universo vasto chamado BLUES – que ele nos legou a dádiva de ampliá-lo além do que fizeram seus antecessores e contemporâneos.

TIO SÉRGIO, não seja pândego!!!!

Você o coloca em nível de FREDDIE KING, B.B.KING, ALBERT KING, RAY CHARLES, BESSIE SMITH e muitos outros?

Sim. Eu ouso e argumento!!!!

Nivela-se a todos os grandes, seus contemporâneos ou antecessores. E aos sucessores em vários momentos – e sejam BUDDY GUY, CLAPTON, STEVIE RAY VAUGHAN. E, também, anexos e conexos como ARETHA FRANKLIN e os diversos artistas do R&B desde a década de 1950.

Nenhum deles ousou investigar um todo tão ou mais amplo do que MAYALL!!!

Não se trata de ser maior criativamente melhor. Mas, de ser mais amplo; o mestre orientador; o criador diferente; e tornar-se referência.

MAYALL dedicou-se ao BLUES e suas adjacências e vizinhanças próximas, ou não, como ninguém mais o fez!

É claro. Não é e não foi perfeito. É cantor algo repetitivo e de recursos limitados; instrumentista adequado, porém meramente acessório à grandeza dos inúmeros que revelou. Porém, sempre indicou o que pretendia fazer.

E fez!

MAYALL É UM MAESTRO, PROFESSOR e PESQUISADOR como talvez ninguém. E, por essas virtudes e muito trabalho, tornou-se artista fundamental!

A FASE POLYDOR é imperdível!!!

JOCY DE OLIVEIRA: A MÚSICA SÉCULO XX DE JOCY, 1959

 

Estou algo inseguro para escrever este comentário.

O ideal teria sido estudar mais sobre esta senhora, uma original e verdadeira gênio brasileira, reconhecida internacionalmente.

Mas, no Brasil, muito poucos sabem dela fora do mundo acadêmico e da música de vanguarda. Então, algumas palavrinhas: JOCY é doutora em música, detém outros títulos acadêmicos, e publicou vários livros.

Eu a conheço faz tempo. Mas, reativei a curiosidade quando, recentemente, assisti a um documentário sobre música eletrônica brasileira, chamado “ELETRÔNICA MENTES”.

Lá, aparece JOCY cultuada por D.J.s, músicos de vanguarda, críticos, e etc… porque foi a primeira a compor, gravar e divulgar a MÚSICA ELETROACÚSTICA, no Brasil.

Era novidade revolucionária dos anos 1940, em diante, e que nos legou STOCKHOUSEN, LUCIANO BERIO, XENAKIS, LUKAS FOSS, JOHN CAGE, CLAUDIO SANTORO, PIERRE HENRI, e incontáveis…

JOCY DE OLIVEIRA é importante criadora da modernidade musical, que deu na MÚSICA ELETRÔNICA DE VANGUARDA. E por consequência, em parte do ROCK PROGRESSIVO e seus CROSSOVERS históricos, que inundam a cena atual e alimentam D.J.s., RAVES, o HIP-HOP, FUNKS DE PERIFERIA, e vastíssimo etc…, mundo afora, e Brasil adentro.

A criadora/criativa JOCY nasceu em 1936, e foi amiga, parceira, e correspondente de quase todos aqueles compositores citados. Alguns até compuseram especialmente para ela. Pianista de primeiro time, e carreira internacional com 25 discos gravados.

A mestra também dedicou-se a estudar OLIVIER MESSIEN, e fez álbuns com músicas dele.

JOCY teve a orientação de grandes maestros. Inclusive foi regida por STRAVINSKY, de quem era amiga, e trocava correspondências.

E também por ROBERT CRAFT, talvez o maior e mais cultuado especialista internacional em STRAVINSKY.

De certa maneira, ela desistiu de ser concertista de piano para concentrar-se em “óperas” – entre aspas, mesmo!

O que JOCY faz e cria abrange música, teatro, textos, performances de plásticas diversas. Quer dizer: é e sempre foi artista de vanguarda; a pioneira da arte MULTIMÍDIA no Brasil.

Observem o escopo da professora!!!!

Em 1961, JOCY compôs e tocou no primeiro espetáculo feito por aqui de música eletrônica e MULTMÍDIA, no THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO.

No palco, a nata da vanguarda do teatro brasileiro, daqueles tempos: FERNANDA MONTENEGRO, FERNANDO TORRES, SÉRGIO BRITO e ITALO ROSSI.

“APAGUE MEU SPOT LIGHT” é um “DRAMA ELETRÔNICO”, escrito por JOCY; e teve a parte musical dirigida pelo grande maestro e compositor LUCIANO BERIO!!!! Foi sucesso total, durante dez dias! Depois, virou história, correu a Europa…

Um feito artístico de larga envergadura!!!!

A partir daí, JOCY DE OLIVEIRA, professora da UFRJ, pessoa organizada, assertiva e determinada, dedicou-se a compor.

Ela revolucionou a ópera moderna no Brasil, trazendo-a para novo formato, bem mais contemporâneo!

Há nove peças compostas e encenadas por ela, Todas estão registradas em DVDS. São difíceis de achar.

Eu assisti a duas.

JOCY dirige e atua com seu “ENSEMBLE” de músicos sensacionais, onde há um “GUITAR HEROE” peculiar: ALOYSIO NEVES, é o primeiro acadêmico, “professor doutor” em guitarra elétrica do Brasil. Pulou na cova, EDDIE VAN HALEN?

JOCY tem iniciativas. E agrega em suas apresentações cantores e cantoras afinados com sua proposta artística.

Procurem saber da sensacional “CANTATRIZ” GABRIELA GELUDA, por exemplo, e sua performance em “LIQUID VOICES”, um… digamos, duplo monólogo e performance entre dois atores; mediada por “ENSEMBLE” dirigido por JOCY.

Nos últimos 40 dias, eu já assisti duas vezes, no ART CHANELL, Adorei!!!

O disco A MÚSICA SÉCULO XX DE JOCY, foi lançado em 1959.

O LONG PLAY original e os outros relançamentos, tocam em 45RPM. É um tanto fora do convencional. São 13 músicas, com total de 20 minutos! A duração é mais curta dos que os discos de “JOÃO GILBERTO” e do “DAVE CLARK FIVE” considerados “concisos”… hum!

O disco não foi ignorado, mas execrado pela crítica e o público, porque intencionalmente mal compreendido.

JOCY tinha 22 anos, naquela época!!! E tinha cabeça muito além de um barquinho e um violão…

No decorrer de décadas, tornou-se caso à parte na música popular brasileira. Eu diria que é a “anti – BOSSA NOVA”!

Por isso, coloquei foto de CD com os três primeiros discos de JOÃO GILBERTO. Falsos parâmetros para algo tão inovador e contestador.

Mas, como assim, TIO SERGIO??!!!

Vou tentar descrever:

Começo citando algumas faixas do disco: SOFIA SUICIDOU-SE; UM ASSALTO NO MORUMBI; INCÊNDIO; BRASÍLIA SÉCULO I; UM CRIME; A MORTE DO VIOLÃO; SAMBA GREGORIANO, entre outras iconoclastias.

E, agora, algumas do JOÃO: CHEGA DE SAUDADE; DESAFINADO; LOBO BOBO; NOSSO AMOR; A FELICIDADE; AMOR CERTINHO; O BARQUINHO…e uma fieira de clássicos…

Sacaram a VIBE em termos de lírica?

JOÃO, TOM, VINÍCIUS e os bossa – novistas nos brindavam com o otimismo da era JUSCELINO. Cantaram o amor, o sorriso e a flor.

E João trabalhou em seu violão sofisticando o samba. Sua voz foi cuidadosamente posta, em canto com as divisões musicais alteradas, e muito estudadas. Obras de arte.

Uma evolução sofisticada, mas conservadora e de bom gosto evidente. A turma da Bossa Nova conseguiu “jazzificar” o samba, tornando – o rico em estrutura harmônica, o que enriqueceu e favoreceu as improvisações.

Pois, saibam: o contraste com o disco de JOCY é chocante! Procurem escutar no YOUTUBE. É rápido; instigante, diferente, dolorido; e talvez desagradável ao primeiro contato.

É um retrato certeiro de um Brasil despontando, e visto por outro tipo de classe média intelectualizada!

JOCY de OLIVEIRA é paranaense, bem formada, e também da classe média alta.

Ouvir “A MÚSICA SÉCULO XXI”, é descobrir que ela se utiliza – talvez o verbo correto seja emular – de modernidades e ensinamentos dos bossa novistas para subvertê-los e contradizê-los.

Em vários momentos, você “acha” que é Bossa Nova. Mas, não é!

O grupo faz introduções nitidamente inspiradas em STRAVINSKY e outros clássicos modernos. E JOCY os amalgama com rupturas de andamentos, mudanças abruptas de ritmo na narrativa musical, e quebra de métrica; mas que se adaptam livremente ao discurso cantado por ela.

A música de JOCY é uma crítica aberta à sofisticação conservadora de seus companheiros de geração da Bossa Nova. É feita de propósito para contrapor-se ao bom-gosto absorvível de imediato. É constante ela cantar quase à beira da desafinação, fazendo harmonizações na ladeira do atonal… Seria???

As letras de JOCY inspiram-se em cenas de violência e desespero. Expõem o vazio e a depressão de seus personagens, através de sua poesia peculiar, e de observações agudas.

É ironia e iconoclastia combinadas o disco inteiro. Ela escreve bem e criativamente.

JOCY arquitetou essa desconstrução. E a música que ela faz está sintonizada ao caos. Afinal, a mestra entende e se especializou em operar os sons incidentais e sem explicações, que habitam ou recaem sobre as pessoas e as cidades, em colagens eletrônicas, os ancestrais dos SAMPLERS de hoje.

Ela sempre operou na criação do inusitado, que a música de vanguarda, e os computadores de hoje permitem a cada vez mais.

Claro, tudo isso requer organização. E ela existe nitidamente. As músicas sempre acabam abruptamente! O que dá impressão de síntese reticente e inconclusa. Um nada mais a dizer repentino. E pronto! Para não dizer F@-se!

Impressiona!

Eu imagino o susto e a perplexidade do ouvinte comum, uns 64 anos atrás, dando de ouvidos com essa cacofonia mascarada por uma tentativa de JOCY ser doce, contemporânea e alegrinha, de violão “em punho!

Em uma das audições que fiz, sei lá porque este LP juntou-se a outro gravado por JOCY: “HISTÓRIA PARA VOZ, INSTRUMENTOS ACÚSTICOS E ELETRÔNICOS”, lançado em 1981. Disco magnífico, e certamente dificílimo de achar.

Pois bem, de alguma forma casaram-se, e não me perguntem o motivo!

E acabou.TIO SÉRGIO ESTÁ TODO PIMPÃO!
GANHEI ELOGIO DA PROFESSORA JOCY DE OLIVEIRA!

DISCOS DE VINIL – ALGUNS MUITO LEGAIS!!!

 

Pois, é. Vez por outra, eu compro ou troco, ou recebo alguma coisa.
Vamos lá, então:

1) DOORS : o primeiro, reedição recente, edição especial, remasterizado, etc. e tal;
2) HOLLIES: TRÊS VINIS, reeditados uns 20 anos atrás. São reedições americanas, da IMPERIAL RECORDS, diferentes das inglesas. Vinis sofisticadíssimos, lacrados, etc… Eu tenho os CDS e edições inglesas, capas originais;
3) HOLLIES, box com DEZ singles SUECOS RAROS, que rolaram uns quinze anos atrás, por aí;
3 VAN DER GRAAF GENERATOR: DO NOT DISTURB, VINIL, EDIÇÃO ESPECIAL. EU GANHEI DA REVISTA RECORD COLLECTOR;
4) JEFF BECK – ROUGH AND READY, edição para DJ. original, 1971;
5) WISHBONE ASH – PILGRIMAGE, edição original inglesa. Pintou barato e eu comprei;
6) THELONIOUS MONK – IN EUROPE, raro e precioso;
7) ZOMBIES – ODISSEY AND ORACLE – REEDIÇÃO DE LUXO;
😎 SUN RA ARKESTRA – VINIL duplo, edição especial com CD bônus;
9) MILES DAVIES – KIND OF BLUE – REEDIÇÃO DUPLA. MONO E STEREO;
10) HORACE SILVER QUINTET – FINGER BOPPIN, Edição original da BLUE NOTE – raro e precioso. achei pelaí;
11) MOODY BLUES – DAYS OF FUTURE PASSED, Edição original americana, 1967
12) ROBERT JOHNSON – COMPLETE COLLECTION, REEDIÇÃO DUPLA DE LUXO;
13) CONFESSIN THE BLUES – EDIÇÃO LIMITADA , COM 3 LPS DE BLUES CLÁSSICO, REPEERTÓRIO SELECIONADO PELOS ROLLING STONES. E CAPA DE RON WOOD!
Tenho mais, e qualquer hora posto.
São aperitivos para aguçar o apetite dos amigos. 

PHIL COLLINS – FACE VALUE – 1980

 

NA ÉPOCA DO LANÇAMENTO EU DESPREZEI.

FOI CONSIDERADO DISCO ELEGANTE E BEM FEITO. VENDEU MUITO, E ALGUMAS FAIXAS TORNARAM-SE CLÁSSICAS , E ATÉ HOJE ESTÃO PRESENTES NAS RÁDIOS.

DE CERTA FORMA, EU REAGI À MUDANÇA NA PROPOSTA INICIAL DO GENESIS, ROCK PROGRESSIVO SETENTISTA E COM VÁRIOS BONS DISCOS.

DOS ANOS 1980 EM DIANTE, MUDARAM INSPIRADOS NA CARREIRA SOLO DE COLLINS, UM ARTISTA ANTENADO PARA OS TEMPOS E OS VENTOS DA MÚSICA. FIZERAM TODOS BEM!

FACE VALUE, QUE ESTOU OUVINDO PELA PRIMEIRA VEZ INTEIRO É, SIM, MUITO BOM NO CONTEXTO INTERGERACIONAL DO POP.

BASTANTE AGRADÁVEL DA BASE AO TOPO, APESAR DA FALTA QUE SEMPRE SINTO DE UM PESO NOS BAIXOS MAIS DEFINIDOR. ISTO DECORRE DO PERFIL POP QUE COLLINS ASSUMIU, DEIXANDO PRA TRÁS O ROCK.

EU RECOMENDO. E, TAMBÉM, O BOX EM QUE ESTÁ INSERIDO COM OUTROS SETE DISCOS DE ESTÚDIO.

ESTOU GOSTANDO DE OUVIR, APESAR DE UM FEELING ALGO ETÉREO DE QUE HÁ CONSISTÊNCIA SUTIL DEMAIS PARA O MEU PALADAR ALGO “HARD”…

KINKS – “ARTHUR, THE DECLINE AND FALL OF THE BRITISH EMPIRE” – 50 ANOS DO CULT QUE VIROU CLÁSSICO.

 

RAY DAVIES gosta e jogava bem futebol, como o CHICO BUARQUE, o ROD STEWART e o ROBERT PLANT. Participava daqueles jogos que reúnem celebridades para levantar grana para projetos sociais, etc… RAY é torcedor do Arsenal.

E talvez seja o maior letrista inglês de sua geração. Um observador arguto, irônico e sensível da vida social do reino. Escreveu e cantou clássicos do ROCK dos anos 1960 e 1970, e até recentemente. Escreve muito bem.

RAY é um cara do povo, sem ser popular ou populista. No final dos anos 1960, comprou meio a contragosto mansão em lugar nobre de LONDRES.

Odiou; não conseguia dormir, e voltou para MUSWELL HILL, onde nasceu, um bairro, hoje, de classe média.

Ele mora lá, e toca o estúdio KONK, construído no início dos anos 1970 com o irmão DAVE DAVIES e o baterista MICK AVORY, também moradores por lá.

Como PAUL McCARTNEY, ELTON JOHN, ERIC CLAPTON e variado etc…, recebeu o título de CAVALEIRO DO IMPÉRIO BRITÂNICO. ELE deve ser chamado SIR. Tem 78 anos de vida comparativamente até discreta, se pareada à de outros ídolos.

E introduzi com isso tudo, para falar sobre a ressurreição de um clássico: ARTHUR.

ÁLBUM CONCEITUAL que narra parte da História recente da GRÃ BRETANHA, via observações de familiares, lugares próximos, hábitos e pessoas. Fala do jeito de ser do povão inglês, suas ilusões, crenças, grandeza e …mediocridade.

É uma análise “clínica” do pequeno mundo em que RAY e família viviam, em contraste a um painel histórico que a todos moldava. A grandeza da obra foi aos poucos se evidenciando. É imperdível!

A síntese que RAY e DAVE DAVIES conseguiram, em 1969, hoje espelha quase à perfeição a Inglaterra que optou pelo BREXIT. O jeitão insular dos ingleses contra a associação com outros povos, culturas, a Europa moderna.

Os KINKS cantaram a própria Vila sem aperceberem-se de que ela era maior, mais forte e vasta do que ironizou a obra.

ARTHUR concorria com TOMMY, do THE WHO, referência óbvia que discute, via metáfora, a perspectiva do jovem sob outro ponto vista: descobrir-se alguém via jogos eletrônicos, pebolim, à margem do que se “esperaria” num mundo mais sério e maduro. O prazer alienado e alienante.

TOMMY como ARTHUR é obra de vidência. O mundo que ambos criaram e descreveram tornou-se muito próximo ao real!

Mas, será que faz sentido a reedição da obra no tamanho do que está postado, alto luxo e tudo o mais?

Eu acho que sim. Mesmo porque musicalmente é tão tímida e conservadora quanto TOMMY. Um BEAT clássico que o próprio WHO não transcendeu no disco – à exceção da abertura. Mas, tem a grandeza do POP em sua essência. ARTHUR é mais inglês do que qualquer disco de PETER TOWNSHEND ou THE WHO.

O repórter perguntou a RAY DAVIES se ele já havia composto alguma coisa sob influência de drogas. E RAY disse que não. Primeiro, ele trabalhava, compunha e depois tomava uma coisinha ou outra.

Menino aplicado e trabalhador.

E.C.M. RECORDS, A ORIGINAL, ULTRA – ECLÉTICA E ESPECIALÍSSIMA MÚSICA FUSION DE VANGUARDA PRODUZIDA POR UM GÊNIO!

EU QUERIA SER MANFRED EICHER!

Eu admiro muita gente. Mas, invejar invejo poucos – muito poucos. Entre eles está MANFRED EICHER.

Pois, não, cavalheiro e madame, eu vou dizer um pouco sobre o incensado:

MANFRED é alemão, músico e produtor de discos. Fundou a ECM RECORDS (EDITION OF CONTEMPORARY MUSIC ), em 1969, gravadora especial, única, de linguagem própria, que focaliza JAZZ, PROGRESSIVOS, VANGUARDAS, FUSIONS DIVERSAS, ELETRÔNICOS e CLÁSSICOS.

E, sempre, MÚSICA CONTEMPORÂNEA NÃO ROTULÁVEL.

Mas, não quaisquer artistas e músicas: somente os que têm alguns quês e qualidades além do cotidiano.

EICHER tem o feeling para escolher artistas sensacionais do mundo inteiro. E combiná-los de maneira inusitada, dar-lhes absoluta liberdade criativa e, ao mesmo tempo, produzir uma sonoridade inovadora, diferenciada, mas perfeitamente identificável.

Ele é um gênio da produção. Deixa sua marca sem descaracterizar – muito ao contrário! – a obra de artistas e discos que produz.

Entre centenas de músicos, grupos e pequenas orquestras, MANFRED EICHER produziu e revelou para o mundo artistas como PAT METHENY, KEITH JARRET, EGBERTO GISMONTI, JACK DeJOHNETTE, RALPH TOWNER, JAN GARBAREK…

E, o talvez maior COMPOSITOR CLÁSSICO CONTEMPORÂNEO, o armênio ARVO PART, que grava suas obras através da subsidiária ECM NEW SERIES.

MANFRED é eficiente, eficaz e prolífico. Grava seus artistas em dois dias, e mixa o material em mais um!

Em três dias você tem uma obra de arte pronta e, sempre, no mínimo significativa e de muita qualidade! Ele já “fez” mais de 1.250 discos!!!

Por isso, FOI ELEITO O PRODUTOR DO ANO pela revista “DOWN BEAT”, bíblia e referência do JAZZ, em 1976, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015 ( por enquanto )!

Os Lps da ECM começaram a sair no Brasil no final da década de 1970. Eram magníficos! Capa, produção e sonoridade de primeira; verdadeiros objetos de coleção até hoje! Procurem.

Aqui, na postagem, outros discos de minha coleção: o guitarrista TERJE RYPDAL & THE CHASERS, um progressivo diferente; ANAT FORT, pianista israelense de vanguarda; WOLFERT BREDERODE TRIO, escandinavos, ele pianista; a cantora inglesa NORMA WINSTONE; o sensacional e eclético grupo americano OREGON; JAN GARBAREK, saxes tenor e soprano que dispensa introduções; GARY BURTON, vibrafonista espetacular. E o icônico grupo CIRCLE, de ANTHONY BRAXTON, CHICK COREA, DAVID HOLLAND e BARRY ALTSCHUL, gravados ao vivo.

E, também, PAT METHENY GROUP; o colecionável CODONA 2, a FUSION original feita por COLLIN WALCOTT, DON CHERRY e NANA VASCONCELOS.

E, para terminar, dois pianistas além do marcante: BOB STENSON; e o gênio resmungante KEITH JARRET. Nem vou falar dos “acompanhantes de luxo” que a maioria dos discos aqui traz!

Por isso, se budistas e hinduístas tiverem razão, QUANDO o TIO SÉRGIO AQUI MORRER, VAI QUERER VOLTAR “REMASTERIZADO” EM MANFRED EICHER!!!!

Eu juro que aviso vocês se isto acontecer!

Curtam a ECM sempre!!!